Enquanto todo o mundo espera que o rapinador volte à Honduras, a polícia de lá já prendeu mais de uma centena de nicaraguenses que entraram no país para apoiar Zelaya (El Tiempo). Cristina K desistiu para "evitar que nuestra presencia sea manipulada" (El Clarin) . Ou seja, o valente vai somente com o secretário geral da oea, Insulza. Diz que será acompanhado por 300 jornalistas.
O PoPa acha que um país, não importa qual seja, tem sua triagem na chegada logo, os jornalistas vão ser apartados dos dois valentes, já que um tem passaporte diplomático e outro tem uma ordem de prisão. Zelaya está confiante demais nos apoios que recebeu esta semana mas, com o tempo, pode ser que vá perdendo alguns e a situação dele ficará bem pior.
Chávez disse, este final de semana: “Tampoco reconoceríamos a un gobierno surgido de elecciones montadas sobre un golpe de Estado”. Quer dizer que, mesmo as eleições que estão por sair, não seriam aceitas pelo bolivariano maluco, já que ele não teria conseguido influenciar nelas. Seguiu dizendo: “Es una amenaza para todos, por eso no podemos permitir que se instale ese gobierno tiránico. No van a poder parar los cambios, y si los paran por el lado pacífico, entonces van a venir por el lado violento. Están tratado de abortar el proyecto constituyente en Honduras”. (El Heraldo)
Portanto, Chávez reconhece que tem um projeto para Honduras e para a AL - o tal projeto constituinte, que deveria manter indefinidamente os "bolivarianos" no poder de todos os países. "É uma ameça para todos", quer dizer que é uma ameaça para eles. Se "param [este projeto] pelo lado pacífico, então vai vir pelo lado violento". Se isto não é uma interferência na soberania de Hondura, o que é?
Enquanto isso, Correa, o equatoriano, fala: “Por supuesto que hay riesgos, pero si algún torpe nos mete un balazo le habrá hecho un favor a la revolución ciudadana porque significa que la revolución ciudadana durará mil años en nuestro país” (elcomercio.com). Ele declarou que vai acompanhar Zelaya, o que o PoPa duvida. Correa é o mesmo tentou prender, através da Interpol, o ministro da defesa da Colômbia pelo ataque ao acampamento das farc. Seu pedido foi negado, claro, mas mostra o quão belicoso é o cara.
Aí estão as declarações dos democratas latinos. Querem o continuísmo deles mesmos. Querem que todos sigam as idéias bolivarianas de Chávez e o estilo de governo de Cuba. Honduras, quem diria, é o primeiro país a dizer não a este projeto.
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