quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Feliz 2013

O PoPa não se cansa de imaginar que o Brasil tem jeito, que os políticos finalmente entenderão seu importante lugar na sociedade e que não roubarão mais, mas se interessarão pelo bem estar da comunidade. O PoPa fica a imaginar que teremos um presidente que tenha o cuidado de se cercar de pessoas íntegras e competentes e cuja principal meta é fazer o desenvolvimento de toda a nação e de sua gente.

O PoPa acredita que este dia poderá chegar, talvez quando tivermos deputados distritais, votos uniformes para todos os brasileiros (uma pessoa, um voto) e, principalmente, vergonha na cara.

Mas o PoPa também acredita que pessoas podem fazer a diferença, desde que conheçam um pouco do que podem fazer. Isso inclui o voto correto, a cobrança devida e a crítica feroz do mau uso da grana pública. Isso só pode vir com educação formal decente, que leve a cidadania para todos os cantos, mesmo que isso signifique reduzir as esmolas públicas, o esvaziamento dos currais eleitorais e, novamente, se tenha vergonha na cara!

Mas não vai ser em 2013...

domingo, 16 de dezembro de 2012

O escândalo da semana - Petrobrás levada a queimar um bilhão de dólares!

Mais um "corta e cola" do PoPa. Desta vez, um novo escândalo envolvendo a Petrobrás. Puxa, não se passa semana sem que estoure algum escândalo nesta república... 

ESCÂNDALO BILIONÁRIO NA PETROBRAS – Resta, agora, saber se, ao fim da apuração, alguém vai para a cadeia! Ou: Quem privatizou a Petrobras mesmo?

É do balacobaco!

Desde que Sérgio Gabrielli, o buliçoso ex-presidente da Petrobras, deixou a empresa, os esqueletos não param de pular do armário. A presidente Dilma Rousseff o pôs para correr. Ele se alojou na Secretaria de Planejamento da Bahia e é tido como o provável candidato do PT à sucessão de Jaques Wagner. Dilma, é verdade, nunca gostou dele, desde quando era ministra. A questão pessoal importa menos. Depois de ler o que segue, é preciso responder outra coisa: o que ela pretende fazer com as lambanças perpetradas na Petrobras na gestão Gabrielli? Uma delas, apenas uma, abriu um rombo na empresa que passa de UM BILHÃO DE DÓLARES. Conto os passos da impressionante reportagem de Malu Gaspar na VEJA desta semana. Prestem atenção!

1: Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria americana chamada Pasadena Refining System Inc. por irrisórios US$ 42,5 milhões. Por que tão barata? Porque era considerada ultrapassada e pequena para os padrões americanos.

2: ATENÇÃO PARA A MÁGICA – No ano seguinte, com aquele mico na mão, os belgas encontraram pela frente a generosidade brasileira e venderam 50% das ações para a Petrobras. Sabem por quanto? Por US$ 360 milhões! Vocês entenderam direitinho: aquilo que os belgas haviam comprado por US$ 22,5 milhões (a metade da refinaria velha) foi repassado aos “brasileiros bonzinhos” por US$ 360 milhões. 1500% de valorização em um aninho. A Astra sabia que não é todo dia que se encontram brasileiros tão generosos pela frente e comemorou: “Foi um triunfo financeiro acima de qualquer expectativa razoável”.

3 – Um dado importante: o homem dos belgas que negociou com a Petrobras é Alberto Feilhaber, um brasileiro. Que bom! Mais do que isso: ele havia sido funcionário da Petrobras por 20 anos e se transferiu para o escritório da Astra nos EUA. Quem preparou o papelório para o negócio foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da Petrobras. Veja viu a documentação. Fica evidente o objetivo de privilegiar os belgas em detrimento dos interesses brasileiros. Cerveró é agora diretor financeiro da BR Distribuidora.

Calma! O escândalo mal começou
 
Se você acha que o que aconteceu até agora já dá cadeia, é porque ainda não sabe do resto.

4 – A Pasadena Refining System Inc., cuja metade a Petrobras comprou dos belgas a preço de ouro, vejam vocês!, não tinha capacidade para refinar o petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um investimento de mais US$ 1,5 bilhão! Belgas e brasileiros dividiriam a conta, a menos que…

5 – … a menos que se desentendessem! Nesse caso, a Petrobras se comprometia a comprar a metade dos belgas — aos quais havia prometido uma remuneração de 6,9% ao ano, mesmo em um cenário de prejuízo!!!

6 – E não é que o desentendimento aconteceu??? Sem acordo, os belgas decidiram executar o contrato e pediram pela sua parte, prestem atenção, outros US$ 700 milhões. Ulalá! Isso foi em 2008. Lembrem-se que a estrovenga inteira lhes havia custado apenas US$ 45 milhões! Já haviam passado metade do mico adiante por US$ 360 milhões e pediam mais US$ 700 milhões pela outra. Não é todo dia que aparecem ou otários ou malandros, certo?

7 – É aí que entra a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acusou o absurdo da operação e deu uma esculhambada em Gabrielli numa reunião. DEPOIS NUNCA MAIS TOCOU NO ASSUNTO.

8 – A Petrobras se negou a pagar, e os belgas foram à Justiça americana, que leva a sério a máxima do “pacta sunt servanda”. Execute-se o contrato. A Petrobras teve de pagar, sim, em junho deste ano, não mais US$ 700 milhões, mas US$ 839 milhões!!!

9 – Depois de tomar na cabeça, a Petrobras decidiu se livrar de uma refinaria velha, que, ademais, não serve para processar o petróleo brasileiro. Foi ao mercado. Recebeu uma única proposta, da multinacional americana Valero. O grupo topa pagar pela sucata toda US$ 180 milhões.

10 – Isto mesmo: a Petrobras comprou metade da Pasadena em 2006 por US$ 365 milhões; foi obrigada pela Justiça a ficar com a outra metade por US$ 839 milhões e, agora, se quiser se livrar do prejuízo operacional continuado, terá de se contentar com US$ 180 milhões. Trata-se de um dos milagres da gestão Gabrielli: como transformar US$ 1,199 bilhão em US$ 180 milhões; como reduzir um investimento à sua (quase) sétima parte.

11 – Graça Foster, a atual presidente, não sabe o que fazer. Se realizar o negócio, e só tem uma proposta, terá de incorporar um espeto de mais de US$ 1 bilhão.

12 – Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “Tudo indica que a Petrobras fez concessões atípicas à Astra. Isso aconteceu em pleno ano eleitoral”.

13 Dilma, reitero, botou Gabrielli pra correr. Mas nunca mais tocou no assunto.

Encerro
 
Durante a campanha eleitoral de 2010, o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez propaganda de modo explícito, despudorado. Chegou a afirmar, o que é mentira descarada, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a sua gestão, tinha planos de privatizar a Petrobras.

Leram o que vai acima? Agora respondam: quem privatizou a Petrobras? E noto, meus caros: empresas privadas não são tratadas desse modo porque seus donos ou acionistas não permitem. A Petrobras, como fica claro, foi privatizada, sim, mas por um partido. Por isso, foi tratada como se fosse terra de ninguém.
 
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 2 de dezembro de 2012

Phishing, alcova, pescarias...

'Pois o PoPa esteve sob ameaça de um phishing. Como são muito poucos os visitantes, ninguém tinha relatado o problema... O velho PoPa teve um bocado de trabalho até identificar a fonte do mal: o link para o site do voto distrital. Pois até isso acontece nesta república!

O PoPa mandou retirar o link e, de quebra, sairam mais alguns já desnecessários pelo tempo transcorrido. Uma lástima que ainda exista gente no mundo disposta a perturbar a vida dos outros!

Enquanto o PoPa brigava para retirar o link de pesca do site, soube que o cara andava pescando fora de sua própria alcova. Não que isso fosse uma grande novidade, já que o cara é conhecido por sua necessidade primária de sexo, como foi constatado pelo "menino do mep"... (este post do Reinaldo Azevedo fala sobre este incidente). Mas a novidade, ainda mais sórdida que os apelos da carne, é que a guria da vez era também uma lobista engajada nas mais altas esferas do poder. E aprontou bastante... A guria presidente mandou ela embora mas fica a pergunta: Por que só agora, quando estourou o escândalo? Ela não sabia?

Agora, para ficar melhor na foto, a guria presidente deve retirar todo o povo que está na cota pessoal do cara e fazer uma limpeza geral. Afinal, mais um escândalo destes e a reeleição vai ficar complicada! O PoPa não é um fã ardoroso da guria presidente, mas prefere ela ao cara!




sábado, 3 de novembro de 2012

Sem medo de mistificar

Hoje o Estadão publicou este editorial. Diz tudo que o PoPa gostaria de escrever neste momento e, portanto, aí vai um corta e cola...

Sem medo de mistificar

É inacreditável a capacidade que o PT tem de mistificar quando a situação lhe é adversa, e de jogar abertamente com dois pesos e duas medidas quando se trata de defender seus próprios interesses. Nos últimos dias, os companheiros de Lula deram pelo menos dois magníficos exemplos de como não se encabulam de subestimar a inteligência do distinto público e fazer pouco do senso comum. O primeiro, ao avaliar o resultado das eleições municipais paulistanas. O segundo, ao afrontar mais uma vez a Suprema Corte a propósito do mensalão.

A executiva estadual do PT, reunida para fazer uma avaliação do pleito, emitiu nota oficial em que afirma: "A sociedade falou em alto e bom tom que o PT não está e nunca esteve no banco dos réus", porque o resultado das urnas "abafou as vozes daqueles que tentaram fazer do julgamento do Supremo Tribunal Federal - STF - (mensalão) um instrumento de desgaste e de destruição da sigla". De fato, a Ação Penal 470 jamais colocou no banco dos réus o PT, mas apenas seus dirigentes máximos, pelo menos do número dois para baixo, durante o primeiro mandato presidencial de Lula. E condenou-os um colegiado constituído, na maior parte, de ministros nomeados por dois presidentes da República petistas. Esses juízes consideraram procedente a peça acusatória apresentada por dois chefes do Ministério Público Federal colocados no cargo por Lula: Antonio Fernando de Souza, que iniciou as investigações, e Roberto Gurgel, que formalizou a denúncia.

Se, como quer o PT, sua vitória em São Paulo significa uma clara manifestação de desaprovação dos paulistanos às condenações do STF e um atestado de inocência conferido aos acusados petistas, isso quer dizer também, contrario sensu, que as derrotas do PT em Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Manaus, Belém, Campinas e outras centenas de municípios significam apoio às decisões da Suprema Corte. Por esse critério, as coisas vão muito mal para o PT, que afinal venceu as eleições com candidato próprio em apenas 635 cidades, que equivalem a uma população de 58 milhões dos 190 milhões de brasileiros. Fica combinado, então, que mais de 130 milhões de brasileiros condenam José Dirceu & Cia.

Por outro lado, o presidente nacional do PT, o iracundo Rui Falcão, anunciou que o partido divulgaria um manifesto contendo críticas ao que classifica de "politização" do julgamento do mensalão pelo Supremo, que, pressionado pela mídia "de direita", estaria ameaçando as liberdades individuais consagradas pela lei penal e pela Constituição. Os petistas estavam esperando apenas a realização do segundo turno do pleito municipal para saírem em defesa de seus dirigentes condenados por corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e outros delitos. E Falcão deixou claro, ao arrepio do Estatuto do PT, que os apenados não serão expulsos. Afinal, os petistas consideram Dirceu, Genoino, Delúbio e João Paulo Cunha "prisioneiros políticos" julgados por um "tribunal de exceção" - todos eles cidadãos que têm "serviços prestados ao País".

Na verdade, é o PT quem está politizando o debate sobre o mensalão. Insistem os seguidores de Lula que os ministros da Suprema Corte estão julgando sob pressão da mídia e de uma opinião pública por ela manipulada. É quase um insulto à biografia dos ministros, a maioria dos quais passou pelo crivo do comando petista no processo de escolha para compor o STF. Além disso, o argumento tropeça em outra incongruência. Se a opinião pública está pressionando a favor da condenação do mensalão, por que teria colocado nas urnas, "em alto e bom tom", um voto de absolvição dos mensaleiros?

Persistindo nas incongruências, afirmam os petistas que o mensalão é "uma farsa", ou seja, nunca existiu, mas asseguram que foi inventado, em Minas Gerais, em 1998, pelo mesmíssimo Marcos Valério, a serviço da campanha de reeleição do tucano Eduardo Azeredo. Esse escândalo já foi denunciado ao STF pelo Ministério Público e está entregue à relatoria do ministro Joaquim Barbosa. Só falta o PT - para manter-se coerente com sua incoerência - sair também em defesa dos mensaleiros tucanos, acusados das mesmas práticas criminosas que estão levando a cúpula petista à cadeia.

o original: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sem-medo-de-mistificar-,955001,0.htm

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Piada de salão

O PoPa anda um pouco desanimado com a política nacional. Por isso não dita mais seus próprios textos. Mas, de vez em quando, depara com um texto muito bom que gostaria de repartir com seus dez fiéis leitores. Vamos a mais um deles, de Ferreira Gullar.

Ferreira Gullar - Folha de São Paulo Ilustrada

Quando o escândalo do mensalão abalou a vida política do país e, particularmente, o governo Lula e seu partido, alguns dos petistas mais ingênuos choraram em plena Câmara dos Deputados, desapontados com o que era, para eles, uma traição. Lula, assustado, declarou que havia sido traído, mas logo acertou, com seus comparsas, um modo de safar-se do desastre.


Escolheram o pobre do Delúbio Soares para assumir sozinho a culpa da falcatrua. Para convencê-lo, creio eu, asseguraram-lhe que nada lhe aconteceria, porque o Supremo estava nas mãos deles. Delúbio acreditou nisso a tal ponto que chegou a dizer, na ocasião, que o mensalão em breve se tornaria piada de salão.
Certo disso, assumiu a responsabilidade por toda a tramoia, que envolveu muitos milhões de reais na compra de deputados dos partidos que constituíam a base parlamentar do governo.

Embora fosse ele apenas um tesoureiro, afirmou que sozinho articulara os empréstimos fajutos, numa operação que envolvia do Banco do Brasil (Visanet), o Banco Rural e o Banco de Minas Gerais, e sem nada dizer a ninguém: não disse a Lula, com que privava nos churrascos dominicais, não disse a Genoino, presidente do PT, nem a José Dirceu, o ministro político do governo.

Era ele, como se vê, um tesoureiro e tanto, como jamais houve igual. Claro, tudo mentira, mas estava convencido da impunidade. A esta altura, condenado pelo STF, deve maldizer a esperteza de seus comparsas. Mas os comparsas, por sua vez, devem amaldiçoar o único que, pelo menos até agora, escapou ileso do desastre -o Lula.

Pois bem, como o tiro saiu pela culatra e o partido da ética na política consagrou-se como um exemplo de corrupção, Lula e sua turma já começaram a inventar uma versão que, se não os limpará de todo, pelo menos vai lhes permitir continuar mentindo com arrogância. O truque é velho, mas é o único que resta em situações semelhantes: posar de vítima.

E se o cara se faz de vítima, tem o direito de se indignar, já que foi injustiçado. Por isso mesmo, vimos José Genoino vir a público denunciar a punição que sofreu, muito embora tenha sido condenado por nove dos dez ministros do STF, quase por unanimidade.
A única hipótese seria, neste caso, que se trata de um complô dos ministros contra os petistas. Mas mesmo essa não se sustenta, uma vez que dos dez membros do Supremo, oito foram nomeados por Lula e Dilma.

Reação como a de Genoino era de se esperar, mesmo porque, alguns dias antes, a direção do PT publicara aquele lamentável manifesto em que afirmava ser o processo do mensalão um golpe semelhante aos que derrubaram Getúlio Vargas e João Goulart. Também a nota posterior à condenação de José Dirceu repete a mesma versão, segundo a qual os mensaleiros estão sendo condenados porque lutam por um Brasil mais justo. O STF, como se sabe, é contra isso.

Não por acaso, Lula -que reside num apartamento duplex de cobertura e veste ternos Armani- voltou a usar o mesmo vocabulário dos velhos tempos: "A burguesia não pode voltar ao poder". Sim, não pode, porque agora quem nos governa é a classe operária, aquela que já chegou ao paraíso.

Não tenho nenhum prazer em assistir a esse espetáculo degradante, quando políticos de prestígio popular, que durante algum tempo encarnaram a defesa da democracia e da justiça social em nosso país, são condenados por graves atentados à ética e aos interesses da nação. As condenações ocorreram porque não havia como o STF furtar-se às evidências: dinheiro público foi entregue ao PT, mediante empréstimos fictícios, que tornaram possível a compra de deputados para votarem com o governo. Tudo conforme a ética petista, antiburguesa.
Mas não tenhamos ilusões. Apesar de todo esse escândalo, apesar das condenações pela mais alta corte de Justiça, o PT cresceu nas últimas eleições. Tem agora mais prefeituras do que antes e talvez ganhe a de São Paulo. Nisso certamente influiu sua capacidade de mascarar a verdade, mas não só. Com a mesma falta de escrúpulos, tendo o poder nas mãos, manipula igualmente as carências dos mais necessitados e dos ressentidos.

Não vai ser fácil acharmos o rumo certo.   Texto original aqui: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/73079-piada-de-salao.shtml

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Somos mais realistas que o rei?

Em suas leituras matinais, o PoPa ficou sabendo que a tentativa de um deputado estadual em libarar alguns agrotóxicos para venda no Estado tinha pifado. Tudo porque as tais redes sociais fizeram um barulhão e própria RBS andou fazendo uma campanhazinha. Muito bem, se existem produtos que fazem mal à saúde, que sejam proibidos, mesmo!

Mas, é o que acontece, realmente? Vamos ver... o Brasil não é uma federação de verdade, com seus estados legislando separadamente. Proibem a venda de alguns produtos por aqui. Certo. Mas estes produtos são utilizados em outros estados, inclusive aqui do lado, em Santa Catarina. E, claro, o que eles produzem vem para cá... Estamos falando de rações animais, óleos vegetais, legumes, leite e derivados, patês e a conta é grande. Nossa legislação estadual não pode interferir no que eles produzem e não pode proibir que sejam comercializados aqui.

Quem ganha e quem perde em uma situação como esta? Os consumidores brasileiros - gaúchos inclusive - seguem comendo os produtos que nós, gaúchos, entendemos que não podem ser utilizados na produção. Ou seja, não usamos, mas comemos!

Como é bom ser o joãozinho do passo certo!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eleições em Pelotas

Por provocação do Maia, o PoPa tentou colocar idéia dele sobre o que rola na eleição pelotense.
Em primeiro lugar, os vereadores. Pressentindo que a mamata o importante serviço público oferecido por eles poderia acabar, os atuais edis resolveram aumentar as vagas de 15 para 21. E isso sem consultar ninguém, além dos cupinchas  colegas partidários. Assim, claro, as chances de continuar por lá, mamando trabalhando, são maiores. E o presidente da casa da mãe joana do povo ainda teve a cara de pau de ir para a imprensa e dizer que isso não aumentaria os gastos de manutenção da dita casa!!!! Analisando friamente os atuais candidatos, o PoPa resolveu que não vai votar em nenhum deles. Afinal, o menos ruim, na opinião do PoPa, é ruim demais. E tem aqueles candidatos: a empreguete, a santinha, o fonfon, o banha...

 Mas... e os prefeituráveis? Temos, novamente, o deputado Marroni querendo retornar à prefeitura. Se é para fazer o que fez quando aqui esteve, o problema é sério! Mas e os outros? O PoPa resolveu ler as propostas enviadas à justiça eleitoral (isso tem valor para ser cobrado depois?)

Marroni tem algumas preciosidades no seu projeto de governo. Na parte de meio ambiente, por exemplo, começa assim: A implementação do projeto neoliberal aprofundou os problemas ambientais no planeta. É mesmo? Isso quer dizer que o meio ambiente na China está perfeito, já que lá não existe um projeto "neoliberal"? A neosocialista Venezuela está com todos os seus problemas resolvidos nesta área, ou aumentaram com o socialismo bolivariano? O PoPa lembra de um caso, durante o governo Marroni, onde um condomínio de terrenos foi transformado em loteamento pois um secretário dele afirmava que se tratava de uma ação excludente, um gueto da "classe média". Aliás, recomendo a leitura do documento por eleitores potenciais de Marroni, pois estão colocadas todas as suas idéias ali. Com o uso excessivo das palavras "cidadã" e "transversalidade".

Eduardo Leite parece ser o menos ruim, mas não sabemos o que poderia fazer com um partido fraco na cidade, que é o psdb. Seu programa é muito enxuto, pequeno demais para ser avaliado. É um dos candidatos da base de apoio do Fetter (atual prefeito, que não deixou se criar nenhuma liderança no próprio partido, o pp, que vai ter candidato...)

Catarina Paladini do psb. O PoPa conhece pessoalmente o guri e sabe que tem boa intenção. Resta saber se vai ter gente à altura para tocar uma prefeitura como a de Pelotas. O programa dele é o mais bem elaborado, técnico e sem firulas. Se a leitura fosse motivo de decisão, seria o candidato do PoPa.

Jurandir Silva do psol, é agrônomo como o PoPa. Seu programa de governo faz uma excelente análise da situação atual da economia pelotense. Mas sua solução é aterradora: Nossa proposta é integrar indústria, comércio, serviços e agricultura em uma nova perspectiva, sob controle da população, fomentando a economia solidária, as cooperativas de trabalhadores, os investimentos públicos para geração de emprego e distribuição de renda.

Matteo Chiarelli do Dem, apresentou o programa mais sintético que o PoPa já viu até hoje. Em cinco itens, com não mais de 11 linhas no total, o candidato coloca suas idéias apenas superficialmente, usando os termos "comprometer-se", "aprimorar", "contribuir"... Fala sério! Este candidato também é da base de apoio do Fetter.

Cinco candidatos, no máximo duas opções "menos piores". O PoPa ficaria entre Catarina e Eduardo, mas não está disposto a apostar nisso no primeiro turno. No segundo, dependendo de quem estiver por lá, talvez o PoPa vote, afinal.


domingo, 23 de setembro de 2012

Na base do desespero

texto de opinião do Estadão, no dia de hoje.

Lula sente-se ameaçado. De fato, está. Seu governo corre o risco de receber diploma de improbidade com o julgamento da Ação Penal 470 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E seu partido pode levar uma surra histórica nas urnas de 7 de outubro - como mostra o último Datafolha. São as razões do desespero que levou o ex-presidente a pedir socorro a alguns dos partidos da base do governo, constrangendo-os a subscrever uma nota dirigida "à sociedade brasileira" na qual se tenta colocar o chefão do PT a salvo das suspeitas a respeito de seu verdadeiro papel no escândalo do mensalão.
Como não pegaria bem atacar diretamente o STF injusto ou o eleitorado ingrato, a nota volta-se contra os partidos da oposição, que tiveram a ousadia de sugerir ampla investigação sobre quem esteve de fato por detrás da trama criminosa do mensalão, conforme informações atribuídas ao publicitário Marcos Valério pela revista Veja.

A propósito dessa suspeita natural que a oposição não teve interesse ou coragem de levantar em 2004, o comportamento do ex-presidente no episódio merece, de fato, algum "refresco de memória". Quando o escândalo estourou, Lula declarou que se sentia traído e que o PT devia pedir desculpas ao País; depois, em entrevista à televisão em Paris, garantiu, cinicamente, que seu partido havia feito apenas o que todos fazem - caixa 2; finalmente, já ungido pelas urnas, em 2006, lançou a tese que até hoje sustenta: tudo não passou de uma "farsa" urdida pelas "elites" para "barrar e reverter o processo de mudanças" por ele iniciado, como afirma a nota.

Por ordem do chefão essa manifestação de desagravo a si próprio foi apresentada pelo presidente do PT, o iracundo Rui Falcão, a um grupo selecionado de aliados. Da chamada base de apoio ficaram de fora o PP de Valdemar Costa Neto e o PTB de Roberto Jefferson, ambos sendo julgados pelo STF. O documento leva a assinatura dos presidentes do PT e de cinco outras legendas: PSB, PMDB, PC do B, PDT e PRB. Seus termos obedecem ao mais rigoroso figurino da hipocrisia política. Iniciam por repudiar a nota em que PSDB, DEM e PPS, "forças conservadoras", "tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva". E a classificam como "fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro".

Para PT e aliados, numa velada referência ao processo do mensalão, as oposições "tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados". Nenhuma referência, é claro, ao fato de que, no momento, os interesses que estão sendo contrariados são exatamente os de Lula e do PT. Mas, em matéria de fazer o jogo de espelho, acusando os adversários exatamente daquilo que ele próprio faz, o lulopetismo superou-se em alusão explícita ao julgamento do mensalão: "Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam o STF, estão preocupados em fazer da Ação Penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula".

Nos últimos dias, os sintomas de desespero nas hostes lulopetistas traduziram-se em despautérios de importantes personalidades do partido. O presidente da Câmara dos Deputados acusou o ministro Joaquim Barbosa de ser falacioso ao denunciar a compra de apoio parlamentar pela quadrilha que, segundo a denúncia da Ação Penal 470, era chefiada por José Dirceu. O senador Jorge Viana (PT-AC), ex-governador do Acre, ele próprio investigado pela suspeita de compra de votos, voltou ao tema do "golpe contra o PT". E o deputado federal André Vargas (PT-PR), chefe da equipe nacional de Comunicação do partido, revelou sua peculiar concepção de transparência da vida pública ao condenar a transmissão ao vivo das sessões plenárias do STF como "uma ameaça à democracia". São esses os combatentes da "batalha do tamanho do Brasil" convocada pelo desespero de Lula&Cia. Convocação atendida também pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, em esfuziante entrevista no jornal Valor de sexta-feira.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Custo da Pena - Osmar Terra*

Defensores da legalização do uso das drogas alegam que muitos presos como traficantes são, na verdade, pequenos traficantes que vendem drogas para manter o próprio consumo. São vítimas mais que vilões. Argumentam que, ao irem presos, cumprem penas em prisões superlotadas e inadequadas e se transformam em delinquentes perigosos. Acrescentam um refrão: o custo de um pequeno traficante na prisão é alto, e seria mais producente e efetivo ser tratado como consumidor, antes de traficante, sem a pena de prisão. Ora, esses argumentos são superficiais e ignoram questões cruciais do enfrentamento às drogas:

1) a epidemia das drogas, em particular a do crack, obedece a mesma lógica da epidemia viral. Quanto mais vírus circulando no ambiente, mais gente ficará doente. Na das drogas, quanto mais gente traficando, mais droga circulando, mais doentes crônicos da dependência química.

2) o tráfico de drogas, como o crack, é feito basicamente por pequenos traficantes, dependentes ou não de drogas. São eles que traficam mais de 90% do crack no Brasil.

3) drogas como o crack causam dependência química quase instantânea em seus usuários. Com extraordinária rapidez, viram doentes crônicos, sem cura, para o resto de suas vidas. Basta experimentar duas ou três vezes, e o dano se instala.

4) a atuação do pequeno traficante atrai e abastece ao redor de 30 a 50 usuários de crack, que, se não houvesse essa oferta, provavelmente não ficariam dependentes.

5) um pequeno traficante preso custará aos cofres públicos cerca de R$ 100 mil em cinco anos e não vitimará ninguém fora da prisão.

6) solto, levará, nos mesmos cinco anos, mais de 200 jovens à dependência química definitiva, cujo tratamento custará, no total, perto de R$ 8 milhões, só nos primeiros cinco anos. Sem falar nas recaídas.

Estou me referindo exclusivamente a tratamento pelo SUS, pago pelo contribuinte. Infelizmente, a lógica é de que até para o bolso do contribuinte e para a saúde pública é muito melhor o traficante, grande ou pequeno, usuário ou não de drogas, ficar fora de circulação, e com isso evitar que mais e mais jovens brasileiros adoeçam para lhes dar ganho econômico. A conta é simples: um pequeno traficante preso custa 80 vezes menos para os cofres públicos que solto. Sem falar da destruição da saúde dos dependentes, de suas famílias e das vidas que a sua liberdade causa.

Quanto às condições das prisões, é outro assunto que deve ser resolvido com urgência pelo governo, também. Mas não podemos justificar um erro com outro. Não podemos fazer o discurso conformista para com uma política errada (de não investir em presídios) para justificar outra, que é a de manter livres os multiplicadores da epidemia das drogas.

* Deputado Federal e ex-secretário da Saúde do Rio Grande do Sul.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Pelotas 200 anos. Pobre Princesa!

Pois muitos tentam explicar as dificuldades encontradas por Pelotas e região nas últimas décadas. De uma cidade que era exemplo para todo o Estado e até para o País, Pelotas desandou em todas os aspectos. Passou de uma das mais importantes cidades em termos econômicos, para a 17ª posição em arrecadação de tributos estaduais, o que representa sua incapacidade de gerar riquezas.

Uma cidade onde a comunidade uniu-se para fazer uma biblioteca, onde famílias doavam patrimônios expressivos para fazer escolas, igrejas e clubes. Uma cidade com uma arquitetura bela e característica. Uma cidade onde a riqueza era, de certa maneira, redistribuída pelos mais ricos.

Hoje vemos uma cidade onde os comerciantes do centro não tem capacidade sequer de varrer a frente de suas lojas, que dirá fazer alguma melhoria no seu entorno. E temos camelôs invadindo espaços nobres, trailers fixados em pontos estratégicos, lançando esgoto cloacal nas linhas pluviais. 

Hoje vemos uma cidade onde os moradores deixam crescer capim na frente de suas casas, esperando que a prefeitura passe por lá com uma equipe para retirá-lo. O PoPa lembra-se da sua mãe varrendo a frente da casa diariamente, o mesmo sendo feito pelos vizinhos.

Hoje vemos uma cidade sem árvores, onde o poder público ainda retira as poucas que existem, sem uma explicação razoável. É o caso das árvores da Fernando Osório, do plátano ao lado do Guarani e tantas outras.

Hoje vemos uma cidade que chega aos 200 anos suja, feia e com uma pálida idéia do que foi no passado. Pior, vemos que a expressão máxima das comemorações deste bicentenário, foi a travessia do Arroio Pelotas por uma "pelota". Seria interessante, não fosse o fato de que a tal "pelota" foi fabricada em Gramado! Hoje temos uma cidade repleta de cursos universitários e técnicos, que não tem a capacidade de fazer um barquinho com pedaços de pau e couro mal curtido!

Pelotas está em crise! Muito mais que crise econômica, temos uma crise de caráter, uma crise de criatividade, uma crise de fundamentos cívicos, urbanos, políticos e tudo mais que queiram. Olhando a listagem dos candidatos a prefeito, o PoPa não vê um futuro muito diferente para os próximos anos. A listagem dos vereadores não é muito convidativa, também...

domingo, 1 de julho de 2012

Paraguaios, aproveitem que os falsos amigos puxaram teu tapete.

Pois o PoPa parou de se preocupar com a situação política brasileira. Diz um antigo ditado que o que não tem conserto, consertado está. Logo, como não é possível apear do poder estes que aí estão, sempre com altos índices de popularidade, a questão é cuidar da própria vida, torcer para que as coisas não fiquem como parecem que irão ficar no futuro para que as próximas gerações tenham um pouco de dignidade de vida. Ou, em outras palavras, que as próximas gerações tenham estudo decente, saúde responsável, segurança para ir e vir e que possam discordar do que não gostam, eventualmente.

Esta semana tivemos um exemplo interessante de como as coisas podem modificar-se. O Paraguai tirou seu presidente do cargo e foi execrado pelos seus vizinhos. Da Venezuela, de onde vinha parte de seu petróleo, da Argentina, de onde vinha trigo e outros produtos e do Brasil, que detém parceria com a Itaipu e até com um porto de mar.

Pois esta é uma oportunidade única para o Paraguai, sempre tão distante do desenvolvimento de seus próprios vizinhos, já não tão adequado. E como isso se daria? Com a retirada de apoios paternalistas, o Paraguai pode iniciar seu próprio desenvolvimento com uma vantagem que nenhum dos outros países daqui possuem: energia praticamente de graça! Atrair empresas estrangeiras para uso desta energia deveria ser o primeiro passo. Quem sabe, dar a distribuição em troca de cobranças por alguns anos e promover o desenvolvimento industrial deste pequeno país. Com sua pequena área física e a facilidade de tomar decisões imediatas, o crescimento poderá ser astronômico e transformar o país em uma pequena ilha de felicidade no meio de tantos problemas.

O PoPa acredita que os bolivarianos estão fazendo um favor ao povo paraguaio. Resta aos dirigentes atuais fazerem o que é certo.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

CLIC para acender… nunca para apagar


O PoPa repassa o texto que convoca a um evento tecnológico em Havana. Segundo os organizadores, não será debatida a forma de governo da ilha sequestrada - até porque não teriam como fazer isto, às barbas do regime totalitário de Raul Castro. Mas é um começo. A tecnologia será a responsável pela libertação do povo cubano, sem dúvida. Ao conseguir levar às pessoas a informação correta, a tecnologia colocará o regime sob pressão. Democracia por lá ainda vai demorar, mas eles terão que aliviar o pé pesado do comunismo e dar mais liberdade ao povo.

CLIC para acender… nunca para apagar

 do blog da Yoni Sanchez - Generacion Y

Quinta-feira passada foi feita a convocação para um evento sobre novas tecnologias e redes sociais que acontecerá em Havana de 21 a 23 de junho deste ano. Sob o nome de Festival Clic queremos nos reunir para falar de novas tendências na web 2.0 e também para abordar os desafios que temos pela frente quanto ao uso destas ferramentas de difusão e comunicação. Interessa-nos especialmente a futura projeção de Cuba como um país inserido na modernidade tecnológica e também tentar responder a interrogação do que fazer para se acelerar o momento em que cada cidadão deste país acessará o ciberespaço plenamente.
O evento é apoiado por várias organizações, grupos e pessoas da sociedade civil, porém não é comprometido com os interesses particulares de nenhum deles. Não tem caráter ideológico nem político, senão tecnológico. Não está planejado como uma tribuna para queixas do que nos ocorre mas sim como um espaço propositivo o amanhã. O que não impede que levantemos nossa voz contra a dura realidade de sermos a nação com menor conectividade a web deste hemisfério. Não incorreremos em nenhum tipo de segregação política nem utilizaremos nenhuma peneira ideológica para selecionar os participantes, muito menos cairemos nas exclusões que outros encontros anteriores de blogueiros e twiteiros cubanos sofreram. O Festival Clic não terá uma declaração final insultando ou desqualificando ninguém e menos ainda proporemos a Web como um campo de batalha contra nenhum outro grupo, evento ou tendência. Como na mesa do poeta Walt Whitman neste evento há espaço para todos, sem exceção. Nos próximos dias serão feitos os convites via e-mail e pessoalmente, mesmo que todos os que tenham lido este texto já possam se sentir convidados.
Os principais apoios com que contamos são a energia, o talento e a operosidade de muitas pessoas. Os recursos que serão empregados durante esses três dias provêm dos próprios organizadores e dos participantes. De modo que NENHUM partido, governo ou instituição financiou o evento, participou da realização do seu programa nem influiu na idéia inicial de fazê-lo ou não fazê-lo. Mas sim, temos recebido palavras de alento e o apoio emocional de centenas de internautas, cidadãos comuns, tradutores voluntários e demais amigos. Também há que se ressaltar a solidariedade e a difusão brindada pelo Evento Blog  España (EBE) que nos tem dado ajuda com a criação da página web e nos tem inspirado com seu exemplo de pluralidade e debate.
Temos pela frente um par de semanas decisivas para a qualidade do Festival CLIC. Por isso queria pedir a todos os leitores em nome dos vários organizadores que nos ajudem com quanta idéia lhes ocorra. Vossas colaborações podem ir desde enviar uma comunicação aos participantes ou incluí-la nos debates, até nos ajudar a difundir o evento. Um post num blog, um curto tweet com a etiqueta #festivalclic ou uma simples mensagem de alento e lhes ficaremos sumamente agradecidos. Cativar-nos-ia levar o conhecimento do que acontecerá nesses três dias a todo cidadão que esteja interessado no tema. Se por estes dias algum turista estrangeiro que esteja de visita a Ilha quiser participar conosco, também estarão abertas as portas do Festival Clic para o mesmo. Essa visibilidade e transparência serão a melhor proteção com que poderemos contar.
Pressinto que a tecnologia e o conhecimento sairão ganhando!
Festival CLIC de 21 a 23 de junho
Calle 1ra #4606 entre 46 e 60, Playa
Cidade de Havana
@FestivalCLIC
#FestivalCLIC
“Acesse o programa do evento aqui

sábado, 2 de junho de 2012

Parabens, Reinaldo Azevedo - Seis anos de blog na Veja!

Quando um blog chega aos seis anos com um conteúdo que já rendeu dois livros e está no prelo com um terceiro, temos que dar o devido crédito. É um blog com leitores.

Se este mesmo blog acumula milhares de leitores diariamente (entre 100 e 150 mil, chegando a picos de mais de 200.000) não dá para dizer que é um blog parcial e tendencioso. Leitores podem suportar pequenos deslizes mas não o tempo todo e o abandonariam, certamente, não fosse cioso da verdade e muito bem escrito. É preciso que se tenha em mente, no entanto, que jornalistas de opinião são... jornalista de opinião! Eles precisam apresentar aos seus leitores, sua posição social e política. E até religiosa. E isso não é ser tendencioso, é ter opinião, defendê-la, e não desviar dependendo dos ventos sociais e políticos.

Se este mesmo blog acumula milhões de comentários podemos afirmar que ele é um polemista mas que também desperta, em seus leitores, o desejo de reafirmar o que foi dito ou de contestar, dentro de parâmetros civilizados, o que lá está  registrado.

Se um jornalista (detesto o termo blogueiro) escreve textos quilométricos em um espaço da internet e, mesmo assim, consegue leitores, é um espanto que deveria fazer parte de algum tema acadêmico. O PoPa gosta, particularmente, de saborear as preciosidades linguísticas do escriba. Muitas vezes, relê o mesmo texto para perceber a minúcia, o detalhe, a perfeição do português, tão espancado por tantos jornalistas nestes dias complicados.

Quando um presidente orgulha-se de não ter estudado e declara não ler livro algum, a pátria culta perde um pouco de seu conteúdo. Quando políticos de várias origens não se importam em falar errado, podemos atribuir ao despreparo de sua formação escolar. No entanto, quando jornalistas não têm apreço ao falar corretamente, quando não prestam atenção aos que vai ser lido e absorvido pelos seus leitores, então temos um problema muito sério. Se é para ter controle da mídia, que se faça um controle linguístico, proibindo-se textos mal escritos. Que tal um controle como os que eram feitos nos jornais de antigamente, com severos códigos de ética e com revisores rígidos que não deixavam passar bobagens, ilegalidades e erros grosseiros?

O PoPa não tem esta obrigação de escrever bem e correto. Com pouco mais de dez leitores em cada um dos seus textos, a responsabilidade é bem menor! Mas, mesmo assim, tem o cuidado de não espancar a língua madre!

domingo, 27 de maio de 2012

Reunião de lobos, degola de galinha.

Este final de semana, o PoPa tentou acompanhar as novidades que apareceram na revista Veja e em outros jornais e revistas. O assunto principal, como não poderia deixar de ser, foi a declaração do ministro do Supremo, Gilmar Mendes, de que teria sofrido uma coerção do ex-presidente Lula para trancar o julgamento do "mensalão". A única testemunha da conversa, Nelson Jobim, nega que ela tenha existido nos termos declarados pelo ministro.

Então, ficamos assim: Gilmar Mendes, ministro do STF, declarou que foi levado a crer que Lula teria informações que poderiam complicá-lo na CPI do Cachoeira e que ele, Lula, teria como blindá-lo "tenho controle da CPI", teria dito Lula a Gilmar. "E a viagem à Berlim?" teria perguntado Lula, em referência a boatos que correm dizendo que Gilmar teria ido por conta de Cavendish juntamente com Demóstenes. Gilmar afirma que pagou a viagem do seu (dele) bolso e que vai seguidamente visitar a filha que mora lá.

Em quem acreditar, portanto? Lula ainda não se manifestou sobre o episódio, mas Jobim meio que tirou o corpo fora, dizendo que não ouviu nada disso. Uma coisa todos podemos ter certeza. Lula sabia que Gilmar estaria lá e Gilmar sabia que Lula iria aparecer. Jobim tinha acertado a visita de Lula com uns três dias de antecedência (informação do próprio Jobim) e não permitiria que lá estivesse alguém sem que Lula soubesse. Logo, foi um encontro planejado.

E teria havido tal conversa? Bom, aí vai depender da qualidade de cada um dos participantes da reunião. Dizer que Lula seria capaz disso é chover no molhado. Ele já fez coisa pior. Mas é preciso lembrar que devia haver algum tipo de sinal que haveria este tipo de situação na reunião. Gilmar estava lá por sua própria vontade e sabia que Lula estaria ali também. Teria provocado a situação para depois poder "vazá-la"? Neste caso, é bem provável que ele tenha gravado a tal conversa.

Nesta história, caros e parcos leitores do PoPa, não temos inocentes e cândidos participantes. São lobos, todos eles, sem pele de cordeiro alguma para enganar uns aos outros. Galinhas somos todos nós, que acreditamos que ainda exista ética neste meio político.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Comissão da Verdade é 'moeda falsa', diz general


Aos 91 anos, Leônidas Pires, ex-ministro do governo Sarney, mostra indignação e diz que Exército está sendo 'sumariamente julgado'

 TÂNIA MONTEIRO / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Ex-ministro do Exército do governo José Sarney, o general da reserva Leônidas Pires Gonçalves atacou a presidente Dilma Rousseff e a Comissão da Verdade instalada na quarta-feira, em solenidade no Palácio do Planalto, classificando-a de "uma moeda falsa, que só tem um lado" e de "completamente extemporânea". Ao Estadão, Leônidas disse que a presidente Dilma deveria ter "a modéstia" de deixar de olhar o passado e olhar para frente, "para o futuro do País".
Recolhido em sua residência, Leônidas, que está com 91 anos, evita fazer declarações à imprensa, mas fez questão de falar sobre a instalação da Comissão da Verdade por considerar que os militares estão "sendo injustiçados" e não vê quem os defenda no governo. Segundo ele, quando Nelson Jobim era ministro da Defesa havia um interlocutor. "Ele se colocava", disse. "Mas o seu sucessor, Celso Amorim, que deveria se manifestar está ligado ao problema."
O general se diz indignado com o que define como "injustiça que está sendo feita com o Exército". Para ele, a Força está sendo "sumariamente julgada e punida". Mas Leônidas defendeu a liberdade de expressão. "Que se respeite a minha opinião. Aqui é uma democracia. A palavra é livre e isso foi graças à nossa intervenção", reagiu.
Para ele, "embora o discurso seja de que não haverá punição com esta Comissão da Verdade, já estão promovendo a maior punição ao Exército, que está tendo o seu conceito abalado injustamente".
O ex-ministro do Exército acha que os comandantes militares deveriam falar em defesa da categoria e espera que eles, pelo menos, estejam levando a insatisfação dos oficiais aos demais integrantes do governo em relação à Comissão da Verdade.
Leônidas declarou ainda que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica "têm de orientar como os militares que forem chamados à comissão devem se comportar".
Convite. O general da reserva não acredita que será convidado a depor na comissão. "Não há razão para eu ser convidado", declarou ele, citando que no tempo em que o DOI-Codi do Rio de Janeiro esteve vinculado a ele, entre abril de 74 e fevereiro de 77, "nunca apareceu nada nem ninguém que tivesse alegado ter sido torturado". E emendou: "Eu já desafiei que alguém se apresentasse na TV e nunca apareceu nada".
Nas declarações feitas ao Estado, o ex-ministro - que foi um dos avalistas da posse do presidente Sarney, quando Tancredo Neves morreu, garantindo a transição de um governo militar para o civil - diz que a presidente Dilma Rousseff tem que "esquecer o passado, olhar para a frente" e se preocupar com o futuro do País.
O general Leônidas Pires rechaçou a possibilidade de a Lei de Anistia ser revogada, como um segundo passo, depois de a comissão da Verdade fazer seu trabalho, por conta de pressão das esquerdas. "Isso não tem cabimento. A não ser que exista vontade expressa do revanchismo."
Para ele, "é impossível mexer na Lei da Anistia, que foi fruto de um acordo no passado e que já foi chancelada pelo Supremo". E emendou: "Se quiserem fazer pressão no Supremo, o poder moderador tem de entrar em atuação no País".

acessado em 18/05/2012: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,comissao-da-verdade-e-moeda-falsa-diz-general-,874561,0.htm

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Transição Inacabada

O texto a seguir é de autoria de Jarbas Passarinho, ministro de governos militares e de Collor, nas pastas do Trabalho, Educação e Justiça. Também foi senador da República. O PoPa foi um contestador dos governos militares e de seus títeres. Mas hoje percebe que os que pegaram em armas para derrubar o regime não eram melhores em nenhum ponto. O texto a seguir, publicado pela primeira vez em 28/10/2008, no Correio Braziliense, mostra dados históricos que não podem ser esquecidos.

Transição inacabada – Por Jarbas Passarinho 


O presidente Geisel, ao tomar posse em março de 1970, encontrou vencidas as guerrilhas urbanas, iniciadas em 1967. Preparou um plano de transição constante da Emenda Constitucional nº 11, de 13 de outubro de 1978. Revogava o AI-5. Restabelecia todas as liberdades fundamentais, entre elas a dos órgãos de comunicação de massa, hoje conhecidos como mídia.

Ao presidente Figueiredo coube continuar a transição, com a quebra do bipartidarismo e a anistia geral. Ao fim do mandato do seu sucessor, eleito pelo Colégio Eleitoral mantido pela eleição de 1982, encerrar-se-ia o ciclo militar. O PDS rejeitou fosse substituto de Figueiredo o deputado Paulo Maluf, candidato aprovado em Convenção Nacional. O cisma, liderado pelo senador José Sarney, em 1984, causou a adesão de grande parte do partido à candidatura de Tancredo Neves, ainda eleito pelo Colégio Eleitoral tão execrado, mas útil no momento favorável.

Quanto à anistia, a oposição exigia “ampla, geral e irrestrita”. Apresentou, porém, um substitutivo que aprovava a absolvição dos crimes conexos (entendidos como terrorismo e tortura), mas não abrangeria, intencionalmente ou não, Leonel Brizola e Miguel Arraes. Derrotado o substitutivo, encabeçado pelo deputado Ulysses Guimarães, foram ambos eleitos em 1982, respectivamente governador do Rio Grande do Sul e deputado federal, por Pernambuco. Líder do governo Figueiredo, e por ele autorizado, garanti, da tribuna do Congresso, que outras medidas, especialmente sobre os crimes de sangue que a lei excluía, seriam progressivamente submetidas ao Congresso.

Aprovada a anistia pelo Congresso, antecipada pelo pluralismo partidário e a legalização dos partidos marxistas e até leninistas pelo presidente José Sarney, que fora o líder da Arena e do PDS, vê-se que a distensão buscava a democracia plena. Mas a esquerda radical não aceitou, anistiada, a reconciliação da família brasileira. Na Constituinte, o assunto voltou à baila: “Nada de esquecimento”, diziam. Na gestão de FHC a litania separatista de esquerda foi atendida. O revanchismo produziu a inversão da história: os vencidos na luta armada, que a deflagraram em 1967, passaram a reescrever a história.

O presidente Fernando Henrique Cardoso tornou lei a “vendeta”. Constituiu as comissões de Anistia e de Indenização, tomadas de facciosismo raivoso e multiplicador até de fortunas, que levaram o humorista Millor Fernandes, nada simpático ao ciclo militar, escrever que “os guerrilheiros não fizeram guerrilha, mas um bom investimento”. FHC, ao sancionar as comissões, disse ser “o dia mais feliz” da vida dele. Carreou votos de milhares de indenizados para Lula e não para Serra, seu candidato a presidente da República.

Esse retrospecto põe em evidência o comportamento harmonizador, sem reciprocidade, dos que impediram que o Brasil virasse uma imensa Cuba. Pagam por isso, como se os guerrilheiros tivessem vencido, pelas armas, a segunda tentativa sangrenta de tomar o poder no Brasil. Derrotados, foram anistiados, mas parecem vencedores implacáveis. Falseiam a verdade.

Objetivam convencer os incautos que perderam devido à tortura que teriam sofrido, quando se sabe que perderam porque não tiveram apoio da opinião pública, essencial para as guerrilhas. Dizem que lutaram pela democracia contra a ditadura. Como confessa dignamente o ex-guerrilheiro Daniel Aarão Reis, marxistas leninistas que eram, bateram-se pela ditadura do proletariado. Compensando o fracasso armado, estão com os bolsos abarrotados de dinheiro, pensões vitalícias sem pagar Imposto de Renda, empregos e nomes nas ruas. O presidente Lula, que prefere ser democrata pragmático a proletário revolucionário, os diz heróis, numa cerimônia a que presidiu.

Apesar de todas as vantagens, não terminam as reivindicações. Nas eleições importantes de São Paulo, dona Marta Suplicy, derrotada, chamava de filhote da ditadura ao seu concorrente, que nem tinha nascido em 1964. Jornais de grande tiragem rememoram, de onde em onde, ocorrências havidas na guerrilha do PCdoB (ainda hoje stalinista), no Araguaia, sempre imputando sevícias aos que defenderam a pátria com o sacrifício da própria vida. Stalin agradece. Nossa pátria pranteia silenciosamente seus mortos. Note-se que a mudez impera no agitprop sobre as guerrilhas urbanas muito mais sérias.

A OAB, 40 anos depois, pede ao Supremo Tribunal Federal que proíba prescrição do crime de tortura, que atribui aos militares, mas silencia sobre o terrorismo, o que faz supor aprová-lo como legítimo na guerrilha. Ignora o atentado que matou cinco pessoas inocentes, mutilou e feriu 15 no aeroporto de Recife, em 1966; o carro-bomba que estraçalhou o corpo de uma sentinela do Exército em São Paulo; os que, desarmados, emboscaram Henning Boilense; que “matou por engano” um major alemão, tomando-o por um capitão boliviano, que teria prendido Che Guevara, ambos alunos da Escola de Estado Maior do Exército brasileiro.

Divulgam as violências que José Genoíno garante ter sofrido para dar informações de seu grupo, mas que tem a correção de negar tenha sido torturado ao ser preso na floresta. Pois os companheiros de Genoíno, meu par no Congresso, certa vez esfatiaram até à morte, na presença dos pais, o corpo de um menino de 17 anos de idade que serviu de guia à patrulha militar que os perseguiu na mata. Nos países torturadores, Cuba e China, onde se amestraram, devem ter-lhes lembrado Marx: “A violência é a parteira da história”. E o terrorismo, doutores?

Texto copiado de: http://www.anabb.org.br/novoSite/clipping/Clipping28102008.htm


domingo, 13 de maio de 2012

Disfarçado de integrante da Cruz Vermelha, imbecil agride manifestante em Cuba

Não, o PoPa não vai culpar a Cruz Vermelha pela vergonha de ter um integrante da mesma agredindo um manifestante. Com absoluta certeza, aquele brutamontes não é um dos voluntários da entidade que tem trabalhos importantes mundo afora, indo onde governos não vão para garantir a dignidade humana.

Mas este vídeo desnuda um governo que não vê nenhum problema em colocar seus patrulheiros disfarçados do que quer que seja. Neste filme, foi um integrante da Cruz Vermelha. Em outras oportunidades serão estudantes, trabalhadores, o que estiver à mão para dar a impressão de que há coisas boas por lá. 

Lei do Silêncio - General Romulo Bini Pereira

Lei do silêncio

Romulo Bini Pereira - O Estado de S.Paulo -
12 de maio de 2012 | 3h 06

Em 1979, após muitos debates em amplos segmentos de nossa sociedade, a Lei da Anistia foi aprovada e promulgada no País. Ela veio pôr um ponto final no ciclo de beligerância que se instalou na vida brasileira e criou um pacto de reciprocidade para a reconstrução democrática no Brasil.

Nestes anos de sua vigência, as Forças Armadas cumpriram um papel impecável. Voltaram-se para suas missões constitucionais, sem a mínima interferência no processo político que aqui se desenvolvia. Mantiveram-se em silêncio, acompanhando os fatos políticos, alguns bastante perturbadores, sem nenhuma atitude que pudesse ser analisada como intervenção no processo democrático.

Adotaram uma verdadeira lei do silêncio. Um ajuste entre seus chefes, em busca da concórdia e do entendimento.

No corrente ano, entretanto, dois fatos vieram de encontro à atitude das Forças Armadas. O primeiro foi a criação da Comissão da Verdade. De modo unânime, militares da ativa e da reserva consideraram tal comissão um passo efetivo para atos de revanchismo. Os seus defensores - alguns deles membros da alta esfera governamental e do Poder Judiciário - já falam em rever a Lei da Anistia, mesmo após o Supremo Tribunal Federal ter confirmado a sua validade.

No escopo de se obter a verdade, essa comissão, para ser imparcial, deveria estudar e analisar não só o ideário político-ideológico, mas também os métodos de atuação de quem optou pela luta armada em todo o mundo. Que pesquise os manuais das organizações internacionais para constatar a semelhança dos objetivos e métodos das inúmeras e variadas organizações nacionais, inclusive o Manual do Guerrilheiro Urbano, de Carlos Marighella, a cartilha do terrorismo brasileiro. Os diversos delitos cometidos - assassinatos, atentados, roubos e sequestros - também tiveram, tal como as citadas internacionais, um objetivo único, ou seja, a "derrubada do governo central e a instauração de uma ditadura do proletariado", e não uma democracia, como apregoam seus defensores. Com tal comissão só existirá uma verdade unilateral.

O segundo fato se refere aos incidentes ocorridos na sede do Clube Militar, no Rio de Janeiro, tão chocantes e tão esclarecedores para todos os militares. Chocantes porque velhos soldados, ilustres chefes, instrutores, professores e outros de carreira e vida exemplares foram insultados e agredidos por uma turba de radicais com atitudes e impropérios usados pelos grupos extremistas das décadas de 60 e 70. E esclarecedores porquanto demonstraram que o ódio ideológico e o fanatismo estão novamente presentes em nosso país. Tanto que disse um dos seus líderes: "Somos marxistas radicais". Seu ideário, seus métodos de atuação e seus ídolos são os mesmos das organizações extremistas do passado. Fazem uso até mesmo de ações de intimidação radicais, como o "escracho", de modo idêntico aos trotskistas e aos nazistas nas décadas de 20 e 30. Segundo seus integrantes, suas ações visam a defender a "honra" do nosso país perante a comunidade internacional. Definitivamente, não são aptos para tal defesa. A continuar dessa forma, a citada turba poderá vir a ser um celeiro para novos Araguaias.

Esses dois fatos atingiram frontalmente os objetivos da Lei da Anistia. A concórdia e o entendimento foram atitudes adotadas somente pelas Forças Armadas. Em oposição, um segmento sectário e minoritário demonstrou intransigência e intolerância totalitária para com os militares.

Eles não assumiram seus atos e erros. Talvez para criar uma nova História, na qual seus integrantes sejam os grandes heróis. Talvez para justificar as ações de seus líderes no emprego de jovens em aventuras quixotescas de tomada do poder pela via armada, ou, então, a legitimação das 20 mil indenizações pagas por seus ideais revolucionários.

Não será possível mais aceitar que os "anos de chumbo", expressão de origem italiana tão decantada por esses segmentos minoritários, sejam debitados somente aos atos das nossas Forças Armadas. Na Itália não houve anistia e terroristas estiveram presos por muitos anos. O caso Cesare Battisti, de rumorosa repercussão mundial, exemplifica o desiderato do governo italiano em punir os que optaram pela luta armada. As organizações extremistas brasileiras estavam sossegadas na selva do Araguaia ou nos aparelhos urbanos, algumas nos conventos dominicanos. E assistiram a tudo pacificamente, com uma única exceção: as vítimas de sua autoria, algumas assassinadas barbaramente e outras justiçadas covardemente. Que regime teria sido imposto ao nosso país caso vingasse o ideário radical dessa minoria?

Neste contexto, a palavra dos chefes militares está se fazendo necessária e será um contraponto a possíveis atitudes e ações deletérias, como as agressões no Clube Militar. O que nós, militares, defendemos não é indisciplina ou qualquer conluio, nem quebra dos princípios democráticos. Uma palavra que não signifique um "mea culpa" ou um pedido de perdão. Estivemos, no período da guerra fria, em combate bipolarizado, no qual os extremistas foram banidos em todo o mundo em razão de seu objetivo totalitário e único: a ditadura do proletariado. Correremos riscos, mas eles são inerentes ao processo democrático e à nossa profissão.

Não se admite mais este silêncio reinante. Nas redes virtuais, pela simples leitura de manifestos e artigos oriundos da reserva de nossas Forças Singulares se percebe que estamos num ponto crítico. A nossa autoestima está em visível declínio, agravada por outros fatores, entre eles os baixos salários de nossos subordinados. Dissensões poderão surgir, pois a reserva expressa em muito o pensamento dos soldados da ativa. Possíveis perturbações ou rupturas em nossas Forças trarão repercussões indesejáveis para o nosso país. Não é possível mais calar. A lei do silêncio deve ser quebrada!

GENERAL DE EXÉRCITO, FOI CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA DEFESA
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,lei-do--silencio-,871990,0.htm

terça-feira, 1 de maio de 2012

Lula está certo. Não houve mensalão!

O PoPa deu-se conta, já no início do tal escândalo, que não houve um mensalão, mesmo. O nome dado por um dos integrantes do sistema, lembra mesada, dinheirinho dado mensalmente para alguém que faz algum trabalhinho. Não foi nada disso! O esquema dava grana pesada para certas pessoas e graninha básica para outras. estourou porque os que ganhavam graninha, perceberam que estavam trabalhando por migalhas, enquanto outros nadavam na bufunfa!

O tal baixo clero teve participação ativa no recebimento de migalhas e, aparentemente, não gostou disso. Pois bem, não houve um mensalão, mesmo. Houve a compra sistemática de votos pontual, por assunto, por parlamentar. Um programa de distribuição de renda não oficial, que transformou muitos ricos em milionários e outros tantos em bilionários.

O PoPa não gosta do termo mensalão, pois dá a impressão que a coisa parou por ali. Engano! O esquema multimilionário seguiu funcionando durante todo este tempo, sofisticando-se, esparramando seus tentáculos pela República e escondendo-se pelos cantos. Seguiu comprando gente como nunca, mas dividido em células que estão rompendo nossa democracia de maneira sutil. Poucos restaram, afinal. Até arautos da cidadania acabaram sucumbindo aos apelos da grana fácil. Mas, realmente sucumbiram ou já eram lobos em pele de cordeiro?

Se acontecer o julgamento do tal mensalão, a situação vai ser melhorada? O PoPa acha que não, pelo simples fato de que todos os envolvidos seguiram suas vidas tratando com o erário público, alguns diretamente, outros apenas dando conselhos e organizando as novas diretrizes do substituto do esquema.

Toda esta situação advém de uma constatação - errada, diga-se - de que o executivo precisa de algo chamado "governabilidade". Isto apenas quer dizer que, para governar, é preciso ter apoio integral no congresso. E, para isso, vale fazer qualquer tipo de acordo, incluindo a entrega de ministérios, cargos, estatais e por aí vai. É uma forma sutil do tal mensalão, colocar dinheiro público nas mãos de gente que apenas quer desviá-lo para mãos privadas. Na verdade, muito mais caro que o tal mensalão, pois para conseguir alguma coisa, é preciso deixar outros roubarem dezenas de vezes mais.

O mensalão não existiu. O que existiu, e ainda existe, é um esquema de corrupção como nuncaantesnestepaís, que tira nosso futuro, emperra nossa infraestrutura, destrói nossa juventude, não dá suporte aos nossos doentes.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O pior preconceito é o que não parece preconceito.

Pois o PoPa andou lendo bastante sobre o Código Florestal, sobre as decisões do STJ, sobre vetos e sobre medidas provisórias. Ficou pensando sobre o que aprendeu na escola, séculos atrás, quando o professor dizia que existiam três poderes na democracia e que cada um tinha a sua função. Os legisladores legislavam, o executivo executava e o judiciário servia para julgar quem estivesse fora das leis. Também aprendeu que a lei máxima era a Constituição e que nenhuma outra lei poderia atropelar o que lá estivesse escrito.

Bem, tivemos um período de excessão, quando a constituição não valia muita coisa e o executivo mandava e desmandava. Com este período finalizado, o Brasil fez uma constituinte onde se escreveu muita coisa para pouco resultado. Acabamos tendo uma constituição basicamente parlamentarista, mas com um regime presidencialista.

Bem, nada disso faz parte dos pensamentos do PoPa sobre os acontecimentos atuais. Como o executivo legisla a torto e a direito, o judiciário acabou achando que também deveria dar seus pitacos nesta seara e acabou modificando a constituição em várias coisas, sem ter poder para isso. Uma subversão que ainda vai ser muito estudada no futuro.

Pois bem, existem coisas na constituição que podem ser melhoradas, modificadas ou simplesmente suprimidas? Claro que há! Mas quem pode fazer isso é o legislativo, através das chamadas PECs (Proposta de Emenda Constitucional). E vai ter que cruzar por um procedimento árduo e complicado, justamente para que não se altere a Constituição por meros desejos momentâneos. Agora, temos casos julgados no STF que vão de encontro à carta máxima, descumprindo normas escritas de maneira clara e objetiva. São justas as posições do tribunal? Podem até ser, mas não é função do judiciário interpretar o que não dá margens a interpretações, como é o caso da família composta de membros do mesmo sexo. O PoPa concorda que a letra da constituição é errada neste ponto, mas representava a posição da sociedade em um determinado momento. Que se altere - através de uma PEC - os termos utilizados na constituição e que falam que a família é composta de homem e mulher. "Todos são iguais perante a lei", assegura a constituição. Mas não é isso que vemos nas cotas para as chamadas minorias já que alguns são mais iguais que outros. Então, tire-se, da Constituição, esta bobagem que todos são iguais!

O pior preconceito não é aquele declarado e aberto. O pior preconceito é aquele que se faz presente como coisa positiva. Dizer que negros precisam de cotas, equivale a dizer que eles são inferiores intelectualmente e que precisam das cotas para subir na vida. Nada mais errado, nada mais abjeto! Afinal, como se identifica um negro? Pela cor da pele? Pelas nuances causadas pela miscigenação? A grande maioria dos brasileiros é afrodescendente E eurodescendente! No sangue de muitos negros deve correr sangue escravagista e o inverso também é verdadeiro. No sangue de muitos brancos corre sangue escravo ou de gente que lutou contra a escravidão. Afinal, apenas uma pequena elite tinha ao seu dispor escravos. O restante da população - mesmo branca - era composta, como hoje, de gente sem posses exageradas e, consequentemente, sem escravos!

Preconceito ruim é preconceito escondido!

sábado, 14 de abril de 2012

Aborto terapêuto e eutanásia. Qual diferença?

O PoPa acompanhou  a discussão sobre o aborto de anencéfalos no STF e achou interessante algumas das questões práticas que irão aparecer no futuro.

É certo que um feto anencéfalo não tem vida viável e, de acordo com a decisão do STF, não será crime interromper esta gravidez. E se esta malformação for constatada após o nascimento, o médico poderá providenciar sua morte? Afinal, a premissa permanece a mesma: não há vida viável no recém nascido, mas a morte pode não ser imediata, mas ocorrer após algumas horas ou dias (há um caso registrado no Brasil de uma criança anencéfala morrer com mais de um ano). Será permitido matar esta criança para evitar o sofrimento da família neste período?

O PoPa é ateu, mas acredita que a vida é importante demais para ser discutida apenas em termos religiosos. Não é por causa de Deus que devemos preservar a vida em sua plenitude. O PoPa é contra o aborto por motivo simples: aquela criança que está sendo gestada teve a oportunidade de ser alguém que irá viver, amar, produzir, gerar... se a mulher não quer a criança, espere alguns meses e entregue para adoção. Sempre existirá alguém que irá amar esta criança!

Mas, se é verdade que a mulher é dona de seu corpo, também é verdade que todos somos donos de nossos corpos. E, consequentemente, somos donos de nosso destino, o que inclui o término da vida quando a vida já não está viável. Eutanásia deveria estar sendo discutida com a mesma força com que se discute o aborto! Qual a diferença? Grande, na verdade! Um feto não saberá nunca o que está perdendo. Um doente terminal arrasta a família ao sofrimento e, quando ainda tem consciência, ele próprio poderia ter esta decisão.

Pense bem. Aborto tira uma vida provável que poderia (ou não, como todos nós) ser feliz e produtiva. Um doente terminal não tem vida viável, como um feto anencéfalo. Aborto "terapêutico" pode ser equivalente a eutanásia. E o PoPa é favorável aos dois. Que se legalize, então, a finalização de vidas inviáveis, antes ou após o nascimento. A pergunta crucial é: quem decide?

domingo, 8 de abril de 2012

Desde quando zero é melhor que 4,56%?

Os municipários pelotenses fizeram greve, manifestações, atrapalharam bastante o trânsito e as coisas de sempre. Movimento que até parecia justo para conseguirem melhores salários. Ok, acontece que o executivo local enviou uma lei para a câmara de vereadores, com uma proposta de aumento de 4,56% e mais dez reais no vale alimentação. É pouco? Parece ser pouco, mesmo, mas é aumento que repõe a inflação dita oficial - que o PoPa não acredita muito - e mantém o nível salarial em um patamar maior que o atual para as próximas campanhas salariais. Este aumento, segundo o executivo, impactaria em 11% a folha de pagamento.

E o que fez o sindicato que, supostamente, representa os municipários? Pressionou a câmara de vereadores para não aprovar a lei deste pequeno aumento e os municipários ficaram com ZERO de aumento este ano. Não dá mais para reverter esta situação e o PoPa fica pensando no que os municipários de menores salários estarão achando destes nobres sindicalistas. O pequeno aumento poderia levar mais um pouco de leite para casa, um pouco de carne, quem sabe. Ou aqueles cadernos que estão faltando no colégio. É pouco, mas é real e poderia significar alguma coisa para quem já ganha tão pouco.

Mas sindicalistas tem um orgulho - em nome dos outros - que não permitiu receber um aumento tão pequeno.

Parabéns, sindicalistas. Vocês fizeram o pior, talvez até pensando no melhor, mas sem pensar na vida de cada um dos municipários que pretendem representar.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Arranca-nos a voz da garganta!

A recente decisão da justiça gaúcha, de proibir (não apenas retirar) a presença de crucifixos nos tribunais, nos leva a acreditar que algo está errado em nossa sociedade. O PoPa é um ateu convicto, não acredita em Deus e, portanto, não acredita nos símbolos religiosos. No entanto, símbolos são símbolos. Refletem o valor que cada sociedade dá às suas tradições!
Imaginem, pois, que o estado seja realmente laico. Não poderia, então, subsidiar monumentos religiosos, como o Cristo Redentor. Está ele fixado em terreno público, com manutenção feita pela sociedade através do governo e isso tem exatamente o mesmo valor que um crucifixo em uma sala de tribunal.

Vamos privatizar o Cristo, então? Já que o estado é laico, não pode gastar com coisas religiosas. Oh, é apenas um símbolo? Que importa para esta patrulha ignorante que aí está?

No Caminho com Maiakovski
de Eduardo Alves da Costa

"Na primeira noite Eles se aproximam E colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, Já não se escondem: Pisam as flores, Matam nosso cão, E não dizemos nada. Até que um dia O mais frágil deles Entra sozinho em nossa casa, Rouba-nos a lua e Conhecendo nosso medo, Arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada".


Claramente inspirado em Bertold Brecht, o autor fez este poema contra a ditadura militar na década de 60. Não imaginava que estes versos ficariam ainda mais atuais em relação aos que queriam outro tipo de ditadura.

O texto de Brecht seria o seguinte (o PoPa não tem certeza se está correto)

INTERTEXTO


Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro


Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário


Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável


Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei


Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

E, antes de Brecht, Martin Nemöller escreveu a respeito do nazismo:

E Não Sobrou Ninguém 

"Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse"

O princípio é bem simples e muito corriqueiro. À medida que vamos deixando eles tomarem espaços que não são deles, a decidirem o que não lhes cabe, a julgarem o que é melhor para todos, vamos perdendo a voz. Esta facilidade com que poucos conseguem dominar muitos, parece fazer parte da natureza humana. Cuba somente pode ser explicada assim, já que o regime de lá não promoveu o bem-estar social, não promovou o desenvolvimento, sequer consegue alimentar o próprio povo! E eles aceitam passivamente estas amarras em troca de quase nada.


O Brasil não está longe disso. Os poderosos, que sequer são de esquerda, tomam para si toda a riqueza deste País. Estagnaram nosso desenvolvimento, comprometeram o futuro do País com uma educação ideologizada, que não prepara nossos jovens para um mercado de trabalho real. Duas gerações já se foram, uma está a caminho. Se nada fizermos - e parece que nada faremos - teremos perdido décadas para o obscurantismo político.


foto: Antonio Lacerda - http://www.antoniolacerda.net

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sob a proteção de Deus...


PREÂMBULO
        Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

O PoPa é ateu, todos os seus dez seguidores sabem disso. No entanto, surpreendeu-se com a decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça (TJ) do RS como consequência de um pedido da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) e outras entidades, como os grupos de defesa dos direitos dos homossexuais Somos e Nuances e a entidade feminista Themis. Entre as justificativas, está a que um estado laico não pode ter este tipo de ligação com a igreja. Mas vejam o preâmbulo da nossa constituição: "sob a proteção de Deus"? Que diabos (hehe) de estado laico é esse? 

O PoPa sempre soube que vampiros e outros seres mitológicos fogem da cruz mas não tinha idéia que isso também acontecia com pessoas! Afinal, a quem incomoda um mero crucifíxo em uma parede? 

Qual será a próxima vítima destas bobagens pseudo policitamente corretas?

domingo, 4 de março de 2012

A VERDADEIRA RETIRADA

Nem tudo está perdido neste país, afinal. Existem homens de honra que labutam pelo mantenimento da democracia e do estado de direito, com respeito à Constituição e às leis. Deem espaço a estes brasileiros para mostrar ao povo quem está com a razão e teremos, finalmente, a democracia que todos queremos, embora nem todos saibamos o que ela é, realmente. O texto está no site A Verdade Sufocada.
PoPa

03/03 - A VERDADEIRA RETIRADA
 Gen Bda Ref Cesar Augusto Nicodemus de Souza
 
EQUIVOCA-SE triplamente o jornalista que redigiu esta “OPINIÃO”, ao tentar envenenar os militares da Reserva (e, agora muitos e muitos civis) com a população brasileira.  Interessante que esta opinião surge somente da (má) interpretação que sua Redação fez de um texto que NUNCA DEU OPORTUNIDADE A SEUS LEITORES DE TOMAREM CONHECIMENTO in totum. Como se os leitores de “O Globo” fossem um bando de iletrados, imaturos ou analfabetos funcionais que necessitassem ser tutelados.
 
EQUIVOCA-SE, PRIMEIRO, porque os militares jamais se voltam contra a Lei – pois que são dela garantidores.  Não são eles que estão rasgando a Lei da Anistia, promulgada para dar paz à nação brasileira, livrando-a de ódios, como sempre foi a tradição brasileira e dos seguidores de Caxias – o maior Pacificador que este País já teve.
 
A nação brasileira não está minimamente interessada nesta campanha de ódio – só aqueles que foram derrotados pelos militares ao tentar impor a ditadura comunista no Brasil ( vários são os ex-terroristas que já declararam isso abertamente, em livros e entrevistas ).  Curiosamente na mesma página 16, do mesmo número de “O Globo”, ao final da reportagem sobre  a prioridade da Comissão da Verdade, a senhora Iara Xavier, “ex-perseguida política e da Coordenação do Comitê Pela Verdade, Memória e Justiça de Brasília”, teria dito (segundo transcreve o jornal) “que Dilma se isolou na escolha e não recebeu dirigentes de movimentos sociais” e que “Cobramos uma audiência com a presidente, mas não fomos atendidas. ESSE JÁ É UM TEMA QUE A SOCIEDADE BRASILEIRA NÃO TEM INTERESSE...” Realmente, só indivíduos mal informados, ou conduzidos por interesses não confessáveis, andam pautando certas redações.
 
EQUIVOCA-SE, EM SEGUNDO LUGAR, porque a linha central do Manifesto foi contra a ordem ilegal para a retirada de um texto de um site oficial de um Clube que não tem subordinação alguma ao Governo ou a qualquer Ministro ou Comandante de Força Armada. Não se reconhece qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo (dar ordem naquele sentido).
 
E DEPOIS, finalmente, porque , ao contrário de ordens que jornalistas do tipo “faz tudo” possam receber – e cumprir - em suas redações para recuar de posições, interromper reportagens, reverter campanhas ou simplesmente “esquecer o que foi dito até aqui”, o militar brasileiro, cumpridor de seu juramento de defender a Pátria, com o sacrifício da própria vida, se preciso for, não bate em retirada do campo da Honra.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

“ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!”

Pois o PoPa ficou sabendo, através do Reinaldo Azevedo, que a presidente andou forçando os militares a retirarem do ar a página com o protesto dos clubes militares (post abaixo deste). Grande bobagem, já que eles nada disseram que não fosse verdade e ainda deu mais divulgação para o fato.

Pois os clubes retiraram o manifesto pela pressão política e os verdadeiros servidores da Pátria, já em casa com sua merecida aposentadoria, reiteraram o conteúdo do anterior e demonstraram fidelidade à Pátria e não aos poderosos de plantão. A eles, o PoPa agradece, sabendo que o futuro do Brasil não está totalmente perdido.

O PoPa aguarda, agora, o manifesto dos oficiais da Marinha e da Aeronáutica. O Exército, como sempre, está a defender nossa Constituição e nossa gente!

fonte: http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=6613&Itemid=95

“ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!”

Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos fundamentos em que se alicerça o Exército do presente.

Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo.

O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História Pátria.

A fundação do Clube, em si, constituiu-se em importante fato histórico, produzindo marcas sensíveis no contexto nacional, ação empreendida por homens determinados, gerada entre os episódios sócio-políticos e militares que marcaram o final do século XIX. Ao longo do tempo, foi partícipe de ocorrências importantes como a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República, a questão do petróleo e a Contra-revolução de 1964, apenas para citar alguns.

O Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos, envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas (FFAA) a altura da necessária Segurança Externa e do perfil político-estratégico que o País já ostenta. FFAA que se mostram, em recente pesquisa, como Instituição da mais alta confiabilidade do Povo brasileiro (pesquisa da Escola de Direito da FGV-SP).

O Clube Militar, sem sombra de dúvida, incorpora nossos valores, nossos ideais, e tem como um de seus objetivos defender, sempre, os interesses maiores da Pátria.

Assim, esta foi a finalidade precípua do manifesto supracitado que reconhece na aprovação da “Comissão da Verdade” ato inconseqüente de revanchismo explícito e de afronta à lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo.

Assinam, abaixo, os Oficiais Generais por ordem de antiguidade e os Oficiais superiores por ordem de adesão.

OFICIAIS GENERAIS

Gen Gilberto Barbosa de Figueiredo
Gen  Amaury Sá Freire de Lima
Gen Cássio Cunha
Gen Ulisses Lisboa Perazzo Lannes
Gen Marco Antonio Tilscher Saraiva
Gen Aricildes de Moraes Motta
Gen Tirteu Frota
Gen César Augusto Nicodemus de Souza
Gen Marco Antonio Felício da Silva
Gen Bda Newton Mousinho de Albuquerque
Gen Paulo César Lima de Siqueira
Gen Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira
Gen Elieser Girão Monteiro

OFICIAIS SUPERIORES
T Cel Carlos de Souza Scheliga
Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra
Cel Ronaldo Pêcego de Morais Coutinho
Capitão-de-Mar-e-Guerra Joannis Cristino Roidis
Cel Seixas Marques
Cel Pedro Moezia de Lima
Cel Cláudio Miguez
Cel Yvo Salvany
Cel Ernesto Caruso
Cel Juvêncio Saldanha Lemos
Cel Paulo Ricardo Paiva
Cel Raul Borges
Cel Rubens Del Nero
Cel Ronaldo Pimenta Carvalho
Cel Jarbas Guimarães Pontes
Cel Miguel Netto Armando
Cel Florimar Ferreira Coutinho
Cel Av Julio Cesar de Oliveira Medeiros
Cel.Av.Luís Mauro Ferreira Gomes
Cel Carlos Rodolfo Bopp
Cel Nilton Correa Lampert
Cel Horacio de Godoy
Cel Manuel Joaquim de Araujo Goes
Cel Luiz Veríssimo de Castro
Cel  Sergio Marinho de Carvalho
Cel Antenor dos Santos Oliveira
Cel Josã de Mattos Medeiros
Cel Mario Monteiro Campos
Cel Armando Binari Wyatt
Cel Antonio Osvaldo Silvano
Cel Alédio P. Fernandes
Cel Francisco Zacarias
Cel Paulo Baciuk
Cel Julio da Cunha Fournier
Cel Arnaldo N. Fleury Curado
Cel Walter de Campos
Cel Silvério Mendes
Cel Luiz Carvalho Silva
Cel Reynaldo De Biasi Silva Rocha
Cel Wadir Abbês
Cel Flavio Bisch Fabres
Cel Flavio Acauan Souto
Cel Luiz Carlos Fortes Bustamante Sá
Cel Plotino Ladeira da Matta
Cel Jacob Cesar Ribas Filho
Cel Murilo Silva de Souza
Cel Gilson Fernandes
Cel José Leopoldino
Cel Evani Lima e Silva
Cel Antonio Medina Filho
Cel José Eymard Bonfim Borges
Cel Dirceu Wolmann Junior
Cel Sérgio Lobo Rodrigues
Cel Jones Amaral
Cel Moacyr Mansur de Carvalho
Cel Waine Canto
Cel Moacyr Guimarães de Oliveira
Cel Flavio Andre Teixeira
Cel Nelson Henrique Bonança de Almeida
Cel Roberto Fonseca
Cel Jose  Antonio  Barbosa
Cel Cav Ref Jomar Mendonça
Cel Nilo Cardoso Daltro
Cel Carlos Sergio Maia Mondaini
Cel Nilo Cardoso Daltro
Cel Vicente Deo
Cel Av Milton Mauro Mallet Aleixo
Cel José Roberto Marques Frazão
Cel Luiz Solano
Cel  Flavio Andre Teixeira
Cel  Jorge Luiz Kormann
Cel Aluísio Madruga de Moura e Souza
Cel Aer Edno Marcolino
Cel Paulo Cesar Romero Castelo Branco
Cel CARLOS LEGER SHERMAN PALMER
Capitão-de-Mar-e-Guerra Cesar Augusto Santos Azevedo
TCel Osmar José de Barros Ribeiro
T Cel Mayrseu Cople Bahia
TCel  José Cláudio de Carvalho Vargas
TCel Aer Jorge Ruiz Gomes.
TCel Aer Paulo Cezar Dockorn
Cap de Fragata Rafael Lopes Matos
Maj Paulo Roberto Dias da Cunha

OFICIAIS SUBALTERNOS
2º Ten José Vargas Jiménez

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Manifesto Interclubes Militares

COMPROMISSOS…

“Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte, não haverá discriminação, privilégios ou compadrio. A partir da minha posse, serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.”

No dia 31 de outubro de 2010, após ter confirmada a vitória na disputa presidencial, a Sra Dilma Roussef proferiu um discurso, do qual destacamos o parágrafo acima transcrito. Era uma proposta de conduzir os destinos da nação como uma verdadeira estadista.

Logo no início do seu mandato, os Clubes Militares transcreveram a mensagem que a então candidata enviara aos militares da ativa e da reserva, pensionistas das Forças Armadas e aos associados dos Clubes. Na mensagem a candidata assumia vários compromissos. Ao transcrevê-la, os Clubes lhe davam um voto de confiança, na expectativa de que os cumprisse.

Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros.

Especificamente na semana próxima passada, e por três dias consecutivos, pode-se exemplificar a assertiva acima citada.

Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada.

Dois dias depois tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exarcebadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.

Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence, celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar. Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.

Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos.

Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2012

Vice-almirante Ricardo Antonio da Veiga Cabral, presidente do Clube Naval
General de Exército Renato Cesar Tibau da Costa, presidente do Clube Militar
Tenente Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, presidente do Clube de Aeronáutica