quinta-feira, 31 de julho de 2008

Burrice e ignorância

Pois são coisas muito diferentes, apesar do uso popular parecer igualar os conceitos. O PoPa falou da ignorância de Lpt, que nada tem de burro. E hoje, na ZH, a notícia que Lair Ferst foi pego tentando retirar 200 mil reais em um banco. Este não é ignorante, mas é muito burro!!!

Fora Gil! Do ministério e da música!

O PoPa acha que burrice e ignorância são coisas bem distintas. Mas uma parece andar de braço com a outra, eventualmente. No site de notícias G1 - e em todos os outros - está a afirmação de que Lpt andou dizendo, textualmente: “o Brasil não pode prescindir do Gil só na política”. Foi um ato falho? Ou será que ele estaria usando sua proverbial ignorância acadêmica, para dizer exatamente o que pensa?

O título deste post apenas retrata a fala de Lpt, não necessariamente a opinião do PoPa.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Sem comentários...

Segurança Pública


O PoPa vem acompanhando a discussão em torno da segurança pública. Na ZH de hoje, a afirmação de que há uma má distribuição dos policiais civis nas cidades gaúchas. Diz, por exemplo, que Pelotas tem mais policiais que Canoas, apesar de terem praticamente a mesma população e Canoas ter mais crimes. Onde está a distorção? Pelotas deverá ter menos policiais nos próximos anos e, como conseqüência, mais crimes para igualar-se a Canoas?

Há também, comparações entre Uruguaiana e Santa Cruz do Sul. Não lembra, a reportagem, que Uruguaiana foi uma das cidades mais violentas do Estado em passado recente e que teve a criminalidade reduzida, justamente por causa da ação policial! E que Santa Cruz é um pólo rico que seduz os delinqüentes da grande Porto Alegre...

Também cita Passo Fundo e Alvorada, neste comparativo, sem lembrar-se, também, que Passo Fundo era um importante elo no tráfico brasileiro e que deixou de sê-lo, exclusivamente pela ação policial.

Retirar efetivos destes locais é retornar ao passado. O que está faltando é novos policiais, bem equipados e bem treinados para ações localizadas. Uma força tarefa com função específica de combate ao crime, esteja ele onde estiver.

Enquanto policiais civis estiverem assoberbados com serviço banal, burocrático, estafante, a segurança não será prioridade neste Estado. Faltam policiais, viaturas, equipamentos, treinamento. Depois de concluir a academia, os policiais não tem mais oportunidade de treinar tiro, ações de defesa e outras importantes atividades policiais.

As ações policiais deveriam ser regionais. Citar Alvorada e Canoas, por exemplo, é como dizer que a grande Porto Alegre não tem policiais suficientes, o que não é verdade! As regiões metropolitanas, nos pólos estaduais, deveriam ter delegacias especializadas que atendessem toda a região, para elucidar e prevenir crimes. Aliás, isso existe, então a reportagem não está correta, pois o efetivo de Alvorada e Canoas não é exatamente aquele citado...

O PoPa também já falou sobre o fato de que os concursos da Polícia Civil, atualmente, somente são abertos a portadores de diploma de curso superior – seja ele qual for – o que tirou um grande contingente de interessados em ingressar nesta categoria funcional e criou um outro problema: com os baixos salários e a jornada estafante, estes funcionários estão sempre buscando novos espaços, fazendo novos concursos e esvaziando a Policia Civil. O que deveria ser feito, como também é necessário no caso dos professores, seria a criação de novas carreiras para a Polícia Civil, de ações burocráticas, coisa que os atuais escrivãos não dão conta, pois também fazem a mesma academia, são exigidas as mesmas habilidades e, como conseqüência, também trabalham como inspetores.

A sugestão do PoPa é de que se transforme a atividade policial, criando um cargo para as ações puramente burocráticas, com pessoal de nível médio e se melhore os salários, se mantenha o treinamento sistemático e se coloque melhores equipamentos para os inspetores e escrivãos atuais. Com esta medida, teríamos uma polícia mais eficiente e mais ágil.

Pense nisso. Se os atuais policiais pudessem trabalhar apenas na prevenção e combate ao crime, certamente já estaríamos em uma situação muito melhor que a atual. Se os policiais não tivessem que fazer procedimentos que incluem digitar centenas de páginas, ouvir centenas de pessoas, entregar centenas de intimações, teríamos policiais com mais tempo para sua função principal. E se estes mesmos policiais tivessem um treinamento anual na sua academia, eles estariam em melhores condições físicas, mentais e técnicas para sua função principal, também. Com o salário inicial de um inspetor ou escrivão, não dá para pagar uma boa academia de ginástica, manter uma inscrição em um estande de tiro, pagar a munição de treinamento.

A notícia de que o Governo do Estado abriu vagas para 150 delegados e 500 inspetores, não ajuda muito, já que estes efetivos - a julgar pelos últimos concursos - somente estarão na ativa em dois ou três anos. Por exemplo, o último concurso de delegado, que abriu 60 (SESSENTA) vagas em 2006, apenas em abril de 2008, chamou os 19 (DEZENOVE) candidatos aprovados para estágio - e eles ainda não foram efetivados na função. O concurso anterior para inspetores, também tinha 500 vagas e sobraram apenas pouco mais da metade. Testes rigorosos? Talvez... Ou talvez o salário inicial não seduza quem tem um curso superior. Mas o PoPa insiste em que o trabalho burocrático não exige performance física excelente nem formação universitária e que inspetores e escrivãos perdem muito de seu tempo nesta atividade meio, enquanto os crimes ocorrem por todo o lado.

Imagem: lego swat team

sábado, 26 de julho de 2008

Impávido colosso

No "Informe Especial" da ZH desta sexta-feira, o PoPa leu um trecho de carta escrita pelo intelectual brasileiro LFV, à Barack Obama, à pedido da Newsweek:

"Obama poderá ver o moderado Brasil como um aliado contra os populistas radicais que se espalham pelo continente na esteira de políticas econômicas neoliberais fracassadas, ou ele pode nos ver como uma ameaça geopolítica emergente".

O PoPa acha que nem um nem outro. Aliás, o que ele quiz dizer???

O que é revolução - Sin EVAsión

O PoPa gosta de muitos blogs estrangeiros e especialmente dois cubanos: Generación Y e Sin EVAsion. Neste último, alguns posts interessantes, como este:

Um jovem colega brasileiro me perguntou o que é, para mim, "revolução" e descobri, atônita, que dificilmente saberia responder. Balbuciei algumas palavras meio ocas, alguns termos que somente definem o significado gramatical do vocábulo: revolução social é uma mudança súbita, de caracter violento, ruptura, substituição do poder de uma classe por outra, surgimento de novas classes de proprietários e despossuídos, transformação... Mas fiquei pensando nisso porque "revolução", ao menos para os cubanos, é algo praticamente indefinível. De fato, a revolução cubana há muito tempo deixou de sê-lo. Ou seja, aqui as coisas não mudam há décadas e também por décadas, o poder tem estado nas mãos de uma mesma classe: a nova burgesia socialista formada por alguns dos mesmos burgueses de antigamente, apoiados por um nutrido grupo de medíocres representantes da meritocracia "proletária". A transformação mais significativa que segue ocorrendo, é o contínuo aumento dos despossuídos; que agora não o são somente em relação aos bens materiais, mas também aos direitos.

Enfim, o jovem colega brasileiro colocou-me em uma situação difícil, involuntariamente. Pessoas como eu não gostam de pensar em revolução; rechaçamos o termo de maneira natural e quase incondicional. Chegamos a perceber, como sinônimos, os vocábulos revolução e involução.

Por outro lado, ao nível subconsciente, renunciamos há muito tempo tentar defini-la. Como explicar com palavras, o fenômeno que durante 50 anos absorveu nossas vidas e marcou nosso destino como indivíduos, como povo e como nação? Como conceitualizar meio século de ditadura de mentiras, de destruição, de falsa ideologia, de um mito fabricado sobre o sacrifício de várias gerações de cubanos? Como se poderia explicar com palavras a generalização da pobreza e da corrupção, da institucionalização da mentira, o medo, a delação, a deterioração moral e material, a incerteza, a fratura, a perda dos valores, a desesperança? Revolução é uma velha enferma, magra, pálida e fria; um triste fantasma que mancha a premonição de um holocausto. Ninguém a vê, poucos a escutam, alguns oportunistas ainda prosperam em sua sombra e também são muitos (incluindo estes e outros oportunistas) os que aguardam ansiosos que, finalmente, a caduca anciã repouse em paz para sempre.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Notícias...

O PoPa leu, no Estadão, uma notícia com a chamada:

Lula abre cofre para aliados em ano eleitoral

E, na Folha,

Inflação faz governo reduzir 500 mil cestas básicas em 2008

Precisa explicar alguma coisa?

Repetir uma mentira...

Celso Amorim disse que não estava citando o nazista ao dizer: "repetir uma distorção faz com que as pessoas acreditem que ela é a verdade". Estava apenas citando o que vive dizendo "nuncaantesnestepaís"!

O que ele falou, no entanto foi: "Goebbels sempre dizia que quando se repete uma mentira muitas vezes, ela se torna verdade". Ao citar explicitamente o ministro nazista, o Brasil encrencou-se em uma séria negociação. Amorim, óbvia e conscientemente, pretendia chamar os negociadores de Nazistas. Em sua explicação, Amorim disse que "No Brasil sempre se fala isso sem qualquer problema". É verdade, esta técnica funciona no Brasil, quando setores do governo, ou seus defensores estão em situação de difícil negociação. Aqui, também usam termos como "imprensa golpista", "oligarquias rurais" e outras que tais, com a intenção de desqualificar a outra parte. Lá, a coisa é diferente, bem diferente...

Há que se dar conta, também, que o Brasil não é mais um país pobre! Tem que assumir seu papel de liderança mundial, mas sem usar os argumentos pífios que muitos usam por aqui. O discurso do "pobrismo" não leva a lugar nenhum, além da pobreza.

Quer ter uma idéia da repercussão mundial desta fala? Use o tio Google com o texto em inglês da infeliz citação: "Goebbels used to say if you repeat a lie several times it becomes a truth". Irão aparecer alguns milhares!

Amorim ficou devendo desculpas e piorou nossa situação ao reafirmar a bobagem que disse, apenas "lamentando" que tenha ofendido alguém.

domingo, 20 de julho de 2008

JAIME BAYLY

Se não tiver paciência para assistir os 10 minutos deste programa, vai direto nos 8:58, para ver Correa tendo um faniquito! (pescado no La Alharaca)

Jaime Bayly

Um programa diário de entrevistas, de Miami, comandado pelo peruano Jaime Bayly, oferece muitas e interessantes análises da política mundial, em especial, a latino americana. Vale a visita ao site http://www.mega.tv/bayly.shtml, para conhecer este comentarista. Há links para assistir a todos os programas. São um pouco longos, mas vale a pena assistir alguns!

No Youtube, alguns destes vídeos:


Gratuidade e outras fantasias


Em tempos de CPMF, CSS, CID e outras tantas "contribuições", o texto de Yoana, do Generación Y, é de boa leitura. Parece ser este o futuro que Lpt quer para o Brasil:

Vou buscar um colírio para meu olho direito, que está irritado há alguns dias. Duas horas de espera no médico da família, me permitem inteirar-me de todas as fofocas do bairro, da boca das vizinhas que vão "passear" no consultório. A doutora queixa-se que tem muita carga de trabalho, porque parte de seus colegas está em missão na Venezuela, e me escreve uma receita enquanto come uma pizza de seis pesos. Na policlínica, o panorama é similar, mas a preocupação com meu olho, faz com que me comporte bem e espere que me atendam. Um senhor, com óculos antediluvianos, me adverte que ele está na fila desde seis da manhã, assim calculo que poderei terminar de ler um romance enquanto aguardo. Com ironia, uma velhinha me insinua - sem que eu tenha aberto a boca -“esto es así porque es gratis, si hubiera que pagarlo, otro gallo cantaría”.

Não me surpreende esta expressão, pois frases como estas aparecem cada vez com mais freqüência em toda a parte, mas fico pensando no raro conceito de gratuidade que influencia a senhora. Ao ouvi-lo, eu imagino que a lâmpada de Aladim, esfregada por onze milhões de cubanos, conseguiu prover-nos destes hospitais, das escolas e outros "subsídios" tão anunciados. Mas a miragem do gênio com seus três desejos dura pouco, percebo que para tudo isso, pagamos um alto preço, todos os dias.
O dinheiro não sai, como a senhora crê, do bolso caridoso dos que nos governam, mas dos altos impostos que nos cobram por cada produto adquirido nas lojas de pesos convertíveis, dos excessivos pagamentos que nos obrigam a fazer nos trâmites migratórios, da humilhação que as moedas estrageiras tem nesta ilha e da subvalorização salarial a que estão sujeitos todos os trabalhadores. Somos nós que pagamos estes serviços que, por ironia, não podemos nos queixar.

Mais, pagamos também a gigantesca infra-estrutura militar, que, em seus delírios de guerra, consomem uma boa parte da produção nacional. De nossos bolsos furados,k saem as campanhas políticas, as marchas de solidariedade e os excessos que nosso governo se permite ter por todo o mundo. Somos nós que financiamos nossas próprias mordaças, os microfones que nos escutam, os informantes que nos delatam e até a tranquila parcimônia de nossos parlamentares.

De gratuidade, nada. Cada dia pagamos um alto preço por todas estas coisas. Não somente em dinheiro, tempo e energia, mas também em liberdades. Somos nós mesmos os que pagamos a gaiola, o alpiste e as tesouras que nos cortam as asas.

Imagem: do Generación Y: "criatividade ou necessidade?"

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Bem feito!

O PoPa divertiu-se lendo, na ZH de hoje, a notícia de que Lpt estará dividindo um palco com o amigão Chávez. É que o Brasil vai financiar uma graninha boa para o Evo (i)Morales fazer estradas na Bolívia. Claro que há uma longínqua possibilidade dele decretar algum tipo de necessidade nacional e não pagar esta conta, mas vamos bancar 230 milhões de dólares para isto... Com esta grana, poderíamos acomodar nossas próprias estradas, mas aí não teria o tal palco.

Só que, inesperadamente, Chávez pediu para participar do tal evento e, sem nenhuma dúvida, vai roubar a cena. O PoPa pensou: bem feito, Lpt! Mas pensou melhor: bem feito, povinho que elege este tipo de gente para comandar nossos países!

Pobre América Latina! Por falar nisso, o PoPa recomenda a leitura do livro "A volta do idiota", uma genial análise da política desta região.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O bosque de Sherwood

Do Generación Y:

Robin Hood repartiu todas as riquezas apreendidas. No princípio, os pobres estavam felizes e gritavam de felicidade em cada esquina do bosque. Pouco tempo depois, compreenderam que o grande bandoleiro de Sherwood somente sabia distribuir a riqueza, mas não criá-la.

domingo, 13 de julho de 2008

Entra e sai...

Da célebre decisão do Presidente do Supremo:

Em síntese:

a) Os mesmos fundamentos que permitiram o conhecimento do pedido de afastamento da prisão temporária nestes autos também permitem conhecer do pleito de revogação da prisão preventiva;

b) a fundamentação utilizada pelo Juiz Federal da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Dr. Fausto Martin de Sanctis, não é suficiente para justificar a restrição à liberdade do paciente;

c)Para que o decreto de custódia cautelar seja idôneo, é necessário que o ato judicial constritivo da liberdade especifique, de modo fundamentado (CF, art. 93, IX), elementos concretos que justifiquem a medida.

d) Não há fatos novos de relevância suficiente a permitir a nova ordem de prisão expedida;

e) O encarceramento do paciente revela nítida via oblíqua de desrespeitar a decisão deste Supremo Tribunal Federal anteriormente expedida.

E uma notícia interessante, também:

A Polícia Federal encontrou indícios de que banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas planejavam manipular cotas e operar o Fundo Soberano que o governo Lula pretendia lançar. O fundo, um instrumento para evitar a desvalorização das reservas cambiais em dólares do País, previa a aplicação de parte dessas reservas em investimentos de maior risco e retorno. Em relatório de 23 de junho, o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, deixa claro que seguia de perto a movimentação de Dantas e Nahas. (Agência Estado)

Incrível é que Lpt está sempre viajando quando estouram estas coisinhas por aqui!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

No Vietnã, falando por nós...

O PoPa leu no Estadão:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que se sentiu "tão orgulhoso quanto os vietnamitas" pela vitória do Vietnã sobre os Estados Unidos na guerra que opôs os dois países nos anos 1960-70.

A declaração foi feita por ocasião da visita de Lula a Hanói, ao final de um encontro com o presidente do país asiático, Nguyen Minh Tien, autoridades de Estado e altos dirigentes do partido comunista único.

"O que vocês fizeram aqui foi mais que vencer uma guerra. Foi uma lição que ensinaram a todos os seres humanos: que quando queremos uma coisa e temos determinação, somos imbatíveis", disse Lula de improviso, ao final de uma declaração conjunta dos dois presidentes.

"Desde sempre acompanhei a Guerra do Vietnã, e posso lhe dizer que fiquei tão orgulhoso dos vietnamitas quando os vietnamitas", prosseguiu Lula.

"A vitória de vocês foi a vitória do oprimido, e nós [nós, quem????] nos sentimos co-participantes e muito orgulhosos do significado para a humanidade da vitória de vocês."

A posição manifestada pelo presidente, o primeiro do Brasil a pisar no Vietnã desde 1989, pareceu pegar de surpresa o colega vietnamita.

Minh Tien respondeu que a vitória na Guerra Americana, como o conflito é conhecido aqui, não era apenas dos vietnamitas. E acrescentou --sem estabelecer diretamente uma ligação entre uma coisa e outra-- que os vietnamitas admiram o futebol e o samba do Brasil.

Tá, o PoPa não conhece muito da Guerra do Vietnã, mas sabe que foi uma guerra suja, estúpida e burra, mas o resultado final não foi exatamente o melhor para os habitantes da região...

Imagem: Chitose Suzuki/AP - Tá em casa, o homem!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Universidade Federal de Pelotas

A Fazenda da Palma, intimamente ligada a Faculdade de Agronomia, sempre serviu para ensino e pesquisa e o PoPa muito trabalhou nestas terras, durante sua formação técnica. Quinze anos atrás, o então reitor da UFPel, tentou fazer a doação de uma parte da Fazenda da Palma, propriedade da Universidade, para invasores que se apossaram da terra. Não conseguindo fazer a doação, fez um contrato de comodato, com prazo de 15 anos e prorrogável indefinidamente. Muitos foram os que se indignaram com esta ação mas apenas um cidadão entrou na justiça contra isto, lutando durante estes quinze anos para que a área retornasse à sua função original, que é o ensino e a pesquisa.

Este mês que passou, a decisão do tribunal federal foi, unanimemente, retirar os invasores da área e impedi-los (e à Universidade) de usar qualquer outra terra de propriedade da União para assentá-los. Não fosse o hercúleo trabalho de Cattaneo (o cidadão que lutou para que não se espoliasse o patrimônio de ensino e pesquisa da região), este contrato de comodato seria prorrogado por mais 15 anos...

Alguns, sem o conhecimento devido, poderiam dizer que a área estaria cumprindo sua função social. Nada mais equivocado! Esta área nunca serviu para produção dos "assentados", tendo sido arrendada para um produtor de arroz que, pasmem, tinha financiamento de custeio de um banco oficial para sua lavoura!

Mas o que podemos esperar de uma universidade que está fazendo um Shopping Center?

Na contramão

Donos de bares estão sendo criativos na tentativa de manter seus bebuns vivos e livres de multas e prisões. A contratação de vans para transporte de seus clientes é uma das iniciativas interessantes e que poderia até ser regulamentada, para não criar problemas futuros. Mas a EPTC de Porto Alegre acha pouco e ameaça com punições e multas para este tipo de transporte... a província continua a mesma desde sempre!

Generación Y - Un diploma y mucha confusión

Do texto original do Yoana Sanchez (http://desdecuba.com/generaciony/?p=345):

Termina o período escolar e já vejo meu pão de racionamento em perigo. Meu filho estará durante dois meses sem ir à escola e, na ansiedade por férias, poderia comer até as dobradiças das portas. Não se conformará com o farinhento exemplar de 80 gramas que recebe pelo libreto e, seguramente, arremete contra minha quota de pão ou de seu pai.

Preparo-me, desde agora, para perguntas do tipo: Mamãe, vamos visitar a família de Camagüey? E eu tentando explicar que a fila para os ônibus interprovinciais demora três dias e já estão vendendo as passagens para a segunda quinzena de julho. Tampouco se acalmará ao saber que os preços de mover-se nos estreitos Yutong [n.t. ônibus chinês], até o centro da Ilha, vem a ser metade do salário de qualquer trabalhador.

Mas tratarei de agradá-lo e cederei meu pão, dormirei três dias na fila por uma passagem a Camagüey e até pode ser que alugue, por um par de horas, o Play Station de um vizinho. Tudo isso porque terminou o sétimo grau com boas notas e é preciso agradá-lo. sábado passado, foi ao ato de fim de curso e regressou a casa com seu diploma e laçou seu grito de guerra, desde a porta "Estou de férias"!

Mas não sei bem em que se graduou meu filho, se no sétimo grau ou na Escola do Partido Comunista "Nico López". A confusão começou quando olhei seu diploma, que aqui lhes deixo para que possam comprovar de onde vem meu desconcerto. Acreditam nisso?

Imagem: Diploma do filho de Yoana

Cronistas...

Um dos cronistas que o PoPa gosta de ler, é Paulo Santana. Não porque escreva coisas de opinião, mas por sentir no escriva, um polemista por natureza. Mas, esta semana, PS exagerou na dose. Mais de uma crônica sobre a operação que liberou Ingrid e outros reféns na Colômbia, batendo na tecla que a operação foi uma farsa e que rolou grana para a soltura dos reféns. Ora, uma crônica/comentário sobre isso bastaria. O que vem a mais, cheira a outra coisa...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A quem protege?

O PoPa acredita que blogs, sites de relacionamentos e outras coisas do tipo, são como mesas de bar, casas de amigos, rodinhas de chimarrão! Tudo que se fala por ali, é como se fosse algo na intimidade, onde outros podem bisbilhotar à vontade. Se estas conversar podem influenciar alguém, é porque os argumentos são bons. Agora, a decisão do TSE de proibir blogs e assemelhados de discutir política, é de doer! A próxima decisão poderá atingir as mesas de bar, as rodinhas de chimarrão...

sábado, 5 de julho de 2008

Presídios...

O PoPa concorda com a mal falada "lei seca" [aliás, não é exatamente lei seca, pois não há proibição de beber!] e retorna com sua campanha para a construção de presídios de segurança mínima. Sempre se fala do alto custo da construção de presídios e sua manutenção. Claro, precisa ter grades, sistemas elétrico-eletrônicos, guardas armados, enfim, muito investimento para manter bandidos fora das ruas. E para segurar criminosos sem poder de causar grandes problemas à sociedade? Como por exemplo, um motorista bêbado, um pai de família que atrasou a pensão, um ladrãozinho de galinhas? Por que colocar este tipo de criminoso [mas ainda não bandido], junto com perigosos marginais?

Com a construção de presídios de segurança mínima, este tipo de problema estaria resolvido. Além disso, réus primários poderiam cumprir sua pena nestes locais, utilizando-se verbas específicas para treinamento destas pessoas, que poderiam aperfeiçoar-se em seus ofícios ou aprender novos. Caso pisassem na bola, iriam para um presídio normal.

Toda cidade deveria ter seu presídio de segurança mínima, que poderia ser um anexo à delegacia de polícia ou privatizado. A cozinha poderia ser no local, ao encargo dos próprios presos. Como se fosse um albergue.

Não seria interessante algo assim?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Reação "politicamente correta"

Um conhecido do PoPa assistiu, ontem, uma cena bem rara em nossa pacata cidade: às 4 horas da tarde, parado em uma sinaleira, no centro da cidade, um homem foi ameaçado por um jovem marginal [está correto o termo?] armado de revólver. A reação do mesmo foi instantânea e conseguiu desarmar o marginal e derrubá-lo, com o revólver sendo lançado à distância. Ato contínuo, saiu do carro e começou a bater no cara. Pois a reação "popular" foi de ameaçar o assaltado! Então, ele entrou em seu carro e foi embora. O marginalzinho pegou a arma [que estava longe dele!], sem que a platéia esboçasse qualquer reação, e foi embora, também. O conhecido do PoPa, que estava olhando à distância o ocorrido - também não fez nada...

O que se passa em nossa sociedade? Um jovem armado e perigoso é defendido por uma população que também reclama da insegurança? Tempos estranhos...

Parabéns, América Latina! Parabéns, Colômbia! Parabéns, Uribe!

No Estadão: Ingrid Betancourt disse a uma rádio colombiana que o seu resgate foi "absolutamente impecável" pois o Exército a libertou juntamente com outros 14 ex-reféns sem disparar "um único tiro."

Enquanto isso, no Equador, completamente desnorteado, o ministro da Defesa do Equador, Xavier Ponce, declarou: "É uma lástima que não tenha sido iniciado um processo de paz e sim um resgate. É algo que o mundo já esperava". Ponce indicou que o resgate diminui ainda mais as possibilidades de uma saída política para a situação vivida na Colômbia e insistiu que o Equador advoga por uma "saída integral" ao problema, pela libertação dos reféns e pelo acordo de paz. Segundo ele, os reféns deveriam ser deixados de lado até uma negociação mais ampla...

O PoPa espera, ansioso, as declarações de Chávez e Marco Aurélio Garcia!

Imagem: efe/Estadão

terça-feira, 1 de julho de 2008

Mestre do convencimento

O PoPa acha não esperava outra coisa. Deu hoje, no Estadão:

Comissão de Ética arquiva processo contra Dilma sobre dossiê

Leonencio Nossa, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - A Comissão de Ética da Administração Federal arquivou processo sobre o suposto dossiê dos gastos com cartão corporativo durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista nesta segunda-feira, 30, o presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, afirmou que os argumentos apresentados pela ministra Dilma Rousseff convenceram os membros da comissão a arquivarem o caso. Sepúlveda relatou que, em seu argumento, Dilma explicou que fez um banco de dados com muito mais informações que as extraídas e publicadas. A ministra, conforme Sepúlveda, informou que havia tomado "todas as providências" para investigar o vazamento de informações desse banco de dados. Ela ressaltou, ainda conforme relato de Sepúlveda, que abriu sindicância interna para apurar o fato e encaminhou o caso do vazamento à Polícia Federal para averiguação.

Tá certo...