Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Café Solúvel, uma prioridade do governo federal...

Pois ontem o PoPa estava ouvindo a Voz do Brasil" (pois é...) e ficou sabendo que o brasileiro consome pouco café solúvel. Das 40 milhões de sacas consumidas, umas oito seriam destinadas para a produção de café solúvel. E o governo está preocupado com isso (!!!). Eventualmente, o PoPa faz compras nos supermercados da cidade e nunca percebeu que faltava café solúvel para o povo comprar. Aliás, o PoPa consome somente café solúvel e conhece várias marcas colocadas à disposição dos consumidores.

Produzir café solúvel é coisa de gente grande. A presença de pequenas empresas neste setor é desconhecida do velho PoPa, enquanto os cafés moídos tem uma enorme quantidade de micro e pequenas empresas operando Brasil afora.

Mas o governo está preocupado. E resolveu que o setor de café solúvel precisa de incentivo para aumentar sua produção! E está lançando linhas de financiamento especiais com 7,5% de juros fixos ao ano. Isso mesmo, fiel leitor do PoPa! O que você paga pelo cheque especial a cada mês (se tiver sorte, claro, pois os juros costumam ser maiores que isso), estas gigantes do setor de café solúvel vão pagar para seus investimentos a cada ano!

Esta decisão fará a Nestlé vender seus cafés solúveis mais baratos? Fará a Cacique vender seus cafés solúveis mais baratos? Todos sabem a resposta lógica. E por que raios o governo está dando incentivos a estes monstros corporativos? Por que não se dedica, por exemplo, a apoiar as micro e pequenas empresas de confecções que estão quebrando Brasil afora, por falta de condições de concorrer com os texteis chineses? Por que não dedica estes recursos que saem do orçamento da União, a melhorar as condições de nossas escolas, de nossas estradas, da nossa segurança? Investimento público é questão de escolha, pois não temos recursos para tudo que queremos e precisamos. O governo está dando sua prioridade, entre outras bobagens, para aumento da produção de... café solúvel!!! Algum dos fiéis leitores do PoPa já encontrou dificuldades na busca por seu café solúvel do dia-a-dia? Ou será que a idéia é investir em publicidade para aumentar o consumo?

Adendo: o PoPa foi buscar a informação oficial e, segundo a Resolução 3.995, de 28/07/11, publicada em 01/08, os recursos são para capital de giro! Isso mesmo, fiéis leitores do PoPa, não é para aumentar a produção ou a produtividade. É para capital de giro, para estas empresinhas do setor de café solúvel. O limite de financiamento? Pouquinha coisa: 40 milhões de reais por empresa e o pagamento é em 24 meses, com carência de seis meses. Grana boa para girar, não é mesmo? Micro e pequenas empresas brasileiras tem sorte se conseguir um capital de giro com custo inferior a 2,5% ao mês, com prazos bem mais curtos. Mas, quem manda serem pequenas?

sábado, 30 de abril de 2011

Por que o espanto com a volta ao partido?

O PoPa acha engraçado que tanta gente estranhe o fato de que "aquele do mensalão" esteja voltando para seu partido de origem. Qual o espanto? Ele é a essência deste partido, a mola mestra que deu a propulsão para que ele - o partido - tivesse o sucesso que tem.

O que mais espanta o PoPa é a fraqueza - para ficar em uma palavra socialmente aceita - da oposição em relação ao governo deste partido. Mais que espanta, impressiona!

terça-feira, 29 de março de 2011

Aumento de 168% em imposto!

Em suas leituras matinais, o PoPa leu, na ZH, que o subsecretário de tributação da receita federal, Sandro Serpa, informou que uma das razões para o governo ter aumentado o custo na alíquota foi a preocupação com a possibilidade de insolvência no pagamento das faturas. EPA! Aumentar o imposto para reduzir inadimplência? E ele fala pelo governo!

Antes, o ministro Mantega havia dito que era para compensar a falta de arrecadação em função do ajuste da tabela do IR. Vamos ver, um reajuste na tabela, abaixo da inflação, não corresponde a redução da arrecadação, mas - no máximo - mantém a arrecadação nos mesmo níveis. Sabemos, no entanto, que os gastos do governo crescem em ritmo muito maior que a inflação (a oficial, pelo menos) e que a sangria na classe média é a saída óbvia para os burocratas que não pensam em reduzir gastos desnecessários. O PoPa fica a pensar nos gastos em 37 ministérios (quase 39), nos investimentos sem retorno da Copa do Mundo, no tal "trem bala", nos cartões corporativos (que não devem pagar este imposto), na orgia gastadora do Congresso, do Executivo, do Judiciário. Gastança com dinheiro público, desviado do trabalhador. Sim, do trabalhador, pois nada gera recursos financeiros sem trabalho! E o governo não gera nada, logo não trabalha...

168% de aumento. Jornais gostam de falar em 4%, já que o reajuste vai de 2,38% para 6,38%. Quatro pontos percentuais, que representam 168% de aumento no imposto pago. Matemática simples, perfeitamente dominada pelos burocratas de plantão que viram, nesta manobra, a oportunidade de tungar o povo, novamente. Eles seguem estudando outras maneiras. Aguarde!

domingo, 23 de agosto de 2009

Os poderosos de da Silva

As leituras matinais do PoPa, nos domingos, sempre são mais tardes. Afinal, até Deus teria tido seu diazinho de preguiça, por que o PoPa também não poderia ter?

Mas o PoPa já tinha lido e visto na tv, da Silva aos abraços com o índio cocaleiro, lá na Bolívia, em plena zona de produção de cocaína. E leu, no Reinaldo Azevedo, alguma coisa sobre o evento e sobre as falas de da Silva. A que mais chamou a atenção do velho PoPa foi "o índio tem de provar que tem competência para governar, sindicalista tem de provar que tem competência para governar. Enfrentamos os preconceitos. Enfrentamos a ira dos poderosos que não se conformaram em perder o poder.”

O PoPa ficou pasmo com a declaração de da Silva. A quais poderosos ele se refere e que teriam perdido o poder? Sarney? Collor? Renan? Não, ele devia estar falando de empresários poderosos, como a Camargo Correia, que recebeu 129 milhões do pac, em 2008? Ou da Odebrecht que recebeu 226 milhões do pac no mesmo ano? Ou, quem sabe, do megaempresário Antônio Ermirio de Moraes, cujo Banco Votorantin foi agraciado pelo Banco do Brasil em míseros 13 bilhões, sendo sete para comprar 49% do controle e o resto para injetar no banco?

A que poderosos da Silva se refere? O PoPa não viu poderosos políticos nem poderosos empresários com dificuldades no governo do pt. Então seriam banqueiros? Mas da Silva mesmo tem dito em alto e bom som que nuncaantesnestepais os banqueiros lucraram tanto!

Restam, então, os poderosos aposentados, os poderosos membros da classe média, os poderosos assalariados. Estes, com certeza, enfrentando problemas nuncaantesnestepaís...

domingo, 15 de março de 2009

As vantagens de da Silva

Chávez está centralizando o poder na Venezuela. Agora, tomou conta dos portos e aeroportos e não vai permitir que os governadores cobrem taxas sobre as movimentações portuárias. Por aqui, há muito tempo a centralização mantém os estados à míngua, com todas as taxas e impostos indo para o governo federal. Um estado - que deveria ser federado - fica apenas com o icms e alguma coisa de taxas menores. Quase nada. O sonho de Chávez.

A centralização do governo, no Brasil, criou um monstro enorme, gordo e preguiçoso, pois seu manjar está sempre ali disposto, para que dele se lambuze e se empanturre. Ao chegar a mais de 36% do PIB com impostos e taxas, o Brasil estrangulou a capacidade de produção de sua própria gente. Ao mal utilizar este dinheiro, reduz a eficiência e nos mantém "deitados eternamente em berço esplêndido".

A reforma tributária poderia resultar em alguma melhora neste sentido mas, com o congresso que temos, o que esperar dela? Melhor que não a façam pois ficaria ainda pior, com certeza!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O Brasil e as farc

A revista colombiana "Cambio" traz, na capa deste mês, uma reportagem importante sobre a participação brasileira no apoio às farc (e no apoio destas a alguns políticos brasileiros). Bem, claro que as farc estão em baixa na cotação mundial e ninguém quer ser pego com este tipo de companhia. Mas as denúncias, apesar de não trazerem nada de novo, parecem ter uma boa dose de verdade, como podemos ver nas reportagens do Estadão de hoje. Várias informações foram confirmadas, mas sempre com aquela desculpa esfarrapada de que "não compactuamos com sequestros, tráfico..." ora, o Brasil asilou, politicamente, um dos guerrilheiros das farc que continuou sendo uma espécie de porta voz da guerrilha (o tal "padre Olivério Medina"), mesmo que a condição para ser exilado tenha sido "desligar-se" das farc...
Ora, um país que "abriga" um terrorista, pode ser confiável, aos olhos do povo colombiano?
Melhor, mesmo, que não tentem explicar nada. Marco Aurélio Garcia, segundo o Estadão, saiu-se com esta pérola: "houve uma certa tentativa de aproximação" do governo brasileiro com as Farc, mas insistiu que o contato "foi refutado". Ele disse que foi um dos primeiros a rejeitar todo o contato com a guerrilha. É um rejeitador, o Garcia...

Imagem: da revista Cambio, os protagonistas do "dossie brasileiro". Alguém aí duvida?

quarta-feira, 26 de março de 2008

Arrogância e audácia

O editorial do Estadão de hoje. Mais um "corta e cola" do PoPa...

A visita do ministro da Defesa a Washington teve ao menos um ponto positivo. Graças à cobertura que a imprensa deu aos encontros do ministro Nelson Jobim com as autoridades norte-americanas, os brasileiros puderam conhecer alguns poucos detalhes do projeto que ele está propondo aos países da América do Sul. Até então, sabia-se apenas que havia proposto a seus colegas da Argentina e do Chile a criação de um Conselho Sul-Americano de Defesa; que, segundo ele, seria uma realização capaz de mudar o panorama estratégico da região, que passaria a ter influência decisiva nos foros globais; e que todos os países da América do Sul seriam convidados para integrar o organismo.

Num discurso para 14 dos 27 representantes dos países membros da Junta Interamericana de Defesa (JID), o ministro Nelson Jobim decretou que "chega de pensar pequeno. Pensar pequeno significa dependência, significa continuar pequeno. É preciso arrogância estratégica e a audácia do enfrentamento dos nossos problemas, com a coesão dos países da região". E assim os brasileiros foram os últimos a saber que seu governo está empenhado em criar um organismo internacional "que possa articular na América do Sul a elaboração de políticas de defesa, intercâmbio de pessoal, formação e treinamento de militares, realização de exercícios militares conjuntos, participação conjunta em missões de paz da ONU, integração de bases industriais de defesa".

A criação de um organismo que cuide disso tudo, compatibilizando as políticas externa, de defesa e industrial de uma dúzia de países tão diferentes quanto o Suriname do Brasil já seria um prodígio. Mas não para o ministro Nelson Jobim. Tomado de "arrogância estratégica" e "audácia do enfrentamento", ele quer que o tal Conselho seja um órgão "proativo", com capacidade executiva e operacional, para "não ter nossas posições manipuladas por outros grupos e interesses". (Leia-se Estados Unidos.) Ora, desde que d. Pedro I gritou "laços fora", as posições brasileiras não são manipuladas por quem quer que seja. A frase foi injusta com o próprio governo ao qual o ministro pertence e injuriosa para todos os países da região. Preferimos creditá-la a um arroubo de retórica.

O grave é propor a criação de um organismo de natureza militar - pois é a isso que remete o termo "defesa" - com capacidade executiva e operacional para formular e implementar políticas no plano internacional. Pela ordem jurídica que vige nos países sul-americanos, em tempos de paz, as suas políticas externas são de responsabilidade dos diplomatas, sob supervisão direta do presidente da República, e os objetivos de suas políticas de defesa se subordinam às necessidades da política externa. O projeto do ministro Jobim somente teria sentido se a América do Sul estivesse, unida, em pé de guerra contra um inimigo extra-regional.

Esse projeto encontrará outros obstáculos. O representante da Argentina na JID enunciou um deles. "Como se enquadraria esse órgão numa região onde há possibilidades de conflitos? O que acontecerá quando houver crise entre os países?" Mas não é preciso considerar essa hipótese extrema. O que se propõe é a criação de um órgão coordenador da defesa - em seu sentido amplo - de todo um subcontinente que não consegue harmonia política suficiente para montar um sistema integrado de comércio. Pior ainda, que há décadas ensaia, sem conseguir realizá-la, a sua integração física na área dos transportes.

A integração da defesa é a última etapa dos processos de integração regional. Envolve, mais que a soberania, a sobrevivência da nação e, por isso, os países relutam em abrir mão de sua autonomia nessa área. A União Européia, por exemplo, até hoje não saiu do estágio inicial da integração militar. Para garantir a sua segurança coletiva, confia, em última instância, na OTAN. Na América do Sul, o Mercosul está estagnado, sem conseguir aplicar sequer a tarifa externa comum e a Comunidade Sul-americana de Nações não passa de uma quimera. Não há, portanto, condições objetivas para a integração militar.

O recente episódio envolvendo a Colômbia e o Equador mostrou que a OEA continua sendo o foro regional provedor de segurança coletiva - e que os Estados Unidos sabem se comportar com discrição numa crise sul-americana. Nessas condições, arrogância e audácia não mudarão a realidade para melhor.

O PoPa ficou pasmo com as declarações do marechal Jobim, que demonstra uma sutileza de elefante para tratar de questões tão delicadas. E isto não seria um assunto para estar sendo discutido no congresso? Com a sociedade? Não é isto importante o suficiente para que o brasileiro comum saiba o que passa pela cabeça desta gente?

sábado, 22 de março de 2008

Inteligência Latina

O PoPa não entende o funcionamento do cérebro de alguns componentes de governo. E não é por causa das trapalhadas dos aloprados de Lula do PT. Parece que alguém, quando assume um posto de comando público, perde parte do cérebro e passa a raciocinar de maneira estranha. Vejam, por exemplo, esta notícia da ZH de hoje:

Em audiência com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Bob Gates, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem em Washington que a melhor maneira de o país colaborar com a criação do Conselho de Defesa Sul-americano proposto pelo Brasil é "manter distância".

No encontro, que durou 40 minutos, Gates perguntou a Jobim qual seria a melhor maneira de os americanos ajudarem no conselho.

- Eu disse a ele que a melhor maneira de os EUA ajudarem era assistir, ficar à distância, porque estamos fazendo algo claramente sul-americano - afirmou Jobim.

O ministro está em Washington divulgando a idéia do conselho, que teria como objetivo traçar uma política de defesa comum para a região e desenvolver indústrias bélicas integradas. Ele esteve também com a secretária de Estado, Condoleezza Rice.

O PoPa nem vai comentar a idéia do conselho (não, por enquanto), mas estranhou o fato de Jobim querer os gringos à distância (cabra macho!) do tal conselho. Afinal, o que ele foi fazer lá, então? Não deveria estar em Buenos Aires, Montevideu, Caracas ou outra capital sul-americana?

sábado, 15 de março de 2008

BR392

O PoPa leu que Dilma falou sobre a duplicação da BR392, trecho Pelotas/Rio Grande. E disse que não faltará dinheiro para esta e muitas outras obras. O que ela não falou, é que este projeto estava aprovado e licitado no final do governo FHC e que o governo Lula cancelou as obras. Também não falou que ela tentou esquivar-se da obra, dizendo que era uma estrada privatizada.

Ela não disse muita coisa, mas o povo - ora o povo - não dá bola para estas coisinhas! E não percebe que obras que deveriam ser corriqueiras, do orçamento normal de um governo decente, transformam-se em um grande programa, exatamente às vésperas de eleição. O PT, quem diria há alguns anos, é igualzinho a todos os outros partidos...

Imagem: Dilma, nos seus tempos de Estella.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

EMERGÊNCIA!!!!

O PoPa leu no Estadão, uma notícia interessantíssima: A ministra do meio Ambiente, Marina Silva, informa que houve na Amazônia, em novembro e dezembro, um "desmatamento nunca visto". Ela informou que comunicou o fato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião ministerial desta quarta, e que ele convocou para amanhã uma reunião de emergência para discutir o assunto.

A leitura que o PoPa fez desta notícia, confirma o que Lula do PT disse sobre reunião com ministros (veja no post "Santa Ceia"): depois passamos um ano sem conversar". É isso... a Amazônia está sendo desmatada como nunca e Lula do PT só fica sabendo na reunião anual com seus ministros. E convoca reunião de emergência no final de janeiro. O PoPa leu, na matéria, que a ministra sabia disso desde meados do ano passado... Provavelmente, só levou este assunto para a reunião, para ter sua vez de falar.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Conselho [bem] pago

Diziam os antigos que se conselho fosse bom, ninguém daria, venderia. Pois o PoPa leu, no Estadão, a notícia: BRASÍLIA - Anunciado como grande novidade do primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) passa por um período de ostracismo e questionamento de suas funções, mas não recua na luta por mais recursos. A proposta orçamentária do órgão para 2008 prevê R$ 2,6 milhões em gastos. Se for aprovado pelo Congresso, esse orçamento vai superar em R$ 1,1 milhão (73%) o do ano passado, que foi de R$ 1,5 milhão - R$ 1,2 milhão foi efetivamente gasto.

Segue a notícia: O motivo do reforço no orçamento, explica a secretária do CDES, Esther Bemerguy de Albuquerque, é que o Brasil assumiu a presidência da Associação Internacional de Conselhos, que reúne grupos de aconselhamento de presidentes de 70 países. "Nossa responsabilidade aumentou, teremos mais viagens internacionais, muitas vezes com quatro ou cinco conselheiros [êta festança!!!!]. O conselho está ganhando importância". [e muita grana...].

O que parece estranho, é que os conselheiros não ganham salário, mas sim passagens e diárias (estas, caso os amigos não saibam, não sofrem descontos no imposto de renda, ou seja, são "limpas"). Então, como chegaram a este valor, com apenas 20 funcionários e cerca de 100 conselheiros que trabalham "de graça" (e que, provavelmente, não fazem - ou não deveriam fazer - tantas viagens assim)? Seria interessante uma olhadinha no orçamento detalhado deste "conselhão". Provavelmente, pode ser visto em algum canto obscuro da Câmara dos Deputados, se alguém se der ao trabalho de procurar. (leia o restante da notícia aqui).

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Arrecadação

A Governadora está com uma fixação de aumentar impostos. Mas imaginem a seguinte situação: alguém tem um telefone celular de cartão. Costuma gastar uns 10 reais por semana. Então, aumentam-se os impostos (serão centavos nestes 10 reais) e o telefone fica mais caro. Mas aquela pessoa vai continuar a gastar os mesmos 10 reais - falando um pouco menos, claro. Aí, não adiantou a manobra, pois a arrecadação será a mesma...

Assim é com o restante. Gasolina, energia... tudo vai se acomodando, pois o povo não consegue pagar mais caro. Então, reduz-se o consumo. Onde o Estado ganha? Não ganha!

Agora, imagine o contrário: menos impostos, as pessoas falariam mais, gastariam mais e a economia iria girar mais rápido. É assim também com a CPMF. Não é de graça que o governo tira 40 bilhões da economia, para gastar mal. Se esta grana ficasse em poder da população, certamente geraria muito mais riquezas e, consequentemente, mais arrecadação. Mas isto é conta que economista não entende... principalmente economistas do governo, cujas tabelas somente tem duas colunas - entrada e saldo...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Renovação no Governo Yeda

Como fica agora? O PP não pode continuar no governo Yeda, pois deu uma solene rasteira nela. O PoPa já tinha trocado de idéia sobre a nova carga de impostos e que a sociedade gaúcha não deveria ser espoliada mais uma vez. Se o Estado está quebrado, vamos continuar o trabalho de reduzir gastos. Quem sabe até reduzir impostos em áreas problemáticas, onde a sonegação é mais forte? E buscar a parceria das prefeituras municipais para a fiscalização do ICMS? Esta é fácil e o PoPa já falou sobre isto em outras oportunidades: adianta uma parte do fundo de participação dos municípios DIRETAMENTE NA CONTA DA PREFEITURA, assim que a empresa paga o tributo. Qual prefeito não iria colocar sua tropa de fiscais a verificar toda a movimentação de sua cidade?

Na ZH de hoje, a notícia de que Otomar Vivian, Pedro Westfallen e Celso Bernardi pediram demissão, que não teria sido aceita por Yeda. Agora, ou eles saem do partido, ou saem do governo. Simples? Nem tanto... São algumas dezenas de cargos que o PP tem no governo. O próprio partido vai ter que tomar esta decisão. Ou são governo ou não são governo. Sem essa de ficar aparecendo como bonzinho para o povão.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Detran

A declaração do ex-secretário da segurança Enio Bacci, é a mais contundente neste caso: "Em momento algum como secretário pude nomear quem quer que fosse para o Detran-RS, apesar de denúncias escabrosas que tínhamos". Bacci acusa a governadora de ter sido informada por ele, ainda no início do governo, de que inúmeros contratos eram suspeitos no Detran-RS. "Era preciso investigá-los", teria dito Bacci. "A governadora não me deixou tocar", afirmou. Estes trechos foram copiados do Blog do Diego. A ZH também traz uma grande cobertura sobre o escândalo.

O PoPa fica ainda mais preocupado, pois parece que o Secretário de Segurança, que é da PF, não sabia sobre a operação, nem sobre os problemas que ocorriam. Ou, pelo menos, não se manifestou na imprensa.

Mas o PoPa lembra que o problema foi causado por um estilo de trabalho que se alastrou no serviço público brasileiro: a contratação de ongs e fundações, sem concorrência alguma. Isto facilita a alimentação do sistema com propinas e desvios de recursos. Não é o único problema na Secretaria de Segurança, como deixou claro Enio Bacci ao sair do cargo. Há contratos bem estranhos e que, agora, pode ser que sejam vasculhados pela polícia, já que o governo não o faz. O PoPa lembra de alguns, como a segurança do Palácio da Polícia, que seria feito por empresa particular e a limpeza de delegacias no interior. Juntos, totalizavam um valor superior a R$ 700 mil mensais. Enquanto isso, policiais têm que fazer “vaquinha” para colocar gasolina nas viaturas, comprar tinta e papel para impressoras e limpar a própria delegacia.

E o PoPa espera que os blogs de esquerda se deem conta da grande cobertura que a RBS está dando à este caso!

Chamem o Capitão Nascimento!!!!

Imagem: Donald Duck, furioso quando teve que renovar sua habilitação no RS! Sim, esta corrupção foi mais justa, já que apenas os motoristas - classe da "elite" - bancaram esta "treta".

sábado, 3 de novembro de 2007

O chefe mandou...

Na folha de hoje, o PoPa leu, com espanto, que Lula do PT mandou a Petrobrás cortar o gás das empresas e fornecer às termoelétricas. Em texto de carta do presidente da Petrobrás ao Ministro de Minas e Energia: "Apesar de possíveis questionamentos sobre as obrigações legais e contratuais da empresa de garantir esta disponibilidade adicional de energia, a Petrobras está plenamente empenhada em cumprir os compromissos assumidos no termo, atendendo a missão atribuída pelo senhor presidente da República", afirma trecho da correspondência.

Segundo o relato de um dos participantes da reunião, a estatal assinou o documento sob a pressão do presidente Lula, que chegou a dizer que o presidente Fernando Henrique Cardoso teve o apagão porque foi mal informado por assessores e que estava presente ao encontro para evitar que a situação se repetisse.

O problema é um pouco mais complicado do que parece. Há um horizonte de falta de energia elétrica e nada foi feito em investimentos na geração, além de usinas termo-elétricas que utilizam gás - da Bolívia. A falta de planejamento vai custar caro ao Brasil, tanto em redução do nível industrial, como da confiança de investidores. O PoPa espera que o PAC da energia (se não tem, vai ser criado...) dê uma rápida resposta para esta crise anunciada.

E como diabos um governo incentiva o uso de um produto energético do qual não tem o mínimo controle? É o caso dos carro à gás que predominam no RJ e em SP, com reduções de ICMS e IPI!!! Ô burrice!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Comunistas...

Como sempre, o pessoal de esquerda muda o foco das discussões para chegar às conclusões que quer. O comunista brasileiro Aldo Rebelo opõem-se ao pedido dos parlamentares brasileiros de entrevistar os atletas cubanos que foram escurraçados do Brasil. Ele alega que é interferência na soberania cubana. Mas o que o povo brasileiro quer saber, não são detalhes da democracia cubana, mas sim como ocorreu a expulsão sumária dos dois atletas, na palavra dos mesmos. Se eles estão sendo bem ou mal tratados por lá, infelizmente é um problema de Cuba, mas nós precisamos saber se houve conivência do governo brasileiro para que isto esteja acontecendo. E isto é um problema brasileiro, com certeza. A alegação do comunista Aldo de que a Câmara dos Deputados deve pedir explicações ao Ministério da Justiça, é a piada do dia.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Lula na África

Hoje no Estadão, o PoPa leu interessantes reportagens sobre a visita do Lula do PT (usando o título dado pelo Cinaman) à África. Em uma delas, a manchete revela: "Lula passa constrangimento ao visitar palácio de ditador", mas em todo teor da reportagem, não há uma única referência a que Lula tenha tido algum tipo de desconforto ou declarado qualquer coisa à respeito. Ou seja, o repórter deduziu que Lula teria ficado constrangido... Em outra reportagem, com texto da BBC, há a informação que Lula foi a estrela máxima das comemorações dos vinte anos de ditadura de Burkina Faso. Como o texto é da BBC, não há qualquer citação de constrangimento, ao contrário, as fotos mostram um Lula sorridente e bem à vontade.

OPoPa também acha que o discurso da dívida histórica com a África tem que ser rejeitado. Se dívidas históricas houvessem, o mundo não poderia ser o que é hoje, pois a sociedade da época era estúpida e escravagista. O discurso serve para criar culpas e preconceitos que nada tem a ver com o momento atual.

É preciso lembrar que mesmo a África era escravagista, pois tribos escravizavam os povos derrotados em guerras e negociavam abertamente com Portugal estes escravos. O Brasil precisa abandonar o discurso de culpa, pois nós não temos este "pecado original", já que quem deveria ter esta dívida é Portugal! Aliás, falando em dívidas, Portugal nunca se declarou devedor do Brasil (ou da África), apesar de ter espoliado esta nação.

Imagem: Lula do PT ao lado do ditador de Burkina Faso (foto Estadão). Reparem o slogan ao fundo: 20 anos de democracia e progresso...

domingo, 14 de outubro de 2007

Lula critica... Lula!

No Estadão do dia 9 de outubro, Lula afirma (durante o leilão da privatização de estradas):

"O pouco que a gente tinha foi privatizado e, em muitos casos, não exigiram responsabilidade daquele que privatizou para fazer os investimentos necessários".

"Esse país deixou de ser um país de faz-de-conta, deixou de ser um país onde cada um fazia o que queria e a maioria não queria fazer", afirmou, completando que não há investimento em infra-estrutura desde o governo Geisel (1974 a 1979), o que, segundo ele, "atrofiou" o Brasil.

Na ocasião, Lula prometeu que entregará 1.234 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul (do Pará a Goiás) e 1.900 da Ferrovia Transnordestina (sudeste do Piauí ao Porto de Suape, em Pernambuco) até o final de seu mandato, em 2010.

Então o PoPa chega a algumas conclusões: se não há investimento em infra-estrutura desde o governo militar de Geisel, nem aquele foi tão ruim, nem o anterior de Lula foi tão bom como ele costuma dizer. Outra constatação é que Lula afirma que as estradas foram privatizadas com um pedágio menor. O que ele não disse é que, nas privatizações anteriores, o governo recebeu algum recurso antecipado e nesta privatização, não... Ou seja, ele deu de graça aos italianos! Ainda bem, pois a incompetência do governo federal de manter rodovias é conhecida desde muito antes do Lula. Mas o mais estranho (para quem não conhece Lula, claro), é que ele reclamou que quase tudo foi privatizado, em um leilão de privatização!

Os mais antigos vão se lembrar dos selos que o motorista era obrigado a comprar para andar nas rodovias federais e cujos recursos nunca retornaram? Ou o empréstimo compulsório sobre gasolina? Ou a CIDE (
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que ainda nos assombra? Tudo isso deveria ir para estradas e infra-estrutura e nunca foi!

Por tudo isso, bem vindo, Lula, ao neoliberalismo!

Imagem: em algum lugar do Brasil, uma "operação tapa buraco", que poderia ser chamada de "me engana que eu gosto", pois foi feita para durar até a primeira chuva, com asfalto frio e brita.

domingo, 30 de setembro de 2007

Bioma Pampa

O PoPa reconhece: não é um especialista no Bioma Pampa, mas conhece muito aquelas paragens e conversou com muitos técnicos sobre o assunto. Antes mesmo de ser considerado um Bioma, legalmente, o PoPa já conhecia alguma coisa, através de conversas como, por exemplo, com o agrônomo José Lutzemberger, de inquestionável saber sobre assuntos de ecologia. Ele dizia, das áreas da Campanha e Fronteira Oeste, que a atividade mais equilibrada ecologicamente para a região era a pecuária extensiva. Por que? Porque esta atividade está na região desde meados do século XVII, quando foi introduzida pelos jesuítas. O gado e os campos aclimataram-se mutuamente, chegando às características das pastagens nativas que temos hoje. Os pecuaristas sabem da capacidade de lotação de suas terras e trabalham-nas da maneira mais adequada, apesar de não ser a mais rentável.

Hoje, neoecólogos acusam o eucalipto de ameaçar o bioma pampa, mas este bioma já foi atacado de muitas maneiras e suas características (não originais, mas as modificadas pelo gado jesuíta), já se alteraram definitivamente, com vários fatores:

Agricultura: pecuaristas não são agricultores, mas decidiram arrendar campos para agricultores de outras áreas para a produção de soja, principalmente. Ocorre que o solo é muito diferente da região de origem da maioria destes produtores e não respondeu da mesma maneira.Tecnologia inadequada, falta de compromisso com a preservação do solo (arrendatários, não proprietários), baixa produtividade e erosão, comprometeram grandes extensões de terras. Nas áreas sujeitas à arenificação (processo erroneamente chamado de desertificação), a situação ficou ainda mais grave.

Cultural: fora da região, criou-se uma idéia de que a região era tomada por grandes produtores e latifundiários, que não mereceriam estas terras. Isto despertou a cobiça política de alguns grupos que incentivam uma pseudo-reforma agrária na região, promovendo invasões e tirando a tranquilidade da população. Lembrem-se que estamos falando de uma região com um frágil equilíbrio, adquirido ao longo dos séculos, e que não se presta à agricultura intensiva, que manipule o solo anualmente.

Governamental: o governo federal, que definiu que esta região não poderia ter indústrias, que não poderia ter estrangeiros como proprietários, que não poderia interagir com os países vizinhos, que foi condenada à uma produção primária, agora pretende colocar agricultores despreparados, de outras regiões, para a promoção de sua politiqueira reforma agrária.

Técnica: ou deveria dizer, técnico-burocrática, que estabeleceu critérios de produtividade impossíveis de serem alcançados pela atividade da pecuária extensiva e praticamente impossível, mesmo em uma pecuária intensiva, usando parâmetros de áreas com condições edafo-climáticas totalmente diferentes, ainda que no mesmo estado. Desta maneira, os tais latifúndios poderiam ser retalhados e entregues a produtores não qualificados, que sobreviveriam de bolsas-família e cestas básicas até que resolvessem fazer algum tipo de agricultura e detonar o tal Bioma Pampa. Como não teriam o gado para pastejo (atividade que não é admitida como produtiva pelo Incra), os campos iriam modificar-se, gradativamente, não ao espectro original, mas a um outro que também ameaça o Pampa: o capim-anoni. Esta agressiva gramínia, introduzida no RS por "acidente" (e não no Pampa, complemente-se), espalha suas sementes por toda a região, através das correntes de vento e, não se tendo um cuidado extremo, tomará conta de todo o Pampa.

O PoPa poderia citar mais uma dúzia de ameaças, mas podemos ficar com estas principais. Para conter este tipo de ação, a reação encontrada foi o plantio de florestas para produção de celulose. Não foi uma ação governamental ou buscada pelos produtores locais. Estas empresas descobriram que aqui temos uma conjugação de fatores importantes para que esta atividade tenha sucesso: luz, água e solo.

E, depois de séculos de esquecimento, o Pampa pode tornar-se importante produtor de riquezas para o Brasil. EPA! Esta região já teve poder econômico e atrapalhou o Brasil de várias maneiras, sendo a principal delas, a Revolução Farroupilha que "peitou" o Império. É verdade que perdemos a guerra, não recebemos o título de "leal e valerosa", mas mostramos do que somos capazes...

Esta semana, o PoPa andou por São Gabriel e arredores. Viu que a ovinocultura de corte está tendo um impulso interessante e que as florestas estão sendo vistas com bons olhos. Até algum pseudo-ecólogo dizer que as ovelhas compactam o campo, que produzem gás metano e outras bobagens do gênero...

Imagem: Estação ferroviária de Pelotas, no início do século XIX. Os trilhos de trem, no Rio Grande do Sul, têm bitola estreita, ao contrário do restante do Brasil, porque os iluminados políticos e estrategistas do governo central tinham medo da invasão argentina... se invadissem, que ficassem pelo Pampa, porque aqui tinha quem corresse eles!

domingo, 23 de setembro de 2007

Porque elegem ele?

Para quem é do sul, soa estranho que Renan consiga se reeleger, ano após ano, como senador de Alagoas. Mas esta perplexidade fica reduzida quando olhamos os números do pobre estado. O que Renan e os políticos alagoanos fizeram por sua terra durante todos estes anos. Por que o estado continua na extrema miséria? Veja desta semana coloca alguns números assustadores de Alagoas:

Mortalidade infantil por mil habitantes: 53,7 (Brasil 30)
Taxa de analfabetismo: 26% (Brasil 10%)
Domicílio com rede de esgoto: 30% (Brasil 71%)
Abaixo da linha de miséria (os tais 125 reais por mês) 45%!!!!!! (Brasil 19%) e Maranhão também beira os 45%.

Reinaldo Azevedo também chama atenção para os números do IBGE, que informam onde, no Brasil, houve o maior aumento de renda. Pasmem, foi Maranhão, seguido de Alagoas. Mas esta renda não chegou às camadas mais pobres, pois elas tiveram sua renda reduzida. Paradoxo? Claro que não. Roubo!

Lula gaba-se de melhorar a vida dos brasileiros, mas parece que os alagoanos e maranhenses não são brasileiros...