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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Rombo no orçamento

O PoPa tem visto o governo federal dizer que as contas estão perfeitas e que - apesar da gastança pública ter aumentado exponencialmente - está tudo ok. Sobra grana para as mais diversas bolsas-esmola, sobra grana para fazer novas estatais, sobra grana para contratar aspones e muita coisa mais. Mas não sobra grana para melhorar a segurança destepaís.

O PoPa leu hoje, no Estadão, que a fronteira com o Paraguai enfrenta um aumento constante de casos de tráfico de drogas e violência. Praticamente dobrou, nos últimos três anos, o número de flagrantes na região de Umuarama, onde houve uma chacina, esta semana, ligada ao tráfico, com 15 mortos e oito feridos graves. O Estadão informa: "Na visão do Ministério Público Federal, a União abandonou as fronteiras. Faltam policiais rodoviários, federais e fiscais da Receita Federal. Isso não é um problema só de Guaíra, mas de todas as regiões de fronteira", afirma o procurador da República em Umuarama, Robson Martins, autor da ação de fevereiro que solicitava a contratação de mais agentes.

O juiz Jail Benites de Azambuja acatou a justificativa de Brasília. Na sua sentença consta que o "aumento de pessoal resultaria num rombo do orçamento federal". Procurado ontem, Azambuja preferiu não comentar o caso. A Procuradoria entrou com recurso no 4º Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre (RS). "É lastimável essa decisão diante dos flagrantes de tráfico de drogas, armas e contrabando na fronteira", frisou Martins.

Coisa de governo que tem dinheiro para tudo, menos para a segurança do povo. Segurança que não é apenas na região, pois o produto deste tráfico vai levar a violência para o restante do país.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Segurança Pública


O PoPa vem acompanhando a discussão em torno da segurança pública. Na ZH de hoje, a afirmação de que há uma má distribuição dos policiais civis nas cidades gaúchas. Diz, por exemplo, que Pelotas tem mais policiais que Canoas, apesar de terem praticamente a mesma população e Canoas ter mais crimes. Onde está a distorção? Pelotas deverá ter menos policiais nos próximos anos e, como conseqüência, mais crimes para igualar-se a Canoas?

Há também, comparações entre Uruguaiana e Santa Cruz do Sul. Não lembra, a reportagem, que Uruguaiana foi uma das cidades mais violentas do Estado em passado recente e que teve a criminalidade reduzida, justamente por causa da ação policial! E que Santa Cruz é um pólo rico que seduz os delinqüentes da grande Porto Alegre...

Também cita Passo Fundo e Alvorada, neste comparativo, sem lembrar-se, também, que Passo Fundo era um importante elo no tráfico brasileiro e que deixou de sê-lo, exclusivamente pela ação policial.

Retirar efetivos destes locais é retornar ao passado. O que está faltando é novos policiais, bem equipados e bem treinados para ações localizadas. Uma força tarefa com função específica de combate ao crime, esteja ele onde estiver.

Enquanto policiais civis estiverem assoberbados com serviço banal, burocrático, estafante, a segurança não será prioridade neste Estado. Faltam policiais, viaturas, equipamentos, treinamento. Depois de concluir a academia, os policiais não tem mais oportunidade de treinar tiro, ações de defesa e outras importantes atividades policiais.

As ações policiais deveriam ser regionais. Citar Alvorada e Canoas, por exemplo, é como dizer que a grande Porto Alegre não tem policiais suficientes, o que não é verdade! As regiões metropolitanas, nos pólos estaduais, deveriam ter delegacias especializadas que atendessem toda a região, para elucidar e prevenir crimes. Aliás, isso existe, então a reportagem não está correta, pois o efetivo de Alvorada e Canoas não é exatamente aquele citado...

O PoPa também já falou sobre o fato de que os concursos da Polícia Civil, atualmente, somente são abertos a portadores de diploma de curso superior – seja ele qual for – o que tirou um grande contingente de interessados em ingressar nesta categoria funcional e criou um outro problema: com os baixos salários e a jornada estafante, estes funcionários estão sempre buscando novos espaços, fazendo novos concursos e esvaziando a Policia Civil. O que deveria ser feito, como também é necessário no caso dos professores, seria a criação de novas carreiras para a Polícia Civil, de ações burocráticas, coisa que os atuais escrivãos não dão conta, pois também fazem a mesma academia, são exigidas as mesmas habilidades e, como conseqüência, também trabalham como inspetores.

A sugestão do PoPa é de que se transforme a atividade policial, criando um cargo para as ações puramente burocráticas, com pessoal de nível médio e se melhore os salários, se mantenha o treinamento sistemático e se coloque melhores equipamentos para os inspetores e escrivãos atuais. Com esta medida, teríamos uma polícia mais eficiente e mais ágil.

Pense nisso. Se os atuais policiais pudessem trabalhar apenas na prevenção e combate ao crime, certamente já estaríamos em uma situação muito melhor que a atual. Se os policiais não tivessem que fazer procedimentos que incluem digitar centenas de páginas, ouvir centenas de pessoas, entregar centenas de intimações, teríamos policiais com mais tempo para sua função principal. E se estes mesmos policiais tivessem um treinamento anual na sua academia, eles estariam em melhores condições físicas, mentais e técnicas para sua função principal, também. Com o salário inicial de um inspetor ou escrivão, não dá para pagar uma boa academia de ginástica, manter uma inscrição em um estande de tiro, pagar a munição de treinamento.

A notícia de que o Governo do Estado abriu vagas para 150 delegados e 500 inspetores, não ajuda muito, já que estes efetivos - a julgar pelos últimos concursos - somente estarão na ativa em dois ou três anos. Por exemplo, o último concurso de delegado, que abriu 60 (SESSENTA) vagas em 2006, apenas em abril de 2008, chamou os 19 (DEZENOVE) candidatos aprovados para estágio - e eles ainda não foram efetivados na função. O concurso anterior para inspetores, também tinha 500 vagas e sobraram apenas pouco mais da metade. Testes rigorosos? Talvez... Ou talvez o salário inicial não seduza quem tem um curso superior. Mas o PoPa insiste em que o trabalho burocrático não exige performance física excelente nem formação universitária e que inspetores e escrivãos perdem muito de seu tempo nesta atividade meio, enquanto os crimes ocorrem por todo o lado.

Imagem: lego swat team

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Onde estão as notícias?

O PoPa andou pesquisando no site do Detran-RS, para saber a posição oficial sobre os rolos. Pois sabem que não há uma única linha sobre isto? Nem sobre a troca de diretoria? Sequer no clipping de notícias!!! É interessante a leitura do breve currículo da diretoria, mas sem dizer em que data assumiram. Mas o PoPa captou um dado interessante: os objetivos dos CHCs. Interessante, não está ali a contratação de fundações, sub contratação de empresas estranhas, pagamentos de propinas...

DOS OBJETIVOS DOS CENTROS DE HABILITAÇÃO DE CONDUTORES – CHC

Capacitar os indivíduos à direção de veículos automotores, agregando num só espaço físico, todas as funções que envolvem o processo – exames médicos, exames psicológicos, 1ª habilitação, renovação e 2ª, vias da CNH, como também Curso de Habilitação de Condutores Teóricos e Prático e Cursos de formação especial. Todo o enfoque se fundamentava no melhor e pronto atendimento ao cidadão usuário.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Detran

A declaração do ex-secretário da segurança Enio Bacci, é a mais contundente neste caso: "Em momento algum como secretário pude nomear quem quer que fosse para o Detran-RS, apesar de denúncias escabrosas que tínhamos". Bacci acusa a governadora de ter sido informada por ele, ainda no início do governo, de que inúmeros contratos eram suspeitos no Detran-RS. "Era preciso investigá-los", teria dito Bacci. "A governadora não me deixou tocar", afirmou. Estes trechos foram copiados do Blog do Diego. A ZH também traz uma grande cobertura sobre o escândalo.

O PoPa fica ainda mais preocupado, pois parece que o Secretário de Segurança, que é da PF, não sabia sobre a operação, nem sobre os problemas que ocorriam. Ou, pelo menos, não se manifestou na imprensa.

Mas o PoPa lembra que o problema foi causado por um estilo de trabalho que se alastrou no serviço público brasileiro: a contratação de ongs e fundações, sem concorrência alguma. Isto facilita a alimentação do sistema com propinas e desvios de recursos. Não é o único problema na Secretaria de Segurança, como deixou claro Enio Bacci ao sair do cargo. Há contratos bem estranhos e que, agora, pode ser que sejam vasculhados pela polícia, já que o governo não o faz. O PoPa lembra de alguns, como a segurança do Palácio da Polícia, que seria feito por empresa particular e a limpeza de delegacias no interior. Juntos, totalizavam um valor superior a R$ 700 mil mensais. Enquanto isso, policiais têm que fazer “vaquinha” para colocar gasolina nas viaturas, comprar tinta e papel para impressoras e limpar a própria delegacia.

E o PoPa espera que os blogs de esquerda se deem conta da grande cobertura que a RBS está dando à este caso!

Chamem o Capitão Nascimento!!!!

Imagem: Donald Duck, furioso quando teve que renovar sua habilitação no RS! Sim, esta corrupção foi mais justa, já que apenas os motoristas - classe da "elite" - bancaram esta "treta".

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sem gaiola...

O PoPa acha que tem algo errado na justiça gaúcha. Papagaio fugiu e foi recebido no Forum como cidadão normal - o que não é, pois foi condenado - tendo saído sem algemas, o que também colocou em risco a vida dos agentes que o acompanharam.

ZH diz: Cláudio Adriano Ribeiro, 40 anos, o Papagaio, está apto psicologicamente ao trabalho externo, diz sua advogada Katiuscia Machado. Segundo ela, o apenado já passou pela avaliação técnica que teria sido favorável ao trabalho fora da unidade prisional. Seu futuro empregador também teve as instalações da empresa vistoriadas. — Só falta a homologação da Justiça, que acredito venha em breve — afirma a defensora. EPA! Quando foi a tal avaliação? Quando vistoriaram a tal empresa? Obviamente, por absoluta falta de tempo, tem que ter sido ANTES da fuga dele. Historinha muito mal contada!!! Como pode estar apto, psicologicamente, um foragido? Por que não denunciou que sua integridade física estava em risco?

Quem é Papagaio: condenado a 48 anos de cadeia por vários crimes, entre eles, latrocínio (matar para roubar). Este é o personagem que muitos querem ver junto aos nossos filhos, em convívio com a sociedade que ele roubou, matou, estorquiu e não cumpriu a pena determinada pelo povo!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Com a gaiola aberta...

Pois não é que o Papagaio fugiu de novo? Isto não era nem para ser notícia, pois já tinha sido anunciada quando decidiram que o criminoso deveria estar no regime semi-aberto.

Na ZH, o comandante da BM diz, desolado: Todo mundo já sabia que isso iria acontecer. Agora temos que tentar prendê-lo novamente. Ou seja, a justiça colocou em risco a integridade da população gaúcha. Primeiro, por praticamente libertar um criminoso que - com certeza - fará o que sabe fazer. Segundo, porque a população vai ter sua segurança reduzida, enquanto a polícia se esforça para re-recapturar o meliante.

E a advogada do meliante: Saiu por proteção dele, não fugiu. Ele já está em Santa Catarina. Amanhã (segunda-feira) eu estou indo bem cedinho para lá para apresentar ele em juízo. Cara de pau, a doutora, não? Se ele não se apresentar, ela deveria ficar no lugar dele, na cadeia, já que, com esta declaração, desmobiliza-se a busca aqui no RS.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Efeito "Tropa de Elite"

O PoPa leu, no site do Terra, uma notícia interessante:

As armas de fogo dos policiais brasileiros deverão ser substituídas pela conversa e a proximidade com a comunidade, e as viaturas, por bicicletas. É assim que o governo federal quer que ajam as polícias militar e civil de todo o País. Este é o conceito da polícia comunitária, carro-chefe das políticas federais para o combate à violência reunidas no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Afirma o diretor do Departamento de Pesquisa, Análise de Informação e Desenvolvimento de Recursos Humanos em Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, Ricardo Balestreri: No novo modelo, a arma de fogo continua sendo usada, mas não será predominante. "Vamos substituir por uma arma não letal, como um rádio comunicador para pedir ajuda".

O diretor lembra que o atual modelo de policiamento foi introduzido com o golpe militar em 1964. "O combate à violência não funciona sem respeito aos direitos humanos. Desde 64, temos modelos de policiamento que não são respeitadores, que tentam acabar com a violência através da bordoada, da prisão, da matança. Não dá certo combater os criminosos da mesma forma que eles, do mesmo jeito que eles fazem com a sociedade. A gente se assemelha a eles".

Não deixa de ser interessante, imaginar policiais cariocas subindo um morro, de bicicleta, armados de um rádio comunicador...

Mas, a idéia de uma
polícia comunitária é excelente, o que não quer dizer que vamos substituir a atual. Essa história de que este sistema foi introduzido em 64, é pura balela, uma mentira sem pé nem cabeça, já que tínhamos as polícias militar e civil há muito tempo. E funcionando praticamente como é hoje.

Ricardo Balestri é
professor de história e um dos formuladores e executores iniciais do Pronasci. Em um evento no Maranhão, disse: "Temos que criar a cultura da cidadania e retirar o discurso da vitimização. A polícia é fundamental para a democracia, mas não é o que a elite pensa. Os operadores de segurança não podem se tornar uma mera força de proteção das oligarquias", recomendou o professor Balestreri. Entenderam o pensamento do professor? Quem ele acha que é a vítima? A quem ele pretende proteger?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Cartilha dos Assaltados

O PoPa não é nenhum fã do Paulo Santana, mas lê com frequência seus escritos, na ZH. Hoje, PS faz uma apologia às iniciativas de pais e professores cariocas que ensinam seus filhos a não facilitar situações de risco que podem resultar em assaltos e como se comportar, se isto acontecer. O PoPa acha ótima este tipo de orientação, mas ao final do texto, PS informa: "Algumas cartilhas cariocas estão pregando que as vítimas não devem considerar o assaltante um inimigo, mas sim um produto de uma circunstância social". PS segue dizendo que aprova esta idéia, pela simples razão de que ela é psicologicamente favorável a que os assaltados não venham a sofrer ferimentos nem perda de suas vidas.

O PoPa não critica a visão errada do colunista, mas gostaria de ler uma destas "cartilhas" que glorificam assaltantes ao considerá-los produtos da sociedade. Assaltantes têm que ser considerados inimigos perigosos e, como tal, tratados com o respeito que o medo impõe, nunca como um coitadinho! Além disso, um olhar meigo para um drogado pode ter um efeito muito perigoso... Não esqueçam que as favelas estão cheias de pessoas com problemas sérios de sobrevivência e a grande maioria não envereda pelo caminho do crime. Os que o fazem, sabem que estão errados e assim agem pelo poder, pelo dinheiro, pela fama, nunca para "agredir a sociedade".

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Interrompemos nossa programação normal...

Este é um blog que não deveria discutir problemas do governo que não estão diretamente ligados à Metade Sul, mas não podemos deixar de comentar a demissão do Secretário Bacci pela Governadora. Este foi um ato de absoluta burrice e um risco à continuidade de seu próprio governo, pois deverá perder o apoio do partido do ex-secretário (o PDT, do qual esperamos coerência e imediata retirada do governo). A nota oficial é uma obra de arte... de cima de seu pedestal, a Governadora simplesmente ignorou um dos poucos trabalhos que estavam mantendo algum fôlego de seu governo junto ao público, junto à sociedade. Bacci não estava no papel de um homem do Governo, mas sim no papel de um homem do Estado e por ele lutava!

Na nota oficial, Yeda diz: A Segurança Pública é e continuará sendo prioridade deste Governo. A Brigada Militar, a Polícia Civil e os demais órgãos do aparato estatal de segurança continuarão cumprindo – como vêm fazendo com louvor – as diretrizes estabelecidas pela governadora Yeda Crusius na prevenção e repressão ao crime para garantir o bem-estar de todos os gaúchos. Nunca é demais lembrar da crítica que ela fez quando a Brigada Militar matou alguns assaltantes em confronto direto. Prioridade? Vamos esperar para ver...

Imagem: Ex-secretário Enio Bacci