Desde os tempos da faculdade de agronomia, que o PoPa ouve muita coisa a respeito da Amazônia. Uma delas ainda está na memória do velho: seria mais rentável catar as castanhas nativas que simplesmente desmatar tudo e colocar pasto no lugar. Tem lógica! Existem várias árvores de castanha em cada hectare da floresta e muitas árvores que não tem interesse madeireiro, pelo menos naquela região. Assim, os desmatamentos fazem a riqueza imediata dos que estão apenas extraindo a madeira, mas os que querem ficar na região não teriam recursos perenes para sua sobrevivência.
O que acontece, então? Os madeireiros não são proprietários de terras. Eles avançam nas áreas públicas ou negociam com quem tem terra e é levado aos ganhos rápidos proporcionados pela venda da madeira. Ficam com uma área desmatada que poderá ou não prover seu sustento futuro. É um problema de difícil - mas não impossível - solução.
Uma delas, seria a existência de um plano de uso da floresta, com a definição exata de quais árvores poderiam ser cortadas. Parece contraditório, mas isso poderia garantir a preservação da floresta, uma vez que ela é composta de seres vivos - as árvores - que tem um ciclo de vida finito. Algumas árvores extraídas anualmente de cada lote, poderiam permitir uma exploração racional e duradoura da floresta. Isso, claro, não interessa aos madeireiros, que precisariam investir para este tipo de exploração. Mas, com os recursos que poderiam ser cobrados pelo Estado para esta finalidade, poderiam existir redes de fiscalização muito mais efetivas na região.
O Rio Grande do Sul, por exemplo, tem uma política de caça bem definida. Embora o PoPa abomine a caça de animais selvagens, admite que a política é bem feita, pois também possibilita uma fiscalização mais rigorosa. Então, paradoxalmente, o único estado que permite caça, é também o que menos se caça.
Legislações protecionistas, apesar de sua boa intenção, nem sempre apresentam o resultado esperado. Outro exemplo clássico é a exagerada proteção que as figueiras têm no RS. São consideradas patrimônio estadual. Bem, como não há possibilidade de corte destas árvores, nenhum produtor rural permite que uma mudinha desta árvore se desenvolva em seus campos... quando a última das velhas figueiras morrer, o que restará ao Estado? Controle é necessário, sim, mas a intransigência tem seu preço. E este preço, ao contrário do que a lei espera, é acabar com as espécies protegidas.
Portanto, o PoPa olha com um pouco de apreensão as opiniões que se sucedem quanto ao novo Código Florestal. Opiniões cheias de boa vontade e boas intenções. Mas que podem resultar em uma produção primária mais cara e complicada, com custos que serão repassados ao povo em geral.
Quando se faz uma análise mais acurada da situação da poluição brasileira - e do resto do mundo - verifica-se que o grande problema encontra-se nas cidades, nos esgotos não tratados, nas indústrias poluidores, na impermeabilização do solo, no lixo em geral. E onde estão os defensores do planeta para responsabilizar os políticos que mantém este tipo de coisa? Por que não se faz um Código Urbano, onde se responsabilizem todos pela produção e controle do lixo, dos esgotos, da emissão dos veículos, do uso das encostas e margens de rios, da poluição em geral? Sim, existem algumas ações e tentativas nesta direção mas que, comprovadamente, são ineficientes ou insuficientes.
Portanto, o PoPa lança um desafio aos moradores dos grandes centros: tua cidade está fazendo alguma coisa pelo meio-ambiente? E não é só a frescurinha de separar o lixo, juntar pilhas, tentar barrar sacolinhas plásticas... é fazer o que realmente interessa, que é tratar os esgotos (no caso de algumas cidades, até mesmo a coleta destes esgotos está longe de ser adequada), controlar as emissões veiculares, dar um tratamento adequado à drenagem urbana, ter total controle do lixo urbano, hospitalar e industrial. A lista é imensa e não está nem perto de ser lembrada ou tratada com a gravidade que merece. Se temos políticos que não se interessam por isso, é porque temos eleitores que nem sabem o que é isso!
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sábado, 28 de maio de 2011
domingo, 20 de setembro de 2009
Florestas plantadas - novamente
Certa vez, em um blog que o PoPa costuma ler pela manhã, havia um comentário sobre o que o blogueiro fazia quando iniciava seu dia. Ele não lia nenhum blog, para não ser influenciado em seus comentários. Queria ser direto e honesto com seus leitores, sem o risco de plágio ou o que fosse.Pois o PoPa faz exatamente o contrário. Lê todos os blogs que pode, indo depois ler os jornais de papel e virtuais para então, se achar interessante ou necessário, fazer seu próprio comentário. Este é um dos motivos que leva o PoPa a comentar pouco e ser menos lido, ainda...
E também porque o PoPa às vezes, toca em assuntos antigos, que nem interessam tanto à imprensa local ou regional. Como as florestas plantadas, por exemplo. Pessoas sem o menor conhecimento técnico são contra o plantio de florestas, alegando diversas bobagens mas deixando de reconhecer o óbvio: para cada hectare plantado, são poupados 10ha de florestas nativas. Este é um ponto técnico definitivo e que vale para todo o Brasil. E é, ao contrário do que divulgam, um grande empregador de mão de obra. Muito mais que a pecuária, por exemplo, embora esta seja uma atividade importante, também. Esta conta, simplista, tem uma realidade ainda mais dramática para a floresta nativa, pois - se deixarem, obviamente - ela demora, para recuperar-se, bem mais que os sete anos necessários para uma nova produção da floresta plantada.
Com a retomada da atividade industrial, teremos o "desabafamento" de muitos altos fornos do Brasil Central e Norte, para a produção de ferro gusa. E de onde vem o carbono para a produção deste ferro? De florestas nativas, em sua grande maioria. Os fornos empresariais que estão operando, utilizam, em sua maioria, floresta plantada.
O PoPa, por óbvio, preocupa-se muito mais com a situação da Metade Sul do RS que com a situação da Amazônia, mas entende que a floresta pode ser autosustentável, sem que haja devastação. É uma decisão de governo, portanto, aceitar a exploração e coordená-la, sem imediatismo, pensando no futuro.
Aos que são contra o plantio de florestas na MS do RS, o PoPa recomenda - não, suplica! - que se interem do assunto, que façam as contas sob vários ângulos, como o balanço de carbono, o aproveitamento da mão de obra do interior, a criação de divisas e renda, o desenvolvimento regional.
Aos que fazem a pergunta "você come papel?", o PoPa responde: Sim, comemos papel! Na embalagem, na documentação, na escrituração, no planejamento de toda a cadeia produtora e comercializadora do alimento. E também na lista do supermercado, na revista e no jornal que publicam os comerciais dos produtos. Sim, vestimos papel, nos fios de viscose, usamos em nossa higiene pessoal, nos nossos estudos e leituras - para os que acham que isso importa. Quando se fala em floresta plantada, se fala em celulose, presente em todos os momentos de nossa vida. Os que são contra a floresta plantada são a favor que esta celulose venha de uma floresta nativa? Ou abririam mão de todo o conforto moderno?
terça-feira, 15 de abril de 2008
PT tira, PT tenta tirar.
Todos sabem que a FORD deixou de se instalar em Guaíba, porque o governo Olívio Dutra (pt) praticamente expulsou a empresa do RS. Alguém poderia argumentar que o Estado estava dando coisas demais e que não valia a pena o sacrifício. Mas Gravataí não reclama da presença da GM, embora Olívio também tenha tentado retirá-la de lá.
Agora, a Aracruz está confirmando a ampliação de sua fábrica de celulose na mesma cidade de Guaíba, com um investimento de 2,8 bilhões de dólares. Não é preciso dizer quem estava contra esta ampliação, garantida pelo novo zoneamento para a plantação de eucaliptos.
Parabéns, Guaíba!
Agora, a Aracruz está confirmando a ampliação de sua fábrica de celulose na mesma cidade de Guaíba, com um investimento de 2,8 bilhões de dólares. Não é preciso dizer quem estava contra esta ampliação, garantida pelo novo zoneamento para a plantação de eucaliptos.
Parabéns, Guaíba!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Perigo à produção gaúcha
É raro, mas o PoPa também anda pelo Noroeste do Estado. Sobrevoando uma das principais cidades da região, constatou - visualmente - que a soja está em praticamente toda a região. Apenas fica de fora a área urbana, as estradas e [alguns] cemitérios. O resto é um mar de soja. E é bom que seja assim, pois este Estado precisa produzir riquezas para sustentar a sua gente. Mas esta produção está em perigo!
Na ZH de hoje, o PoPa leu que os ambientalistas irão reagir ao zoneamento florestal aprovado. E por que isto é uma ameaça à região Noroeste? Por que uma das bandeiras deste grupelho é definir que apenas 30% das regiões possam ser usadas para plantios com espécies exóticas. E querem limitar em 50% nas propriedades. Ou estes imbecis acham que apenas o eucalipto é exótico? Ou, quem sabe, querem que esta regra valha apenas para a Metade Sul? Ou ainda, acham que é possível alimentar o mundo com lavourinhas familiares? Santa ignorância!
O perigo maior é exatamente na área de soja, pois os eucaliptos da Metade Sul raramente passarão de 50% de cada propriedade, já que esta é a proposta das empresas. Estranho, não?
Na ZH de hoje, o PoPa leu que os ambientalistas irão reagir ao zoneamento florestal aprovado. E por que isto é uma ameaça à região Noroeste? Por que uma das bandeiras deste grupelho é definir que apenas 30% das regiões possam ser usadas para plantios com espécies exóticas. E querem limitar em 50% nas propriedades. Ou estes imbecis acham que apenas o eucalipto é exótico? Ou, quem sabe, querem que esta regra valha apenas para a Metade Sul? Ou ainda, acham que é possível alimentar o mundo com lavourinhas familiares? Santa ignorância!
O perigo maior é exatamente na área de soja, pois os eucaliptos da Metade Sul raramente passarão de 50% de cada propriedade, já que esta é a proposta das empresas. Estranho, não?
terça-feira, 8 de abril de 2008
Proibidos de produzir
Esta atitude do Incra é burrice pura, provocada por uma paranóia anti-capital que provém de um sectarismo político. Não se dão conta que seu partido há muito tempo já deixou esta bobagem de lado e está abraçado ao "capitalismo selvagem", definitivamente e que o dono da VCP é um dos consultores políticos do LPT...
Imagem: Lula e o dono da VCP (e muitas outras), em foto de Ricardo Stuckert/PR
domingo, 16 de março de 2008
Superávit comercial
Sabem aquela cantoria do governo federal, de que podemos até pagar nossa dívida externa com o superávit comercial? Pois o mesmo governo que nada faz contra as invasões de terras e de empresas ligadas ao agronegócio está comemorando exatamente o que o agronegócio proporciona para o país. Segundo dados do Ministério da Agricultura: O agronegócio brasileiro respondeu por 93% do superávit (saldo positivo) comercial alcançado pelo país no ano passado, que chegou a US$ 46 bilhões. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Carlos Guedes Pinto, anunciou que o agronegócio, sozinho, registrou saldo de US$ 42,726 bilhões, com crescimento de 13,04% sobre o superávit do agronegócio em 2005. Papel e celulose respondem por 7,8% deste total. Com os projetos em andamento na Metade Sul, poderia aumentar em uns 50% esta performance, garantindo ainda mais divisas para o Brasil e para a região, que tanto necessita boas notícias na área da economia, da geração de emprego e renda e da melhoria da qualidade de vida de nosso povo.
E tem quem seja contra o agronegócio. O governo Lula, certamente não é, embora nenhum criminoso invasor esteja preso e suas ações parecem ter amplo respaldo do Planalto. Esquisito isso, não?
E tem quem seja contra o agronegócio. O governo Lula, certamente não é, embora nenhum criminoso invasor esteja preso e suas ações parecem ter amplo respaldo do Planalto. Esquisito isso, não?
quarta-feira, 5 de março de 2008
Campesino
Nestes dias complicados, as palavras são deturpadas. Campesino refere-se a campo, campestre. Lutzemberger preferia este termo ao de colono, pois seria um profissional do campo e não um colonizador. Certamente, não um invasor e muito menos um terrorista.
Sim, podemos classificar a via campesina como um grupo terrorista, pois os atos que pratica podem ser comparados ao de uma agremiação terrorista, que pretende assustar uma região que, finalmente, está encontrando algum meio de sair do "apagão econômico" em que se encontra há décadas.
Os dez leitores do PoPa sabem que a via campesina invadiu uma área que estava com interdito proibitório e destruiu algumas árvores para "plantar" nativas. Fez duas imbecilidades: destruiu o que estava plantado e inviabilizou mudas que poderiam ser efetivamente plantadas em algum lugar. E, claro, estava com 300 crianças na invasão. Acho que elas poderiam ser processadas apenas por este detalhe: uso de crianças em atos potencialmente perigosos, levando a risco de vida os pequenos. Ou, pelo menos, a uma séria deformação intelectual.
28 onibus estavam na "festa". Quem terá pago esta conta? O que o PoPa gostaria, é que a justiça fizesse uma triagem com identificação das marginais presentes, dos pais das crianças e dos proprietários dos ônibus. Poderia dar um interessante quadro para análise.
Irma Maria Ostroski, nascida em 18/01/72, casada, residente em Piratini, que participou da morte do soldado VALDECI DE ABREU LOPES, em Porto Alegre, participou da destruição do viveiro da Aracruz, da invasão da VCP e tantas outras ações terroristas, desta feita agrediu um policial militar. E foi presa. Espero que fique na cadeia por algum tempo, desta vez - pelo menos uma semana...
Mas o PoPa também está também preocupado com o que a ZH escreveu: É provável que sejam legítimas suas queixas de que a árvore traz ressecamento da terra. Como assim, caro jornalista Humberto Trezzi? Onde está o embasamento técnico para achar provável este tipo de asneira?
Sim, podemos classificar a via campesina como um grupo terrorista, pois os atos que pratica podem ser comparados ao de uma agremiação terrorista, que pretende assustar uma região que, finalmente, está encontrando algum meio de sair do "apagão econômico" em que se encontra há décadas.
Os dez leitores do PoPa sabem que a via campesina invadiu uma área que estava com interdito proibitório e destruiu algumas árvores para "plantar" nativas. Fez duas imbecilidades: destruiu o que estava plantado e inviabilizou mudas que poderiam ser efetivamente plantadas em algum lugar. E, claro, estava com 300 crianças na invasão. Acho que elas poderiam ser processadas apenas por este detalhe: uso de crianças em atos potencialmente perigosos, levando a risco de vida os pequenos. Ou, pelo menos, a uma séria deformação intelectual.
28 onibus estavam na "festa". Quem terá pago esta conta? O que o PoPa gostaria, é que a justiça fizesse uma triagem com identificação das marginais presentes, dos pais das crianças e dos proprietários dos ônibus. Poderia dar um interessante quadro para análise.
Irma Maria Ostroski, nascida em 18/01/72, casada, residente em Piratini, que participou da morte do soldado VALDECI DE ABREU LOPES, em Porto Alegre, participou da destruição do viveiro da Aracruz, da invasão da VCP e tantas outras ações terroristas, desta feita agrediu um policial militar. E foi presa. Espero que fique na cadeia por algum tempo, desta vez - pelo menos uma semana...
Mas o PoPa também está também preocupado com o que a ZH escreveu: É provável que sejam legítimas suas queixas de que a árvore traz ressecamento da terra. Como assim, caro jornalista Humberto Trezzi? Onde está o embasamento técnico para achar provável este tipo de asneira?
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Decreto para dizer que crime é crime!
Hoje o PoPa se atrapalhou um pouco e não pode ler jornais, pela manhã, o que salvou o resto do dia... mas agora, no final da tarde, ele viu uma interessante notícia do governo federal, no Estadão: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no Planalto, um decreto para combater o desmatamento ilegal na região amazônica. O decreto prevê a elaboração de uma lista negativa dos municípios com os maiores índices de derrubada da floresta, o embargo de propriedades nas quais se registrarem crimes contra o meio ambiente e a aplicação de multas para quem adquirir, intermediar, transportar ou comercializar produtos das fazendas embargadas. O PoPa é um cara meio desligado, mas assinar um decreto para reafirmar o que é ilegal? Este decreto está querendo buscar exatamente o quê? Que outros fiscalizem pelo governo? Que quem transportava, vendia ou comercializava madeira extraída ilegalmente, sequer era multado? O PoPa acha que as leis que existem são boas o suficiente para estancar este desmatamento desmedido e criminoso que se faz na Amazônia. Mas não vai ser com um decretinho que as coisas vão melhorar...Imagem: Lula, antes de tudo, um corajoso!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Lei de Fronteira
Ao contrário do que muitos pensam, há culpas legais (e, consequentemente, de governo) na situação da Metade Sul do RS. Uma delas, a principal, é a lei de fronteiras, que impede uma série de atividades em uma faixa de 150km ao longo das fronteiras brasileiras. Se isto parece razoável na Amazônia, está longe de ser algo sensato no Rio Grande do Sul e, principalmente, na Metade Sul, maior área de contato brasileira com o Mercosul.
O projeto, apresentado pelo jovem deputado federal Matteo Chiarelli (DEM/RS), sugere a faixa de 50km para o RS, 100km para o Pantanal e mantém os 150km na Amazônia. No presente momento, o maior beneficiário seria a Fronteira Oeste do RS, região que está estagnada economicamente há várias décadas, exatamente por falta de investimentos de base, por um deserto populacional e por falta de perspectivas a curto e médio prazos. Lá, a empresa Stora Enzo está pretendendo estabelecer uma grande indústria de celulose e plantar eucaliptos. Não está conseguindo registrar suas áreas, exatamente por causa desta legislação caduca.
O PoPa é cético quanto à aprovação deste projeto de lei, exatamente porque ele privilegia uma região que está abandonada à propria sorte e não conta com nenhum tipo de apoio - governamental ou não. E, provavelmente, os que forem contra este projeto serão os mesmos que culpam a "oligarquia rural" e os "latifúndios" pela falta de opções para a Metade Sul do RS. Também deverão ser os mesmos que querem preservar o "bioma Pampa", inexistente na prática e, claro, não são da região...
O projeto, apresentado pelo jovem deputado federal Matteo Chiarelli (DEM/RS), sugere a faixa de 50km para o RS, 100km para o Pantanal e mantém os 150km na Amazônia. No presente momento, o maior beneficiário seria a Fronteira Oeste do RS, região que está estagnada economicamente há várias décadas, exatamente por falta de investimentos de base, por um deserto populacional e por falta de perspectivas a curto e médio prazos. Lá, a empresa Stora Enzo está pretendendo estabelecer uma grande indústria de celulose e plantar eucaliptos. Não está conseguindo registrar suas áreas, exatamente por causa desta legislação caduca.
O PoPa é cético quanto à aprovação deste projeto de lei, exatamente porque ele privilegia uma região que está abandonada à propria sorte e não conta com nenhum tipo de apoio - governamental ou não. E, provavelmente, os que forem contra este projeto serão os mesmos que culpam a "oligarquia rural" e os "latifúndios" pela falta de opções para a Metade Sul do RS. Também deverão ser os mesmos que querem preservar o "bioma Pampa", inexistente na prática e, claro, não são da região...
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Vitória?
Nas leituras matinais, o PoPa encontrou hoje, a notícia que esperava há dias: a cassação da esdrúxula liminar que passava ao Ibama o licenciamento das florestas da Metade Sul. Mas não pôde deixar de traçar um paralelo com as montadoras gaúchas. A GM ficou, pois seus investimentos já estavam em andamento, enquanto a Ford foi mandada embora, pois estava apenas no início. Assim é com os investimentos florestais na Metade Sul do RS. A VCP está com grandes investimentos em andamento e, provavelmente, irá completar o ciclo, mas Stora Enzo e Aracruz poderão desistir de mais de 3 bilhões de investimentos, em uma região pobre, carente de empregos, carente de recursos, carente de tudo!
Mesmo derrotada a liminar, foi uma vitória do atraso, dos que se dizem civilizados, dos que acham que detém todo o conhecimento do mundo. Uma vitória da "mui leal e valerosa". E ainda dizem que nossa região é atrasada...
Mesmo derrotada a liminar, foi uma vitória do atraso, dos que se dizem civilizados, dos que acham que detém todo o conhecimento do mundo. Uma vitória da "mui leal e valerosa". E ainda dizem que nossa região é atrasada...
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Florestas e Pedro Osório
Amanhã, vamos ter uma audiência pública da Comissão Especial [da Assembléia Legislativa do RS] para Acompanhar os Projetos de Reflorestamento do RS. A reunião será as 16:00, no Parque do Sindicato Rural de Pedro Osório.
PAUTA:
Discutir sobre a situação atual das plantações, licenciamentos ambientais, atividades econômicas do setor florestal, número de empregos gerados e principais reivindicações do setor na Região.
O PoPa vai estar lá. Será que o MST também vai dar as caras?
PAUTA:
Discutir sobre a situação atual das plantações, licenciamentos ambientais, atividades econômicas do setor florestal, número de empregos gerados e principais reivindicações do setor na Região.
O PoPa vai estar lá. Será que o MST também vai dar as caras?
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Pobre Pampa!

Agora é a vez da juíza federal substituta, Clarides Rahmeier, bater nesta terra. Uma liminar colocou a FEPAM na incapacidade de conceder novas licenças ambientais para o plantio de eucaliptos, passando para o IBAMA. É, o PoPa pensava que estava entendendo errado, também! Uma juíza federal diz que a FEPAM não serve para dar licenças aos eucaliptos da metade sul.
Em 2006, esta mesma juíza decidiu que a Caixa Estadual S.A, o Estado do Rio Grande do Sul e o BNDES suspendessem a circulação de qualquer propaganda onde o apelo publicitário fosse a mensagem estritamente positiva do plantio da monocultura de árvores.
O site da SEMA/FEPAM informa que o Governo do Estado irá recorrer desta decisão. Mas, enquanto isso, mais uma praga se abate sobre a Metade Sul do RS, querendo impedir seu desenvolvimento... por que? Qual a real intenção? Somos menos gaúchos que o restante do Estado?
A nota oficial do Governo do Estado:
Governo reafirma seu direito de licenciar a silvicultura
Tendo em vista a decisão liminar proferida pela juíza federal substituta, Clarides Rahmeier, nas ações civis públicas intentadas contra o Estado, Fepam e empresas empreendedoras da silvicultura, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul esclarece:
1. O Governo do Estado afirma a absoluta legalidade do procedimento licenciatório da silvicultura realizado pela Fepam, instituição conhecida e respeitada nacionalmente pelo seu comprometimento com a defesa do meio ambiente e rigor na apreciação de pedidos de licenciamentos ambientais.
2. A decisão judicial, em caráter liminar, de retirar do Estado e transferir para a União, através do Ibama, o poder de licenciar a silvicultura, especialmente nos empreendimentos da região Sul, viola o pacto federativo e a própria soberania do Rio Grande do Sul, na medida em que retira uma importante e legítima parcela da gestão ambiental do Estado.
3. O Ibama, instituição à qual a decisão judicial deslocou as atribuições para o licenciamento de empreendimentos de silvicultura cujo somatório das áreas próprias, arrendadas e/ou em parcerias for superior a 1.000 ha, na sua manifestação nos autos da ação civil pública, defendeu expressamente a legalidade dos atos licenciatórios realizados pela Fepam.
4. Mostra-se desproporcional o rigor da decisão judicial em determinar que a Fepam se abstenha de emitir qualquer tipo de licenciamento ambiental para empreendimentos relacionados à silvicultura cujo somatório das áreas próprias, arrendadas e/ou em parcerias for superior a 1.000 ha, preponderantemente sobre a metade sul do Estado, pois o percentual de plantio licenciado pela Fepam para a silvicultura, desde o ano de 2004, equivale a menos de 1% do território agricultável de todo o Estado. Além disso, as áreas licenciadas estão antropizadas há mais de 200 anos por repetidas atividades de pastoreio e agricultura.
5. Os licenciamentos concedidos pela Fepam colaboraram para a significativa ampliação das áreas de conservação ambiental até então existentes no Estado, pois, no mínimo, a cada dois hectares de plantio autorizado, um hectare foi obrigatoriamente destinado à preservação.
6. No âmbito do processo judicial, se necessário até em sua última instância, o Governo do Estado demonstrará a estrita legalidade dos licenciamentos ambientais expedidos pela Fepam.
7. O Governo do Estado está absolutamente comprometido com a preservação ambiental, à luz dos comandos constitucionais, na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, reafirma sua convicção na relevância social, econômica e ambiental da cadeia produtiva de base florestal para o crescimento do Rio Grande do Sul e melhoria da qualidade de vida dos gaúchos.
Enfim, vamos vencer mais esta, com certeza! Mas isso cansa!!!
Imagem: do site do município de Humaitá/AM. Vamos seguir desmatando nativas, ou vamos plantar exóticas? Questão bem simples...
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Morte ao desenvolvimento!
Será que os 64 cretinos que destruíram 25 hectares de eucalíptos, em Aceguá, sabem realmente o que estão fazendo? Ou serão mera massa de manobra das Irmas da vida? E os mais de 100 vagabundos que destruíram mudas em Rosário do Sul, estariam reivindicando terras para eles? Estranha maneira de querer que a sociedade apoie o movimento.O PoPa gosta quando estes imbecis fazem este tipo de coisa. Sequer arranharão o patrimônio destas empresas e estarão cultivando a indisposição das pessoas de bem, que não querem conviver com a bagunça e a agressão. Ou eles, depois de assentados, irão acostumar-se à vida pacata? Bem, esta o PoPa pode responder, pois a grande maioria dos que fazem estas invasões são assentados, que ficam obrigados pelo "movimento" a participar destas atividades criminosas.
Imagem: Um burro - O PoPa não chama os participantes destes "movimentos sociais" de burros, pois este é um trabalhador de verdade, ao contrário dos outros, que só querem mamar nas tetas eternas do governo.
domingo, 30 de setembro de 2007
Bioma Pampa
O PoPa reconhece: não é um especialista no Bioma Pampa, mas conhece muito aquelas paragens e conversou com muitos técnicos sobre o assunto. Antes mesmo de ser considerado um Bioma, legalmente, o PoPa já conhecia alguma coisa, através de conversas como, por exemplo, com o agrônomo José Lutzemberger, de inquestionável saber sobre assuntos de ecologia. Ele dizia, das áreas da Campanha e Fronteira Oeste, que a atividade mais equilibrada ecologicamente para a região era a pecuária extensiva. Por que? Porque esta atividade está na região desde meados do século XVII, quando foi introduzida pelos jesuítas. O gado e os campos aclimataram-se mutuamente, chegando às características das pastagens nativas que temos hoje. Os pecuaristas sabem da capacidade de lotação de suas terras e trabalham-nas da maneira mais adequada, apesar de não ser a mais rentável.Hoje, neoecólogos acusam o eucalipto de ameaçar o bioma pampa, mas este bioma já foi atacado de muitas maneiras e suas características (não originais, mas as modificadas pelo gado jesuíta), já se alteraram definitivamente, com vários fatores:
Agricultura: pecuaristas não são agricultores, mas decidiram arrendar campos para agricultores de outras áreas para a produção de soja, principalmente. Ocorre que o solo é muito diferente da região de origem da maioria destes produtores e não respondeu da mesma maneira.Tecnologia inadequada, falta de compromisso com a preservação do solo (arrendatários, não proprietários), baixa produtividade e erosão, comprometeram grandes extensões de terras. Nas áreas sujeitas à arenificação (processo erroneamente chamado de desertificação), a situação ficou ainda mais grave.
Cultural: fora da região, criou-se uma idéia de que a região era tomada por grandes produtores e latifundiários, que não mereceriam estas terras. Isto despertou a cobiça política de alguns grupos que incentivam uma pseudo-reforma agrária na região, promovendo invasões e tirando a tranquilidade da população. Lembrem-se que estamos falando de uma região com um frágil equilíbrio, adquirido ao longo dos séculos, e que não se presta à agricultura intensiva, que manipule o solo anualmente.
Governamental: o governo federal, que definiu que esta região não poderia ter indústrias, que não poderia ter estrangeiros como proprietários, que não poderia interagir com os países vizinhos, que foi condenada à uma produção primária, agora pretende colocar agricultores despreparados, de outras regiões, para a promoção de sua politiqueira reforma agrária.
Técnica: ou deveria dizer, técnico-burocrática, que estabeleceu critérios de produtividade impossíveis de serem alcançados pela atividade da pecuária extensiva e praticamente impossível, mesmo em uma pecuária intensiva, usando parâmetros de áreas com condições edafo-climáticas totalmente diferentes, ainda que no mesmo estado. Desta maneira, os tais latifúndios poderiam ser retalhados e entregues a produtores não qualificados, que sobreviveriam de bolsas-família e cestas básicas até que resolvessem fazer algum tipo de agricultura e detonar o tal Bioma Pampa. Como não teriam o gado para pastejo (atividade que não é admitida como produtiva pelo Incra), os campos iriam modificar-se, gradativamente, não ao espectro original, mas a um outro que também ameaça o Pampa: o capim-anoni. Esta agressiva gramínia, introduzida no RS por "acidente" (e não no Pampa, complemente-se), espalha suas sementes por toda a região, através das correntes de vento e, não se tendo um cuidado extremo, tomará conta de todo o Pampa.
O PoPa poderia citar mais uma dúzia de ameaças, mas podemos ficar com estas principais. Para conter este tipo de ação, a reação encontrada foi o plantio de florestas para produção de celulose. Não foi uma ação governamental ou buscada pelos produtores locais. Estas empresas descobriram que aqui temos uma conjugação de fatores importantes para que esta atividade tenha sucesso: luz, água e solo.
E, depois de séculos de esquecimento, o Pampa pode tornar-se importante produtor de riquezas para o Brasil. EPA! Esta região já teve poder econômico e atrapalhou o Brasil de várias maneiras, sendo a principal delas, a Revolução Farroupilha que "peitou" o Império. É verdade que perdemos a guerra, não recebemos o título de "leal e valerosa", mas mostramos do que somos capazes...
Esta semana, o PoPa andou por São Gabriel e arredores. Viu que a ovinocultura de corte está tendo um impulso interessante e que as florestas estão sendo vistas com bons olhos. Até algum pseudo-ecólogo dizer que as ovelhas compactam o campo, que produzem gás metano e outras bobagens do gênero...
Imagem: Estação ferroviária de Pelotas, no início do século XIX. Os trilhos de trem, no Rio Grande do Sul, têm bitola estreita, ao contrário do restante do Brasil, porque os iluminados políticos e estrategistas do governo central tinham medo da invasão argentina... se invadissem, que ficassem pelo Pampa, porque aqui tinha quem corresse eles!
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Crimes anunciados
Crime 1: Papagaio no semi-aberto - quanto tempo até ele escapar de lá? Quanto tempo até ele começar a "treinar" os novos companheiros?
Crime 2: A marcha dos sem-terra, anunciando uma invasão na Fazenda Coqueiros. Hoje, na ZH, uma notícia sobre a tal marcha, onde aparece a declaração de Irma Ostroski sobre agressões sofridas pelos sem-terra. Irma? Este nome não é estranho... sim! Ela participou do bloqueio na entrada da VCP, semana passada. Também participou da destruição das plantações de eucalipto em assentamentos. Foi das que mais agitaram em Pedro Osório, naquele episódio lamentável promovido pelo INCRA. Esteve na destruição do laboratório da Aracruz, em 2006, destruindo pesquisas. Em entrevistas, passa por coordenadora estadual do MST (uma entidade sem identidade, logo, sem coordenação legal) e da via campesina. Ocupada, a senhora, não? A Prefeitura de Bagé (PT), incentivou a marcha (e o futuro crime) com a cedência de um clube para acampamento.
Estas entidades não querem saber de propriedades produtivas. Ora, se tiverem apenas pecuária de corte, não conseguem os índices de produtividade exigidos pelo INCRA. Se plantam eucalíptos, ficam produtivas e fora do alcance das hordas invasoras, logo, são contra eucaliptos...
Dia destes, o PoPa, zapeando pelos canais da NET (sim, o PoPa faz parte desta elite malvada que tem tv a cabo), parou no canal da câmara de vereadores de Pelotas. Chamou a atenção alguém falando com um boné vermelho. Esta pessoa, com um português tão falho que só poderia ser proposital ( o PoPa conhece centenas de produtores rurais e nenhum fala tão mal), dizia das vantagens dos assentamentos na região: como são sete mil famílias, a região "beneficiou-se" com a venda de sete mil fogões, sete mil colchões, panelas, roupas, material de construção, da quantidade de recursos do governo federal que chegaram à região para amparar os assentados. Não falou em produção de alimentos. Precisava?
Crime 2: A marcha dos sem-terra, anunciando uma invasão na Fazenda Coqueiros. Hoje, na ZH, uma notícia sobre a tal marcha, onde aparece a declaração de Irma Ostroski sobre agressões sofridas pelos sem-terra. Irma? Este nome não é estranho... sim! Ela participou do bloqueio na entrada da VCP, semana passada. Também participou da destruição das plantações de eucalipto em assentamentos. Foi das que mais agitaram em Pedro Osório, naquele episódio lamentável promovido pelo INCRA. Esteve na destruição do laboratório da Aracruz, em 2006, destruindo pesquisas. Em entrevistas, passa por coordenadora estadual do MST (uma entidade sem identidade, logo, sem coordenação legal) e da via campesina. Ocupada, a senhora, não? A Prefeitura de Bagé (PT), incentivou a marcha (e o futuro crime) com a cedência de um clube para acampamento.
Estas entidades não querem saber de propriedades produtivas. Ora, se tiverem apenas pecuária de corte, não conseguem os índices de produtividade exigidos pelo INCRA. Se plantam eucalíptos, ficam produtivas e fora do alcance das hordas invasoras, logo, são contra eucaliptos...
Dia destes, o PoPa, zapeando pelos canais da NET (sim, o PoPa faz parte desta elite malvada que tem tv a cabo), parou no canal da câmara de vereadores de Pelotas. Chamou a atenção alguém falando com um boné vermelho. Esta pessoa, com um português tão falho que só poderia ser proposital ( o PoPa conhece centenas de produtores rurais e nenhum fala tão mal), dizia das vantagens dos assentamentos na região: como são sete mil famílias, a região "beneficiou-se" com a venda de sete mil fogões, sete mil colchões, panelas, roupas, material de construção, da quantidade de recursos do governo federal que chegaram à região para amparar os assentados. Não falou em produção de alimentos. Precisava?
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
A Guerra dos Eucaliptos - novo round!
Pois a Via Capesina, juntamente com o MST, o MPA, o MTD, o MMC e mais alguns FDP, resolveu bloquear o acesso dos funcionários da VCP ao viveiro que existe no município do Capão do Leão, próximo à Pelotas. “Queremos a biodiversidade e a produção de alimentos saudáveis”, afirmou a agricultora Maristela Pereira, de Encruzilhada do Sul. “Acreditamos que o agronegócio, especialmente a cultura do eucalipto pelas multinacionais, desestruturará a economia dos municípios gaúchos e fere o direito do coletivo”, disse o agricultor e integrante do MPA, Adílson Schuch, que também disse: “Somos contra o deserto verde das empresas de celulose, a exportação e a monocultura que não respeitam a estrutura econômica da região.”
Vamos por partes...
Biodiversidade e alimentos saudáveis, quem pode ser contra isso? Mas é preciso lembrar-se que os eucaliptos estão sendo plantados em áreas onde nada disso era produzido.
O agronegócio vai desestruturar a economia dos municípios. Essa é dura de engolir! Senão, vejamos: nas áreas onde estão sendo implantados os matos de eucaliptos, a grande produção é de pecuária extensiva, cujo reflexo na economia dos municípios é muito, mas muito inferior ao que se dará com os matos de eucaliptos, tanto em termos de mão de obra, como em termos de circulação de dinheiro. Os plantios de soja e milho nestas áreas são ínfimos e sem segurança, por tratar-se de regiões sem as características adequadas para estas culturas. Talvez eles não saibam que o agronegócio tem salvo o país nos últimos anos, pagando suas contas e mantendo empregos, enquanto outros setores da economia definhavam ou, simplesmente, estabilizavam.
Fere o direito coletivo. Essa é boa, principalmente dito por alguém que está impedindo mais de 200 trabalhadores de chegarem em seus postos de trabalho...
O desejo do grupo é que o Governo do Estado desaproprie as terras cultivadas com eucaliptos... essa é muito boa, também! O INCRA qualifica como improdutiva as propriedades que permaneceram somente na pecuária, mesmo intensiva, e eles querem que as áreas produtivas sejam desapropriadas?
Enquanto isso, mais de mil vagabundos estão acampados na porta de uma empresa nacional, que está trazendo desenvolvimento e trabalho para uma região absolutamente carente de investimentos. E investimentos privados, já que o público só sabe dar comida e grana para esta gente fazer este tipo de "serviço". E, como sempre, colocam mulheres e crianças na frente, para proteger os marmanjos...
Declarações dos invasores dadas ao Diário Popular, edição de hoje.
Vamos por partes...
Biodiversidade e alimentos saudáveis, quem pode ser contra isso? Mas é preciso lembrar-se que os eucaliptos estão sendo plantados em áreas onde nada disso era produzido.
O agronegócio vai desestruturar a economia dos municípios. Essa é dura de engolir! Senão, vejamos: nas áreas onde estão sendo implantados os matos de eucaliptos, a grande produção é de pecuária extensiva, cujo reflexo na economia dos municípios é muito, mas muito inferior ao que se dará com os matos de eucaliptos, tanto em termos de mão de obra, como em termos de circulação de dinheiro. Os plantios de soja e milho nestas áreas são ínfimos e sem segurança, por tratar-se de regiões sem as características adequadas para estas culturas. Talvez eles não saibam que o agronegócio tem salvo o país nos últimos anos, pagando suas contas e mantendo empregos, enquanto outros setores da economia definhavam ou, simplesmente, estabilizavam.
Fere o direito coletivo. Essa é boa, principalmente dito por alguém que está impedindo mais de 200 trabalhadores de chegarem em seus postos de trabalho...
O desejo do grupo é que o Governo do Estado desaproprie as terras cultivadas com eucaliptos... essa é muito boa, também! O INCRA qualifica como improdutiva as propriedades que permaneceram somente na pecuária, mesmo intensiva, e eles querem que as áreas produtivas sejam desapropriadas?
Enquanto isso, mais de mil vagabundos estão acampados na porta de uma empresa nacional, que está trazendo desenvolvimento e trabalho para uma região absolutamente carente de investimentos. E investimentos privados, já que o público só sabe dar comida e grana para esta gente fazer este tipo de "serviço". E, como sempre, colocam mulheres e crianças na frente, para proteger os marmanjos...
Declarações dos invasores dadas ao Diário Popular, edição de hoje.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
O Ataque ao Aquífero Guarani...
O Pobre Pampa leu, em alguns blogs, uma entrevista do nosso velho conhecido, professor Buckup. O biólogo, que parece entender de muita coisa mas quase nada de eucaliptos, apresenta mais alguns motivos para não querer as florestas plantadas na Metade Sul do RS. Utiliza-se das técnicas de Schopenhauer (O Cineman vai ter que explicar isto em um tópico específico), para fazer valer seu ponto de vista. A entrevista foi publicada pela revista ADverso, da ADufrgs (Associação de Docentes da UFRGS), em seu número 147.A entrevista é longa, mas o Pobre Pampa selecionou os "melhores momentos":
Lamentavelmente, o governo tem mostrado que não está a fim de fazer isso, liberando plantios em qualquer lugar e de qualquer maneira.
Os plantios respeitam os códigos florestais federal e estadual, logo não são plantios de qualquer maneira. O licenciamento está sendo feito sob a legislação em vigor e com cautela técnica pela FEPAM.
O zoneamento é uma exigência da lei, o Código Estadual de Meio Ambiente determina que ninguém pode promover uma atividade agrícola, que implica em profundas modificações ambientais, sem licenciamento. E não pode haver licenciamento sem um trabalho que identifique as zonas do Estado mais ou menos aptas para receber investimentos de natureza silvicultural.
Correto, professor, mas os técnicos da Fepam não tiveram a preocupação de fazer este zoneamento, apenas restringir o plantio. Por exemplo, não utilizaram as bacias hidrógráficas, mas Unidades de Paisagens Naturais, como deveriam ser há 500 anos e não são mais...
O zoneamento é um excelente documento, foi feito por pessoas qualificadíssimas, baseado em informações altamente confiáveis e referenciais bibliográficos incontestáveis.
A PROPOSTA de zoneamento apresentada pelos técnicos da FEPAM, levou em consideração o índice pluviométrico da Amazônia, a precipitação média de Bagé e outros referenciais absurdos para a configuração do documento. Onde estão as informações altamente confiáveis?
O zoneamento mostra que o Estado possui nove milhões de hectares disponíveis para plantar eucalipto. Sim, nos Campos de Cima da Serra e no Noroeste do Estado. Nada na Metade Sul...
A natureza sabe que, em função dos nutrientes disponíveis, do solo e da quantidade de água, a paisagem (do pampa) deve ser de campo. O eucalipto tem uma enorme taxa evapotranspiratória, ou seja, chupa muita água. Ele vai buscar água no solo e nos arroios, rios e lagos. A secagem completa de fontes de água já foi descrita com detalhes em publicações científicas importantes e aconteceu em lugares como o sul da África, na Península Ibérica e em um lugar próximo daqui, o pampa argentino.
Imaginem que raiz deve ter esta planta para ir até os arroios, rios e lagos! Neste ponto da entrevista, o professor cai em um ato falho, citando: Aliás, nem é preciso apelar para a ciência, qualquer habitante do interior sabe que plantar eucalipto é ótimo para secar banhado.
...depois que a terra das pessoas está cheia de eucalipto, não tem mais serviço. Vai fazer o que durante oito anos até o abate? Ele vai ter que sair do campo.
O professor acredita que as empresas vão plantar eucaliptos apenas um ano! A conta certa é que vão plantar, para cada unidade fabril, 15.000ha/ano, o que vai gerar empregos para a preparação de mudas (muita mão-de-obra especializada, pois não pode ser mecanizada), para o plantio e colheita, mesmo que mecanizado (mão-de-obra qualificada), para os cuidados dos três primeiros anos (mão-de-obra não qualificada), para os motoristas que transportarão, para o pessoal que prepara a alimentação e transporte dos trabalhadores, sem falar na área industrial. Ou seja, muito trabalho para uma região que não oferece emprego para ninguém! Além disso, o zoneamento pretende proibir o plantio próprio das empresas, nas terras delas! Qual o argumento para isto?
As empresas estão buscando apoio científico nas universidades. É muito mais fácil e barato uma empresa alcançar um recurso a um pesquisador, que fica feliz com o dinheiro que recebe. Porque se a empresa for contratar o indivíduo, terá que pagar salário, décimo terceiro, férias, previdência, montar laboratório.
Hehe, essa nem merece comentário...
O Rio Grande do Sul tem 28 milhões de hectares; a metade sul, 14 milhões. Destes 14 milhões, tire a Lagoa dos Patos, a Mirim, toda faixa arenosa onde não se planta nada e as áreas já utilizadas pela agricultura que somam quatro milhões de hectares. No final, 24% da metade sul do Estado ficará coberta de eucalipto, o que é muita coisa.
EPA! que conta maluca, sem a memória de cálculo do nobre professor, não dá para entender o raciocínio!!!!
Lá (na Austrália, onde o professor esteve pesquisando), o eucalipto vive em forma de mata de savana, uma paisagem de campo com arbustos e árvores esparsas que nem sempre tocam suas copas. Na média, são 60 eucaliptos por hectare. Aqui vão plantar 1,7 mil por hectare.
1.700 árvores por hectare? onde foi feita esta conta???? com o espaçamento de 3mx3m, não cabem mais que 1.300 árvores por hectare, sendo que cerca de 50% da área não será plantada, então a conta deve ficar em 650 árvores, em média, por hectare, por propriedade. E lá, apesar de ser nativo, também se faz monocultura deles, nos mesmos moldes do proposto por aqui.
Mas o melhor está por vir: Você imagina 1,7 mil tocos de eucalipto no meio do campo? O toco começa a se decompor depois de dez anos. Para arrancar, só com correntes e tratores. E quem paga isso? A Stora Enso não vai pagar e o proprietário da terra não terá dinheiro (provavelmente, as empresas não pagarão pelas árvores...). No plantio de eucalipto, não se faz o destocamento, planta-se outras mudas entre os tocos. Ou seja, em 14 anos, são 3,4 mil tocos de eucalipto no chão.
Árvores de sete anos têm um toco muito fino e que não vão começar a se decompor somente após dez anos. É possível fazer o rebaixamento do toco, com equipamento especial, a um custo aproximado de R$ 400,00/ha. É um custo relativamente alto, mas muito menor que o uso de tratores e correntes, coisa utilizada para arrancar tocos com mais de 30 anos. E, ao final do segundo ciclo, não existirão mais os primeiros tocos. E volto ao ponto inicial: e porque impedir o plantio em áreas próprias das empresas?
E, finalizando: A última coisa que deveria ser investigada pelos órgãos públicos, até pelo Conselho de Segurança Nacional, é que estas empresas estão comprando terras exatamente sobre o Aqüífero Guarani. Em dez anos, água será mais importante que celulose. Será que queremos comprar água potável destas empresas? Como se pode ver, são muitas lâmpadas vermelhas acesas no painel do cuidado ambiental.
Estas sórdidas empresas estão utilizando o eucalipto para tomar conta do Aquífero Guarani!!!
Chega! Sem mais comentários...
Imagem: O Pampa visto pela Nasa
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Às vezes, vale à pena...

Esta, realmente, é ótima! O Governo do Estado não ouviu Porto Alegre sobre o plantio de eucaliptos na Metade Sul do RS!
Sobre a reunião em Santa Maria: Os estudantes críticos das plantações de eucalipto, ao entrarem com nariz de palhaço, foram fortemente vaiados e tiveram que retirar seus narizes por ordem do condutor da audiência. Os ambientalistas pediram, então, que os bonés brancos com a frase ‘A Força traz o verde’ fossem retirados também, o que não foi acatado.
Os estudantes de Santa Maria, preocupados com o plantio de eucaliptos na Metade Sul? Será que eram do curso de engenharia florestal?
O Pobre Pampa é contrário ao tipo de manifestação desenvolvido pela Força Sindical. Mas a Metade Sul conhece bem este sistema de pressão, pois vivenciamos isto durante o OP do Governo Olívio. É difícil provar do próprio veneno...
O que não está na matéria e ninguém diz, é que a proposta de zoneamento é falha em termos legais e técnicos. Dito por um grupo técnico da SEMA, nomeado ainda pela antiga secretária e cujo parecer está no site da SEMA. Incrivelmente, a FEPAM, com seu excelente quadro técnico, utilizou dados de evapotranspiração da Amazônia para calcular a demanda hídrica das florestas plantadas de eucaliptos. Usou a precipitação média de Bagé, sabidamente a cidade com maiores problemas hídricos da Metade Sul, extrapolando estes dados para toda a Metade Sul. Ou seja, utilizou-se de dados errados conscientemente. Dá para confiar neste trabalho?
Imagem: Skrik (O Grito) de Edvard Munch, pintura de 1893, que retrata a suprema angústia, com todo o cenário distorcido, à exceção da ponte de concreto. Genial!
terça-feira, 19 de junho de 2007
Porto Alegre é Demais!
O Pobre Pampa morou por mais de 10 anos em Porto Alegre, tem três filhos nascidos lá e, ainda hoje, vai várias vezes por mês à capital. E, depois de muito estudo e observação, chegou à conclusão que o portoalegrense tem muitas razões para detestar a Metade Sul do Estado.O trânsito, por exemplo: quem dirige em Porto Alegre, está qualificado para dirigir em qualquer lugar do mundo, até em Bagdá. Pistas de rolamento não são respeitadas nunca. Experimente entrar no túnel da Conceição e fazer o trajeto sinuoso DENTRO das faixas respectivas. Se for à noite, sem trânsito, isto é perfeitamente possível. Durante o dia, não vais chegar ao outro lado inteiro, com certeza! A Prefeitura precisou colocar obstáculos em algumas das curvas mais perigosas, como a volta do Gasômetro e o final da Beira-Rio, para manter os portoalegrenses "na linha". Buzinas: parece que existe um dispositivo ligando diretamente as sinaleiras da cidade às buzinas dos carros que estão atrás. Deu verde, o carro de trás buzina, imediatamente! E faixas de segurança (o que é isso???) para pedrestes? Se não tiver um sinal vermelho bem explícito, não arrisque! Motoboys são um problema em qualquer cidade brasileira, mas em Porto Alegre, eles atingiram o grau de estado da arte. Sua própria vida não tem valor algum para eles!
Junte tudo isso e poderás encontrar um chefe mal encarado, um atendente com bronca da vida, um serviço público de péssima qualidade e uma grande angústia geral. Não vais encontrar pessoas sorrindo no centro de Porto Alegre, nem no carro ao seu lado! Mas reconheço que é estressante viver em uma cidade muito grande e mal distribuída, e perder duas horas ou mais por dia para ir ao trabalho. E enfrentar pessoas de mau-humor e estressadas, no trânsito ou fora dele. Viver com medo de assalto, entre grades. Com flanelinhas, crianças malabaristas, esmoleiros e panfleteiros em cada parada.
Na Metade Sul, estes problemas são muito menores, talvez por falta de carros, por falta de dinheiro ou por falta de gente. Mas também podemos chamar isso de qualidade de vida. Aqui, ainda paramos nas sinaleiras à noite, com vidros abertos e portas destravadas. Muitas das nossas cidades ainda não conhecem grades em suas casas.
Em que a plantação de eucaliptos poderia mudar isso? Talvez aconteça de ter um pouco mais de dinheiro circulando, para fazer com que nossos jovens permaneçam por aqui e não precisem aventurar-se na grande Porto Alegre. Porque hoje exportamos nosso maior capital, que é nossa gente, que precisa deixar esta terra por absoluta falta de oportunidade.
Enquanto doutores de plantão e falsos ecologistas bradam contra algo que poderá modificar - para melhor - esta região, todos sairemos perdendo. Nós, da Metade Sul, que vamos perder uma grande chance de desenvolvimento e Porto Alegre, que continuará a receber o fluxo migratório em busca das oportunidades que não ainda não existem por aqui.
Mas não pense o leitor que o Pobre Pampa detesta Porto Alegre, pelo contrário! A vida em Porto Alegre tem muitas compensações: cinemas, teatros, restaurantes e muita expressão artística. Alguns dos melhores amigos do Pobre Pampa vivem por lá. E gostam! O que preocupa o Pobre Pampa é que, quando o assunto é polêmico, as paixões são mais fortes que a razão. Quantos dos que criticam o plantio de eucaliptos visitaram nossa região? Quantos sabem o que resta do Pampa Gaúcho? Quantos sabem o que é uma vossoroca ou o capim anoni ou a arenificação? E o que causou isto? O Pobre Pampa também é movido à paixão, como todo ser humano. Mas tem consciência do que é possível e do que é necessário para preservar o bem mais importante que existe: a vida humana. Com dignidade!
Imagem: O Laçador, obra do pelotense Antônio Caringi, eleito símbolo de Porto Alegre, com um poncho multicolorido, colocado pelo também pelotense Cattaneo (Capitão Gay). A demonstração de bom humor foi reprovada pelos que passavam no local, na oportunidade que, inclusive, chamaram a polícia. Não poderia ser diferente, afinal é Porto Alegre, capital... da intolerância.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Lobo-guará e florestas de eucaliptos
Hoje, dia 15, procurei no jornal A Razão, de Santa Maria, informações sobre a audiência pública sobre o zoneamento florestal. Acho que foi muito boa, pois não tinha uma linha sobre o assunto no jornal da RBS. Mas tinha um interessante texto, escrito pelo professor de história, Vitor Biasoli:Recebi e-mail de um amigo, informando que a situação do lobo-guará no Rio Grande do Sul é preocupante. O lobo-guará ainda não é um animal em extinção, mas está em declínio. Sua população diminuiu 50% nos últimos dez anos e existem pouco mais de 10 mil exemplares da espécie. Os dados foram retirados de uma publicação do IBGE e meu amigo comentou que a extinção de animais não causa grande comoção na sociedade rio-grandense e é encarado apenas como mais um índice das mudanças ambientais inevitáveis...
...Aproximando essa discussão para perto de nós, a questão ambiental que se coloca não é a emissão de gases poluentes, pois não constituímos uma área industrial. No momento, o assunto mais relevante quanto ao meio ambiente é a expansão das florestas de eucaliptos. Um cultivo que altera a paisagem do pampa e, em especial, o lençol freático da região. Isto é, os eucaliptos consomem bastante água e, ao se expandir na Campanha, consumirão boa parte da água existente. As florestas de eucaliptos parecem ser uma boa alternativa econômica para os proprietários de terra da região, mas, seguramente, não é a melhor alternativa para o conjunto da população, pois vai faltar água para o consumo humano. Em Bagé, onde o problema da água é sério, vai ficar pior.
Qualquer coisa como o que acontece com o lobo-guará acontece com a paisagem do pampa. A Campanha não está em vias de alteração drástica, mas está perto disso. Só que, nesse caso, felizmente, provoca grande comoção social e intensas polêmicas. O que permite ter esperanças de que, ao contrário do lobo-guará, o pampa será preservado.
Qualquer coisa como o que acontece com o lobo-guará acontece com a paisagem do pampa. A Campanha não está em vias de alteração drástica, mas está perto disso. Só que, nesse caso, felizmente, provoca grande comoção social e intensas polêmicas. O que permite ter esperanças de que, ao contrário do lobo-guará, o pampa será preservado.
Duas coisas me chamaram atenção no texto do professor: a de que seria uma boa alternativa
para os proprietários de terras da região e que vai faltar água para consumo humano. Cita, inclusive, que Bagé ficará pior do que está, se plantarmos eucaliptos. Fico constrangido em ver que professores têm um posicionamento contra algo que, obviamente, desconhecem totalmente. Não vou falar de consumo de água, pois isto é ridículo, mas que é uma boa alternativa para os proprietários de terras? E para os milhares que conseguirão emprego? e para o Estado que vai arrecadar divisas de onde hoje nada sai? Estes recursos não irão beneficiar o "conjunto da população"? Provavelmente da metade norte, sim...
para os proprietários de terras da região e que vai faltar água para consumo humano. Cita, inclusive, que Bagé ficará pior do que está, se plantarmos eucaliptos. Fico constrangido em ver que professores têm um posicionamento contra algo que, obviamente, desconhecem totalmente. Não vou falar de consumo de água, pois isto é ridículo, mas que é uma boa alternativa para os proprietários de terras? E para os milhares que conseguirão emprego? e para o Estado que vai arrecadar divisas de onde hoje nada sai? Estes recursos não irão beneficiar o "conjunto da população"? Provavelmente da metade norte, sim...E Bagé tem o abastecimento através de barragens defasadas, que governantes não resolvem pois não investem nisso nunca. Não é abastecida com águas subterrâneas (deveria e poderia, mas não é) mas por barragens que precisam ser ampliadas ou multiplicadas há várias décadas. Não tem nada a ver com o assunto, mas o professor de história parece não saber disso. E seu jornal não noticia o que deve ser contrário a interesses outros que não o desenvolvimento da região. Ou tem medo da patrulha...
Aliás, por falar em patrulha, no site do PTSul está esclarecido que a audiência foi positiva, pois eles só reclamaram! Bom ver que a região aprendeu muito com o sistema do PT de fazer política. Leiam e entendam porque.
Imagem: Bad Wolf de Walt Disney e Lobo Guará. Na Metade Sul, há uma grave ameaça aos Lobos Guarás: uma espécie exótica que se espalha rapidamente e sem controle e, com apoio governamental, abate ovelhas (que também alimentam o Lobo Guará), matos, cultura, o que estiver na sua frente. Eucaliptos parecem ter atraído a ira desta espécie pois podem proteger áreas importantes para o Lobo Guará. Esta espécie odeia áreas produtivas.
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