terça-feira, 29 de dezembro de 2009
As farcs e o Equador
E, para melhorar o dia do PoPa, a declaração do caudilho bolivariano: "La dictadura militar hondureña continúa en el poder. La reacción en todos nuestros países cuenta ahora con un modelo de golpe de Estado para el siglo XXI: golpes con fachada legal que llevan el sello "made in USA".
Se a moda hondurenha pega, a America Latina pode reverter este quadro soturno dos déspotas "democratas".
PoPa, aproveitando a madrugada, quando a Oi deixa o blogger funcionar.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Sim, eles condenaram o assassinato do governador, mas...
...Exigimos que as farc se pronunciem deixando claro à opinião pública se foram os responsáveis por este crime, pois seria inconcebível (hã?) que depois de tantos esforços e gestões para ganhar terreno no campo humanitário com a libertação de sequestrados, se deem estes feitos atrozes...
Na verdade, caros leitores do PoPa, ela está tentando dizer que as farc não tem nada com o assassinato covarde do governador colombiano. Assassinato com requintes de crueldade, pois fala-se em degola, mas o cara foi morto com um machado!
A nota brasileira foi pior ainda, fala em "violência política". Violência é uma só! Nada de colocar sobrenome em atos covardes como este. As farc nada tem de "política". Para eles, é apenas um negócio, o narcotráfico, que o governo colombiano atrapalha e os vizinhos apoiam. Aliás, na nota brasileira, nem menção às farc.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Cocaleiro maluco!
Em suas leituras matinais, o PoPa viu, no Estadão, que Morales tem uma hipótese [ele consegue formular uma hipótese!] sobre as intenções dos gringos na Colômbia. "Minha hipótese é que os Estados Unidos fomentam o narcotráfico na Colômbia, fomentam o terrorismo, e com isso justificam as bases militares e de lá controlam a América Latina, a América do Sul, os países revolucionários". Tá mascando muita folha, o índio cocaleiro.Enquanto isso, os "aliados dos americanos" fazem mais uma vítima na Colômbia. Bandoleiros das farc lançaram uma granada em uma casa, matando uma pessoa e deixando 18 feridos, sendo quatro em estado grave. Qual seria o propósito político deste atentado em uma pequena cidade do interior?
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Decisão rápida
O Estadão encerra a reportagem: fontes do próprio governo, entretanto, avaliam que a decisão de Lula refletiu um forte conteúdo político-ideológico. Mas mostrou coerência com outras duas atitudes do Palácio do Planalto. A primeira, de permitir a concessão do status de refugiado político ao ex-padre colombiano Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como Oliverio Medina - considerado o "embaixador" das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil. A segunda foi a deportação ao governo de Raúl Castro, de Cuba, dos pugilistas Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara. Ambos haviam desertado durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007.
Por falar em cubanos, Elisandy Lara conseguiu fugir de Cuba em uma lancha e já está na Alemanha. O PoPa se lembra de ter lido, em algum lugar, que Tarso afirmava que eles queriam voltar para Cuba. Tanto queriam que um já conseguiu fugir...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Asilo a guerrilheiros - a quem interessa?
Não há nenhum problema em [padre medina] fazer contato com as Farc. Seria um problema se Medina estivesse agindo politicamente contra o governo colombiano. O jornal apresenta isto como declaração textual do secretário. Se ele faz contato com as farc, não deve ser para desejar boa noite, boas festas, feliz aniversário... se isto não é agir politicamente contra um governo legitimamente instalado, o que é, então?
O estranho é que esta notícia é velha, já que medina teve seu asilo prorrogado há mais de dois meses e somente foi anunciado ontem pelo planalto. Estranho ter sido divulgada apenas após a já célebre reportagem da revista colombiana Cambio. E estão analisando a concessão de naturalidade brasileira ao cara!!!! Isso depois de ter dado um bom emprego para a esposa no ministério da pesca.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
O Brasil e as farc
A revista colombiana "Cambio" traz, na capa deste mês, uma reportagem importante sobre a participação brasileira no apoio às farc (e no apoio destas a alguns políticos brasileiros). Bem, claro que as farc estão em baixa na cotação mundial e ninguém quer ser pego com este tipo de companhia. Mas as denúncias, apesar de não trazerem nada de novo, parecem ter uma boa dose de verdade, como podemos ver nas reportagens do Estadão de hoje. Várias informações foram confirmadas, mas sempre com aquela desculpa esfarrapada de que "não compactuamos com sequestros, tráfico..." ora, o Brasil asilou, politicamente, um dos guerrilheiros das farc que continuou sendo uma espécie de porta voz da guerrilha (o tal "padre Olivério Medina"), mesmo que a condição para ser exilado tenha sido "desligar-se" das farc...quinta-feira, 3 de julho de 2008
Parabéns, América Latina! Parabéns, Colômbia! Parabéns, Uribe!
No Estadão: Ingrid Betancourt disse a uma rádio colombiana que o seu resgate foi "absolutamente impecável" pois o Exército a libertou juntamente com outros 14 ex-reféns sem disparar "um único tiro."Enquanto isso, no Equador, completamente desnorteado, o ministro da Defesa do Equador, Xavier Ponce, declarou: "É uma lástima que não tenha sido iniciado um processo de paz e sim um resgate. É algo que o mundo já esperava". Ponce indicou que o resgate diminui ainda mais as possibilidades de uma saída política para a situação vivida na Colômbia e insistiu que o Equador advoga por uma "saída integral" ao problema, pela libertação dos reféns e pelo acordo de paz. Segundo ele, os reféns deveriam ser deixados de lado até uma negociação mais ampla...
O PoPa espera, ansioso, as declarações de Chávez e Marco Aurélio Garcia!
Imagem: efe/Estadão
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Início do fim
Reparem que a selva parece ter detonado os neurônios desta gente, em 40 anos de vida como bichos. A última grande oportunidade que tinham para mostrar algum tipo de ação política decente, seria a liberação de Ingrid. Ao negar isto, trazem contra si - e não contra Uribe - o descontentamento mundial. Ninguém está mais aguentando esta lenga-lenga dos terroristas traficantes. Até mesmo seus simpatizantes estão escasseando. Ou será que Ingrid já estaria morta?
domingo, 6 de abril de 2008
Mais bobagens equatorianas
Ou seja, um narcotraficante equatoriano, que participava de um grupo cujas ações contra o poder legalmente instalado na Colômbia, inclui seqüestro, assassinato, tráfico, ele acha "legal"? O que este marginal fazia era "permitido" pelo presidente do Equador?
domingo, 30 de março de 2008
Família Feliz
O primeiro encontro foi em Corumbá (MS). Era uma noite de sábado. Vindos de São Paulo, os emissários foram hospedados na cidade e levados à fronteira com a Bolívia na manhã do dia seguinte. Miguel, filho de Dom Eduardo, homem influente na região de Porto Quijaro, recebeu-os. Assim começou a viagem que tinha como objetivo fazer da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) uma organização internacional de tráfico de drogas, fechando um acordo com traficantes bolivianos ligados às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Buscava-se garantir o fornecimento de 1 tonelada de cocaína por mês, além de fuzis e explosivos para atentados... Leia o restante da notícia...
domingo, 16 de março de 2008
Desde Equador
As três terroristas das farc que foram pegas, pobrezinhas, de pijamas, estão recebendo a melhor atenção médica possível em um hospital federal do Equador, pago com nosso dinheiro; enquanto que milhares de desabrigados na costa equatoriana sofrem com a falta de atenção do governo. Estes desabrigados, que perderam tudo, não têm nem o que comer, que dirá de atenção médica; e, no entanto, para as três terroristas, mandaram buscar até seus familiares.
El PAIS definitivamente está al revés.
sábado, 8 de março de 2008
Crime e Terror
O PoPa não entende muito dessa história de crime e terror. Assume que se existe um grupo uniformizado, à revelia da população, fazendo guerra ao poder legalmente constituído, então existe terrorismo. Fosse um governo totalitário - de esquerda ou direita - poderia ser guerrilha, pois haveria o propósito de restabelecer a ordem ou seja lá o que for (talvez uma ditadura de outro lado...). Isto é uma questão óbvia: são criminosos, sim, mesmo o leitor defensor admite isso! E são terroristas, sim! Atacam alvos civis, prejudicam a vida da população civil, fazem seqüestros por dinheiro, traficam armas (para ficar somente no óbvio)... se isto não é terrorismo, o que é, então?
quinta-feira, 6 de março de 2008
OEA
quarta-feira, 5 de março de 2008
Solidariedade
"não há pretexto que justifique esta violação do direito internacional, inspirada numa doutrina fracassada que, a pretexto de 'combater o terrorismo', tem gerado destruição e instabilidade em várias regiões do mundo."
"O PT considera que a ação militar desencadeada pelo governo Uribe em território equatoriano, além de ameaçar a paz entre os países da região, prejudica o processo de troca de reféns e as almejadas negociações de paz. Quem mata o negociador, demonstra não estar interessado na negociação"
"O PT manifesta sua solidariedade ao Pólo Democrático Alternativo e a todas as forças políticas e sociais que se mobilizam, na Colômbia e em toda a América Latina, em favor da paz, da democracia e da justiça social"
Tem mais algumas baboseiras, mas o PoPa nem vai comentar, pois seus dez leitores já entenderam o que o partido quis dizer...
Mas, o que é este Pólo Democrático Alternativo e o que ele pensa da crise? É uma espécie de "Frente Popular" venezuelana, com partidos de esquerda. Um texto de opinião no site do Pólo (www.polodemocratico.net) coloca a situação em uma dimensão muito realista e o PoPa acredita, muito séria e responsável, ao contrário do partido do nosso mestre. (grifos do PoPa)
¿Cuál la actitud del Polo frente a la crisis regional?
Miércoles 5 de marzo de 2008
Luego de que la Dirección Nacional del PDA aprobara el pasado 2 de marzo de 2008 una declaración pública frente a la crisis de las relaciones de Colombia con Ecuador y Venezuela, han tenido lugar una serie de hechos que han profundizado esa crisis y, si la escalada no se detiene, la polarización creciente podría conducir a un enfrentamiento de graves consecuencias para los pueblos y países de la región.
El Polo debe fijar su posición como partido de izquierda democrática ante estos nuevos hechos, contribuyendo en lo posible a proponer salidas que ayuden a que la tensión disminuya y se restablezcan las relaciones entre los tres países hermanos. Es necesario intentar medir lo sucedido en su justa dimensión, me permito presentar al PDA las siguientes reflexiones:
El Estado colombiano, el actual, tiene el legítimo derecho del monopolio de las armas, tiene el legítimo derecho de perseguir y combatir a los grupos armados ilegales, entre ellos a las FARC. En consecuencia, el gobierno colombiano tiene la obligación de enfrentar sin excepción a esos grupos. Al mismo tiempo, es su deber buscar salidas políticas para poner fin a un conflicto armado que lleva más de cuarenta años.
En los acontecimientos que culminaron el pasado 1 de marzo de 2008 con la muerte del comandante de las FARC, Raúl Reyes, el gobierno de Colombia no atacó a la población civil, ni a las autoridades, ni a los bienes del Ecuador. Las Fuerzas Armadas atacaron un campamento de las FARC que se encontraba en Ecuador, al borde de la frontera con Colombia, sin que hubiese la intención de atacar al país hermano.
Sin embargo, el asalto al campamento violó la soberanía y la integridad territorial del Ecuador. En este sentido se trata de un acto reprobable y condenable, como lo es todo acto por parte de las autoridades colombianas que, en el marco del combate a los grupos armados ilegales, viole las leyes. Le cabe al gobierno de Uribe toda la responsabilidad legal por la violación del Derecho Internacional en que ha incurrido, como le cabe a las FARC toda la responsabilidad política por utilizar las fronteras de los países vecinos.
Las pruebas que supuestamente el gobierno de Colombia dice haber encontrado en los computadores incautados en el asalto, indican que el gobierno del Ecuador estaba apoyando a las FARC. Seguramente esto es falso, el gobierno ecuatoriano sostiene que mantenía contactos con las FARC con el fin de facilitar la liberación de las personas secuestradas, entre ellas Ingrid Betancur. ¿Pero es normal que esos contactos con las FARC se estuviesen adelantando sin el conocimiento del gobierno de Colombia? ¿Esta relación unilateral con las FARC por parte del gobierno de Ecuador, aun si fuese por motivos humanitarios, no es a su vez una violación de la soberanía de Colombia?
Con motivo del asalto al campamento de las FARC en territorio ecuatoriano, el presidente de Venezuela, Hugo Chávez, ha expresado improperios contra el Presidente Uribe. No en vano las declaraciones de Carlos Gaviria el pasado 2 de marzo: "Yo soy el Presidente de un partido de oposición pero nosotros debemos tener presente que al Presidente lo eligieron los colombianos y que el Presidente no puede ser tratado de una manera tan irrespetuosa por Jefes de Estado de países extranjeros y mucho menos vecinos". El presidente Chávez también ha amenazado con guerra si un tal hecho llegase a producirse en territorio venezolano, ha cerrado la embajada de Venezuela en Bogota, ha expulsado el embajador de Colombia en Caracas y ha anunciado el cierre de la frontera con Colombia. Actuando de esta manera, el presidente Chávez, lejos de conseguir que la opinión pública colombiana entienda sus razones, provoca la adhesión de la misma al presidente Uribe y le "da manivela" a la escalada de la confrontación entre los dos países. ¿No estamos acaso frente a una respuesta desproporcionada por parte del presidente Chávez, cuando en realidad los hechos sucedieron en Ecuador y no en Venezuela?
Es inconveniente y provocador el anuncio del presidente Uribe de presentar una demanda contra el presidente Chávez ante la Corte Penal Internacional por patrocinio de grupos terroristas, tanto más cuando cerca del 30% de congresistas que apoyaron al primer mandatario en su pasada campaña electoral se encuentran investigados por vínculos con grupos paramilitares. Todo lo anterior cierra aun más las puertas a la posible gestión del presidente Chávez para facilitar un Acuerdo Humanitario (luego de quedar demostrado su valioso concurso en la reciente liberación de los secuestrados) y a su acción en aras de un acuerdo político para acabar con el conflicto interno armado. ¿Podría ser el presidente Lula quien entre a jugar un rol de intermediación?
En la OEA, varios gobiernos de países de América Latina han apoyado el pedido del gobierno de Ecuador de condenar a Colombia por la violación de su soberanía nacional. ¿Tal petición puede considerarse justa, sin considerar injusta la solicitud de que se investigue el supuesto apoyo financiero del gobierno de Venezuela a las FARC?
La bancada del partido Liberal en el Congreso de Colombia ha anunciado su respaldo al Presidente Uribe "para que solucione la crisis, pero no para que la profundice". A su vez, muchos colombianos y colombianas, así como la comunidad internacional, mirarán con atención la posición del Polo frente al presidente Uribe en esta crisis regional. ¿Cuál actitud del PDA en tanto que principal fuerza política de oposición al gobierno y como partido que defiende los intereses de la nación y propugna por la paz en la región?
México, 5 de marzo de 2008
Texto de opinión por Mauricio Trujillo-Uribe.
Diplomacia peruana
Disse Garcia: “que si la incursión militar de las fuerzas colombianas a Ecuador hubiera ocurrido en Perú, diría que es inaceptable”... “ningún país puede permitir que comandos de la guerrilla y la subversión se asilen y permanezcan dentro de su territorio, para desde ahí atacar a la democracia de otro país”.
Paz, ora a paz...
O PoPa estranha as declarações do presidente do Equador, no périplo que ele está fazendo pela América Latina. Em Brasília, o democrata declarou: "se algum equatoriano tivesse morrido no ataque colombiano às farc os dois países já estariam em guerra"... O massacre já começou. Não vamos cruzar os braços"... se daria por "satisfeito" apenas com uma "rejeição categórica" da OEA, mas isto não afetaria as relações com a Colômbia, que continuarão "interrompidas"... as relações com seu vizinho se restabelecerão apenas no "muito improvável caso" de o presidente colombiano, Álvaro Uribe, "pedir desculpas claras", se comprometer a "não repetir estas ações" e reconhecer a "cantinflada" (trapalhada) de tentar relacionar o Equador com as farc. (tá querendo demais...)Convenhamos, isso é papo de quem quer a paz? O que, ou melhor, quem ganha com isto? Qual será a posição do povo do Equador nesta história? Eles quererão a guerra com o país vizinho? Eles concordam que seu país possa se tornar um aliado de traficantes? O PoPa acredita que, com estas declarações, o Itamarati vai ter que repensar sua posição e ser um pouco mais duro nas suas declarações, para tentar contornar a cantinflada destas caras... Isso de querer condenar a Colômbia simplesmente, já não está dando certo, pois este carinha está "se achando" demais!
Imagem: Raúl. Este guerrilheiro estava meio fora de forma... muito melhor alimentado que os seus reféns.
terça-feira, 4 de março de 2008
Traição...
Segundo o Estadão, As Farc garantiram que Reyes morreu enquanto cumpria uma missão determinada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez -- uma entrevista com o presidente francês, Nicolás Sarkozy, com o objetivo de buscar uma solução para a situação de Betancourt e dos demais reféns.
Estas são partes do comunicado das farc sobre o episódio. Demoraram um bocado para fazer este comunicado... estranho, muito estranho! Mas o PoPa esgotou-se com a capacidade desta gente dizer besteiras e bobagens! Usar as palavras traição, perversidade e cinismo???? O que estes vagabundos fazem afinal? Não traem seu próprio povo, não usam de perversidade brutal contra gente desarmada, não usam do cinismo com teorias humanitárias? Eles foram mortos armados, dispostos a matar! E eles estavam a serviço de Cháves, no território do Equador...
segunda-feira, 3 de março de 2008
Diplomacia brasileira
O PoPa estava torcendo para que não saísse nenhum tipo de comunicado brasileiro sobre a pendenga entre os latinos amazônicos. O PoPa não encontrou a nota oficial no site do Ministério do Exterior, mas as notícias que estão nos jornais dão conta de que o Brasil apresentará na terça, na reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) a sugestão de que a Colômbia apresente um pedido de desculpas explícito e sem adjetivações ao Equador; e sugerirá a criação de uma comissão de investigação da OEA para identificar qual país tem razão sobre o episódio que resultou na morte do líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.O PoPa não entende de diplomacia, mas Raúl era Equatoriano, por acaso? Tinha visto de turista, pelo menos? Não seria o caso da Colômbia ter retirado das terras equatorianas um criminoso colombiano? Ou o Equador estava gostando de servir de dormitório para as farcs? A reação do presidente do Equador diz tudo: "No aceptaremos que a pretexto del combate a lo que ellos llamen terrorismo [caramba! o que as farcs fazem, mesmo?] se impriman doctrinas de irrespeto a la soberanía de los estados".
E, por que diabos Chávez tomou as dores pelas farcs, dizendo que Raúl foi assassinado? Qual é mesmo o sistema de trabalho das farcs? assassinato, sequestro, extorsão, tráfico... nada disso é algo a ser criticado?
Aí, o PoPa fica cismado com a posição brasileira (sem trocadilhos, por favor). A Colômbia já se desculpou por ter entrado 1800 metros dentro do território equatoriano. O que mais o Brasil está querendo? Já que os outros tomaram uma posição quase selvagem, de guarnecer militarmente suas fronteiras, expulsar embaixadores, por que o Brasil não poderia ter uma posição mais conciliadora?
Aliás, a Colômbia até deveria agradecer seus vizinhos, pois com este reforço militar, as farcs não mais invadirão estes países... hehehe
Imagem: do computador de Reyes, reparem no poster atrás do guerrilheiro cantante (eltiempo.com)...
domingo, 2 de março de 2008
Mostrando a cara II
O PoPa espera que Lula do PT tenha uma posição de representante legítimo dos brasileiros e, se não aplaudir a morte do narcotraficante, pelo menos respeite o direito do povo da Colômbia de defender-se. Melhor que fique quieto...
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
A perversidade das Farc
A cena foi transmitida pela emissora estatal venezuelana Telesur, a única autorizada a documentar a entrega de quatro reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a representantes do governo de Caracas e da Cruz Vermelha, em um ponto da Amazônia colombiana apropriadamente chamado El Retorno. A única mulher do grupo de libertados depois de mais de seis anos de captura, a ex-senadora Gloria Polanco, recebe flores de uma guerrilheira, agradece e diz o que vai fazer com elas: "Vou depositar no túmulo de meu marido, os quatro ramos, um de cada um dos meus filhos e o outro meu." Poucas imagens - e palavras - poderiam ser mais lancinantes do que essa na crônica de horrores protagonizada pela organização narcoterrorista que mantém em cativeiro centenas de pessoas, algumas há um decênio.
A história da ex-senadora, afinal, é uma ilustração insuperavelmente fiel da desumanidade desse exército de delinqüentes "revolucionários". Em julho de 2001, Gloria foi seqüestrada com dois dos seus três filhos, então com 15 e 17 anos, por um bando que invadiu o prédio em que moravam na cidade de Neiva, no sul da Colômbia. Sete meses depois, ela foi separada dos jovens e incluída no infame rol de "reféns políticos", hoje na casa de 40, que as Farc querem trocar por 500 dos seus que se encontram presos. À época, mesmo ausente, ela foi eleita para o Congresso pelo Partido Conservador - com a maior votação daquele pleito. O seu marido e correligionário, ex-deputado e ex-governador, Jaime Lozada, conseguiu comprar a libertação dos filhos, pagando o resgate em parcelas. Eles recuperaram a liberdade em julho de 2004. Um ano e meio depois, num ataque a tiros e explosivos, Lozada foi assassinado - aparentemente, por ter atrasado uma prestação.
A promessa da viúva de levar a seu túmulo as flores do mal - literalmente - exprime tudo o que pode separar a decência humana da criminalidade hedionda dos terroristas que, embora na defensiva hoje em dia, continuam na sua faina assassina que atormenta o povo colombiano. Para libertar outros reféns, as Farc ainda se dão ao escárnio de exigir, além da soltura de 500 guerrilheiros, que o presidente Álvaro Uribe decrete a desmilitarização, por 45 dias, das áreas onde se situam os municípios de Pradera e Florida e onde se daria o escambo. Naturalmente, tratando-se de uma região próxima de Cali, a terceira maior cidade do país, seria uma temeridade o governo de Bogotá aceitar a imposição dos bandidos. Blefando ou não, as Farc anunciaram o fim abrupto das "liberações unilaterais" iniciadas em janeiro com a entrega de uma ex-senadora e de uma auxiliar de sua mais conhecida vítima, Ingrid Betancourt.
Seqüestrada em fevereiro de 2002, quando candidata à presidência da Colômbia, a então senadora, agora a única mulher refém dos facínoras, tem sido especialmente maltratada por eles. Um dos quatro libertados anteontem, o também ex-senador Luis Eladio Pérez - que contou em detalhes revoltantes as agruras a que eram todos submetidos -, descreveu Ingrid, com quem esteve no começo do mês, como "fisicamente esgotada" e correndo risco de vida. Pérez relatou que ela é mantida "em condições infra-humanas". Em Caracas, para onde os ex-cativos foram finalmente conduzidos, no papel de coadjuvantes involuntários do show do bom amigo das Farc, Hugo Chávez, Gloria Polanco reiterou que o estado de Ingrid é desesperador. Nem assim, o caudilho se dispôs a demandar a sua soltura.
Numa apoteose de cinismo, dirigiu-se diretamente ao chefão da narcoguerrilha, Manuel Marulanda, a quem pediu que transferisse a prisioneira para "um comando" mais próximo dele, "enquanto continuamos abrindo o caminho para a sua liberação definitiva" - como se os padecimentos a ela infligidos não tivessem sido determinados pelo mesmo Marulanda, qualquer que fosse o pedaço de inferno que fosse obrigada a habitar. Chávez ainda se gabou de estar fazendo "tudo o que pudermos para liberar até o último dos seqüestrados" - como se as Farc estivessem propensas, apenas para enaltecer perante o mundo a figura do caudilho aliado, a renunciar ao seu poder de barganha. O que a quadrilha do narcotráfico pretende é ser reconhecida como força beligerante legítima.