Certa vez, em um blog que o PoPa costuma ler pela manhã, havia um comentário sobre o que o blogueiro fazia quando iniciava seu dia. Ele não lia nenhum blog, para não ser influenciado em seus comentários. Queria ser direto e honesto com seus leitores, sem o risco de plágio ou o que fosse.Pois o PoPa faz exatamente o contrário. Lê todos os blogs que pode, indo depois ler os jornais de papel e virtuais para então, se achar interessante ou necessário, fazer seu próprio comentário. Este é um dos motivos que leva o PoPa a comentar pouco e ser menos lido, ainda...
E também porque o PoPa às vezes, toca em assuntos antigos, que nem interessam tanto à imprensa local ou regional. Como as florestas plantadas, por exemplo. Pessoas sem o menor conhecimento técnico são contra o plantio de florestas, alegando diversas bobagens mas deixando de reconhecer o óbvio: para cada hectare plantado, são poupados 10ha de florestas nativas. Este é um ponto técnico definitivo e que vale para todo o Brasil. E é, ao contrário do que divulgam, um grande empregador de mão de obra. Muito mais que a pecuária, por exemplo, embora esta seja uma atividade importante, também. Esta conta, simplista, tem uma realidade ainda mais dramática para a floresta nativa, pois - se deixarem, obviamente - ela demora, para recuperar-se, bem mais que os sete anos necessários para uma nova produção da floresta plantada.
Com a retomada da atividade industrial, teremos o "desabafamento" de muitos altos fornos do Brasil Central e Norte, para a produção de ferro gusa. E de onde vem o carbono para a produção deste ferro? De florestas nativas, em sua grande maioria. Os fornos empresariais que estão operando, utilizam, em sua maioria, floresta plantada.
O PoPa, por óbvio, preocupa-se muito mais com a situação da Metade Sul do RS que com a situação da Amazônia, mas entende que a floresta pode ser autosustentável, sem que haja devastação. É uma decisão de governo, portanto, aceitar a exploração e coordená-la, sem imediatismo, pensando no futuro.
Aos que são contra o plantio de florestas na MS do RS, o PoPa recomenda - não, suplica! - que se interem do assunto, que façam as contas sob vários ângulos, como o balanço de carbono, o aproveitamento da mão de obra do interior, a criação de divisas e renda, o desenvolvimento regional.
Aos que fazem a pergunta "você come papel?", o PoPa responde: Sim, comemos papel! Na embalagem, na documentação, na escrituração, no planejamento de toda a cadeia produtora e comercializadora do alimento. E também na lista do supermercado, na revista e no jornal que publicam os comerciais dos produtos. Sim, vestimos papel, nos fios de viscose, usamos em nossa higiene pessoal, nos nossos estudos e leituras - para os que acham que isso importa. Quando se fala em floresta plantada, se fala em celulose, presente em todos os momentos de nossa vida. Os que são contra a floresta plantada são a favor que esta celulose venha de uma floresta nativa? Ou abririam mão de todo o conforto moderno?
5 comentários:
Popa,
Perdoe-nos por tocar num assunto que não temos conhecimentos. Apenas temos pretensões de opinar.
Sem dúvidas, temos as nossas florestas tropicais, ainda quase intactas, em relação a esse mundão devastado e poluido.
Não devemos preservar as nosas florestas para atender as determinações externas. Eles destruiram as florestas deles e vem com essas cobranças, querendo nos tratar como uns imbecis.
Devemos ter um projeto de exploração auto-sustentável, em prol do povo brasileiro, sem agressão ao nosso meio ambiente e que eles recuperem o que eles mesmo destruiram em seus territórios.
É o Brasil para os brasileiros, com negociações com as nações amigas se nos abordarem.
Att. Madeiro
Caro José, é evidente que a floresta nativa pode ter uma exploração autosustentada. Afinal, a árvore é um ser vivo que nasce, cresce e morre. Neste trajeto, a árvore capta o CO2 do ar e fixa-o em sua madeira. Uma floresta estável, portanto, não é captadora de CO2, como muitos querem fazer crer, ao contrário de uma floresta plantada ou uma floresta nativa adequadamente explorada. A Amazônia não é o "pulmão do mundo"!
Não podemos, portanto, fazer uma preservação radical, pela simples preservação. A Amazônia é uma área completamente abandonada pelo governo, a começar na legalização fundiária, não existente. E, se não existe, como controlar?
O erro maior, na Amazônia, é o simples descarte da floresta para implantação de pastagens ou lavouras temporárias. São assentamentos feitos sem critérios técnicos, que obrigam ao assentado a cortar a mata para sobreviver. Políticas erradas, inócuas no sentido do desenvolvimento, mas terríveis no sentido da preservação do homem.
Apenas para ter uma idéia da situação atual. Em áreas já degradadas - sem floresta - não é permitido o plantio... de florestas! Bem, até pode plantar, mas não vai poder colher nada, o que significa que ninguém investirá no replantio da floresta.
Caro POPA,
Postei vários vídeos/músicas em meu blog que tenho certeza que vc irá gostar (e cantar).
20 de Setembro
É o Nosso Rio-Grande do Sul!!!
Grande abraço, guri!!!
http://blog-bymel.blogspot.com/2009/09/vinte-de-setembro.html
Já estive lá e gostei, mesmo! Obrigado, Mel!
Prezado Popa,
O que temos visto no Rio Grande do Sul é uma turma reduzida de meia dúzia de ambientalistas (sempre os mesmos) falando que o Aquífero Guarani vai secar, que o Pampa vai se acabar. Estão muito preocupados com o Pampa, mas vivem em Porto Alegre e não se importam se a cidade despeja milhares de toneladas de merda in natura no Guaíba, sem tratamento nem protestos ambientais e solidários.
Isso é que é consciência ambiental!!
Pior de tudo é a desinformação. Dizem que o eucalipto é "uma bomba chupadora de água", mas esquecem quantos litros de água são necessários para cultivar um quilo de arroz, um quilo de carne... Ademais, a água que o eucalipto consome volta à terra pela evapotranspiração, os nutrientes que se concentram nas folhas e na casca permanecem no campo após a colheita, sem falar que este setor preserva APPs e reserva Legal. A cada hectares plantado, além de preservar 10 de mata nativa, gera outro hectares de preservação e conservação.
Falam em agrotóxicos, mas a floresta plantada consome 7 vezes menos do que qualquer cultivo anual.
Engraçado é que meia dúzia de ambientalistas barulhentos se unem ao MST, notório degradador do ambiente.
Os assentamentos ocupam 77 milhões de hectares no país, o equivalente a 10% do território brasileiro. Certamente nestas áreas existe grande produtividade agrícola e respeito ambiental, não é...
A empáfia dessa turma é tanta que se recusa a aceitar o termo "floresta plantada". Chegaram ao cúmulo de reunir dois ou três cabeludos para ir à FAO pedir a substituição deste termo. Como a FAO não nasceu ontem, mandou eles plantarem batatas.
ZéMané
Postar um comentário