Esta, realmente, é ótima! O Governo do Estado não ouviu Porto Alegre sobre o plantio de eucaliptos na Metade Sul do RS!
Sobre a reunião em Santa Maria: Os estudantes críticos das plantações de eucalipto, ao entrarem com nariz de palhaço, foram fortemente vaiados e tiveram que retirar seus narizes por ordem do condutor da audiência. Os ambientalistas pediram, então, que os bonés brancos com a frase ‘A Força traz o verde’ fossem retirados também, o que não foi acatado.
Os estudantes de Santa Maria, preocupados com o plantio de eucaliptos na Metade Sul? Será que eram do curso de engenharia florestal?
O Pobre Pampa é contrário ao tipo de manifestação desenvolvido pela Força Sindical. Mas a Metade Sul conhece bem este sistema de pressão, pois vivenciamos isto durante o OP do Governo Olívio. É difícil provar do próprio veneno...
O que não está na matéria e ninguém diz, é que a proposta de zoneamento é falha em termos legais e técnicos. Dito por um grupo técnico da SEMA, nomeado ainda pela antiga secretária e cujo parecer está no site da SEMA. Incrivelmente, a FEPAM, com seu excelente quadro técnico, utilizou dados de evapotranspiração da Amazônia para calcular a demanda hídrica das florestas plantadas de eucaliptos. Usou a precipitação média de Bagé, sabidamente a cidade com maiores problemas hídricos da Metade Sul, extrapolando estes dados para toda a Metade Sul. Ou seja, utilizou-se de dados errados conscientemente. Dá para confiar neste trabalho?
Imagem: Skrik (O Grito) de Edvard Munch, pintura de 1893, que retrata a suprema angústia, com todo o cenário distorcido, à exceção da ponte de concreto. Genial!
7 comentários:
Li a reportagem da ecoagência e é realmente de dar barrigadas. Uma funcionária da FEPAM (que estava em todas as reuniões) estranhou que outras pessoas estivessem, igualmente, em todas as reuniões. Lembra das caravanas do OP? Ali valia. Nada como provar o próprio veneno. Eu acho que a Ação Sindical exagerou. Acharam que o capital internacional representado por algumas ONGS e pela Via Campesina iria ser fortemente representado. Não foi. Quanto aos narizinhos eu acho que deveriam ter sido permitidos. Hoje em dia no Brasil, dos Calheiros, Vavas, Lulinhas, Lula e companhia, deveria ser artigo de uso cotidiano.
A de querer uma consulta pública em Porto Alegre é brilhante. Por que não na Bahia? Os baianos certamente seriam contra os eucaliptos na Metade Sul. Quem sabe os gauchos não mandavam mais alguns empregos para eles.
Foi muito estranho a Via Campesina, o MST e outros não terem comparecido às audiências em massa! Terá faltado grana? Ou talvez os financiadores deles não sejam assim tão contra os eucaliptos...
E os narizes foi grande bobagem terem proibido. E fico pensando se nós, estudantes dos anos 60, teríamos tirado...
Claro que não teriamos tirado os narizes Pobre Pampa. Nós eramos radicais. Mas quem é contra árvores pode ser tudo, menos radical.
(Não preciso dizer isto para os teus 10 leitores mas em todo caso lá vai: radix - raiz - radical)
Um comentário mais. Uma vez tive um debate panfletário com o diretor da instituição pública em que eu trabalhava na época do PT. Ele me acusou de, num artigo que escrevi, utilizar as técnicas descritas por Schopenhauer em seu trabalho: Como Vencer uma Discussão sem ter Razão. O dito trabalho é mais conhecido pela tradução interpretada feita por Olavo de Carvalho. Depois eu provei que quem usava estas técnicas era ele e seu partido. O livro é interessante mas a edição está esgotada há muito tempo e eu imagino por quem. Pois os amigos do Eco usam uma das técnicas que é desqualificar a idéia aplicando-lhe um nome pejorativo. Falam em "papeleiras" para transferir para as empresas todo o sentido negativo que é dado a discussão Argentina X Uruguai. Muito espertos estes meninos.(E aqui eu uso uma das técnicas do Schopenhauer)
E para encerrar, o título desta postagem chama Fernando Pessoa."-Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."
Hoje estive na UFSM, onde transcorria um forum sobre florestamento, promovido pelos alunos do curso de eng. florestal. Eles estavam na audiência pública, com os bonés brancos. Os com nariz de palhaço eram do curso de biologia...
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