segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Brasil - especialista em asilos

Micheletti foi fundo e declarou: "O governo, até o dia de hoje, respeitou o estatuto internacional da representação brasileira em Honduras. Isso, em que pese o Brasil não estender esta cortesia e reconhecer o governo constitucional de Honduras"... "Faço um chamado ao governo do Brasil a que respeite a ordem judicial ditada contra o Senhor Zelaya, entregando-o as autoridades competentes de Honduras"... "os olhos do mundo estão sobre o Brasil e também sobre Honduras. Não deixemos que as paixões de uns poucos manchem a reputação e a imagem de nossa gente. O problema que foi apresentado para Honduras é de natureza interna e deve ser resolvido pelas autoridades hondurenhas."

A vergonhosa participação brasileira neste episódio supera em tudo o que já foi feito em termos de relações internacionais pelo Itamaraty neste governo. Trata-se de uma ingerência direta em um terceiro país onde, mesmo não reconhecendo o governo atual, tem um espaço diplomático. Que tivesse se retirado de Honduras, então.

Não se trata, obviamente, de receber alguém que foi destituído e ainda está no país buscando salvar-se. Isto seria uma ação humanitária. O que aconteceu, no entanto, foi que Zelaya retornou clandestinamente ao país e buscou asilo no lugar onde sabia que seria recebido com honras. Agora, a conta do vago vai ser nossa, e ele não se contenta com pouco. Cama, comida e roupa lavada.

Não bastasse esta vergonha, o Itamaraty ainda quer que o governo de Micheletti garanta a segurança da embaixada brasileira e, consequentemente, de Zelaya! Pois deveriam deixar toda a região despoliciada. Ele que se aguente com seus parceiros.

Imagem: Dida Sampaio, do Estadão - cara de tacho!

2 comentários:

charlie disse...

O Amorim se adiantou dizendo que o do bigode chegou até o local por meios próprios. Nós só precisamos acreditar.

José de Araújo Madeiro disse...

PoPa,

Zé da Laia esteve no Brasil, acertando os detalhes de apoio para invasão.

Lula está por trás de tudo, inclusive com Hugo Chaves.

Precisamos dar apoio ao povo de Honduras e trabalhar por eleições breves, para ter um novo presidente, eleito pelo povo.

Antes que esse Amorim Boca-torta no meta numa situação mais complicada.

Seria oportuno que a UNOAMÉRICA se manisfestasse em favor do Michelleti, o quanto antes.

Att, Madeiro