Em suas leituras matinais, o PoPa leu, no Estadão, que Micheletti teria dito que vai renunciar temporariamente ao governo. O PoPa foi buscar outras fontes e leu, no El Heraldo, a íntegra da declaração do presidente hondurenho, onde ele fala em ausentar-se temporariamente do exercício das sua funções públicas entre 25 de novembro e 2 de dezembro.
Bem, há uma clara distorção do realmente ocorrido, já que em nenhum momento na declaração do presidente, ele fala em renúncia temporária. Esta é uma interpretação feita para levar o leitor a conclusões erradas, deliberadamente. Qual o propósito?
Atualizando: Zelaya quer que as eleições sejam adiadas. Para quê?
Mostrando postagens com marcador honduras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador honduras. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
E Zelaya?
Pois o congresso hondurenho decidiu que vai analisar a situação do golpista somente após as eleições, fazendo com que o clima eleitoral seja bem mais tranquilo. Pensaram bem, os deputados hondurenhos. Zelaya tentaria - e vai tentar, de qualquer maneira - tumultuar o processo eleitoral, que está consolidado.
Mas, como tem dito o PoPa, já está mais que na hora de Honduras traçar seu destino, produzir riquezas e deixar de viver de esmolas. Não fica bem para um país depender da boa vontade internacional. Que os países agreguem conhecimento ao povo hondurenho, que criem condições de sustentabilidade da sociedade hondurenha. O PoPa espera que o próximo governo tenha isto em mente.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
O Futuro de Honduras
A OEA está dizendo que não irá avaliar as eleições de Honduras, assim como Chávez e os outros bolivarianos. O Brasil também afirma que não irá reconhecer as eleições, embora elas tenham sido programadas ainda no governo anterior e sejam necessárias para acabar com a crise. A ser considerada a tese de que não podem existir eleições em governos de excessão, o Brasil está com um problema, pois a eleição de Sarney - e todas as seguintes, por consequência - não têm valor algum. Claro que isto é uma solene bobagem. Aqui e lá.
Zelaya avaliou mal a situação, achando que os gringos iriam lamber suas botas e seus representantes assinaram um acordo com tudo que ele exigiu, incluindo a decisão do congresso para seu retorno. Danou-se, porque não leu o que assinou.
Como o reconhecimento do novo governo por Obama, os países que realmente importam no mundo, irão reconhecer também. Talvez seja bom para Honduras, sair do berço protegido dos companheiros bolivarianos e tratar de produzir para sair da miséria. Viver de esmolas do resto do mundo não é uma boa estratégia de desenvolvimento...
Zelaya avaliou mal a situação, achando que os gringos iriam lamber suas botas e seus representantes assinaram um acordo com tudo que ele exigiu, incluindo a decisão do congresso para seu retorno. Danou-se, porque não leu o que assinou.
Como o reconhecimento do novo governo por Obama, os países que realmente importam no mundo, irão reconhecer também. Talvez seja bom para Honduras, sair do berço protegido dos companheiros bolivarianos e tratar de produzir para sair da miséria. Viver de esmolas do resto do mundo não é uma boa estratégia de desenvolvimento...
domingo, 1 de novembro de 2009
Honduras e as declarações d"o cara"
Se ficasse pela imprensa brasileira, tudo bem, pois nosso povo já está acostumado às declarações furadas e sem ligação com a realidade. Mas saiu no El Heraldo: "O senso comum prevaleceu, que é fazer um acordo, convocar eleições em Honduras e voltar à normalidade". Convocar eleições???? Que papo esquisito é esse? As eleições estão programadas e marcadas há muito tempo, como determina a constituição hondurenha. Ou ele estaria sugerindo convocar novas eleições, com a tal quarta urna?
sábado, 17 de outubro de 2009
Negociação em Honduras
De volta à mesa de negociações, depois de um teatrinho de abandono, os representantes de Zelaya declararam que não querem que seja a justiça daquele país a analisar - sob a ótica das leis [deles] - a volta de Zelaya ao poder. "a restituição deve ser discutida no congresso e não na suprema corte" disseram. A diferença é que em um lugar a lei teria que ser cumprida e no outro, a política seria o mote.
sábado, 26 de setembro de 2009
Máscaras contra gases venenosos...

Ontem, novamente ele chamou seus seguidores a manter a "resistência", o que equivale dizer, saques, baderna, conflito. O uso de nossa embaixada como quartel general de um lunático que quer promover a guerra civil por lá. Precisa traduzir? "Exhortamos (a) la resistencia a mantener la batalla hasta que juntos, pueblo y presidente, logren las reformas constitucionales y la caída de los usurpadores".
Reparem que ele não abandonou a idéia de modificar a constituição para manter-se no poder, usando as mesmas táticas chavistas das "consultas populares".
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Diplomacia do cara
O PoPa tem lido muito sobre a atuação do chanceler brasileiro e sobre suas mancadas diplomáticas. Mas o cara resolveu falar e quando ele fala sem o teleprompt é um grande problema. Ele declara que não tem nada a falar com o governo interino de Honduras, que não foi democraticamente eleito.
Como ele pretende que o Brasil seja um mediador de uma crise séria, se não quer conversa com o governo interino e deixa o ex a fazer comícios e pregar luta armada em nossa própria embaixada?
Claro que na cabeça privilegiada d'o cara, o governo de Raúl Castro é que é democrático e foi eleito diretamente pelo povo cubano. Estranho? Nem tanto, esta é a realidade latinoamericana. Provavelmente é o que ele realmente acredita.
Como ele pretende que o Brasil seja um mediador de uma crise séria, se não quer conversa com o governo interino e deixa o ex a fazer comícios e pregar luta armada em nossa própria embaixada?
Claro que na cabeça privilegiada d'o cara, o governo de Raúl Castro é que é democrático e foi eleito diretamente pelo povo cubano. Estranho? Nem tanto, esta é a realidade latinoamericana. Provavelmente é o que ele realmente acredita.
Zelaya: Eles estão me torturando!

O jornal também faz um comentário sobre a situação hondurenha: Micheletti tomou o lugar de Zelaya, após os militares, executando uma ordem da Suprema Corte, retirorem Zelaya de sua casa e forçando-o ao exílio. Os militares, o congresso, a Suprema Corte e os líderes empresariais apoiaram a deposição, arguindo que Zelaya estava conduzindo um plebiscito ilegal que, eles temiam, conduziria Zelaya para a reeleição. (original aqui) Nunca é tarde para reafirmar que, em Honduras, há uma cláusula pétrea da constituição, que proibe a reeleição. E por que isso? Porque Honduras saiu de uma ditadura e as pessoas entenderam que as reeleições poderiam fazer o país retornar a uma situação que eles não querem.
Imagem: Zelaya sendo torturado na embaixada brasileira
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Brasil - especialista em asilos
.jpg)
A vergonhosa participação brasileira neste episódio supera em tudo o que já foi feito em termos de relações internacionais pelo Itamaraty neste governo. Trata-se de uma ingerência direta em um terceiro país onde, mesmo não reconhecendo o governo atual, tem um espaço diplomático. Que tivesse se retirado de Honduras, então.
Não se trata, obviamente, de receber alguém que foi destituído e ainda está no país buscando salvar-se. Isto seria uma ação humanitária. O que aconteceu, no entanto, foi que Zelaya retornou clandestinamente ao país e buscou asilo no lugar onde sabia que seria recebido com honras. Agora, a conta do vago vai ser nossa, e ele não se contenta com pouco. Cama, comida e roupa lavada.
Não bastasse esta vergonha, o Itamaraty ainda quer que o governo de Micheletti garanta a segurança da embaixada brasileira e, consequentemente, de Zelaya! Pois deveriam deixar toda a região despoliciada. Ele que se aguente com seus parceiros.
Imagem: Dida Sampaio, do Estadão - cara de tacho!
domingo, 20 de setembro de 2009
Honduras e a resistência
Micheletti declarou, neste sábado, que não vai revidar se os EUA invadirem Honduras, mas que lutará até a última gota de sangue se algum outro país ousar isto. Micheletti sabe que não corre o risco de uma invasão americana, mas não descarta que isso ocorra com os bolivarianos de plantão.
Enquanto isso, Obama fica em cima do muro, ao ser questionado se reconheceria o governo que será eleito em novembro. Ele quer que Zelaya volte ao poder. Os esquerdistas, novos adeptos do Zelaysmo - eleito pelo conservador Partido Liberal - não querem participar do evento, para negar-lhe confiabilidade. O que eles não dizem, é que não tem a mínima chance de ganhar estas eleições. Foi como se o povo hondurenho tirasse das mãos dos bolivarianos, um pedaço - muito pequeno - da torta na qual eles se lambuzam.
Enquanto isso, Obama fica em cima do muro, ao ser questionado se reconheceria o governo que será eleito em novembro. Ele quer que Zelaya volte ao poder. Os esquerdistas, novos adeptos do Zelaysmo - eleito pelo conservador Partido Liberal - não querem participar do evento, para negar-lhe confiabilidade. O que eles não dizem, é que não tem a mínima chance de ganhar estas eleições. Foi como se o povo hondurenho tirasse das mãos dos bolivarianos, um pedaço - muito pequeno - da torta na qual eles se lambuzam.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Honduras 1x0 ONU

Urbizo, o Embaixador (poderia colocar todas as letras maiúsculas, pois este não envergonha sua pátria) perguntou se era uma intimidação ou uma ameaça, ao que o presidente respondeu que era uma "simples medida de segurança". Urbizo replicou que eu não estou ameaçando, não estou pondo em risco sua segurança, me parece que são medidas infantis que estão adotando. E se retiraram os seguranças. Isto foi após a reunião ter acabado.
Portanto, a tal comissão de direitos humanos (da qual Cuba faz parte!), não expulsou o Diplomata Urbizo, pois Honduras não faz parte da tal comissão. E a reunião já havia acabado quando o presidente, atendendo pedido dos embaixadores (estes, minúsculos, não somente na grafia) do Brasil, Argentina e Cuba, colocou seguranças ao redor dele. Talvez para segurança do próprio Urbizo. Sabe-se lá o que aqueles pequenos embaixadores poderiam fazer com o coitado...
"Yo represento a mi país y a mi pueblo y no hay razón para que no participe en los trabajos del Consejo"
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Zelaya já aceita voltar com restrições
Zelaya, que era contra o acordo de San Jose, agora quer voltar, mesmo com as condicionantes definidas pelo tal acordo. Isso quer dizer, ser recolocado no poder mas anistiar os "golpistas", manter um governo integrado com eles e desistir da consulta popular. É uma fragorosa derrota mas, mesmo assim, os hondurenhos não parecem estar dispostos a recebê-lo de volta. Uma comissão da OEA está no país e já conversou com os tribunais de justiça e eleitoral, com a igreja Católica, com o parlamento e, em todos os lugares, apenas a confirmação de que ninguém quer Zelaya de volta. Vamos ver como será o relatório final desta gente bolivariana.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Papo de democratas

Assistindo agora, na Globo News, o PoPa ouviu "analistas" falando em elites, democracia, governo golpista, mas nenhuma palavra sobre a feroz ingerência de Chávez no continente. Nada sobre a ditadura cubana nem sobre o financiamento das farc para os bolivarianos. Mas, claro, isso não é do interesse do povo brasileiro.
Segundo a Reuters, depois de estacionar, [Zelaya] caminhou alguns metros dentro do território hondurenho, em um gesto simbólico, e voltou. Helicópteros militares hondurenhos sobrevoavam a zona. A mostra da CNN e da Globo News dava a entender que Zelaya ficou todo o tempo dentro de Honduras e que os militares não tiveram coragem de prendê-lo.
Ainda segundo a Reuters, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, José Miguel Insulza, disse que a decisão de Zelaya era "apressada", e lembrou que o governo interino ainda não comunicou oficialmente a sua rejeição do acordo proposto por Arias, que deve ser discutido na segunda-feira pelo Congresso de Honduras. Até tu, Insulza?
Enquanto isso, na festa, ops, reunião da cúpula do Mercosul, estas preciosidades:
"Honduras é uma ferida aberta na democracia da região", disse Lugo. "Não vamos aceitar nenhuma eleição convocada por esse regime." Na verdade, as eleições não foram convocadas por este "regime golpista", mas já estavam programadas. De fato, o que Zelaya queria era exatamente burlar estas eleições, candidatando-se também, o que é proibido por lá. Talvez seja por isso que Cuba não faça eleições, pois não seriam aceitas por este grupelho...
"A origem desse golpe é a presença militar norte-americana em Honduras e temos prova disso", disse Morales. Carajo! Se tem provas, por que não as mostra???
Imagem: (REUTERS/Oswaldo Rivas) Zelaya cercado por policiais nicaraguenses. Estaria ele correndo riscos no lado de lá?
domingo, 5 de julho de 2009
Venga con quien venga!

É uma saída interessante para todos e até honrosa para o defenestrado, que poderá dizer que tentou...
Assinar:
Postagens (Atom)