Mas o que entristece o PoPa são os argumentos utilizados na crítica ao STJ. Dizer que as menores foram obrigadas a se prostituir por uma questão de sobrevivência, é o mesmo que dizer que, fora da prostituição, não conseguiriam sobreviver. Não seria o caso de rever a obstinação de tantos ao ECA e ao chamado trabalho infantil? Impedidas de trabalhar em qualquer outro local, a estas jovens só sobrou a prostituição. Talvez também trafiquem drogas, pois para isto não precisa carteira de trabalho...
Precisamos rever o ECA, para que crianças em condição de risco, possam trabalhar em serviços leves, possam aprender um ofício, possam garantir sua sobrevivência fora da prostituição e das drogas. Enquanto a sociedade hipocritamente imagina um cenário ideal, basta condenar os que não se enquadram nele para que tudo pareça bonito. A realidade, contudo, é perversa e quem sai perdendo, sempre, são os jovens.
Condenar os clientes? Sem dúvida! Como deveriam ser condenados os usuários de drogas. Não existe mercado sem consumo!
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