Paulo Paim, senador pelo Rio Grande do Sul, é um dos adeptos da teoria de acabar com o senado federal. Já foi mais, antes de ser senador, mas não contraria a idéia, atualmente. Contudo, disse na ZH de hoje, que a solução seria mudar o sistema de elaboração do orçamento da União. "É ali que entra a corrupção. Todos os escândalos, como o mensalão, passam pelo orçamento". Paim parece acreditar que todos os políticos são corruptos, é só dar oportunidade a eles... E, enquanto isso, Renan Vacalheiros está firme na sua defesa. Os senadores vão investigar o crescimento de seu patrimônio. Afinal, se o cara é senador em tempo integral, como pode ser, também - e só depois que virou senador, um empresário de tanto sucesso? Aliás, isto seria bem interessante: analisar a evolução patrimonial (ou os sinais exteriores de riqueza) de todos os políticos brasileiros ou, pelo menos, os que alcançam os maiores cargos. O que acham disso?
Imagem: Clarabela (Carolyn Cow), de Walt Disney. Uma vaca pra lá de conservadora, pertencente à uma entidade chamada Preservação da Moral de Patópolis. Certamente, ficaria horrorizada com o que seus parentes estão aprontando na propriedade do senador.
5 comentários:
Estou aderindo a campanha do Fora Senado.
Pobre Pampa eu acho a campanha meritória mas existem alguns riscos. Nós estamos todos vendo que o senado é corrupto, certo? Que a camara dos deputados idem, certo? Que o judiciário está começando a mostrar suas mazelas, seus compadrios, seu nepotismo, certo? Que até a assembléia do Rio Grande está com um rolo esquisito no correio, certo. Sobra quem? Nosso guia. Aquele em que nada cola. Será que é por ai? As instituições tem que ser mantidas, vamos é dar um jeito de renovar este congresso na próxima votação. E ai cabe a imprensa um papel muito sério.
Concordo, em parte, com tua argumentação. Mas, a campanha é para acabar com o estado bicameral, por estar exaurido e sem propósito. Os senadores em nada ajudam a república. Se é para ficar com corruptos, ficamos só com os deputados, que podemos trocar a cada quatro anos. E, enquanto existir a centralização do poder em Brasília, com a conseqüente centralização da grana, acho que não temos saída. Uma reforma política feita por políticos, não tem futuro. Uma restauração do princípio da igualdade representativa, não passa pelos coronéis do nordeste, que mandam em Brasília.
Pelo menos, acabar com o senado já seria um início. Já pensou na economia que se faria sem aquela montanha de gente? Claro que eles dariam um jeitinho de se acomodar por lá mesmo, mas é um começo...
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