terça-feira, 31 de março de 2009

Aviso aos fumantes de oposição!

Deixem de fumar e ferrem o governo!

10 comentários:

PoPa disse...

Um detalhe que pode passar despercebido do grande público: a redução do IPI dos carro é temporária. O aumento do IPI dos cigarros, certamente, não! Alguém tem notícia do fato?

PoPa disse...

Um detalhe que pode passar despercebido do grande público: a redução do IPI dos carro é temporária. O aumento do IPI dos cigarros, certamente, não! Alguém tem notícia do fato?

Auber disse...

Parabenizo o dileto amigo pelo prêmio 31 de Março, concedido pelo nobre "general" Clausewitz, que reconhece o espírito de luta e perseverança de Pobre Pampa contra o desgoverno do Brasil.

Forte abraço!

Stenio Guilherme Vernasque da Silva disse...

Amigo!
Boa ideia.
Vou usar esse argumento para meus pacientes em tratamento anti-tabagismo.
É um grande "empurrão", ainda mais aqui, onde a cidade é conservadora. O Lula nunca ganhou aqui...
Abraços

Carlos Eduardo da Maia disse...

O Denis Rosenfeld fala sobre isso ( a hipocrisia do fumo) em artigo que escreveu na Folha de hoje.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Artigo do Rosenfield hoje na Folha, o título é Formação da Opinião Pública.

RESTRIÇÕES crescentes à liberdade de escolha no Brasil colocam uma série de questões relativas à formação da opinião pública e aos consensos estabelecidos que são, em boa parte dos casos, de natureza ideológica e política, e não científica.
O caso dos fumantes passivos é um bom exemplo disso, na medida em que não há evidências científicas que sustentem o nexo causal entre o câncer de pulmão e os que estão expostos ao fumo alheio. Os estudos são extremamente inconclusivos a esse respeito, não podendo, portanto, respaldar uma política de saúde pública.
O livro de Geoffrey C. Kabat, "Hyping Health Risks. Environmental Hazards in Daily Life and the Science of Epidemiology" (Enganos públicos de riscos para a saúde. Riscos do meio ambiente na vida cotidiana e a ciência da epidemiologia), de 2008, é uma excelente contribuição para esse debate. Ele incide sobre uma discussão atual sobre a proibição de fumo em ambientes fechados e mesmo públicos, independentemente da separação entre fumantes e não fumantes, como se estes estivessem expostos aos mesmos riscos daqueles.
Fumantes e não fumantes devem ser preservados, cada um em suas escolhas, um não interferindo na do outro. Ambientes exclusivos em restaurantes e bares ou locais reservados para os que gostam de fumar são a melhor opção para os que prezam a liberdade de escolha. A campanha, porém, acaba ganhando tais contornos, com leis sendo discutidas em âmbitos federal e estadual, além de atos administrativos do Ministério da Saúde e seus órgãos, que se torna uma espécie de cruzada, em que a luz da razão é ofuscada e a crença dogmática ganha primazia.
O nó da questão reside na formação da opinião pública. Os formadores de opinião antitabagistas e os agentes públicos tornaram a sua campanha uma questão de ativismo político, recusando quaisquer opiniões que contrariem as suas crenças.
Antes de qualquer conclusão científica, estabelece-se um consenso do ponto de vista da opinião pública, toda posição contrária vindo a ser considerada uma espécie de anátema. A questão do fumo acabou se tornando uma espécie de pivô do ponto de vista ideológico, sustentando ações politicamente corretas que servem de base tanto para coibir a liberdade de escolha quanto para aumentar o poder de ingerência do Estado na vida privada e consolidar crenças sem bases científicas.
Estamos, no dizer de Kabat, diante de um novo macarthismo na ciência, produto de um consenso ideológico que termina por se impor sobre o consenso científico. Ele se traduz também por perseguições, silêncios e severas acusações contra os que não compartilham de suas crenças dogmáticas. Vozes discordantes são consideradas inválidas, pois "defenderiam a indústria fumageira", não dando lugar a uma discussão sobre o mérito, sobre a verdade. O maniqueísmo é total: trata-se de uma luta do bem contra o mal.
O que está em questão é a posição ideológica, e não o debate racional. Estamos diante de uma mentalidade autoritária que procura, de qualquer maneira, fazer avançar as suas propostas, tanto mais perigosa na medida em que se abriga sob o manto da ciência, do bem e do politicamente correto.
A opinião pública funciona como um jogo de espelhos, onde confluem percepções dos mais diferentes tipos, podendo ou não corresponder à verdade. No que diz respeito à incidência do câncer de pulmão em fumantes passivos, observamos como ilações meramente associativas, sem nexo causal, começam a ser tidas por verdadeiras, impulsionando agências governamentais a adotar uma determinada política.
O consenso científico é muito diferente do consenso público. Por exemplo, um fumante passivo, segundo distintos estudos, inalaria o equivalente a sete cigarros por ano, o que é absolutamente insignificante em termos de saúde pública.
Na verdade, estamos trabalhando com o que se pode considerar um paraconhecimento, um conjunto de crenças que passa a ser o discurso dominante, orientando políticas e o comportamento de cada um. Uma mera hipótese de trabalho torna-se a prova absoluta de um perigo real, existente, falseando, dessa maneira, as condições mesmas do trabalho científico.

Rejane (Mel) disse...

Perfeita lembrança!
Sou fumante pq gosto (além do vício) mas esta seria uma ótima motivação pra parar de fumar: ferrar com o desGoverno que só sabe aumentar impostos, cada vez mais!

Cortaram algum centavinho de gasto da "máquina"? Não é? O povo que pague, sempre.

Rejane (Mel) disse...

PoPa,

Postei sua "idéia" na FL do Orkut e está tendo adeptos... ;)
Num esforcinho, os fumantes podem diminuir o consumo e ferrar com esses crápulas mesmo.
Só não se sabe onde vão atacar o nosso bolso da próxima vez...

Rejane (Mel) disse...

Mais comments no blog:

http://blog-bymel.blogspot.com/2009/04/o-imposto-para-fumantes.html

PoPa disse...

Rejane, obrigado pelo apoio à idéia. Teu blog tem muito mais gente que os dez leitores do PoPa!