sábado, 11 de abril de 2009

THC & FHC


Pois não é que FHC resolveu voltar à mídia com uma proposta bombástica? Agora, a sumidade quer que a maconha seja liberada, com os velhos argumentos de que não faz tanto mal, que o combate ao tráfico está sendo perdido, que isso que aquilo...

Ora, em um momento em que até o fumo sofre uma campanha acirrada contra o seu consumo, como querer liberar a maconha? O fumo faz muito mal a quem fuma, a maconha faz muito mal à sociedade onde está inserido o consumidor, pois seu princípio ativo, o THC não é inofensivo como a nicotina, já que altera o estado mental do usuário. Há quem diga que o álcool causa mais danos à sociedade. Sem dúvida! E não seria por que é liberado? Liberar-se a maconha não levaria aos mesmos efeitos, a longo prazo? Sem o risco de ser preso ou até mesmo isolado da sociedade, o maconheiro se sentiria livre para seu consumo...

FHC perdeu outra grande oportunidade de ficar quieto. Por que não fala da crise mundial, dos problemas do governo federal, que tanto conhece? Por que não dá uma contribuição decente para o futuro destepaís?

Imagem: Charge do Ique - peguei daqui

6 comentários:

Diego disse...

Acho que a idéia de legalizar é interessante, mas impraticável no Brasil. A idéia é que legalizando se controle o consumo... Só que não se consegue fazer isso nem com o álcool (que é, sim, bem mais perigoso!)

Antes de começarem a discutir legalização de maconha, tinham que tentar criar maneiras de se controlar consumo de álcool. Colocando gente com bafômetro na porta de festas e, no caso de Pelotas, em postos de gasolina e em qualquer lugar que se consuma álcool. Isso seria um bom começo. Mas só um começo.

Com essa experiência bem amadurecida acho que poderia se extender isso a qualquer tipo de droga que altera o estado mental do sujeito. Quer cheirar, injetar, comer, beber qualquer uma dessas porcarias? Então faz isso dentro 'dessa sala' fechada e fica aí até recuperar a sanindade.

Claro, boa parte dos problemas de drogas vem quando o dependente precisa de dinheiro pra suprir o vício. O tal do 'controle' teria que abranger esse aspecto também. De alguma maneira... :P

Charlie disse...

Como assim? Transformar cerveja e vinho em substâncias clandestinas sob a alegação de que são prejudiciais a saúde? Vamos mais longe, então: vamos criar uma Comissão de Proteção a Saúde do Consumidor e banir todas as substâncias com potencial para prejudicar a saude de nossos pagadores de impostos. Ora, que absurdo.

Com proibição ou sem proibição estas coisas continuarão a ser consumidas pela população, com a diferença de que jogaremos na clandestinidade e no submundo do crime pessoas comuns que em princípio pagariam impostos para consumir estas mesmas coisas.

A indústria tabagista é uma das que mais contriubui com o cofrinho público e, por consequencia, praticamente anulam os gastos com saude publica que os dependentes promovem. O mesmo nao ocorre com a maconha demais drogas. Só quem ganha com o tráfico são os traficantes. O sistema publico continua tratando os viciados, e o que poderia ser arrecadado em impostos vai parar no bolso do que há de pior em nossa sociedade.

Concordo com FHC. Mas acho que podemos ir mais longe e liberar todas as drogas, exceto as extremamente violentas como o crack, merla e afins. Controlar a produção, comércio e consumo.

Os que quiserem morrer, que fiquem à vontade.

PoPa disse...

O problema é o custo disso para a sociedade que não cheira, não fuma nem bebe. Depois, quem tem que manter vivo, pagar remédios e internações é a sociedade! Se querem liberar, que o vivente assine um documento dizendo que dispensa toda e qualquer assistência oficial. Que a conta saia do seu bolso ou de sua família.

Charlie disse...

Mas o que é arrecadado em impostos da indústria tabagista, e todos sabem que não é pouca coisa (além de gerar quase 2 mihões de empregos diretos e indiretos) cobre os gastos com saúde de seus viciados e provavelmente ainda gera algum excedente.

A lógica da coisa é gerar uma indústria com o que hoje é ilícito. Criar empregos e arrecadar bufunfa. De quebra, ainda enfraquecer o crime organizado e promover a liberdade individual.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Eu concordo com FHC acho que a atual política de criminalização não adianta absolutamente nada. E é uma insensatez colocar um viciado ou usuário de maconha no presídio. Como disse o Charles, com proibição ou sem proibição ela vai continuar sendo consumida. Aliás, o assunto é parecido com o aborto, que também é criminalizado e é feito em todos os lugares.

Diego disse...

O usuário que se exploda. A preocupação é com quem não é usuário, e por isso eu sempre bato no álcool. Esse sim, representa um risco a sociedade!