domingo, 10 de maio de 2009

Reforma Política

Muito se tem falado na tal da reforma política, mas o pior de tudo é que tem muita gente insistindo no voto em lista. O PoPa sabe bem a quem interessa este tipo de votação - aos que já estão arraigados em algum cargo eletivo. Com isso, eles teriam "preferência" sobre os novos candidatos, perpetuando a permanência dos caciques, mesmo que o eleitor assim não queira. Seria algo como um Sérgio Moraes sendo reeleito deputado, mesmo que o povo de Santa Cruz caia na real e ache melhor que ele "se lixe"!

Bem, mas o PoPa também acha que o voto em lista poderia ser uma ação interessante, desde que algumas medidas fossem adotadas juntamente com ele:

  • Não reeleição no mesmo cargo eletivo para todas as instâncias. Assim, um vereador poderia candidatar-se a deputado estadual, um estadual poderia tentar a câmara federal e este o senado. Mesma coisa para o executivo: um prefeito poderia tentar o governo do estado e o governador poderia tentar a presidência. Nada de repetir o mandato no mesmo lugar. Poderia tentar voltar, após um mandato fora.
  • Já que o voto é obrigatório, todo eleitor deveria ser obrigado a associar-se a um partido e participar das eleições para os diretórios municipais. Estes, escolheriam, por voto obrigatório, livre e secreto, os delegados para escolherem os diretórios estaduais e federal. E quem tivesse mandato nos diretórios não poderia candidatar-se a um cargo eletivo, seja ele qual fosse.
  • Todos os cargos deveriam ter o mesmo período de mandato e eleger-se exatamente na mesma eleição. A eleição para os diretórios seria no intermeio deste período, controlada pelo TRT, como uma eleição comum.
Para começar, estaria de bom tamanho... as listas seriam feitas por representantes da população local, sem grandes riscos de eleições eternas. Não é o ideal, mas aproximaria o povo de seus eleitos.

2 comentários:

Laguardia disse...

Na minha opinião o melhor seria o voto distrital. Nada de voto distrital misto. O voto distrital puro.

Ou seja Belo Horizonte por exemplo, se tem direito, pelo número de eleitores, de eleger três deputados federais, a cidade seria dividida em três distritos e os distritos votariam em seus candidadatos. Um candidato do distrito norte, por exemplo, não poderia receber votos do distrito sul.

Isto faria com que o parlamentar ficasse mais próximo de seus eleitores e este poderiam cobrar dele com mais enfase, e ele saberia que teria de se lixar para aquele distrito.

Outra coisa é determinar que o peso dos votos seja igual. Ou seja, se for um deputado para cada 500 mil votos, o estado com 500 mil eleitores elege apenas um deputado e o estado com 5.000 eleitores elege 10 deputados. Hoje há um número mínimo de deputados por estado.

Voto em lista é anti democrático e só perpetua as maracutaias

PoPa disse...

Também acho o voto distrital puro o mais adequado. E que a proporcionalidade seja respeitada, pois atualmente, um voto do Acre vale uns 13 paulistas...