No Estadão online, o PoPa leu números interessantes:
83 diasde trabalho na Câmara desde a volta do recesso
4 projetos de leiforam votados nesse período
12 medidas provisóriasforam apreciadas pelo plenário
2 sessõesapenas não estiveram obstruídas por Mps
E aí, cambada? Não vão trabalhar????
Esta história das obstruções por MPs já deveria ter tido um fim. Afinal, estamos em uma democracia, em que os três poderes deveriam ter igual presença na vida dos brasileiros, cada um na sua especialidade. Mas temos um executivo e um judiciário legislando, também, enquanto o legislativo fica embasbacado com crises e embolado com MPs. E nada faz para melhorar isto. Afinal, eles mesmos poderiam fazer uma lei para trancar um pouco estas MPs. Trancar totalmente, aliás, pois MP não tem sentido para existir, a não ser em caso de guerra ou conflito social muito grande.
Por exemplo, a proibição da venda de bebidas às margens das rodovias federais, veio por medida provisória. Precisava? Era urgente? E a criação do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, feito sem discussão com a comunidade científica, apenas com uma MP? Talvez arrumando cargos para a cumpanherada...
Enfim, temos, com a possibilidade clara do executivo legislar em qualquer assunto, a qualquer hora, uma democracia? Os demais representantes do povo tem sua voz alterada, presa, deturpada por este engenhoso sistema de legislativo executivo, o que leva o PoPa a pensar que não estamos em uma democracia de direito.
Qual é a definição de "ditador"? Aquele que dita as regras? Bem, temos um presidente que dita as regras abertamente, sem interferência do legislativo nem do judiciário. Faz campanha política sem preocupar-se com a ética de seu cargo. Seu partido mantém laços espúrios com entidades que roubam o erário, invadem propriedades particulares, matam na defesa de seus interesses.
Podemos, quem sabe, classificar nosso sistema de governo como uma "ditabranda"...
E os sindicalistas latinos imaginam-se como parte do sistema que pode reprimir quem não fale igual a eles. Estudantes profissionais imaginam-se sendo sustentados pelo resto de suas vidas para apoiar este tipo de regime. Inveja! Os esquerdistas latinos têm inveja - não do povo cubano - mas dos que exploram este povo sob a alegação do “bem maior”.