terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Demissão involuntária

O Jornal do Comércio, que é leitura árida para quem não é do ramo, acabou de fazer a bobagem do ano:

"Santiago, Kayser, Moa, Agradeço o trabalho que fizemos em conjunto até agora e comunico que o JC está dispensando o serviço de vocês."

Ao contrário do que muitos blogs estão dizendo hoje, o JC não é a "grande mídia". É um jornal de segmento, lido apenas por empresários, economistas e outros chatos. Bom por lá, somente a coluna do José Simão (te cuida!) e as charges dos três demitidos, que lá estavam desde 2003.

Cada um deles ganhava R$ 504,00 mensais para uma charge diária. Ou seja, menos que cinquentinha por charge.

Mas não deixa de ser estranho o comportamento do jornal neste episódio, porque charges, em qualquer lugar do mundo, precisam ser de crítica, senão não tem graça nenhuma. Com a demissão, o jornal vai ficar chato, integralmente, não apenas parcialmente. O verdadeiro líder não se incomoda com este tipo de crítica e até o valoriza, pois é quase uma manifestação do inconsciente coletivo, uma catarse pública que, ao contrário do que pensam os editores do JC, serve para atenuar a pressão da crise.

Enfim, o PoPa se solidariza com os artistas e lamenta, pelo jornal e seu público, esta posição retrógrada, insensível e imbecil.

Imagem: do blog do Kaiser (http://blogdokayser.blogspot.com/)

3 comentários:

nedelande disse...

Eu gosto do Jornal do Comércio. Tem um crítico de cinema que é o melhor do Rio Grande do Sul. Os chargistas são (eram) dos melhores, também. O Santiago eu conheço pessoalmente e alem de um ótimo chargista é um grande cara. Bobagem do Jornal do Comércio, e das grandes. Espero que eles reconsiderem.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Deixei minha solidariedade ao Kayser. Discordo de sua linha ideologica, mas respeito o cara... Cineman, qualquer dia eu apareço lá....

nedelande disse...

Ola Maia, estou esperando. Até o final do mes, além dos filmes, estamos com uma mostra de charges muito boa que vale a pena ver.