sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Efeito "Tropa de Elite"

O PoPa leu, no site do Terra, uma notícia interessante:

As armas de fogo dos policiais brasileiros deverão ser substituídas pela conversa e a proximidade com a comunidade, e as viaturas, por bicicletas. É assim que o governo federal quer que ajam as polícias militar e civil de todo o País. Este é o conceito da polícia comunitária, carro-chefe das políticas federais para o combate à violência reunidas no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Afirma o diretor do Departamento de Pesquisa, Análise de Informação e Desenvolvimento de Recursos Humanos em Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, Ricardo Balestreri: No novo modelo, a arma de fogo continua sendo usada, mas não será predominante. "Vamos substituir por uma arma não letal, como um rádio comunicador para pedir ajuda".

O diretor lembra que o atual modelo de policiamento foi introduzido com o golpe militar em 1964. "O combate à violência não funciona sem respeito aos direitos humanos. Desde 64, temos modelos de policiamento que não são respeitadores, que tentam acabar com a violência através da bordoada, da prisão, da matança. Não dá certo combater os criminosos da mesma forma que eles, do mesmo jeito que eles fazem com a sociedade. A gente se assemelha a eles".

Não deixa de ser interessante, imaginar policiais cariocas subindo um morro, de bicicleta, armados de um rádio comunicador...

Mas, a idéia de uma
polícia comunitária é excelente, o que não quer dizer que vamos substituir a atual. Essa história de que este sistema foi introduzido em 64, é pura balela, uma mentira sem pé nem cabeça, já que tínhamos as polícias militar e civil há muito tempo. E funcionando praticamente como é hoje.

Ricardo Balestri é
professor de história e um dos formuladores e executores iniciais do Pronasci. Em um evento no Maranhão, disse: "Temos que criar a cultura da cidadania e retirar o discurso da vitimização. A polícia é fundamental para a democracia, mas não é o que a elite pensa. Os operadores de segurança não podem se tornar uma mera força de proteção das oligarquias", recomendou o professor Balestreri. Entenderam o pensamento do professor? Quem ele acha que é a vítima? A quem ele pretende proteger?

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu andava meio preocupado com o fato de que no proximo dia 6 eu receberei, após minha nomeação oficial como agente de Policia Civil, um obsoleto revólver calibre 38, com seis tiros.

Que nada! A depender deste cidadão, eu deveria estar é bem contente, já que a arma ideal do policial com consciência social é um radio comunicador.

Oh céus!

nedelande disse...

Cambio. Estão atirando em mim. O que eu faço? Jogo o rádio neles? Cambio.

PoPa disse...

O título do post, brinca um pouco com esta realidade, pois esta idéia é anterior ao filme. O filme apenas deverá servir para parametrizar (hehe, um termo petista!)as ações deste cidadão.

nedelande disse...

Falando sério agora. No filme Tropa de Elite uma das coisas que é deixada bem clara é que a proximidade com o criminoso leva à corrupção. O filme mostra didaticamente que o BOPE é mantido intencionalmente afastado do policiamento normal para evitar o contato com o contraventor. Ele só é chamado para a situação de confronto armado. Imagine esta policia comunitária o que vai dar. É muito bonito, esquerdo-politicamente correto mas tá na cara que não vai funcionar.