domingo, 31 de agosto de 2008
Vinhos e vinhedos
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
In vino veritas (???)
Mas não deixa de ser uma terapia, também, expor algumas idéias e tentar entender o "serumano" e a história "dessepaís".
Safados existem em qualquer lugar e em qualquer setor. O PoPa descobriu que existem produtos que se fazem passar por vinhos ou compostos de vinhos, que não têm absolutamente nada de vinho, uva ou algo sequer similar. São os "coquetéis", as "sangrias" os "vinhos para sagu"... pura química de corantes artificiais, sabor e aroma artificiais, álcool de cana e água. E apresentam-se em garrafas iguais às de vinho, com rótulos que lembram rótulos de vinho. E com preço para brigar no mercado com as cachaças mais vagabundas.
O PoPa assistiu uma palestra sobre o assunto, em um seminário de vitivinicultura. E perguntou-se o que pode prejudicar o mercado de vinho, se quem bebe vinho não chega nem perto de uma destas garrafas? Mas este produto, de péssima qualidade, pode levar problemas sérios para seus consumidores. E pode ficar a imagem que ele está com estes problemas, por causa do "vinho"...
O que diz a legislação que regulamenta estas barbaridades?
“A sangria deve conter, no mínimo, 50% de vinho de mesa e, no mínimo, 10% de suco natural de uma ou mais frutas cítricas, podendo ser adicionada de outras bebidas alcoólicas em quantidade não superior a 10% do volume total.”
“O Coquetel de Vinho ou Bebida Alcoólica Mista de Vinho deverá conter, no mínimo, 50% de vinho de mesa e, no mínimo, 10% de suco natural de frutas, exceto de uva. (...) As bebidas alcoólicas utilizadas na elaboração (...) não poderão ser aquelas derivadas da uva ou do vinho.”
Um trabalho do Inmetro, que avaliou nove das mais vendidas marcas deste tipo de "bebida", chegou a conclusão que, das 09 marcas analisadas de sangrias e coquetéis de vinho, 07 tiveram amostras consideradas não conformes por não atenderem à legislação. Ou seja, não continham a quantidade que deveriam conter de vinho, não tinham o suco natural de frutas, tinham conservantes em excesso e água demais.
E como a empresa "A" se defendeu da análise do Inmetro? Vejam que preciosidade jurídica:
“(...) Sem dúvida que o trabalho do Inmetro, em todo território nacional, deve ser enaltecido, por defender o consumidor, que mais consciente, conforme Vossa Senhoria afirmou, ele se “torna um indutor de qualidade e contribui para o aumento da competitividade da indústria nacional”. Contudo, em se fazendo a defesa do consumidor, o Inmetro não pode prejudicar a indústria, como no caso que se apresenta, pertinente ao Certificado de Análise n.º 01282/06, porque: O Inmetro não analisou o produto conforme as especificações estabelecidas segundo o seu registro aprovado pelo Ministério da Agricultura e mantido pelo MANDADO DE SEGURANÇA N.º 10.579 perante o Superior Tribunal de Justiça. Desta forma, a empresa A contesta o aludido Certificado de Análise, porque o produto se encontra perfeitamente dentro do padrão de qualidade e identidade para ele estabelecido.
Ou seja, além da legislação ser bastante benevolente com os que fazem bebidas que se passam por vinho, ainda entram na justiça para ter direito de fazer ainda pior!!!
Às alegações dos fabricantes, o Inmetro enfatiza: O rótulo da amostra analisada informa que sua composição Coquetel de vinho tinto suave, com fermentado de maçã e suco de uva”, dando a entender, para o consumidor, que essas matérias–primas compõem a maior parte do produto. No entanto, as análises realizadas em laboratório demonstraram que a amostra ensaiada não continha a quantidade mínima de vinho e era composto, em sua maior, parte, por água, o que está em desacordo com o art. 31 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. O CDC diz que os fabricantes têm que ser claros na oferta de seus produtos. O consumidor precisa saber o que está comprando!
Vinho falso! Mais ou menos como temos tantos falsos democratas por aqui... E, tanto estes como aqueles, fazem muito mal à parca saúde dos brasileiros em geral.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Pais...
A genética pode fazer valer seu peso nestes casos?
Filhos...
Filho lá é assunto para mídia e para campanha. Já filho aqui...
domingo, 24 de agosto de 2008
The Doors - Touch Me
A banda de Jim Morrison, nos anos 60! O nome da banda foi inspirado no livro, escrito em 1953 "As portas da percepção", que conta as experiências do autor, Aldous Huxley, com a mescalina. Por sua vez, o título do livro foi inspirado em uma frase de Willian Blake:
"If the doors of perception were cleansed everything would appear to man as it is, infinite."
"Se as portas da percepção fossem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito."
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Olimpiadas
sábado, 16 de agosto de 2008
Generación Y - Soroa
Face à ausência de empresas de turismo onde um cidadão cubano possa organizar - com moeda nacional - uma excursão por seu próprio país, a criatividade particular ocupou este "nicho de mercado". Durante julho e agosto, é comum encontrar cartazes que anunciam uma viagem às Cuevas de Bellamar, Varadero ou a Ciénaga de Zapata. Os organizadores arrendam o ônibus de um centro de trabalho e vendem a lotação por um preço que oscila entre os 50 e os 120 pesos cubanos. As saídas são na madrugada para evitar os controles e o forte sol na estrada. O retorno é antes que caia a noite.
Ainda que se trate de uma atividade econômica ilícita, a polícia faz vista grossa, pois sabe que em um pote onde se acumula a pressão, é bom deixar mínimas rachaduras abertas. Por isso, exusten aqueles que vivem, há vários anos, de organizar excursões turísticas de maneira alternativa. Os mais ousados chegam a anunciar suas viagens pela internet ou através de correio eletrônico. Outros melhoram suas ofertas e incluem no preço total, um lanche ou um almoço em um restaurante local.
Em uma viagem coordenada por um destes emergentes "operadores de turismo", fui em um final de semana a Soroa. Três décadas nas costas, e ainda existem paisagens de meu país que nunca vi, por culpa do caótico transporte e das limitações para chegar a eles. Somente um par de vezes em minha vida, visitei esta zona montanhosa e suas instalações: na primeira, naqueles idealizados anos 80, em que os cubanos podiam fazer turismo com a moeda que nos pagavam. Esta de agora, graças à inventividade dos cidadãos e suas espontâneas redes de turismo
Um viva ao empreendedorismo privados, que deixa em evidência a inépcia do Estado quando quer organizar tudo!
Imagens: do site de Yoana, imagens que ela coletou nesta viagem.
Isaac Hayes
Nesta manhã de domingo, morreu Isaac Hayes, um ícone da geração do PoPa. Música tema do filme "Shaft". Se você ainda não viu, pegue na locadora, que vale à pena! Pelo menos, pela música...
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Apoio "oficial"
No Estadão, o PoPa viu que Tarso é adepto do "faça o que eu digo, não faça o que eu faço"...
O ministro da Justiça, Tarso Genro, compareceu ontem de carro oficial ao jantar de adesão à campanha da deputada Maria do Rosário (PT-RS), candidata do PT à Prefeitura de Porto Alegre. Ao sair do jantar, numa churrascaria de Brasília, Tarso admitiu, quando questionado por jornalistas, que o veículo era oficial.
Na cartilha que editou com normas de conduta para a participação de ministros nas eleições, a Advocacia-Geral da União (AGU) recomenda que os auxiliares do presidente Lula não usem carro oficial em eventos de campanha. "Não é evento de campanha. Eu vim para uma churrascaria", afirmou Tarso. Disse ainda que o jantar de Maria do Rosário era mais um compromisso em sua carregada agenda de trabalho. O carro tinha chapa branca comum, mas não a inscrição do Ministério da Justiça.
Cara de pau!
Imagem: de Beto Barata, chegando com carro oficial, motorista e segurança. Um evento político partidário ou um compromisso de trabalho?
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Livre pensar, livre falar
O PoPa acha que em uma discussão de mesa de bar, é comum dizer-se besteiras. Mas um juiz, prestando depoimento, é outra história. Ele realmente quis dizer o que disse. E a emenda ficou bem pior...
Que outros soprem as velinhas
Na manhã de 13 de agosto de 2001, liguei o rádio bem cedinho. Um locutor de voz pomposa anunciava "hoje é o aniversário da Pátria" e lia um panegírico [nota: um discurso com intenção de louvação] interminável sobre o Máximo Líder. Recostada na cama, tive um impulso de catapultarme para outra galáxia, de escapar desta ilha onde o aniversário de um nascimento converteu-se em uma data fundacional. Aquele dia tomei a decisão de emigrar de meu pais e onze meses depois, subi em um avião com destino a Europa.
Passaram-se sete anos deste fato. Fui e voltei, mas sigo escutando frases similares à dita naquela ocasião. Noto as mesmas intenções de associar as questionáveis ações de um homem a algo mais duradouro: a Nação. O que mudou é que este ridículo culto à personalidade já não me da acessos de escapulir, senão de ficar; não me gera confusão, mas claridade entorno do que não devemos consentir. No futuro, nada deverá ser confundido com a pátria. As velinhas de nenhum bolo de aniversário poderão ser sopradas em nome de todos.
Imagem: do blog de Yona, um velho Chevrolet abandonado.
Agora, o PoPa lê, na Folha, que a direção do PSDB recebeu uma enxurrada de pedidos de candidatos para confeccionar material de campanha com as imagens dos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves. Segundo o "Painel", o partido sugeriu Yeda Crusius, governadora do Rio Grande do Sul, para as cidades do Sul, mas, em meio à crise no governo gaúcho, ninguém topou.
Ora, onde está a coerência destes candidatos? Se não podem - ou não querem - ter afinidade com a governadora de seu partido, que troquem de partido! Ou pensam que os eleitores são tão burros que não irão fazer a devida associação? Está mais que na hora de haver uma revolução neste país. Mas uma revolução nos métodos políticos! Quem fala em reforma política por aqui? Pouca gente e nenhum político "de carreira".
domingo, 10 de agosto de 2008
Sobre publicidade...
Presidência TV
O texto é longo, e o PoPa resolveu colocar aqui apenas alguns trechos. Se o leitor se interessar no conteúdo integral, clica aqui.
A publicidade pode convencer-nos que precisamos coisas inservíveis. Sobretudo estes comerciais que nos colocam abestados por vários minutos. Assim, as pessoas compram desde super extratores de sucos e mágicos tira manchas, até novas religiões. Os tele pastores brasileiros do "Para de Sofrer" sabem o poder que têm estes comerciais. E, quanto mais se repete e quanto mais os vemos, mais convencidos estaremos.
O governo equatoriano também tem sabido usar magistralmente a publicidade. Com uma bem organizada e coesa estratégia de comunicação, nos vendem promessas a toda hora do dia. Todos os ministérios e instituições governamentais estão alinhadas a uma mesma linha e estratégia publicitária. Até as empresas estatais que, em teoria, são independentes, como Alegre, se unem à voz do governo. Assim, como não terminar comprando a mensagem presidencial?
... aos equatorianos já custou mais de 14 milhões de dólares as campanhas oficiais onde nos repetem que a pátria já é de todos. Mais do que qualquer um dos últimos governos gastou.
... o governo faz seis horas de publicidade ao dia.
Até que ponto a popularidade do governo se baseia em sua publicidade e até que ponto em uma real sensação de bem estar da população? Mais, até que ponto a sensação de bem estar das pessoas se deve a uma melhoria real em suas vidas ou a ter um governo que le diz, todo o dia, que a vida está melhor, que a mudança e o bem estar estão chegando?
... Agora é a vez da publicidade da nova constituição. Se nos dizem todo o dia que esta é a melhor constituição da história, que o obscuro passado nacional será sepultado e que começa uma nova era, como não acreditar? Como não comprar este maravilhoso aparato que fará nossas vidas tão felizes?
...
Assim a história se passa no Equador, na Venezuela, na Bolívia e, muito provavelmente, no Paraguai de Lugo. Os argentinos não são assim tão suscetíveis à publicidade oficial, aparentemente. No Brasil, as tentativas são frequentes, mas não tão exitosas, aparentemente. Mas apenas aparentemente. Aqui, há resistência, mas o oficialismo é mais esperto, também...
Sobre as universidades para o MST
sábado, 9 de agosto de 2008
Pequenos despossuídos
Quando pequena, nunca consegui pronunciar o nome deste círculo infantil, proximo de minha casa. Ainda hoje - com estudos de fonética incluídos - a palavra "proletarinhos" causa-me um enredo na pronúncia. Como farão os pequenos lá de dentro para articular o nome de seu jardim de infância? Eles não prefeririam um conceito mais terno como "Mariposinhas", Raios de sol" ou "Branca de Neve" a esta definição classista e antiquada? O susto maior pode vir depois, quando começam a ler e busquem, em um dicionário, o significado desta palavra tão rara que encima a entrada. Como primeira definição de "proletários", descobrirão que se trata de seres "despossuídos, que não têm bens" e se incomodarão com aqueles que enrolaram sua língua e, acima disso, os condenaram a não ter propriedades.
O PoPa também enrolou a língua, tentando ler o nome do jardim de infância...
Imagem: do blog de Yoani
Lei Seca
O que ninguém está falando, é que a lei delegou ao poder executivo federal, as margens de tolerância. Isso poderia ser feito e aquele cálice de vinho, bombom de licor ou aquela latinha de cerveja poderiam estar fora da mira dos agentes de trânsito e, ainda assim, a lei ser importante e segura:
III - o art. 276 passa a vigorar com a seguinte redação:
Mas, obviamente, isto nunca passaria pela cabeça de um trotskista...“Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165 deste Código.
Parágrafo único. Órgão do Poder Executivo federal disciplinará as margens de tolerância para casos específicos.” (NR)
Mas o que realmente está fazendo com que a lei tenha este impacto nos acidentes e mortes, não é seu texto, em si, mas a fiscalização que, se fosse feita com a lei anterior, também veria despencar os índices de mortalidade no trânsito. Por que não era feita esta fiscalização? Seria pela polpuda vantagem pecuniária, dada pela nova lei ao Estado, em pegar incautos motoristas?
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Menores infratores, Maiores gastos
A sociedade gaúcha precisa saber - deste valor - quanto é destinado à alimentação, ensino e demais necessidades básicas destes jovens. Muito provavelmente, este valor perde-se em funções gratificadas, em diárias monumentais, em treinamentos de servidores, em ongs e outras bobagens que não justificam o fim.
Enquanto não abrirem esta conta, é apenas um número. Um enorme número... Quem sabe, para reduzir este valor, internamos mais jovens?
Asilo a guerrilheiros - a quem interessa?
Não há nenhum problema em [padre medina] fazer contato com as Farc. Seria um problema se Medina estivesse agindo politicamente contra o governo colombiano. O jornal apresenta isto como declaração textual do secretário. Se ele faz contato com as farc, não deve ser para desejar boa noite, boas festas, feliz aniversário... se isto não é agir politicamente contra um governo legitimamente instalado, o que é, então?
O estranho é que esta notícia é velha, já que medina teve seu asilo prorrogado há mais de dois meses e somente foi anunciado ontem pelo planalto. Estranho ter sido divulgada apenas após a já célebre reportagem da revista colombiana Cambio. E estão analisando a concessão de naturalidade brasileira ao cara!!!! Isso depois de ter dado um bom emprego para a esposa no ministério da pesca.
sábado, 2 de agosto de 2008
Se o campo não planta, a cidade não janta
E, felizmente, a cidade está percebendo o quão perniciosa é esta organização criminosa.