quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Cannabicultura em assentamento


O PoPa leu no blog da Gusta (Alerta Brasil, link ao lado), que a PRF encontrou maconha em um assentamento do MST. Foi buscar mais informações sobre o feito, que poderia representar uma atividade agrícola em um assentamento!

Na Folha de São Paulo, do dia 29 de setembro, está a notícia:

Cerca de 1,7 tonelada de maconha foi apreendida em ação da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil. De acordo com a polícia, aproximadamente 1,6 tonelada da droga foi encontrada em um caminhão que havia saído do assentamento Antonio Tavarez, próximo da BR-277.

Ao ser abordado pelos policiais, por volta da 1h, o motorista diminuiu a velocidade e saltou do veículo, em movimento, correndo em direção a um matagal. O caminhão, desgovernado, quase atingiu um carro da Polícia Civil.

Durante o dia, os policiais realizaram buscas em estradas vicinais do assentamento e na mata ciliar do lago de Itaipu, que fica na região. Encontraram as tampas da carroceria do caminhão em uma moradia dentro do assentamento, além de mais 130 kg da droga escondidos na vegetação e dentro de colméias de abelha.

A droga foi encaminhada à delegacia de São Miguel do Iguaçu. A polícia vai investigar o envolvimento dos moradores do assentamento com o tráfico de drogas.

O MST, claro, já declarou que nada sabe a respeito da droga, e que deve ser coisa de contrabandista que usa o lago Itaipu para estas coisas ilegais. Enorme coincidência, ter partes do caminhão e da carga em uma casa do assentamento. No Estadão, a informação adicional de que a carga do caminhão, onde estava escondida a "erva", era de ração, igual a encontrada na tal moradia. Pela quantidade e acondicionamento, e pela característica dos produtores da região, a droga deve ser produto de contrabando e não de colheita local...

Imagem: Ilustração de Cannabis sativa, por Franz Eugen Koehler, Alemanha, 1883-1914.

4 comentários:

nedelande disse...

Olha, Pobre Pampa, talvez ai esteja finalmente a saida para os assentamentos. Nos Estados Unidos existem estados onde o jogo é proibido mas as reservas indigenas podem montar seus cassinos. É um crime para todo mundo menos para os indios. Uma proposta semelhante poderia ser implementada aqui. Fala-se em legalização da canabis, pois poderiamos propor a legalização apenas da canabis produzida em assentamentos e estabelecer uma forma de comercialização controlada, talvez butiques de canabis, administrada pelos sem terra e controladas pelo INCRA.

Letícia Losekann Coelho disse...

Sério, maconha administrada por sem terra....vejo isso revertido para alguma campanha.......

PoPa disse...

Cineman, acho que seria um pouco difícil a ação, pois dependeria de muito trabalho, montagem de estufas, preparação de mudas, seleção de varietais... Só se pudessem arrendar as terras!

Tita, parece que não há limites na criatividade para a arrecadação de grana por este pessoal. Lembre-se que o MST tem uma estranha preferência por propriedades próximas das fronteiras. A Coqueiros é um exemplo clássico. E as parcerias com as Farc poderiam dar a "tecnologia" da droga.

Carlos Eduardo da Maia disse...

O MST 'cansou' da cachaça e partiu para outra. Qual o problema?