Na última Veja, uma entrevista muito interessante como o diretor Steven Soderbergh, de filmes tão interessantes como Erin Brockovich, Traffic e o recente The Informant!, além, é claro das duas partes de Che:
Veja pergunta: Che é uma visão no mínimo parcial da Revolução Cubana, uma vez que não mostra suas repercussões desastrosas, presentes até hoje no continente.
O diretor responde: Mas é preciso falar delas? Elas não são conhecidas o suficiente? Parece claro que Cuba estaria muito melhor hoje sem a revolução - e parece também que o espectador em geral sabe que essa é uma ideologia que, além de ter acarretado e continuar a acarretar milhões de vítimas, recaiu sempre em todos os erros que atribuía ao capitalismo. Não sou comunista nem socialista e, como americano sem ascendência latina, não tenho motivo seja para idealizar seja para demolir Che Guevara. Compreendo que este seja um tema que suscita muito calor na América Latina. Mas, para mim, é um personagem.
... em geral sabe... Sabe?
3 comentários:
Assisti a primeira parte do Che. Achei fraquinho. Não pretendo assistir a segunda. Um livro que recomendo é a biografia do Che do mexicano Jorge Castañeira. Não tem nada de ideológico e mostra que o Che tinha mesmo uma personalidade para lá de complicada. Ele pensava apenas em fazer revolução e por isso o Fidel -- que já tinha perdido a paciência com ele -- pediu para que ele fosse fazer revolução no Congo e na Bolívia.
O diretor está no papel dele de vender o filme. Oras! Che herói vende mais que Che vilão, disto não resta dúvidas. O diretor é um pragmático homem de negócios. Nada demais.
Off Topic:
Medina (advogado de Yeda) confronta e derrota a RBS - Áudio da entrevista - http://bit.ly/DBSSN
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