O PoPa tem ditado cada vez menos ao seu escriba. Ficou chocado com as vitórias de Dilma e Tarso e com o que se continua descobrindo na política brasileira. O Relatório da PF foi apenas mais um tijolo no muro das contravenções, dos crimes e do descaso que muitos – para não dizer a maioria – dos políticos brasileiros estão a cometer.
Mas o PoPa não está sozinho nesta desesperança quanto ao futuro brasileiro. Políticos e partidos não se deram conta e estão deixando uma importante parcela do eleitorado absolutamente desassistida. São os que não querem saber de corrupção, de elevados impostos, de gastos públicos além da conta, que não são adeptos do “politicamente correto”, que querem um governo liberal, mas também mais conservador.
Por conservador, o PoPa entende a manutenção de muitas das políticas econômicas, herdadas do tempo de FHC, mas com um controle muito maior dos gastos públicos, com transparência dos gastos, inclusive dos cartões corporativos da Presidência. Um governo que não precise fazer cortes do orçamento, pois este deveria ter sido feito com base técnica, sabendo o que iria arrecadar e o que iria gastar. Um governo que não faça parcerias espúrias, apenas para aprovar seus projetos. Um governo que não legisle através de medidas provisórias.
O PoPa percebe que existe uma importante parcela da população que não quer as empresas estatais gastando milhões em publicidade que nada mais é do que publicidade oficial de governo. Uma parcela da população que não quer o governo controlando empresas privadas através de sindicatos e do BNDES, como aconteceu com a Vale, recentemente.
O PoPa é conservador no que se refere ao controle de armas, entendendo que a população tem direito de ter sua arma para defesa de sua família e de sua propriedade. Desarmar o cidadão não deveria ser meta de governo.
O PoPa é conservador no que se refere às drogas. Não entende o governador dirigir-se a uma plateia de estudantes e dizer, sobre a maconha que “disseram que é muito saborosa”. Que papo é esse, governador?
O PoPa é um pouco mais liberal no que diz respeito ao aborto. Mesmo sendo contra este ato de extermínio, adota que existem situações em que ele se justifica.
O PoPa também é liberal no que diz respeito à homossexualidade. Admite o casamento gay e a adoção de crianças pelo casal. E por um motivo muito simples: estas crianças estarão melhores em uma família homossexual, que lhes dê amor, compreensão e abrigo, do que em um orfanato aguardando uma adoção que, muito provavelmente, não chegará. O PoPa só não admite a promiscuidade, que também é encontrada em héteros.
O PoPa é conservador no que diz respeito ao ensino, seja ele público ou privado. Escola é para ensinar conteúdos importantes, não para “formar cidadãos”. Lavagem cerebral contida em cartilhas e posicionamentos político-partidários por parte dos professores, não podem ser admitidas! Quem forma cidadãos é a família, é o convívio social – nas escolas, inclusive – mas não o conteúdo curricular. “Gastar tempo” estudando matemática, física, língua portuguesa e outros conteúdos importantes, é o que o conservador PoPa gostaria. De quebra, um bom sistema que permita ao estudante dedicar-se um pouco aos esportes e à leitura, com espaços adequados para as duas situações.
E o PoPa encontrou parceiros nesta empreitada. O blog http://trilhatiradentesvive.blogspot.com/ tenta colocar, na sociedade brasileira, um pouco da inconformidade de Tiradentes, com a vantagem que temos a internet para isso e que se corre o risco de enforcamentos apenas metafóricos.
Visite o blog, conheça um pouco do grupo que está querendo fazer, da rebeldia adormecida em nosso povo, um novo começo. Difícil? Muito, mas não impossível!
3 comentários:
PoPa seria demasiadamente idílico esperar que a trilha que pretendemos formar pudesse, em algum momento, basear-se nos valores que construíram o movimento do teaparty americano. Exatamente a unidade de valores e ideais foi o que garantiu o absoluto sucesso dele. Do modelo nos serve apenas a montagem. O sucesso, deveremos contar com a sorte. Para o DominioFeminino, jamais, esta Nação teve qualquer governo à altura do que desejamos e nem poderia ter devido ao nosso sistema administrativo centralizador.
Belo artigo PoPa. Muito bom
Infelizmente, Cineman, o pessoal da Trilha de Tiradentes tem um pouco do ranço autoritário e discriminatório que o PoPa tanto critica. Não é culpa deles, acredita, pois foram criados neste ambiente, não conheceram outro. O PoPa sabe que a intolerância deve ser focada apenas em casos específicos. Ser intolerante com a corrupção, com a safadeza, com o crime e até com o "politicamente correto". Mas ser tolerante com idéias diferentes, com posições politicas conflitantes. O fato da Trilha não aceitar a presença de "políticos, famosos e celebridades" é uma "intolerância intolerável"...
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