Depois do secretário declarar que houveram "cinco ou seis" acessos aos dados sigilosos do vice-presidente do psdb e que foram cinco funcionários que o fizeram, a Receita resolveu lançar aos leões, uma funcionária, aparentemente inofensiva. A funcionária já foi secretária geral do sindicato da categoria em Santo André e São Bernardo, o que poderia aumentar as suspeitas para os paranóicos em geral. Para o PoPa, é muito estranho que apenas um nome tenha vazado (a Receita está se especializando em vazamentos!) e que este nome seja ligado ao sindicato.
A funcionária alega que não acessou os dados e que sua senha pode ter sido roubada. Bem, o PoPa entende um pouco de TI e acha que é muito difícil alguém "roubar" uma senha dessas, a não ser que a criatura deixe escrita em algum lugar. Mas o Secretário da Receita afirmou que sabia até qual máquina tinha sido usada para o fato. Sabe, portanto, o horário também. Logo, para a Receita ter afastado a funcionária, o acesso deve ter sido na máquina da funcionária, em seu horário de trabalho. O sistema também deve informar em qual impressora da rede foi feita a tal impressão.
De qualquer maneira, o PoPa ainda acha que este novo vazamento é mais uma distração que uma solução. Vamos ver no que dá.
A receita! Pegue-se um funcionário qualquer (ou alguém que se disponha a ser um "boi de piranha"), deixa-se marinando junto ao sindicato, espera-se alguns dias para o tempero fazer efeito e deixa-se seu nome vazar na imprensa em geral. Depois, coloca-se em fogo muito lento, para levar bastante tempo até que se perceba que o prato não vai ficar pronto antes das eleições...
3 comentários:
Tens certeza da frase "a receita resolveu lançar aos leões" ?
A imprensa alega ter chegado ao nome da moça pelo afastamento publicados no diário oficial.
Se foi um vazamento é falta de ética do jornalista, coisa muito ao gosto de quem entrevista delegado de madrugada para receptar fotos ilegais.
Já que entendes de TI, te digo que na Receita se usa um crachá com assinatura eletrônica vinculado à senha.
Te digo também que faz anos que esse esquema está em uso e sua cultura é bem difundida e entendida, que servidor que esquece o crachá em casa nem vai trabalhar.
Para acontecer isso que a moça fala precisa emprestar a senha e o crachá. É muita bobeira.
Mas falta provar que os dados vieram de qual acesso. Um acesso não prova nada.
E falta provar que os dados não foram disponibilizados pela pretensa vítima, que essa é uma tática bem comum em política.
Os servidores estão bem ao par das consequências do mau uso de suas assinaturas eletrônicas e senhas, ninguém iria pular na frigideira.
Já o Eduardo Jorge pode ignorar esse fato e achar que vai se sair bem.
Realmente, a análise foi precipitada. O que parece estranho é que entre os cinco ou seis funcionários que fizeram acessos, somente esta funcionária foi colocada sob suspeita. E justamente alguém ligado a um sindicato. Pode ter sido a oportunidade - e aí, sim, seria coisa da Receita - de se livrar de alguém que incomodava.
A moça não foi demitida. Só perdeu um cargo em comissão. Terminada a investigação decerto volta lépida e faceira.
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