sábado, 10 de julho de 2010

Incoerentes promessas

A guria andou se reunindo com empresários para discutir a redução da carga tributária. A notícia saiu meio escondida na Folha de São Paulo e o PoPa recebeu de um amigo uma cópia. O texto da reportagem citando a guria, diz que ela reconhecer que o sistema atual é caótico (oito anos não foram suficientes para acomodar isso, quer mais oito...) e que isto afeta a competitividade das empresas, mas que é necessário manter o equilíbrio fiscal do setor público e evitar perdas de receita.

Sobre o elevado encargo imposto a folha de salário das empresas: "Não pode ser reduzido a zero (alguém pediu isso?), porque se for a zero, quebra a Previdência".

Sobre o elevado peso de tributos sobre tarifas de eletricidade ela disse que sua redução pode arruinar os estados: "tem que haver um balanceamento para saber em que condições, sem criar uma crise fiscal, se pode fazer esta redução."

Ao final da reunião, uma voz sensata se ouviu, do presidente da Estrela, Carlos Tilkian: "depois de oito anos, eles podiam ter, pelo menos, um projeto."

O governo atual, que está aí há quase oito anos, vem sempre falando em privilegiar a produção de alimentos. No entanto, contrariando a legislação existente (novidade!) reduziu em nada menos de 10% o preço mínimo do trigo, DEPOIS DOS PRODUTORES TEREM PLANTADO ESTA SAFRA! Portaria 478 do Ministério da Agricultura, emitida em 01/07, quando praticamente toda a área de trigo do Brasil já estava plantada. Pela legislação em vigor, estas alterações somente podem ser feitas até 60 dias antes do início do plantio, para dar tempo aos produtores de resolverem se plantam ou não.

Incoerência? Não exatamente. Apenas mais do mesmo. Mais sacanagem da mesma camarilha que não respeita leis nestepaís.

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