terça-feira, 31 de maio de 2011

Sem assunto

Hoje pela manhã, o PoPa estava assistindo ao Bom Dia Brasil e ficou pasmo com uma entrevista realizada com o governador de Goiás que declarou, com todas as letras, que o estado não tinha condições de prover segurança, estudo e a infraestrutura necessária em suas próprias cidades. A reportagem era sobre cidades localizadas próximas de Brasília que a população de lá chama de "terra do nem", nem Goiás, nem Brasília.

Coisa simples de resolver! Se Goiás não tem condições de atender seus próprios habitantes, que entregue esta faixa de terra para o Distrito Federal, já que é de lá que seus moradores tiram seu sustento. O PoPa não admite choro de governo, seja ele qual for. Se está lá, é para prover o necessário para que seu povo tenha o mínimo de infraestrutura. Está lá na hora de arrecadar, está lá na hora de reprimir. Tem que estar lá na hora de dar segurança, saúde, educação!

Em outra reportagem, o programa falou sobre as comunidades "pacificadas" no Rio de Janeiro. Ali a coisa é ainda mais complicada, pois estas comunidades cresceram sem a presença do Estado, encontrando-se em um caos urbano absurdo. Solução por ali seria a retirada de mais da metade dos habitantes para que o restante pudesse ter um mínimo de segurança. E não é só segurança policial, mas segurança completa, com coleta de esgoto, lixo, água, ensino e saúde, ruas decentes, casas que sigam padrões básicos de construção, comércio legalizado, etc. O mínimo que nunca será alcançado com as atuais políticas de governo. Ou aquele povo tem cidadania completa ou nunca existirá como tal!

E o PoPa fica pensando nas tais ongs que querem acabar com a produção do campo. Nas que fizeram os índios de Roraima irem morar em lixões e favelas por não terem mais trabalho no que é hoje a tal reserva Raposa Serra do seilá o que. As ongs que "lutam" contra o Código Florestal tem qual interesse, afinal? Fazer com que o Brasil retorne à época do descobrimento em termos de florestas? Por que isso não funciona nos EUA, na Europa e nos outros países ditos civilizados? Afinal, a maioria destas ongs é de lá, embora recebam polpudos valores de nosso próprio governo...

Esse é um País interessante. O presidente do Senado acabou de retirar do chamado "túnel do tempo", um corredor que liga o plenário e os gabinetes, as referências ao impeachmant do Collor, sob a alegação de que aquilo não deveria ter acontecido na história do Brasil. Legal, vamos apagar tudo que não deveria ter acontecido no Brasil. Vamos apagar a gênese do petê, por exemplo, a criação do Amapá que só serve para manter esta figura como senador. Vamos apagar a história da escravidão porque afinal, nunca deveria ter acontecido! Melhor - e mais simples - é apagar certos políticos de nossa história. Certas histórias de nossos políticos vão continuar nos atormentando por muito tempo. Como esta, do político que prestou enormes serviços ao regime militar e seguiu prestando enormes serviços ao governo esquerdista do petê.

Sem assunto? Esses políticos brasileiros nunca deixam o velho PoPa sem assunto... sem saco para criar um título, talvez!

sábado, 28 de maio de 2011

Código Urbano. Por que não?

Desde os tempos da faculdade de agronomia, que o PoPa ouve muita coisa a respeito da Amazônia. Uma delas ainda está na memória do velho: seria mais rentável catar as castanhas nativas que simplesmente desmatar tudo e colocar pasto no lugar. Tem lógica! Existem várias árvores de castanha em cada hectare da floresta e muitas árvores que não tem interesse madeireiro, pelo menos naquela região. Assim, os desmatamentos fazem a riqueza imediata dos que estão apenas extraindo a madeira, mas os que querem ficar na região não teriam recursos perenes para sua sobrevivência.

O que acontece, então? Os madeireiros não são proprietários de terras. Eles avançam nas áreas públicas ou negociam com quem tem terra e é levado aos ganhos rápidos proporcionados pela venda da madeira. Ficam com uma área desmatada que poderá ou não prover seu sustento futuro. É um problema de difícil - mas não impossível - solução.

Uma delas, seria a existência de um plano de uso da floresta, com a definição exata de quais árvores poderiam ser cortadas. Parece contraditório, mas isso poderia garantir a preservação da floresta, uma vez que ela é composta de seres vivos - as árvores - que tem um ciclo de vida finito. Algumas árvores extraídas anualmente de cada lote, poderiam permitir uma exploração racional e duradoura da floresta. Isso, claro, não interessa aos madeireiros, que precisariam investir para este tipo de exploração. Mas, com os recursos que poderiam ser cobrados pelo Estado para esta finalidade, poderiam existir redes de fiscalização muito mais efetivas na região.

O Rio Grande do Sul, por exemplo, tem uma política de caça bem definida. Embora o PoPa abomine a caça de animais selvagens, admite que a política é bem feita, pois também possibilita uma fiscalização mais rigorosa. Então, paradoxalmente, o único estado que permite caça, é também o que menos se caça.

Legislações protecionistas, apesar de sua boa intenção, nem sempre apresentam o resultado esperado. Outro exemplo clássico é a exagerada proteção que as figueiras têm no RS. São consideradas patrimônio estadual. Bem, como não há possibilidade de corte destas árvores, nenhum produtor rural permite que uma mudinha desta árvore se desenvolva em seus campos... quando a última das velhas figueiras morrer, o que restará ao Estado? Controle é necessário, sim, mas a intransigência tem seu preço. E este preço, ao contrário do que a lei espera, é acabar com as espécies protegidas.

Portanto, o PoPa olha com um pouco de apreensão as opiniões que se sucedem quanto ao novo Código Florestal. Opiniões cheias de boa vontade e boas intenções. Mas que podem resultar em uma produção primária mais cara e complicada, com custos que serão repassados ao povo em geral.

Quando se faz uma análise mais acurada da situação da poluição brasileira - e do resto do mundo - verifica-se que o grande problema encontra-se nas cidades, nos esgotos não tratados, nas indústrias poluidores, na impermeabilização do solo, no lixo em geral. E onde estão os defensores do planeta para responsabilizar os políticos que mantém este tipo de coisa? Por que não se faz um Código Urbano, onde se responsabilizem todos pela produção e controle do lixo, dos esgotos, da emissão dos veículos, do uso das encostas e margens de rios, da poluição em geral? Sim, existem algumas ações e tentativas nesta direção mas que, comprovadamente, são ineficientes ou insuficientes.

Portanto, o PoPa lança um desafio aos moradores dos grandes centros: tua cidade está fazendo alguma coisa pelo meio-ambiente? E não é só a frescurinha de separar o lixo, juntar pilhas, tentar barrar sacolinhas plásticas... é fazer o que realmente interessa, que é tratar os esgotos (no caso de algumas cidades, até mesmo a coleta destes esgotos está longe de ser adequada), controlar as emissões veiculares, dar um tratamento adequado à drenagem urbana, ter total controle do lixo urbano, hospitalar e industrial. A lista é imensa e não está nem perto de ser lembrada ou tratada com a gravidade que merece. Se temos políticos que não se interessam por isso, é porque temos eleitores que nem sabem o que é isso!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Código Florestal

Pois o PoPa está tentando acompanhar a votação do Código Florestal, na Câmara dos Deputados. Já leu sobre ameaças de veto da presidente, se acaso o Código anistiar desmatadores. Mas ela não leu o que está sendo votado? Anistia, só para o que foi desmatado antes de 1988 o que, aliás, já foi anistiado pelo ex-presidente Lula, por decreto.

O assunto é motivo de muita polêmica, principalmente porque muita gente não leu o conteúdo do que está sendo proposto e aí temos artistas, manifestantes e toda classe de gente dizendo o que pode e o que não pode. Ongs estrangeiras estão fazendo uma enorme pressão, ao mesmo tempo em que não fazem pressão em seus próprios paízes. Afinal, o Brasil é o único país no mundo, de grandes dimensões, que manteve intacta boa parte de sua cobertura vegetal. Está sendo penalizado por isso! Os americanos destruíram toda sua floresta, restando alguns parques espalhados por lá. Não vemos estas mesmas ongs brigando com Obama, por exemplo!

Também não vemos estas mesmas ongs trabalhando para reposição de mata ciliar em rios e córregos dentro das cidades! Afinal, por que somente o campo deveria ser responsabilizado? Por que as cidades seguem poluíndo sem nenhum controle, assoriando rios e lagos sem que isso seja contestado? Mata ciliar no Tietê, já!

O que o Código proposto pretende, é manter a produção de alimentos nas áreas que atualmente já são utilizadas para isso. Não permite novos desmatamentos e, pelo contrário, prevê a recomposição de áreas tidas como sensíveis.

Há, sim, grandes interesses na não aprovação do Código Florestal. Entre estes interesses estão os verdadeiros desmatadores da Amazônia. Enquanto esta discussão anda, eles desmatam. Já foi constatado isso e o imobilismo do governo federal diz muito sobre o que está acontecendo. Com a legislação atual, estes desmatadores poderiam ser punidos. Com a que se está tentando, também. Qual a diferença? Talvez uma nova lei seja mais fiscalizada, mais conhecida, mais discutida... Quem realmente não quer isso?

domingo, 22 de maio de 2011

Governo do Mato Grosso e Ministério do Meio Ambiente admitem crime!

Em suas leituras matinais, o PoPa andou lendo uma estranha matéria no Estadão. Sob o título "Documento liga Código Florestal a aumento de desmate na Amazônia", o jornal revela que o secretário do Meio Ambiente de Mato Grosso, Alexander Torres Maia, afirma que tais desmatamentos se derem por conta da discussão do Código Florestal. EPA, as atuais leis já são suficientes para barrar novos desmatamentos. Aliás, são até mais rígidas que o proposto Código Florestal.

O jornal segue ainda, com a declaração da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que confirmou o recebimento do ofício. Ao anunciar que as áreas de alerta de desmate produzidas por imagens de satélite haviam mais do que quintuplicado em março e abril, em relação ao mesmo período de 2010, Izabella preferiu não apontar eventuais responsáveis. Caberia ao gabinete de crise, segundo ela, identificar as causas. Errado, Ministra! Cabe aos órgãos do governo responsáveis por isso. Ministério do Meio Ambiente entre eles! Ibama, Governo do Estado e outros. Afinal, como isto está acontecendo somente neste estado?

O Código Florestal, ainda segundo o jornal, poderá ser vetado em parte ou até integralmente pela presidente, segundo o líder do governo na Câmara. Vai sonhando, Vaccarezza!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Deputados gaúchos que blindaram Palocci

Estes deputados representam o Rio Grande do Sul. Na idéia deles, o povo gaúcho não se importa com o enriquecimento estranho e meteórico do Chefe da Casa Civil. Para eles, isso é absolutamente normal! O PoPa lamenta o voto desperdiçado em Affonso Hamm, que se revelou próximo demais do poder, jogando no lixo anos de trabalho decente.


Rio Grande do Sul (RS) 
Afonso Hamm
PP
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Alceu Moreira
PMDB
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Assis Melo
PCdoB
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Bohn Gass
PT
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Giovani Cherini
PDT
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Jeronimo Goergen
PP
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
José Otávio Germano
PP
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Luis Carlos Heinze
PP
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Luiz Noé
PSB
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Manuela D`ávila
PCdoB
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Marcon
PT
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Mendes Ribeiro Filho
PMDB
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Renato MollingPP Não
Rio Grande do Sul (RS) 
Osmar Terra
PMDB
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Paulo Pimenta
PT
 Não 
Rio Grande do Sul (RS) 
Pepe Vargas
PT
 Não 

 






Também lá, acontecem coisas estranhas...

Uma das personalidades mais importantes da Europa, fica em um hotel de primeiríssima linha (US$3.000 a diária), sem segurança alguma;

Uma camareira de hotel de luxo, com treinamento adequado e rígidas normas, entra em um quarto, quando o hóspede ainda está dentro;

Prende-se a figura, sem direito a fiança, mesmo sem nenhuma prova substancial.

O PoPa não conhece detalhes da vida do velhinho, mas é esquisita esta situação, sem dúvida.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Os livro e alguma coisa mais...

O PoPa nem ia comentar nada sobre mais este desastre na educação brasileira. Mas ao ler o comentário da autora do tal livro, indignou-se ainda mais. Leiam e acreditem! Ela se considera uma especialista! “Eu não admito mais que alguém escreva que o nosso livro ensina a falar errado ou que não se dedica a ensinar a norma culta”, disse Heloísa. “Por que, em educação, todo mundo acha que conhece os assuntos e pode falar com propriedade? Este assunto é complexo, é para especialistas”.

Com estas palavras, a "professora especialista" quer encerrar o assunto sobre seu controverso livro. Aquele mesmo que ensina a falar errado.

Agora, convenhamos, como alguém pode subir na vida, conseguir bons empregos, até mesmo uma companhia para seu futuro, sem saber falar corretamente? Não se trata de preconceito, não, trata-se da vida como ela é.

Do jeito como as coisas estão indo, no Brasil, vai ser dureza para quem é heterossexual, branco, ateu e, agora, culto. Esta "especialista" chegou a dizer, em uma entrevista, que falar de maneira culta em algumas comunidades, poderia ser confundido com coisa de gay. Caramba! Esta mulher é terrível!!!

Adendo:  A Academia Brasileira de Letras soltou uma nota pública, execrando o tal livro. Mas, ora, quem é a ABL para criticar uma "especialista"?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Como fazer pressão e mudar uma posição "técnica"!

Pois em suas leituras matinais, o PoPa leu, no Estadão, que o governador de São Paulo afirmou que o bairro Higienópolis vai ter sua estação de metrô. Aquele mesmo em que foi feito um "churrasco diferenciado" para agredir os conservadores residentes por lá. Mas o PoPa ficou com uma impressão estranha... Afinal, o governo tinha dito que o bairro não teria a tal estação naquele ponto, pois tecnicamente não era viável. Ficaria apenas a 600 metros de outra estação, praticamente no mesmo bairro (Higienópolis/Mackenzie) e isso faria com que a velocidade média do metrô ficasse abaixo do esperado por este tipo de sistema.

Mas bastou uma movimentação de pouco mais de 100 pessoas (ok, alguns falam em 600, mas ainda assim muito pouca gente) para que o governo resolvesse recolocar a estação no bairro. EPA! Os tais estudos técnicos estavam errados? Fazem um projeto complexo como o de um metrô sem saber exatamente o que vai ser implantado? Ou estavam errados antes, ou estão errados depois. Em qualquer dos casos, perde a população e não o governo...

Aliás, o PoPa tem restrições quanto ao uso de metrôs nas grandes capitais brasileiras. Quem banca o subsídio destes projetos é o resto do Brasil! Enquanto trabalhadores das cidades menores, que tem que usar uma rede de ônibus complicada e lenta, pagam integralmente seus custos de transporte, os trabalhadores "diferenciados" destes grandes centros, tem esta regalia. Pior, quando prefeituras, governos estaduais e governo federal, resolvem "dar" privilégios neste tipo de transporte (estudantes, idosos, doentes...), quem paga é o usuário final e só ele! Não existe regra mais perversa neste tipo de ação!

sábado, 14 de maio de 2011

Gasolina cara? Tarso dá um jeito e faz ficar ainda mais cara...

Pois nestes tempos bicudos, como diria Mário Quintana, onde os combustíveis estão a complicar a vida de todo mundo, até dos que não tem carro, o governo do RS, na sua sanha por recursos, aumentou a pauta dos combustíveis. Isso significa que o icms irá incidir sobre um valor maior que o que estava posto até agora. A partir desta segunda feira, a gasolina estará sete centavos mais cara para os gaúchos.

Boa, Tarso! Depois da inspeção veicular, que poderia ser mais acessível, agora temos os combustíveis mais caros. Com isso, temos o pt fazendo o que condenava nos outros governos... Se a estas atitudes se somasse um pouco de parcimônia nos gastos, tudo bem, mas o governo andou contratando muita gente, com bons salários, sem concurso e sem finalidade clara...

terça-feira, 10 de maio de 2011

General Heleno

No momento em que passava para a reserva, o General Heleno homenageia a memória de seu pai, que foi coronel do Exército: “Lutastes, em 1964, contra a comunização do país e me ensinastes a identificar e repudiar os que se valem das liberdades democráticas para tentar impor um regime totalitário, de qualquer matiz”. 


O PoPa espera que o General se disponha a assumir suas posições de libertador junto à classe política, tornando-se candidato à Presidente da República. Já tem o voto do PoPa!

Enquanto isso, no Japão...

... o primeiro ministro resolve não receber salário enquanto durar a crise... o PoPa gostaria que a presidente e seus ministros tomassem a mesma atitude, pelo menos enquanto a inflação tenta escapar do controle e a gasolina dispara de preço. Sonhar é livre, pô!

A cultura e as diárias

Nas suas leituras matinais, o PoPa leu, no Estadão (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,cgu-pede-para-ana-de-hollanda-devolver-diarias-que-recebeu-sem-trabalhar,716993,0.htm), que a ministra da cultura tem recebido diárias por fins de semana que passa no Rio, onde tem casa própria. A ministra marcava reuniões de trabalho para sexta e segunda feira e ganhava diárias pelo período todo. Alega, a ministra, que saia mais barato para o governo esta situação, que pagar o retorno para Brasília (como se ela fosse passar o final de semana em Brasília...). Bem, pega na botija, vai devolver a grana indevidamente ganha. Bem, esta ministra tira um pouquinho em diárias, enquanto outros tiram diretamente do erário, através de falcatruas bem mais ardilosas, quantias muitas vezes superior. Agora a pergunta: e ela precisa disso?

Este é o Brasil, caros e parcos leitores do PoPa. E esta é a importância da imprensa livre, que consegue encontrar furos onde o TCU e outros órgãos (ir)responsáveis não encontram. Sem ela - a imprensa - o Brasil estaria mais seguro para os que não tem o devido cuidado com a grana pública e nós, míseros mortais, estaríamos sem saber o que acontece no reino selvagem de Brasília.

O PoPa ficou sabendo, pelo blog do Reinaldo Azevedo, que a sobrinha da ministra, Bebel Gilberto, também recebeu uma graninha do ministério, por conta da Lei Rouanet. Bem, o projeto não foi apresentado por ela própria, então a lei não proíbe. Mas a moral, a ética, deveriam prevalecer e a ministra deveria, no mínimo, impedir a aprovação do projeto para a sobrinha. Mas isso seria querer demais de alguém que já provou não ser exatamente uma jogadora deste time.

sábado, 7 de maio de 2011

Os Trens Regionais e a paternidade do projeto.

Semana passada, o PoPa leu, no Diário Popular, uma reportagem sobre o trem urbano que poderá ligar Pelotas à Rio Grande. E, no corpo da reportagem, a informação de que o projeto original tinha sido feito durante o governo Lula. Bem, o PoPa não sabe o que levou o repórter a tal afirmação, pois no mesmo exemplar do jornal, em outra página, está a informação de que o projeto foi iniciado em 2002, informação também errada, pois foi iniciado em 1997, com a contratação, pelo BNDES, da UFRJ (detalhes neste link)... O PoPa acompanhou este projeto bem de perto e o trecho de Pelotas e Rio Grande foi bem discutido aqui na região e, apesar de não estar no documento inicial, a pressão regional fez com que ele fosse considerado em um segundo momento. O BNDES contratou a Universidade do Rio de Janeiro para a elaboração dos primeiros estudos, incluindo pesquisa de campo. Na ocasião das reuniões em Pelotas e Rio Grande, muitas restrições foram apresentadas pelos locais, principalmente as empresas de ônibus, obviamente.

O projeto previa a utilização da ferrovia atual, com reforma no trecho entre a Vila da Quinta e a cidade de Rio Grande, sem uso pela concessionária ALL, já que neste ponto, os trens de carga desviam-se para o porto. Quase imediatamente à divulgação do projeto, a ALL retirou os trilhos deste trecho. O PoPa leu o contrato de concessão, disponível no site da ANTT, e não encontrou nenhuma cláusula que dá à ALL o direito de retirar trilhos de qualquer parte da ferrovia. Isso inclui, também, os trilhos de manobra da estação de Pelotas, totalmente retirada pela ALL. Eram tantos trilhos, que a empresa demorou quase dez anos para retirar tudo. Para onde foram, ninguém sabe.

Mas, retornando ao projeto original, que não foi feito durante o governo Lula, podemos afirmar que foi sepultado no governo Lula, já que as coisas não andaram por aqui. A universidade de Santa Catarina recebeu 800 mil reais para fazer novamente o projeto de dois dos três trechos localizados na Região Sul. Qual ficou de fora? Sim, exatamente o de Rio Grande/Pelotas! Agora, parece que liberaram mais alguma grana para a tal universidade fazer seus estudos também neste trecho. O resultado, o PoPa já sabe: sem trilhos, sem projeto. Vão concluir o que está posto para todos que cruzam pela 392. E vão ser pagos para isso.

Mas por que colocar o governo Lula como iniciante do tal projeto? Quem plantou esta informação - quase subliminar - na reportagem? Com qual intenção?

A informação real, que vale é que o projeto foi feito ANTES do governo Lula e ENTERRADO no governo Lula. Isso é fato!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Livre pensar...

O PoPa soube que um juiz do município de Duque de Caxias-RJ, proibiu a presença de crianças e adolescentes na parada gay (ainda não foi sancionada a lei do comunista Carrion) de lá, o que está gerando muitos protestos. O PoPa, que é um cara que não se intromete nas relações pessoais de ninguém, acha que a decisão está correta. Ora, se existe uma classificação para crianças e adolescentes assistirem a filmes, dependendo da temática do mesmo, é lógica a proibição de crianças em um evento como este.

E não se trata de "homofobia" - palavra desajustada, com etimologia errada - pois o PoPa acha que a união civil de pessoas do mesmo sexo deve ser permitida aos olhos da lei, dando a estes casais os mesmos direitos de todos os outros casais, ditos "normais". O PoPa também acha que é criminoso todo aquele que agride um homossexual, porque é criminoso qualquer um que agrida qualquer pessoa. Pode até ser colocado um "motivo fútil" nesta acusação, já que movido apenas pelo ódio e pelo preconceito, mas é agressão e deve ser tratada como tal, sem a criação de novas leis no já conturbado cenário legal brasileiro.

Esta também pode ser uma boa oportunidade para discutir-se a idade mínima, penal e civil, para que adolescentes de 16 anos, por exemplo, possam participar destes eventos, tomar suas próprias decisões de opção sexual e, como consequência de ter estas vantagens, também ser responsabilizado como adulto, quando praticar ato criminoso.

O brasileiro, principalmente os adeptos do "politicamente correto", adoram sobrenomizar todas as palavras. A mais recente e agressiva aos ouvidos e à linguagem, é essa história da "união homoafetiva", "casamento gay" e outras bobageiras. Casamento é casamento, união é união, direito é direito. Casais do mesmo sexo tem os mesmos direitos dos demais casais. Onde está o problema? Também é simples. Estados e municípios terão que arcar com as despesas decorrentes de dependentes que não existiam antes. Mas isto deveria estar nos cálculos devidos, já que estas pessoas poderiam estar casadas com outro sexo e, então, estes teriam os tais direitos. Ou seja, é balela para tentar economizar, nos lugares errados, a grana pública.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Notícias...

Mantega afirma que Petrobras vai ter que aumentar a gasolina. EPA! Isso que vemos nos postos não é um aumento? Na verdade, o próprio Mantega disse que poderia baixar a CIDE (a roubalheira tributária que está em todo litro de gasolina que o brasileiro consome) para que o aumento não chegasse aos postos. Estamos falando de gasolina a quatro reais?

Osama não estava armado quando foi executado, não teria usado a mulher como escudo. EPA! Os gringos estão se encarregando de construir a imagem de um mártir? Qual o propósito, já que não houveram testemunhas do evento?

A Fibria não vai mais construir a fábrica de celulose na Metade Sul do RS. E alguns prefeitos atribuem a culpa à empresa, que lucrou bastante na região e deixou-a por ser uma capitalista perversa. EPA! Esta empresa, que está longe de ser uma benfeitora de qualquer região, não obteve lucro nenhum na Metade Sul. Ao contrário, teve enormes prejuízos pois montou uma estrutura para a produção de eucaliptos, que incluiu a construção do maior viveiro à céu aberto das américas. Foi vencida pelo atraso, pela lei de fronteira, pela oposição dos que nem sabem o que é uma plantação de eucalíptos. Preferiu instalar-se no Mato Grosso.

Finalmente vamos ter a votação do Código Florestal. Um relatório que não agradou integralmente a nenhuma das partes envolvidas, mas que é um passo importante para não inviabilizar a produção agropecuária brasileira. E os ongeiros querem mais discussão. EPA! Este Código arrasta-se por 12 anos no Congresso! O que as marinas da vida querem, é ganhar no grito...

O PoPa está de saco cheio. Vai rasgar os jornais, a Veja e começar a ler Caras!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin Laden foi ENTERRADO no mar!

Pois nem os grandes escapam de escreverem bobagens... No portal G1, com notícias da BBC, está o registro de que Bin Laden foi "enterrado" no mar (http://glo.bo/kVMMnC). Não só isso, mas afirmando que, de acordo com o jornal 'New York Times ' e a agência de notícias Associated Press, o funeral seguiu o preceito americano de enterrar o corpo no mesmo dia da morte. Coisa esquisita, quererem seguir a "tradição americana" em um caso como este. Mas os gringos não tem este costume, já que os funerais são feitos dias após a morte. Só para lembrar um caso famoso, JFK foi assassinado no dia 22 de novembro de 1963 e sepultado em 25 de novembro.

Ou seja, eles optaram por alimentar uma lenda que não vai ter fim, com a eliminação do cadáver famoso. Ou não teriam o cadáver? tcham, tcham, tcham, tchaaaaaam!!!

A morte de Bin Laden

Ontem à noite, Obama anunciou ao mundo a morte de Bin Laden em uma mansão no Paquistão. Ele estaria ali há vários meses e os americanos prepararam a invasão de um pequeno grupo de comandos para exterminá-lo e a quem tivesse por perto.

Ok, o cara era um pulha e tinha que ser eliminado, mesmo. Mas as notícias são, para o velho PoPa, um pouco estranhas. O NYTimes, por exemplo, dá a notícia da morte de maneira dúbia, apenas reprisando o que Obama falou (Obama disse que Bin Laden está morto...).

Depois vieram as notícias que o corpo tinha sido despejado no oceano. EPA! Os americanos deixaram de levar o corpo para os EUA e, simplesmente, despojaram-no? Medo de retaliações, certamente não é. Um corpo despedaçado poderia ser um fator meio complicado de explicar. O corpo de um cara absolutamente debilitado e semi-morto, também. Mas, mesmo assim, é estranho.

Agora, a TV paquistanesa já afirma que a foto do corpo era falsa. Por que os gringos iriam fomentar este tipo de coisa, simplesmente se livrando do corpo?

Mais uma ação que vai dar o que falar pelas próximas décadas, como o assassinato de JFK. Conspirações, falsidades, engôdo. Tudo pronto para uma superprodução de Hollywood!

A versão reduzida do discurso de Obama, do Kibeloco, é genial:

domingo, 1 de maio de 2011

Ternos para o governo? Ô gente que ganha pouco!

O PoPa ficou sabendo, no site Contas Abertas, que esta semana o Palácio andou gastando bastante em roupas. Só com os ternos masculinos foram gastos R$ 236,5 mil em 1.718 conjuntos da marca Aurélio Dias. Foram compradas 1.718 gravatas! Caramba, este pessoal que trabalha por lá não tem dinheiro para comprar suas próprias roupas? Ao todo, foram quase 500 mil reais em roupas. Isso não te deixa furioso? Teu patrão compra roupas para ti?

Capitalismo de mão única?

O PoPa soube, pelo Diário Popular de Pelotas, que prestadores de serviços na área da saúde fizeram uma reunião para discutir os baixos valores repassados a eles pelos planos de saúde. Reclamação aceita como justa por um deputado presente ao evento. O PoPa não sabe exatamente quais valores estão sendo referenciados, mas acredita que são superiores aos pagos pelo SUS. Ok, vamos considerar que eles tenham razão e precisariam de um aumento nestes valores. Mas ficou pensando em outra coisa, também. As pessoas precisam de um plano de saúde justamente para enfrentar os altos - elevadíssimos - valores cobrados por estes mesmos prestadores, caso o infeliz usuário não tenha um plano de saúde.

Então, o que eles querem é que se aumente os baixos valores pagos pelos planos de saúde, mas querem continuar a cobrar seus elevados preços aos que não dispõe dos tais planos. Quem sabe, se eles tivessem valores decentes, as pessoas não precisariam dos tais planos... Ou, querem ser capitalistas? Batalhem no mercado, não só dos planos, mas dos que não possuem planos!

O que ensinam para nossas crianças?

Em suas leituras vespertinas de domingo, o PoPa ficou sabendo que o governo aprovou livros escolares com críticas ao governo FHC e elogios ao do Cara. Ok, o governo pode querer se auto-elogiar sempre. Para isso, temos as intermináveis - e dispendiosas - publicidades das estatais, dizendo que vivemos no melhor país do mundo, que temos pleno emprego, que isso e aquilo... mas, em se tratando de livros escolares, é mais que uma simples questão de lado a ser apoiado ou criticado. Livros escolares devem se ater aos fatos, nunca criticando ou elogiando aspectos de governos passados e presente. Não cabe a um professor, em sala de aula, dizer que este governo é ótimo e o outro deixou uma "herança maldita". Cabe, sim, ressaltar fatos reais, históricos, ocorridos em determinadas épocas e que tenham sido fundamentais para a formação do nosso povo, da nossa história.

O PoPa também acha que não seria possível, por exemplo, citar o mensalão em livro escolar. Não seria prudente citar os escândalos de um e outro governo. Seria interessante citar as coisas que alteraram nossa visão de futuro. Por exemplo, a inflação absurda que tínhamos e que foi controlada; a atuação das forças armadas para evitar que o Brasil se transformasse em uma nação comunista. Seria interessante que as nossas crianças soubessem o que aconteceu de um lado e de outro. Que pudessem saber as intenções dos guerrilheiros, seus crimes e seus excessos. Que pudessem saber que também houveram excessos nas forças armadas e na polícia da época. Isso é história!

Um livro que fala em apagão no governo FHC, como se não tivesse havido um ainda maior no governo do Cara? Que fala, pasmem, da crise cambial no governo FHC, como se não estivéssemos vivendo a mais grave das últimas décadas? Babaquice tem limite, até mesmo para este povo sem noção. Resta aos pais brasileiros levarem aos seus filhos a verdade histórica. Mas imaginem se isso seria possível em uma nação anestesiada...

O PoPa não vai citar o nome dos livros para não dar espaço à imbecilidade. Mas cita o comentário na livraria online: Uma coleção que apresenta conteúdos atualizados, aliados a um texto crítico e instigante que estimula o aluno a participar ativamente da análise dos acontecimentos históricos. É isso.