O PoPa é ateu. A sua posição, em relação ao aborto, é pela defesa da vida justamente por acreditar que ela é única e que não existe nada além dela. Um católico deveria ser até mais flexível, já que acredita em vida após a morte...
Mas o ponto é que existem milhares de abortos clandestinos no Brasil, anualmente. Milhares de pessoas envolvidas no que é um crime previsto na lei. Certo? Errado! Quantas pessoas são presas, anualmente, pela prática de aborto? Onde estão os milhares de criminosos? Na cadeia? Sendo processados? A sociedade é hipócrita pois criminaliza algo que não é punido de acordo com a própria lei.
O PoPa tem uma solução muito mais adequada. Se a mulher não quer a criança, que seja amparada pelo sistema público e por casais que queiram ter filhos e não podem. Sem contato direto, para não criar problemas posteriores, casais que querem ter filhos podem apoiar - sustentar - uma grávida que não quer o filho. E o sistema público faz a intermediação para adoção imediatamente ao nascimento. Com a possibilidade de escolher pais (ou a mãe) de características físicas similares a do próprio casal (casais negros poderiam escolher crianças negras; japoneses, crianças japonesas...). Crianças que não nasceriam, para casais que querem filhos! Simples! Afinal, por que casais que querem adotar precisam ficar anos em filas de espera?
Quase o PoPa esqueceu o ponto principal! É a idade... Dilma parece ter uma idéia definida sobre o aborto. É favorável a descriminação. Pelos motivos óbvios, e até mesmo lógicos, de defesa da mulher. É uma posição que o PoPa respeita, pois entende o problema que existe e busca uma solução, mesmo que não a mais adequada. O que o PoPa não respeita, é a troca de opinião, para consumo público, apenas porque isso parece estar tirando votos da candidata. Na real, o que está tirando votos é exatamente a falta de vergonha em utilizar um assunto como este para tentar ganhar votos religiosos. A posição que ela tinha é defensável. A que ela apresenta agora, é um desastre!
5 comentários:
Oi Popa amigo. Igualmente a você também SOU ATEU e concordo com o que você expõe com clareza em seu post e lá no comentário em meu blog. Entretanto, é necessário repetir milhares de vezes a esse povinho faminto e desdentado que a mulher é mais falsa que nota de três reais pois, pelo que tenho visto aqui em Maringá é que os eleitores della pensam que est~]ao votando no pinguço de garanhuns. Não sabem que elle já era, que acabou, que não existe mais lulla. Tenho uma dificuldade incrível em fazer esses idiotas úteis (para o pt é claro)ver que a dil-má não é o lulla, razão pela qual repercuto tudo que possa mexer com o imaginário dessa massa -LAMENTÁVELMENTE- ignorante!
Há um erro seu de interpretação: o fato de católico acreditar em vida após a morte não lhe dá direito (nem ele o quer) de assassinar pessoas (em vida intrauterina ou não) para 'encurtar' a passagem aqui na terra.
...
A minha discussão (entre amigos) em relação a senhora Dilma é realmente de postura. Por um punhado de votos ela muda o discurso e, cada vez mais, tem menos credibilidade.
Hoje, aqui em São Paulo, ela citou até a Bíblia! Ora, tenha dó!
...
Melhor do que fornecer tratamento gratuito para quem quiser abortar é dar a população uma política de conscientização não só sobre a responsabilidade de parir um filho (e sustentá-lo), como também esclarecer essa meninada que tem água de coco na cabeça sobre o uso de preservativos.
Evitando a concepção essa polêmica acaba.
Abraço.
Varlice, não é exatamente um erro de interpretação. Talvez de comunicação, já que o PoPa acha que esta vida, por ser única, deveria ser ainda mais protegida pelos ateus (comunista é ateu por concepção - não é o caso do PoPa, que é ateu e capitalista - até que se prove existir coisa melhor).
Claro que um católico praticante sempre deveria ser contra o aborto, por ser um atentado contra a vida. E tens razão, é uma questão de educação básica, de informação. Liberar o aborto seria o equivalente a transformá-lo em método contraceptivo. Mas, neste ponto, a Igreja Católica também peca ao não aceitar o preservativo como contraceptivo. Não que isso faça alguma diferença, claro, mas poderia servir como auxílio na informação.
E o PoPa continua achando que pior que defender a descriminação do aborto, é mentir deliberadamente por interesse político. Como seria na cadeira de presidente?
Sobre o assunto, uma curiosidade que o Cristaldo levantou em artigo recente: são Tomás de Aquino e Santo Agostinho, importantes doutores da Igreja e, bom, SANTOS (difícil imaginar melhor credencial para assuntos religiosos) eram favoráveis ao aborto, e no Concílio de Viena, em 1312, a Igreja se posicionou oficialmente a favor da medida.
Foi só em 1869 que o aborto se tornou "pecado" em qualquer situação para a Igreja Católica.
Alguém explique isso.
Bem, não deve ser difícil de explicar, pois a Igreja costumava fritar hereges nas fogueiras da inquisição...
Postar um comentário