Pois o pessoal das cidades universitárias está se dando conta da onda migratória causada pelo acesso de estudantes através do Enem. Em um primeiro momento, o PoPa também foi contra este tipo de seleção, pois coloca em situação de desigualdade estudantes do interior, contra estudantes das capitais. Agora, Porto Alegre também está tendo uma "invasão" de migrantes de São Paulo, principalmente nas áreas médicas.
Isto é ruim? Talvez não. O PoPa é favorável ao ensino público superior pago, mesmo que não seja com dinheiro. Funcionaria assim: o universitário prestaria trabalho comunitário em sua área de atuação durante determinado período, onde o governo determinasse ser necessário, evidentemente, com um tipo de remuneração adequada. Quem não quisesse participar deste "pagamento", o faria sustentando um estudante durante o mesmo período e no mesmo curso que estudou. Um sistema bem simples que afastaria os "filhinhos de papai" das universidades públicas e daria oportunidades reais para formandos pobres. Sabemos que o início da vida profissional é duro e complicado. Com um sistema como este, haveria um início. Este estudante poderia, inclusive, permanecer no local que lhe foi designado, como profissional contratado ou liberal.
Apesar de ser um sistema socialmente justo, nunca foi discutido pelos políticos. Vamos pensar nisso!
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