quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

E agora, cara?

O cara não é idiota, logo, foi o mentor, ou pelo menos padrinho, da primeira crise militar que se tem notícia depois da redemocratização brasileira. A lei da anistia foi feita para que o Brasil pudesse seguir em frente e anistiar o passado. Alguns dizem que o Brasil precisa conhecer seu passado, no que o PoPa concorda, mas conhecer por inteiro. Acontece que os registro somente existem em instituições oficiais. Como saber o que acontecia nos aparelhos comunistas que tramavam assaltos, assassinatos, terrorismo? Se ficarmos com os poucos escritos que sobraram, temos o manual da guerrilha, de Marighella e depoimentos de terroristas presos, que sempre poderão ser "contestados".

Não é por acaso esta situação. A Dama de Ferro tem exatamente este perfil. Foi no gabinete dela que esta estrovenga foi parida. O cara não é idiota, mas foi parceiro de uma bobagem que nuncanantesnestepaís foi feita: querer reescrever o passado com a pena - e a borracha - de alguns, e não dos melhores, partícipes da história.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Revanchismo - piada de mau gosto

O PoPa andou lendo, no Estadão, que houve uma crise séria no governo brasileiro, quando os comandantes das três forças e o Ministro da Defesa apresentaram seus pedidos de demissão. A origem da crise está em um estudo do Ministro Vanucci, chamado de terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). O revanchismo está na alegada necessidade de revogar uma lei de mais de 30 anos e que pacificou o País. Parecem não dar-se conta que a anistia aos atos terroristas realizados por tantos do atual governo também seria - deveria ser, pelo menos - revogada e ele prestariam contas dos crimes do passado, como querem contra os que torturaram.

Diz o Estadão (que o PoPa copiou do "A Verdade Política"): Ao final de três dias de tensão, o presidente da República e o ministro da Defesa fizeram um acordo político: não se reescreve o texto do programa, mas as propostas de lei a enviar ao Congresso não afrontarão as Forças Armadas e, se for preciso, a base partidária governista será mobilizada para não aprovar textos de caráter revanchista.

EPA! que diabos de acordo é este? Movimentar a base governista para ir contra um projeto de lei remetido pelo executivo???? De todas as insanidades que o PoPa viu partir deste governo esta é, sem dúvida, a mais bizarra.

2010 - Um ano de esperança ou mesmice?

Em 2010, o Brasil terá a oportunidade de fazer seu futuro. Um ano assim, quando vamos escolher novos deputados, novos senadores, novos governadores, novo presidente, é raro acontecer em momento tão importante e tão sensível da vida brasileira. E também será o primeiro ano, desde 1989, que não terá o nome do cara na chapa presidencial.

O PoPa não espera - com a maioria dos candidatos que até agora se apresentaram - que vá haver alguma mudança séria na economia e na política brasileira. Mas sabe que haverá esta grande mudança, se a "Dama de Ferro" for eleita. Ela fará o que o cara não fez. Já disse que quer um Estado forte, o que quer dizer uma ingerência ainda maior na vida econômica e política do brasileiro. Significa um peso maior do Estado e, consequentemente, uma maior carga tributária. Significa mais gente trabalhando para o Estado - ou seja, sem produzir - e maior responsabilidade da classe média para sustentar todo o aparelho estatal, já enorme, já paquidérmico.

Tirando este peso, podemos ter um bom 2010!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

As farcs e o Equador

Pois o PoPa leu no Estadão, ontem, que as farc estão preocupadas com o Equador e denunciam "a agressão e provocação permanente do Exército colombiano na zona fronteiriça e suas incursões em território da república irmã". Isso mais parece uma declaração de que as farc estão usando o território equatoriano de maneira contínua e autorizada. Ou não?

E, para melhorar o dia do PoPa, a declaração do caudilho bolivariano: "La dictadura militar hondureña continúa en el poder. La reacción en todos nuestros países cuenta ahora con un modelo de golpe de Estado para el siglo XXI: golpes con fachada legal que llevan el sello "made in USA".

Se a moda hondurenha pega, a America Latina pode reverter este quadro soturno dos déspotas "democratas".

PoPa, aproveitando a madrugada, quando a Oi deixa o blogger funcionar.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Censura, negócios ou coincidência?

O Blogger está inacessível para quem tem conta na Oi, Telemar, Speedy e outras da mesma empresa. Os acessos parecem ser liberados em pequenas doses, o que significa que não é um problema técnico. Também não deve ser um problema técnico, pois acesso em São Paulo, RS e outros estados estão paralizados ou quase. O PoPa conseguiu acessar, sem problemas, através de uma conexão da NET.

Estranho? Não muito, considerando o que estas teles estão acostumadas a fazer com seus clientes...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sim, eles condenaram o assassinato do governador, mas...

Piedad Cordoba, a senadora colombiana que apoia as farc:

...Exigimos que as farc se pronunciem deixando claro à opinião pública se foram os responsáveis por este crime, pois seria inconcebível (hã?) que depois de tantos esforços e gestões para ganhar terreno no campo humanitário com a libertação de sequestrados, se deem estes feitos atrozes...

Na verdade, caros leitores do PoPa, ela está tentando dizer que as farc não tem nada com o assassinato covarde do governador colombiano. Assassinato com requintes de crueldade, pois fala-se em degola, mas o cara foi morto com um machado!

A nota brasileira foi pior ainda, fala em "violência política". Violência é uma só! Nada de colocar sobrenome em atos covardes como este. As farc nada tem de "política". Para eles, é apenas um negócio, o narcotráfico, que o governo colombiano atrapalha e os vizinhos apoiam. Aliás, na nota brasileira, nem menção às farc.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Chávez vs Holanda

Pois não é que o sujeito quer brigar com a Holanda? O PoPa leu, agora a tardinha, no Estadão: "Estou acusando o Reino dos Países Baixos (Holanda), junto com o império ianque, de preparar uma agressão contra a Venezuela," disse Chávez em reunião com grupos esquerdistas em Copenhague, transmitida pela TV estatal venezuelana. Ainda segundo o jornal, Chávez disse que as ilhas autônomas holandesas do Caribe ficam dentro das águas territoriais venezuelanas. EPA! Na real, parece que Chávez estava querendo ficar com as ilhas para ele. Que negócio é este de que estão dentro das átuas territoriais venezuelanas? Se são autônomas, tem suas próprias águas territoriais...

Estas coisas parecem engraçadas, mas envolvem um maluco que está logo ali, e que é um sujeito belicoso, com pretensões de ser uma espécie de governante bolivariano, de todos os países da região. Cuidado, muito cuidado, com estes loucos! Teve um, em meados do século passado, que começou assim.

Acima da lei e da ordem

As declarações do cara são estarrecedoras: "Não me importo com o que disse o STF. Ele teve a chance de fazer e fez. Eu não dei palpite", afirmou. "A decisão é minha. Tomo a decisão que for melhor para o País. Até lá não tenho o que comentar."

Mesmo que ele siga a orientação do STF, não muda o fato de que ele demonstra estar acima da lei e da Constituição. O pior, na visão do PoPa, é que ele não é contestado por ninguém minimamente obrigado a tomar posições, como a OAB e outras entidades que deveriam ter, na democracia, sua participação.

Triste, não?

Serra, o candidato

Em suas leituras matinais, o PoPa andou lendo na Época, que Serra teria ficado incomodado com a saída de Aécio e que isto o trancaria nas suas andanças como governador, inaugurando obras, fazendo discursos. Ora, se isso não é problema para a declarada candidata do governo, que continua no cargo mais importante da nação, abaixo do presidente, por que deveria ser problema para Serra?

O PoPa ainda está com aquela sensação de que o cara não quer que Dilma se eleja, para que ele regresse como salvador da pátria em 2014. Serra, o PoPa tem quase certeza, não terá coragem suficiente para fazer o que deveria: regular o bolsa família, fazendo uma saída para ele e exigir trabalho ou algo parecido, em troca da benesse. Nossas cidades estão sujas? Nossas escolas precisam de pintura? Por que não usar a mão de obra ociosa do povo que recebe o salário família? Fazendo um governo "politicamente correto", Serra não tem chances com a máquina de oposição do cara, nem contra seu carisma, em 2014. Por outro lado, se fizesse um governo austero e correto, provavelmente, também não teria chances... equação complicada!

Enfim, Serra não é o candidato ideal, mas o PoPa pressente o que seria um governo Dilma, que até o deixaria com saudades do cara...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Brigitte Bardot - "Moi Je Joue"

Com um comercial, dirigido por Sofia Coppola, esta música - da década de 60 - voltou aos ouvidos do público. BB é uma musa de qualquer um que tenha mais de 50 anos... As fotos mostram uma mulher de verdade, sem silicone, sem photoshop...

BB atualmente luta pelos animais, principalmente os filhotes de focas, que são mortos a pauladas para tirar sua pele.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Alba e seus ditadores

Confirmando o que o mundo civilizado já tinha percebido, o PoPa leu no site do Terra, sobre a tal cúpula da alba: Raúl Castro culpou o governo "usurpador e golpista" de Honduras liderado por Roberto Micheletti de ter impedido a "presença física" de Zelaya na cúpula, e criticou que "terminaram aceitando" a manobra golpista e a "farsa eleitoral" nesse país, em referência às eleições de novembro.

Ou seja, a tentativa de tentar colocar Zelaya como presidente de Honduras na tal reunião era real, o que o México não poderia permitir se ele fosse um asilado político. Daí a palhaçada do tal "visitante ilustre..."

A piada pronta - humor negro, segundo o PoPa - ficou por conta de Raúl Chavez:

"De um lado, há um modelo político e econômico dependente, elitista e explorador, herdeiro do colonialismo e do neocolonialismo, subordinado aos interesses do império".

"Do lado oposto, o avanço das forças políticas revolucionárias e progressistas, que representam as classes tradicionalmente despossuídas e discriminadas".

Ele deve saber do que está falando, afinal, foram 50 anos de avanço das forças políticas revolucionárias e progressistas de Cuba, que deram àquele povo todo aquele progresso, toda aquela liberdade...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Cadastro "positivo".


O PoPa tem acompanhado meio de longe as discussões sobre este tal "cadastro positivo" e deu-se conta da grande sacanagem que estão preparando. Ora, qualquer banco, seguradora ou financeira, conhece seu cliente. Se quisessem fazer algum agrado, fariam na forma de menos juros, obviamente. Mas isto não é verdade, pois o PoPa é cliente do Banrisul há mais de 30 anos e os juros do cheque especial continuam nas alturas, como qualquer outro banco.

Mas onde está a sacanagem do tal cadastro positivo? Simples! O cadastro negativo é parcial, momentâneo e, legalmente, não pode permanecer após o acerto de contas. Ou seja, alguém entra na SERASA ou no SPC e sai após pagar, desaparecendo do cadastro negativo. Ou alguém é apontado em um cartório e, se pagar, o cartório não pode sequer informar a ninguém que houve o apontamento (não o protesto). Com o tal cadastro positivo, quem não tiver nota boa será considerado, por consequência, um mau pagador. Ou seja, um cadastro negativo, disfarçado de positivo. Boa idéia, banqueiros e políticos amigos de banqueiros!

Alguém aí pensa que vai pagar menos juros por causa desta bobagem? Esqueçam!

Imagem: ouro nazista. Banqueiros buscam o lucro, o que não é errado, claro. Mas buscar o lucro a qualquer preço, aliando-se a ditadores, é demais! O PoPa, claro, está falando dos banqueiros suiços, que receberam este ouro de Hitler e seus asseclas.

Herança Mardita...

No A verdade Sufocada, o PoPa leu a declaração de Arruda, no momento em que pedia para sair do DEM: "As práticas políticas irregulares do governo anterior são heranças que, admito agora, não consegui extirpar completamente. Para enfrentar esses desafios e garantir a conclusão de todas as obras que comecei, tomo a difícil decisão de deixar a vida partidária, desligando-me neste momento do partido Democratas". Herança? O que ele quis dizer com isso? Que não conseguiu resistir às pre$$ões dos corruptores que já deveriam estar no sistema político de Brasília? É pouco! Tem que ser processado e, caso condenado, que fique preso, junto com todos os outros corruptos e corruptores que também deveriam estar presos. Tá bom, o PoPa está sonhando acordado...

Imagem: À Bauduco, o PoPa se desculpa por associar o slogan "mais molhadinho" ao "rei do panetone". Mas é uma piada pronta, como diria José Simão!

Tenho meu violão para me acompanhar, tenho muitos amigos, eu sou popular...

Zelaya, seu violão e o segurador oficial de chapéu e celular, na embaixada brasileira, em Tegucigalpa. Uma prisão de luxo, segundo o PoPa, onde o meliante fica por vontade própria, às custas de quem, mesmo? Se não temos mais embaixador, de onde está saindo a grana para sustentar a matilha que lá está instalada? Da Cruz Vermelha?

O novo impasse deu-se porque Zelaya não quer asilo em lugar nenhum. Estavam armando um circo no México para que ele se apresentasse como presidente hondurenho, coisa que ele não poderia fazer se asilado fosse. O governo mexicano deu-se conta da furada e caiu fora, suspendendo o pedido de salvo-conduto e condicionando-o ao status de asilo ou "visitante distinto", situações em que ele não poderia fazer política no território mexicano. Segundo O Globo: "O governo brasileiro sabe que até o dia 27 de janeiro estarei lutando para recuperar meu mandato. A possibilidade de permanecer na embaixada (depois da posse de Lobo) depende do tribunal internacional. Tenho aqui o meu violão, posso ficar mais dez anos - disse a uma rádio".

Ora, pensou o PoPa, se o Ita não reconhece o governo de Micheletti, que peça o salvo conduto, sob a alegação de asilo político e depois cancele o asilo assim que o meliante estiver em território brasileiro... afinal, para quem já fez o que fez, qual o problema?

Imagem: Zelaya e seu violão... para mais dez anos. O PoPa até acha um preço pequeno para manter o meliante fora do cenário internacional. Repararam nas muitas fotos onde aparece um pobre capacho segurando chapéu ou celular para o meliante? Trabalho escravo?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Misturando alho e bugalhos - bois e desmatamento

Pois o PoPa acha que jornais devem investir em conhecimento, com pessoas que pensam e comentem certas notícias e não, simplesmente, repetir o que já está em tudo que é canto, na internet, em outros jornais, etc.

No Diário Popular de Pelotas, o PoPa leu uma notícia, no mínimo, imbecil. A pecuária brasileira seria a responsável por metade dos gases estufa produzidos no Brasil. Vejam que beleza:

"A constatação é de estudo realizado por diversos pesquisadores coordenados por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e Roberto Smeraldi, da ONG Amigos da Terra Amazônia Brasileira.

O estudo, que considera principalmente o período de 2003 a 2008, mostra que a pecuária emite aproximadamente mil milhões de toneladas de gases estufa por ano, ante uma produção total no país de 2 mil a 2,2 mil milhões de toneladas anuais.

A pesquisa indica três fontes principais de emissões de gases estufa pela pecuária: o desmatamento para formação de pastagens e queimadas da vegetação derrubada; as queimadas de pastagens; e a fermentação entérica do gado (gases produzidos durante a digestão dos alimentos). O estudo destaca que a maior contribuição da pecuária s emissões se deve ao desmatamento para formação de novas pastagens na Amazônia".

Vamos ver... quando falam desta maneira - e o título da reportagem não deixa dúvidas - parece que toda a pecuária brasileira vive de desmatar a Amazônia, o que já resultou em problemas para a carne gaúcha em terras européias. Vão lá eles saberem que a Amazônia está tão longe daqui quanto da Europa.

Mas, mesmo considerando os desmatamentos e a flatulência do gado, metade dos gases estufa???? Não precisa ser um gênio para saber que esta conta está muito errada! Vamos pensar na flatulência, causada pela fermentação de pasto, que cumpriu sua função de reter carbono do ar. Conta equilibrada, portanto, mesmo considerando o metano que nada mais é que carbono (CH4). Queimadas de pastagens - coisa que não se faz aqui no Sul e que é, tecnicamente errada. Contudo, serve a mesma conta do pasto: o carbono que está sendo lançado no ar pelas queimadas, tinha sido retirado do ar pelo pasto, poucos meses antes. Conta equilibrada, portanto...

O que o PoPa quer dizer é que não concorda com desmatamento para introdução de pastagens e nem concorda com queimadas de pastagens. Mas isso não tem nada a ver com emissão de gases estufa, que são incrementados através da queima de combustíveis fósseis que retiraram carbono da atmosfera milênios atrás. Isso, sim, é danoso ao ambiente. Peido [ou arroto...] de vacas? Bobagem pura!

Jornais tem obrigação de fornecer o contraponto de notícias desta natureza, que podem alterar o mercado internacional negativamente para nosso País e nosso Estado. E contestar com conhecimento científico, as bobagens ditas em nome da ciência!

Os filhos da Argentina e os filhos da ...

O PoPa andou viajando pela Pampa e atravessou a fronteira em Uruguaiana. Entre papos com argentinos, soube que a Cristina está dando 180 pesos por cada filho de argentino pobre - o bolsa família deles. Acontece por lá, o que acontece por aqui. Não se consegue trabalhadores para serviços de baixa qualificação, como na estrada que está sendo construída de Libres até Bs As. Nesta estrada, a maioria dos trabalhadores é da Bolívia, do Paraguai e até da Venezuela. Lá, confirma-se o que já sabemos por aqui, para cada um que não trabalha, alguém trabalha dobrado, pois esta conta precisa ser paga.

Em outro município da Fronteira Oeste, o PoPa ouviu de um prefeito, a queixa recorrente de que, desde a Constituição de 88, muita coisa caiu para a responsabilidade do município, como educação e saúde. Mas os recursos foram escasseando ao longo do tempo, enquanto os custos foram aumentando. No governo federal, no entanto, gasta-se à rodo, sem consequências, sem limites. E o povo continua na merda, para usar as palavras do cara.

E, finalmente, o PoPa ouviu pela enésima vez, alguém falar em público que a agricultura familiar é responsável por 60% do alimento consumido no Brasil. Desta vez, contudo, a afirmação não ficou sem resposta. É falsa a afirmativa! O que se passa é que há uma distorção de informações. O que é verdadeiro, é que 60 a 70% do PIB agropecuário brasileiro provém da pequena propriedade, mesmo sendo esta uma propriedade empresarial, muito distante da agricultura familiar. Para citar um exemplo, o maior terminador de suínos do Brasil está em Itaqui. É uma pequena propriedade, pelos critérios do IBGE, mas é um produtor empresarial, que já foi proprietário de 5.000ha para plantio de arroz.

Portanto, leitores do PoPa, não caiam nesta esparrela. Pequena propriedade é a que tem entre um e quatro módulos fiscais e nem sempre tem a ver com agricultura familiar. Agricultura familiar também não tem nada a ver com assentamentos, pois existem desde a colonização desta terra. São, portanto, duas coisas que os que manipulam informações usam como querem. Mentem ao unir agricultura familiar com reforma agrária. Mentem quando querem dizer que os assentados são responsáveis por alguma parte da produção de alimentos deste País.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ao pó votarás...

Em suas leituras matinais, o PoPa andou lendo sobre a quase certa reeleição de Evo. Vejam o que escreveu Chávez à respeito: "A Bolívia avança para sua descolonização definitiva", "Evo é um homem puro, cristalino".

O PoPa complementa: cristalino e branco. Já a pureza vai depender do refino posterior...

Imagem: Angelina, degustando um morango. Se a notícia é ruim, por que a imagem tem que ser também?

domingo, 6 de dezembro de 2009

Por que agora?

O PoPa já disse que não concorda com a tal Declaração de Hamburgo, mas que também não faz clipping usualmente. Mas o que está a seguir não é uma notícia, não custou nada para a Folha e é de interesse público. O PoPa sequer comentou o artigo inicial, por não ver tanta importância assim ao seu conteúdo. No entanto, este artigo mostra que aquele é importante. Tão importante que deveria estar no bolso de cada brasileiro, para lê-lo como oração, para ter presente na sua mente, o perigo que ronda nosso País. O que Cesar Benjamim escreve, sua constatação, é estarrecedor! E é algo que se estivesse em um romance de ficção, ninguém acreditaria. O tempo dirá se ele está com a razão.

Por que agora - Cesar Benjamim

DEIXO de lado os insultos e as versões fantasiosas sobre os “verdadeiros motivos” do meu artigo “Os Filhos do Brasil”. Creio, porém, que devo esclarecer uma indagação legítima: “por quê?”, ou, em forma um pouco expandida, “por que agora?”. A rigor, a resposta já está no artigo, mas de forma concisa. Eu a reitero: o motivo é o filme, o contexto que o cerca e o que ele sinaliza.

Há meses a Presidência da República acompanha e participa da produção desse filme, financiado por grandes empresas que mantém contratos com o governo federal.
Antes de finalizado, ele foi analisado por especialistas em marketing, que propuseram ajustes para torná-lo mais emotivo.

O timing do lançamento foi calculado para que ele gire pelo Brasil durante o ano eleitoral. Recursos oriundos do imposto sindical -ou seja, recolhidos por imposição do Estado- estão sendo mobilizados para comprar e distribuir gratuitamente milhares de ingressos. Reativam-se salas pelo interior do país e fala-se na montagem de cines volantes para percorrerem localidades que não têm esses espaços. O objetivo é que o filme seja visto por cerca de 5 milhões de pessoas, principalmente pobres.

Como se fosse pouco, prepara-se uma minissérie com o mesmo título para ser exibida em 2010 pela nossa maior rede de televisão que, como as demais, também recebe publicidade oficial. Desconheço que uma operação desse tipo e dessa abrangência tenha sido feita em qualquer época, em qualquer país, por qualquer governante. Ela sinaliza um salto de qualidade em um perigoso processo em curso: a concentração pessoal do poder, a calculada construção do culto à personalidade e a degradação da política em mitologia e espetáculo. Em outros contextos históricos isso deu em fascismo.

O presidente Lula sabe o que faz. Mais de uma vez declarou como ficou impressionado com o belo “Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore, que narra o impacto dos primeiros filmes na mente de uma criança. “O Filho do Brasil” será a primeira -e talvez a única- oportunidade de milhões de pessoas irem a um cinema. Elas não esquecerão.

Em quase oito anos de governo, o loteamento de cargos enfraqueceu o Estado. A generalização do fisiologismo demoliu o Congresso Nacional. Não existem mais partidos. A política ficou diminuída, alienada dos grandes temas nacionais. Nesse ambiente, o presidente determinou sozinho a candidata que deverá sucedê-lo, escolhendo uma pessoa que, se eleita, será porque ele quis. Intervém na sucessão em cada Estado, indicando, abençoando e vetando. Tudo isso porque é popular. Precisa, agora, do filme.

Embalado pelas pré-estreias, anunciou que “não há mais formadores de opinião no Brasil”. Compreendi que, doravante, ele reserva para si, com exclusividade, esse papel. Os generais não ambicionaram tanto poder. A acusação mais branda que tenho recebido é a de que mudei de lado. Porém os que me acusam estão preparando uma campanha milionária para o ano que vem, baseada em cabos eleitorais remunerados e financiada por grandes grupos econômicos. Em quase todos os Estados, estarão juntos com os esquemas mais retrógrados da política brasileira. E o conteúdo de sua pregação, como o filme mostra, estará centrado no endeusamento de um líder.

Não há nada de emancipatório nisso. Perpetuar-se no poder tornou-se mais importante do que construir uma nação. Quem, afinal, mudou de lado? Aos que viram no texto uma agressão, peço desculpas. Nunca tive essa intenção. Meu artigo trata, antes de tudo, de relações humanas e é, antes de tudo, uma denúncia do círculo vicioso da extrema pobreza e da violência que oprime um sem-número de filhos do Brasil. Pois o Brasil não tem só um filho.

Reitero: o que escrevi está além da política. Recuso-me a pensar o nosso país enquadrado pela lógica da disputa eleitoral entre PT e PSDB. Mas, se quiserem privilegiar uma leitura política, que também é legítima, vejam o texto como um alerta contra a banalização do culto à personalidade com os instrumentos de poder da República. O imaginário nacional não pode ser sequestrado por ninguém, muito menos por um governante.

Alguns amigos disseram-me que, com o artigo, cometi um ato de imolação. Se isso for verdadeiro, terá sido por uma boa causa.

A reação já se faz sentir em várias instâncias. Cesar é funcionário da TV Educativa do Paraná, atuando como comentarista. No Estadão, uma reportagem sobre isto: O governo do Estado [do Paraná] condenou a manifestação de Benjamin. "O governo manifesta forte indignação com o texto do funcionário da TV Educativa, considerando a publicação do artigo, ainda mais em um jornal claramente de oposição ao governo federal, uma atitude injustificada, absurda, fora de qualquer propósito, e parece que a serviço de uma determinada corrente político eleitoral", disse o secretário da Comunicação, Benedito Pires. [grifos do PoPa]

Repare que o secretário não questiona exatamente o conteúdo, mas o fato de ser funcionário da TV e publicar o artigo em jornal de oposição (a Folha???). Demonstra, claramente, como pensam os que controlam o Estado do Paraná. Outros virão, com certeza. É tarefa das mais importantes divulgar este artigo.

obs: o artigo foi copiado do site de Reinaldo Azevedo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Religião e sociedade - a prova do Enem

Pois o PoPa não é de discutir religião, acreditando que é um assunto absolutamente pessoal. No entanto, quando as religiões inserem suas próprias leis dentro das leis da sociedade, aí o PoPa acha que alguma coisa está errada.

Hoje foi o dia da prova do Enem - aquela coisa que o governo inventou para fazer bobagens com ar científico. Aconteceu de uma jovem não fazer a prova, pois sua religião não permite nenhuma atividade antes do por do sol de sábado. Guardar os sábados, ela disse. No entanto, andou correndo de um lado para outro, buscando uma solução. Esta correria toda não fez ela romper o que diz a religião? Ela buscar "seus direitos" e alegar "intolerância religiosa" em uma entrevista não são ações proibidas por sua religião? Afinal, ela não guardou o sábado.

Apenas para pensar: religiões deveriam promover a paz, a tolerância e, principalmente, a convivência em sociedade, atendendo as regras e leis desta mesma sociedade.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

E Zelaya tá fora!

Contrariando a expressão máxima da tal "comunidade internacional", os hondurenhos resolveram que não vão aceitar a volta de Zelaya, mesmo que por um período de apenas um mês. Dos 128 deputados, apenas 14 acharam que Zelaya deveria voltar à presidência. 111 votaram para manter o meliante na embaixada brasileira...

Mas não foi o que pode se chamar simplesmente de decisão política. Os deputados ouviram os pareceres de várias entidades, todas contra a volta de Zelaya. Foram lidos os pareceres da Corte Suprema de Justiça, do Conselho Nacional de Direitos Humanos, da Procuradoria Geral da República e da Fiscalização Geral da República.

Aí está! A democracia hondurenha dando lições à América Latina. Quem sabe o temor maior dos bolivarianos e associados, uma onda libertadora, não comece por lá e estenda-se pelo continente?


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ignorância e Desinformação

A manchete do El Heraldo, de Honduras, diz tudo. O corpo da notícia complementa:

Em declarações difundidas ontem (30/11) pela BBC, da Silva afirma que o reconhecimento do governo de Lobo Soza "está fora de cogitação".

"Não, não e não. Definitivamente não", enfatizou, diante da insistência de jornalistas que pergutavam se o Brasil reconheceria a legitimidade do novo governo, expressada de forma massiva e contundente nas urnas.
...

"Este cidadão (Lobo) tem o direito de fazer as gestões que acredite convenientes. Se houver novidade, vamos discutir o novo, mas por hora, a posição brasileira é de não aceitar o processo eleitoral em Honduras".

Suaves, os hondurenhos. Qualificam de desinformação uma atitude hostil de um governante que tripudiou a democracia deles durante tanto tempo, apoiou a tentativa de uma guerra civil e continua torcendo pelo pior. Sorte dos hondurenhos, que ele nada pode contra a vontade popular de lá.