sábado, 4 de agosto de 2007

Morte anunciada do transporte aéreo

Texto escrito durante o Governo FHC:

A crise da aviação brasileira, que vem se arrastando há muitos anos, atinge um estágio terminal, sem que se vislumbre uma solução no horizonte. A recente paralisação dos vôos da Transbrasil é um mau presságio. Antes de chegarmos a uma situação irreversível para o setor como um todo, convém refletir se vale a pena deixar as empresas brasileiras de aviação entregues à própria sorte ou se é interessante para o país ter uma aviação nacional competitiva.

O transporte aéreo é reconhecidamente um setor estratégico, principalmente para um país grande como o Brasil. Trata-se de um importante elo de integração nacional. E um vetor de desenvolvimento de certas regiões através do turismo e do transporte de carga. A aviação comercial é também uma grande geradora de empregos e pagadora de impostos. Por todos esses motivos outros países cuidam de preservar suas empresas de aviação. Recentemente, o governo republicano do sr. Bush pediu ao Congresso americano a liberação de US$ 15 bilhões para socorrer as empresas de aviação americanas atingidas direta ou indiretamente pelos atentados do dia 11 de setembro de 2001.

Aqui, no Brasil, há vários aviões de companhias brasileiras mantidos em terra ou sendo devolvidos por falta de condições de vôo para as companhias. Na verdade, a aviação brasileira sofre uma crise de longa data que apenas foi agravada pelo encolhimento do mercado mundial e pela valorização do dólar. Múltiplos foram os fatores que tornaram difícil a sobrevivência das companhias brasileiras. Inclusive um grande rol de mazelas, má gestão e extravagâncias de alguns dos magnatas desse outrora rico setor.

Entretanto, é preciso avaliar a parcela de responsabilidade do setor público e, mais especificamente, da política macroeconômica no enfraquecimento dessas companhias. Os altos juros praticados pelo governo brasileiro desde o início da década, juntamente com uma carga fiscal elevada, incidindo sobre as atividades produtivas, afetaram negativamente esse e outros setores da economia brasileira.

São condições adversas que se mantêm todo esse tempo e se agravam, no caso específico das empresas de aviação, quando há menos passageiros viajando e a subida do dólar encarece despesas que essas empresas possuem em dólares. Nesse sentido, vale sim uma intervenção das autoridades competentes, não para presentear as empresas com o suado dinheiro dos contribuintes, mas para dar as condições macroeconômicas de sobrevivência e de competitividade, antes que elas sejam engolidas pelas grandes companhias estrangeiras.

Outros países caminharam nessa direção. No inicio dos anos 90, em razão da Guerra do Golfo, a aviação civil dos Estados Unidos havia perdido US$ 10 bilhões. As dívidas acumuladas eram de mais de US$ 35 bilhões, impedindo a realização dos investimentos necessários para enfrentar a concorrência internacional. Por solicitação do presidente Clinton e do Congresso americano, foi criada em abril de 1993 a Comissão Nacional para Assegurar uma Indústria Forte e Competitiva. Após ouvir representantes dos mais diversos segmentos da sociedade, inclusive os trabalhadores, essa Comissão recomendou o fortalecimento tecnológico do sistema de transporte aéreo dos Estados Unidos, assim como suporte financeiro para ele responder rapidamente às mudanças no cenário mundial e dotá-lo de eficiência para movimentar pessoas, produtos e serviços para mercados onde quer que eles existam. Os europeus não deixaram por menos. Ainda na década de 90, França, Itália, Espanha e Portugal promoveram juntos aportes de capital superior a US$ 7 bilhões em suas empresas aéreas.

No Brasil, apesar da reestruturação promovida pelas empresas de transporte aéreo durante a década de 90 - envolvendo mais de 15 mil demissões, terceirizações e outras medidas "saneadoras", os resultados acabaram sendo um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão e a tendência é de o setor continuar afundando. Isso sem considerar que houve ampla evolução favorável da produtividade do trabalho, com a receita por funcionário tendo crescido 225% em termos reais, igualando-se aos padrões internacionais.

O que é preciso para que o nosso país tenha um transporte aéreo eficiente e barato? E para que as empresas voltem a contratar e operar com lucro? Para que voltem a ocupar o terreno cedido para as empresas estrangeiras que até hoje dominam cerca de 35% do mercado de linhas externas? Perdemos mercado em razão das imensas vantagens comparativas de escala e de custos, favoráveis às empresas norte-americanas de aviação. Para elas, o mercado brasileiro representa menos de 2% do seu mercado internacional, enquanto para nossas empresas o mercado para os EUA equivale a quase 50%. E mais: enquanto as quatro empresas norte-americanas que operam para o Brasil possuem juntas quase 2.300 aeronaves, as duas brasileiras (TAM e Varig) possuem 170. Quanto à estrutura de custos, as vantagens para as americanas não são menores. Para elas, o e combustível é mais barato: a incidência de impostos sobre o querosene é de 8% contra 33% para as brasileiras; o financiamento de capital de giro custa cerca de 40% para nós contra menos de 3% para as americanas (4% na Europa). A carga tributária chega a 35% sobre as passagens contra 7,5% nos EUA (16% na Europa). As vantagens prosseguem quanto às condições para aquisição de aeronaves (leasings), seguros e outras operações.

Portanto, para o setor sair da crise seriam necessárias medidas governamentais voltadas para assegurar a isonomia tributária e de financiamento às empresas brasileiras, compatíveis com a realidade internacional.

Ou seja, as condições de concorrência teriam de ser equalizadas. Seria urgente a revisão dos acordos bilaterais vigentes. Não parece ser essa a diretriz governamental. No inicio de 2001, o Executivo encaminhou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que somente piorava as condições do setor.

A comissão responsável pela analise do projeto, após mais de seis meses de trabalho continuo envolvendo o depoimento de autoridades governamentais, empresários, trabalhadores e especialistas nacionais e estrangeiros, resolveu modificar profundamente o projeto, adequando-o aos padrões internacionais vigentes. E o que fez o governo FHC? No dia da votação, de forma autoritária, simplesmente retirou o projeto, encerrando a discussão.

Enquanto isso, empresas aéreas nacionais estão falindo, milhares de trabalhadores continuam perdendo seus empregos, divisas estrangeiras deixam de entrar no Brasil e o nosso país perde cada vez mais capacidade competitiva. Até quanto, senhor presidente?

Luis Inácio Lula da Silva, presidente de honra do PT



Na Folha de São Paulo:

Quatro dos cinco diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) fizeram, de julho de 2006 a julho de 2007, 246 viagens pelo país bancadas pelas companhias aéreas que fiscalizam, aproveitando-se do chamado passe livre. A média é de uma viagem a cada um dia e meio ou 20,5 por mês.

Leur Lomanto foi o que mais usou do benefício: 78 viagens, 51 apenas em setembro e outubro de 2006. A maioria para Salvador, sua terra natal.

O presidente da agência, Milton Zuanazzi, usou 58 vezes o passe livre no ano passado. Neste ano, não há registro de que ele tenha viajado de graça. Joseph Barat viajou 63 vezes no último ano a cargo das companhias e Denise Abreu, 47.

Documentos enviados pela Anac à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, obtidos pela Folha, indicam que Lomanto fez todas as viagens pela TAM. Nas vezes em que as justificou, informou que era para inspecionar o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da Anac no aeroporto de Salvador. O regimento interno da agência, porém, não atribui à diretoria o papel de inspecionar nenhuma área da aviação civil.

Geralmente, ele saiu de Brasília, sede da Anac, ou do Rio, onde a agência tem escritório, direto para Salvador, onde mora. A justificativa é a mesma dos demais diretores.

De julho a dezembro de 2006, o presidente da Anac viajou 58 vezes --43 em agosto. Na maioria, o destino foi Porto Alegre, onde mora. Além de inspeções, alegou reuniões de diretoria. Viajou normalmente pela TAM. Barat também viajou pela empresa na maioria das vezes. Em agosto foram 37 viagens para Rio, SP e Brasília.

Denise Abreu também usou passagens grátis para desembarcar nos mesmos destinos de Barat. Argumentou como os demais: reuniões e inspeção.

PoPa: Estranha maneira de fiscalizar. E o salário deve ser baixo, pois precisam de um vale transporte...

Imagem: Denise Abreu, fumando um charutinho (coisa dazelites), clicada por Dida Sampaio, da Agência Estado.

Que vanha o Pravda ou o Granma!

Na Zero Hora de hoje:

A crise aérea e as vaias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizeram com que o PT elegesse mais uma vez a imprensa como responsável pelo desgaste do governo. Desde o escândalo do mensalão, em 2005, o partido não adotava um discurso tão duro contra os órgãos de comunicação.

Uma resolução aprovada pela executiva nacional do PT, na terça-feira, conclama militantes da sigla a resistir ao que qualifica de "ofensiva da direita, articulada com setores da mídia". A decisão provocou reações de entidades nacionais e internacionais de profissionais e veículos de imprensa.

Esta resolução foi duramente criticada pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF):
No comunicado, assinado pelo secretário-geral, Robert Ménard, a entidade classifica o documento petista como "inoportuno e infundado". Ménard sustenta que a mídia não poderia se omitir diante de fatos relacionados com a tragédia em Congonhas e as vaias ao presidente na abertura do Pan, em 13 de julho. "A resolução do PT é um mau sinal, indigno de um partido democrático. Ela não faz nada além de alimentar os rancores. Ela deve ser suprimida", sugere o documento da RSF.

O jornal O Globo publicou artigo de autoria do secretário nacional de Finanças do PT, Paulo Ferreira, no qual ele critica a postura da imprensa nos dois episódios. Ontem, no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Ferreira disse que o PT vem amadurecendo a idéia dessa resolução há alguns anos.

O PoPa ficou estarrecido com a declaração do Paulo Ferreira. Se estão amadurecendo a idéia desta resolução há alguns anos, quer dizer que pensam em malhar a imprensa seriamente há uns três anos, pelo menos, ou logo após terem assumido o governo no primeiro mandato. EPA!

Seguindo a Zero Hora: A deputada federal Maria do Rosário, 2ª-vice-presidente nacional do PT, endossou o conteúdo da resolução. Ela disse que a sigla propõe um debate sobre a comunicação e reclamou que o tema é visto como um dogma:

- A imprensa exerce poder e deve também estar sujeita à análise.

Maria do Rosário acrescentou que a executiva nacional do PT identifica a existência de um movimento elitista na mídia e que setores da imprensa prejudicam o partido.

O PoPa continua sem saber o que quer este partido. Vejam a do Rosário falando que setores prejudicam o partido. Queria o quê? Unanimidade? Aplauso fácil? Esquecem que setores da imprensa tiraram Collor do governo (e eles gostaram e aplaudiram), que setores da imprensa colocaram Lula no Planalto? E o que quer dizer "também sujeita à análise"? Quem sabe imprensa para ela seria o Pravda ou o Granma?

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Boicote? Não, mas deveria...

Deu no Estadão:

Venda de passagens da TAM caiu 30% depois do acidente

Presidente da companhia não soube definir a causa da retração nas vendas, mas citou três possibilidades: a crise aérea, o fim da alta temporada, e as medidas do governo para os aeroportos.

Bem, modestamente, o Pobre Pampa coloca uma quarta opção, talvez a primeira da lista: Medo de voar com a TAM... Medo de voar com os Airbus da TAM...

Na CPI, o presidente disse mais algumas coisas interessantes:

O deputado Pepe Vargas (PT) questionou Bologna (presidente da TAM) sobre problemas de frenagem registrados no dia anterior ao acidente e registrados em relatório de piloto.

"O avião poderia operar com até os dois reversos pinados. Ele estava absolutamente dentro das condições", afirmou Bologna.

O presidente da TAM também foi questionado sobre a manutenção feita na aeronave em Campo Grande e se "O conjunto de sinais não levariam a ter uma conduta preventiva de retirar a aeronave de circulação até uma manutenção mais pesada?"

"A aeronave fez manutenção longa no final de 2006. A outra seria depois. O sensor de trem de pouso (que acusou necessidade de reparo), foi sanado no local. Isso está dentro da política. Isso ocorre em vários aviões que estão voando", defendeu-se Bologna.

E você, vai atrever-se a voar TAM?

MST, INCRA, UFPel

Uma das justificativas para a criação de um curso de veterinária específico para o MST, é de que não se conseguem profissionais da área para trabalhar nos assentamentos. Segundo o Incra, agrônomos e técnicos agrícolas não faltam.

Hoje pela manhã, o PP leu no jornal local, que o MST novamente invadiu a fazenda da Palma, em Pedro Osório para fazer uma horta. Que agrônomos estão orientando estes "agricultores"? Que tipo de horta estão querendo fazer em pleno inverno, em uma área descampada? Pobre gente, que pretende sobreviver do trabalho no campo... pretendem?

O Pobre Pampa já comentou o assunto da "classe especial" da UFPel: O Orgulho de Fazer a Coisa Certa e Cotas & Cotas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Trapalhadas

Alguns aloprados ligados ao governo, resolveram fazer um ato que alimentasse a idéia de que as oposições e a mídia quisessem um enfrentamento mais duro. E mandaram alguns subordinados fazerem o trabalho sujo.

Contudo, algo parece ter dado errado, pois o som ouvido, que não foi de vaias nem de aplausos, espalhou o medo entre a população. Teorias conspiratórias foram imediatamente endossadas pelo governo, que até trocou alguns personagens para dar a impressão que estaria interessado na verdade. Não adiantou muito, pois a mídia, essa entidade golpista, começou a desconfiar e a fazer suas próprias investigações, mesmo que contrárias ao desejo do governo. A primeira reportagem da revista Veja sobre o assunto já instigava seus leitores a aprofundarem mais o conhecimento do evento. Nada batia com a versão oficial, mas o governo se esforçava muito para que a verdade ficasse confinada ao palácio.

Deputados ligados à base governista, imediatamente partiram para a defesa do governo, enquanto a oposição, timidamente, tentava saber o que realmente acontecia. Timidamente, pois com alguns governos há que ter cuidado, pois são vingativos e as conseqüências poderiam ser desastrosas para uma carreira política. Afinal, estamos falando de um governo ufanista, nacionalista ao extremo, que não mediria esforços para conter qualquer tentativa de reversão de um quadro, por muitos tido como centralizador e autoritário.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Prosa & Política - Mulheres, tomem o poder!!!!

Circula na internet, um texto de Adriana Vandoni (link ali do lado: Prosa & Política). Mas, como o texto tem uma alteração meio xula, achei interessante colocá-lo por aqui, na maneira como foi escrito.

Presidente, vá se danar!

Não sei se é desespero ou ignorância. Pode ser pelo convívio com as más companhias, mas eu, com todo o respeito que a "Instituição" Presidente da República merece, digo ao senhor Luis Inácio que vá se danar. Quem é ele para dizer, pela segunda vez, que tem mais moral e ética "que qualquer um aqui neste país"? Tomou algumas doses a mais do que o habitual, presidente?

Esta semana eu conheci Seu Genésio, funcionário de um órgão público que tem infinitamente mais moral que o senhor, Luis Inácio.

Assim como o senhor, Seu Genésio é de origem humilde, só estudou o primeiro grau e sua esposa foi babá. Uma biografia muito parecida com a sua, com uma diferença, a integridade. Ao terminar um trabalho que lhe encomendei, perguntei a ele quanto eu o devia. Ele olhou nos meus olhos e disse:

- Olha doutora, esse é o meu trabalho. Eu ganho para fazer isso. Se eu cobrar alguma coisa da senhora eu vou estar subornando. Vou sentir como se estivesse recebendo o mensalão.

Está vendo senhor presidente, isso é integridade, moral, ética, princípios coesos. Não admito que o senhor desmereça o povo humilde e trabalhador com seu discurso ébrio.

Seu Genésio, com a mesma dificuldade da maioria do povo brasileiro, criou seus filhos. E aposto que ele acharia estranho se um dos quatro passassem a ostentar um patrimônio exorbitante, porque apesar tê-los feito estudar, ele tem consciência das dificuldades de se vencer. No entanto, Lula, seu filho recebeu mais de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares) de uma empresa de telefonia, a Telemar. E isso, apenas por ser seu filho, presidente! Apenas por isso e o senhor achou normal. Não é corrupção passiva? Isso é corrupção Luis Inácio! Não é ético nem moral! É imoral!

E o senhor acha isso normal? Presidente, sempre procurei criar os meus filhos dentro dos mesmos princípios éticos e morais com que fui criada. Sempre procurei passar para eles o sentido de cidadania e de respeito aos outros. Não posso admitir que o senhor, que deveria ser o exemplo de tudo isso por ser o representante máximo do Brasil, venha deturpar a educação que dou a eles. Como posso olhar nos olhos dos meus filhos e garantir que o trabalho compensa, que a vida íntegra é o caminho certo, cobrar o respeito às instituições, quando o Presidente da República está se embriagando da corrupção do seu governo e acha isso normal, ético e moral?

Desafio o senhor a provar que tem mais moral e ética que eu!

Quem sabe "vossa excelência" tenha perdido a noção do que seja ética e moralidade ao conviver com indivíduos inescrupulosos, como o gangster José Dirceu (seu ex-capitão), e outros companheiros de partido, não menos gangsteres, como Delúbio, Sílvio Pereira, Genoíno, entre outros.

Lula, eu acredito que o senhor não saiba nem o que seja honestidade, uma prova disso foi o episódio da carteira achada no aeroporto de Brasília. Alguém se lembra? Era início de 2004, Waldomiro Diniz estava em todas as manchetes de jornal quando Francisco Basílio Cavalcante, um faxineiro do aeroporto de Brasília, encontrou uma carteira contendo US$ 10 mil e devolveu ao dono, um turista suíço. Basílio foi recebido por esse senhor aí, que se tornou presidente da república. Na ocasião, Lula disse em rede nacional, que se alguém achasse uma carteira com dinheiro e ficasse com ela, não seria ato de desonestidade, afinal de contas, o dinheiro não tinha dono. Essa é a máxima de Lula: achado não é roubado.

O turista suíço quis recompensar o Seu Basílio lhe pagando uma dívida de energia elétrica de míseros 28 reais, mas as regras da Infraero, onde ele trabalha, não permitem que funcionários recebam presentes. E olha que a recompensa não chegava nem perto do valor da Land Rover que seu amigo ganhou de um outro "amigo".

Basílio e Genésio são a cara do povo brasileiro. A cara que Lula tentou forjar que era possuidor, mas não é. Na verdade Lula tinha essa máscara, mas ela caiu. Não podemos suportar ver essa farsa de homem tripudiar em cima na pureza do nosso povo. Lula não é a cara do brasileiro honesto, trabalhador e sofrido que representa a maioria. Um homem que para levar vantagem aceita se aliar a qualquer um e é benevolente com os que cometem crimes para benefício dele ou de seu grupo e ainda acha tudo normal! Tenha paciência! "Fernandinho beira-mar", guardando as devidas proporções, também acha seus crimes normais.

Desculpe-me, 'presidente', mas suas lágrimas apenas maculam a honestidade e integridade do povo brasileiro, um povo sofrido que vem sendo enganado, espoliado, achacado e roubado há anos. E é por esse povo que eu me permito dizer: Presidente, vá se danar!

Imagem: Adriana, uma mulher que pode ajudar a mudar estepaís, com a cara e a coragem da mulher brasileira!

Enquanto isso, em Cuiabá...

“Na época da eleição, 10 pobres valem mais que um jantar com um banqueiro. Mas, depois das eleições, meio banqueiro vale mais que 10 mil pobres.”

“Os que estão vaiando são os que mais deveriam estar aplaudindo. Foram os que ganharam muito dinheiro no meu governo. É só ver quanto ganharam os banqueiros, os empresários. Não conheço um deles que tem uma biografia que lhe permita sequer falar em democracia nesse país. E eu conheço muitos deles.”

Do blog de Reinaldo Azevedo

ninguémsabenessepaís colocar mais gente na rua do que eu

Do site "ultimo segundo":

"Se quiserem brincar com a democracia, ninguém sabe nesse País colocar mais gente na rua do que eu", declarou o presidente em auditório fechado do Centro de Eventos do Pantanal, onde anunciou para mil convidados - rigorosamente selecionados e que muito o aplaudiram -, a liberação de R$ 521,5 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de saneamento básico no Mato Grosso.

O presidente acredita ter identificado quem o hostiliza. "Os que estão vaiando são os que mais deveriam estar aplaudindo. Foram os que ganharam muito dinheiro nesse País no meu governo. É só ver quanto ganharam os banqueiros os empresários."

Então, tá! Talvez não sejam estes que estejam vaiando... o PP não é banqueiro nem empresário e, se tivesse chance, estaria vaiando!

O orgulho de fazer a "coisa certa"

O PP andou pesquisando, para saber o que a UFPel estava dizendo sobre sua decisão de criar um curso especial para os assentados do MST. Pois não parecem muito orgulhosos do feito, já que apenas uma pequena nota apareceu no site, nas notícias - já desapareceu da primeira página:

20/07/07 Conselho Universitário aprova Veterinária para assentados e agricultores familiares - O Conselho Universitário da UFPel, órgão deliberativo máximo da instituição, aprovou nesta sexta-feira(20) a instalação do curso de graduação em Medicina Veterinária para assentados da reforma agrária e agricultores familiares. O curso será vinculado ao Centro de Capacitação e Desenvolvimento Rural Sustentável da UFPel e será realizado em convênio com o Incra e com o Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA). Foram 36 votos a favor, 20 contra e nenhuma abstenção.

Chamou a atenção do PP, o fato de falarem em "agricultures familiares". Mas, procurando mais informações sobre o assunto no site do Incra, a verdade. No Manual de Operações do PRONERA (Projeto de formação profissional em nível superior para jovens e adultos em áreas de reforma agrária) explicitamente diz que são somente os oriundos dos assentamentos, devidamente autorizados pelo próprio movimento, como o amém do Incra, que poderão participar do curso.


Do site do INCRA:

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) aprovou, na última sexta-feira (20), a instalação do curso de graduação em Medicina Veterinária para assentados da reforma agrária e agricultores familiares. Ele será realizado em convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e destinado aos filhos de assentados, aos agricultores familiares e seus dependentes. (PP: novamente citam agricultores familiares, mas o "Manual do PRONERA" explicita que somente os oriundos dos assentamentos podem participar. A quem eles querem enganar?)

A criação desse curso visa suprir a necessidade de mão-de-obra de médicos veterinários para trabalhar dentro dos assentamentos da reforma agrária, afirma o superintendente do Incra no Rio Grande do Sul, Mozar Artur Dietrich. “Nós não estamos conseguindo fazer a contratação de médicos veterinários para trabalhar dentro dos assentamentos da reforma agrária no Brasil inteiro. Conseguimos a contratação de engenheiros agrônomos e de técnicos agrícolas, mas há uma grande carência de médicos veterinários que queiram trabalhar dentro dos assentamentos. Em função disso, é que está sendo aberto esse curso”, explica Dietrich.

Convênios para infra-estrutura e educação

Para viabilizar a execução do curso foram celebrados dois convênios entre o Incra/MDA e a UFPel. O primeiro deles, assinado no ano passado, foi firmado para a criação do Centro de Capacitação e Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), que será construído dentro do Campus Universitário.

Esse convênio assegura à Universidade um recurso de R$ 3,5 milhões que será aplicado em obras de infra-estrutura. Segundo o superintendente do Incra/RS, o atual prédio é bastante precário e afastado do campus (PP: serve para os demais estudantes, mas é precário para o MST). “Com a construção do novo prédio para o curso de Medicina Veterinária a faculdade como um todo será beneficiada”, afirma.

O recurso disponibilizado também será utilizado na compra de equipamentos clínico-cirúrgicos novos, na construção de uma área de lazer, de uma creche para estudantes que tenham filhos e na construção de um alojamento novo (PP: não há alojamento antigo no campus) com capacidade para 100 pessoas. Esse espaço será reservado para que os assentados possam se instalar dentro do campus durante a graduação.

O segundo convênio foi firmado com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) - desenvolvido pelo Incra - e destina R$ 150 mil para financiar o curso. O recurso será utilizado para custear a realização do vestibular (PP: pra quê?), a contratação de professores e a aquisição de material de expediente.

Seleção dos candidatos

A proposta prevê a oferta de 60 vagas para assentados credenciados pelo Incra. A previsão é que as provas sejam realizadas até setembro, em Pelotas (RS). Qualquer assentado ou filho de assentado inscrito no Incra pode se candidatar às vagas desde que tenha sido indicado pelo assentamento onde mora e obtenha, do superintendente regional do Instituto, uma carta de anuência para poder se inscrever.

O vestibular para seleção dos candidatos terá conteúdo idêntico aos demais concursos da Universidade. Haverá uma primeira prova para pré-selecionar 80 candidatos, que farão um estágio de vivência de um mês no Campus Universitário. Depois, serão submetidos a um novo exame e, a partir daí, serão identificados os 60 primeiros alunos que farão o curso.

Parece que o MEC não tem nada a dizer sobre este projeto...