Há um vídeo na rede que mostra o então Senador Artur Virgílio, denunciando a Dafra Motos como uma empresa que não agregava nada no processo produtivo, na Zona Franca de Manaus, ao contrário de Honda e Yamaha. O PoPa dirigiu-lhe uma mensagem via Twitter: vi um vídeo no YouTube, onde você fala mal da Dafra. Continua com a mesma posição? Ele respondeu, via mensagem privada, dizendo que "não se trata de falar mal, mas de cobrar um processo produtivo que agregue valor tecnológico, nacional, local e de mão de obra. Honda e Yamaha fazem isso, Dafra e outras começaram a fazer. Quero que o Amazonas prospere e ajude o Brasil a crescer também. Forte abraço (nota: traduzido do Twittês para o português).
Bem, acontece que a ZFM tem uma legislação que abrange o tal "processo produtivo básico", onde as empresas iniciam importando praticamente tudo e vão agregando nacionalização aos poucos (muito aos poucos, na verdade!). Honda e Yamaha começaram assim. Suzuki e Dafra estão no caminho e tem algumas que ainda estão no início, como a Traxx, a Amazonas, a HaoBao e tantas outras. O senador sabe bem disso, pois conhece a lei, logo, a crítica deveria ser feita à lei e não à empresa. O PoPa já escreveu que é contra a distinção deferida à ZFM, que impede que outras regiões possam ter industrialização equivalente, em função das vantagens de quem lá está. Motos, para seguir o exemplo do senador, pagam IPI de 25% no restante do Brasil, enquanto lá, são isentas.
A Dafra é uma empresa séria? Não vem ao caso, já que está fazendo uma pressão, juntamente com as outras, para impedir a entrada de novos atores nesta peça. Quer que outros já iniciem com a nacionalização que eles já alcançaram. Querem mudar a lei para reduzir a concorrência futura. Que coisa feia!
O PoPa acredita no mercado. Se é necessária uma ação governamental de incentivos eternos para manter um polo industrial naquela região, algo está errado, muito errado.
3 comentários:
E a nossa (boa) presidente Dilma prorrogou a ZFM para mais 30 anos, se não me engano.
A ZFM está na Constituição. É "imexível". O que eles fazem é prorrogar coisas que deveriam já estar terminadas, como estas coisas do processo produtivo - percentuais que devem ser nacionais, crescendo ao longo do tempo e que não o são.
Quem se beneficiou com a ZFM não foi o estado Amazonas, mas a cidade de Manaus e arredores. Devido a fartura de empregos por ela oferecidos, muita gente saiu dos rincões amazonenses, esvaziando cidades. Agora, com a prorrogação anunciada, dizem que zonas francas serão implantadas em vários locais da amazônia. Srá que isso irá esvaziar toda aquela enorme região? Este parece um programa inverso do que foi feito nos anos 1970s, que propunha 'ocupar para não entregar'.
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