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sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Rei dos Sujos...

Para ficar mais claro aos dez leitores do PoPa quem é Sérgio Moraes, o deputado gaúcho do PTB que disse estar se lixando para o povo. O PoPa mandou um mail para o PTB, perguntando se esta é a posição do partido - a opinião pública que se lixe - eles não responderam, o que equivale, na visão do PoPa, a uma confirmação. Mas este é o partido do Collor... O PoPa espera que a tradição gaúcha de não reeleger facínoras se mantenha neste caso. Partes da entrevista da Veja - copiada do blog do Reinaldo Azevedo:

Na quinta-feira passada, VEJA fez duas entrevistas com o presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Sérgio Moraes. A primeira, por telefone, foi realizada enquanto ele aguardava, no aeroporto de Brasília, a saída de um vôo para o Rio Grande do Sul, onde reside. A segunda entrevista foi realizada pessoalmente no aeroporto de Porto Alegre, onde Moraes desembarcou por volta das 15 horas do mesmo dia. Tenso, o deputado disse palavrões e insinuou que VEJA estaria a serviço da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para cassar o mandato do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Ele também fez ameaças veladas e explícitas, inclusive de agressão. Eis os principais trechos das entrevistas.

Deputado, estamos fazendo um perfil do senhor e...
Eu já sei. Já fui informado de tudo. Vocês querem me f... Foram vasculhar a minha vida na minha cidade. Eu sei tudo o que acontece lá. Vocês querem me destruir, eu sei. A Fiesp deve estar com muita raiva do Paulinho (deputado Paulo Pereira da Silva, que responde a processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética presidido por Moraes).

Estou fazendo uma reportagem...
Reportagem de m... Reportagem coisa nenhuma. Vocês gostam de sangue. A VEJA está a serviço da Fiesp, que é contra o Paulinho. Querem acabar comigo para atingir o Paulinho. Foram remexer em coisas que aconteceram vinte anos atrás...

Qual era o seu envolvimento com prostituição e receptação de jóias roubadas em Santa Cruz?
Só vou dar entrevista se vocês publicarem tudo o que eu disser. Porque eu vou falar e só vão publicar o que vocês quiserem. Vocês não podem me questionar sobre isso. Quem é tu pra me questionar? Vou processar a revista, vou ganhar e vocês vão ter que publicar tudo o que eu disser.

O senhor era dono de uma casa de prostituição?
Era um bar. Tinha comida à venda. Toda a cidade ia lá. Prefeito, vereador, empresários.

Mas a sua boate era freqüentada por garotas de programa, inclusive menores de idade.
Eu não podia impedir ninguém de entrar lá. Tu queria que eu ficasse na porta pedindo a carteira de identidade de todo mundo que ia lá? Não tinha sexo. O que faziam depois não era problema meu. Se saíam dali e iam para o motel, o que eu poderia fazer?

A polícia obteve provas de que o senhor alugou uma casa no nome de sua mulher na qual garotas de programa, inclusive menores de idade, ficavam hospedadas. Eram as mesmas garotas que freqüentavam a sua boate.
Isso é perseguição de uns policiais que eu denunciei quando era vereador. Eles espancaram alguns trabalhadores, foram denunciados por mim e decidiram me perseguir. Me acusaram de um negócio maluco. A prova de que eu era inocente foi o apoio que recebi da minha comunidade. São oito mandatos, entendeu? Eu elejo quem eu quero. Me elejo a hora que eu quero. Tu acha que um cara desonesto engana tanta gente durante esse tempo todo?

Mas o senhor foi denunciado pelo Ministério Público e condenado à prisão, em primeira instância, pela Justiça.
Cuidado com o que tu fala. A VEJA é bandida. É uma guilhotina. Vocês querem sangue. Mas eu não baixo a cabeça pra ninguém. Posso até ficar chateado com essa matéria por causa dos meus filhos, que são pequenos e não têm nada que ver com o que aconteceu no passado, mas eu não me entrego. Quando eu te encontrar, a gente vai se pegar.

Como assim?
Eu não fujo de briga, não.

O senhor está me ameaçando?
Nunca briguei com ninguém na minha vida.

No aeroporto de Porto Alegre, depois de concluída a segunda parte da entrevista, gravada pelo deputado, ele desligou o aparelho e levantou-se da cadeira. Com o olhar fixo e o dedo em riste, avisou: "A Justiça que importa é a lá de cima. Quando a gente menos espera a nossa hora chega...Como é o teu nome mesmo?"

terça-feira, 1 de abril de 2008

Gente safada!

Catei este alerta no Reinaldo Azevedo:

Senhor Presidente do Senado Federal,
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1o do art. 66 da Constituição, decidi vetar por inconstitucionalidade, o Projeto de Lei no 1.990, de 2007 (no 88/07 no Senado Federal), que “Dispõe sobre o reconhecimento formal das centrais sindicais para os fins que especifica, altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e dá outras providências”.
Ouvidos, os Ministérios da Justiça e do Trabalho e Emprego manifestaram-se pelo veto ao seguinte dispositivo:

“Art. 6o Os sindicatos, as federações e as confederações das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais e as centrais sindicais deverão prestar contas ao Tribunal de Contas da União sobre a aplicação dos recursos provenientes das contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, de que trata o art. 149 da Constituição Federal, e de outros recursos públicos que porventura venham a receber.”

Razões do veto

“O art. 6o viola o inciso I do art. 8o da Constituição da República, porque estabelece a obrigatoriedade dos sindicatos, das federações, das confederações e das centrais sindicais prestarem contas ao Tribunal de Contas da União sobre a aplicação dos recursos provenientes da contribuição sindical. Isto porque a Constituição veda ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical, em face o princípio da autonomia sindical, o qual sustenta a garantia de autogestão às organizações associativas e sindicais.”
Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar o dispositivo o acima mencionado do projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.

Brasília, 31 de março de 2008.

Isto é exatamente o que vocês leram. Ou se tiveram preguiça de ler, entendam que o governo federal achou que as centrais sindicais não precisam responder à ninguém sobre o que fazem com a grana legalmente tirada dos trabalhadores. É isso, podem promover invasões, podem dar dinheiro para políticos, podem até fazer alguma coisa a favor dos trabalhadores, mas ninguém vai dizer como gastar nem vai conferir se são gastos, pelo menos éticos... Coisa de gente safada!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O Leite


No Brasil, a legislação informa que o leite entregue às indústrias pode ter até um milhão de unidades formadoras de colônias por mililitro (1.000.000 UFC/ml). Um mililitro é alguma coisa como uma grande gota de leite. Então, temos que pode ter um milhão de bactérias nesta gota... Isto é determinado em lei. Em 2011, teremos um máximo de 100.000 UFC, que é o parâmetro europeu da década de 70.

A lei também permite até um milhão de células somáticas por mililitro, enquanto uma vaca saudável apresentará, no máximo, 300.000 ccs/ml. O que são estas células, afinal? São células epiteliais, que normalmente se desprendem do úbere e ficam no leite e as células de defesa, leucócitos, que são liberados para combater alguma infecção. Ou o conhecido "pús". Ou seja, a lei admite leite de animais infectados com algum tipo de doença, principalmente a mamite. Na Europa, este nível máximo é de 400.000ccs/ml, o que deverá estar acontecendo no Brasil em 2011, também. O excesso destas células não é motivo de perigo para a saúde, mas evidencia o cuidado inadequado com a saúde dos animais.

O leite tipo C, pasteurizado, deverá ter, no máximo, 80mil UFC/ml. Apenas para exemplificar, o leite tipo A tem, no máximo, 10mil UFC/ml, ANTES da pausterização. É o padrão Europeu. Uma vez, na década de 70, técnicos canadenses estiveram visitando uma importante cooperativa da Metade Sul do RS. Após a visita, insistidos para darem seu depoimento eles falaram, constrangidos, que o chamado leite tipo C, no Brasil, não seria oferecido nem aos animais, no Canadá e que os padrões determinados para o produto já pasteurizado, não eram aceitos para o leite cru... De lá para cá, mudou muita coisa e o leite melhorou bastante, mas ainda está léguas de um produto saudável. O longa vida, por outro lado, trouxe a possibilidade de esterelizar melhor o produto, a partir de uma matéria prima inadequada.

O que ocorre agora? Esta fórmula maligna, detectada tardiamente pela fiscalização, já é de uso corrente há mais de 20 anos. Trata-se do jeitinho brasileiro de prolongar a vida do produto cru e possibilitar a sua industrialização tardia. Portanto, não pensem que o problema está restrito ao longa vida! Está no tipo C, nos derivados, no leite em pó e talvez até no tipo B. É a crise ética brasileira, atingindo o leitinho das crianças...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Fidelidade Partidária

Hoje, dois ministros já deram o tom do julgamento dos "infiéis" do DEM e do PSDB. Apesar de falar da necessária fidelidade partidária, o Ministro Celso de Mello argumentou que a regra deve valer somente depois que o Supremo se manifestou, em 27 de março sobre este assunto. Desta maneira, somente os deputados do DEM estariam a perigo e os do PSDB se safariam. Mesmo aqueles, estariam sendo julgados pelo STE, com base nesta nova regra. Ou seja, vai tempo nisso. Por enquanto, já há até um movimento na Câmara, para criar uma "anistia" aos que - eventualmente - forem cassados.

O que o PoPa acha disso tudo? Bem, o PoPa acha isso uma grande palhaçada - mais uma - daquele pessoal de Brasília. Não importa muito a que partido pertencem, na verdade, pois nosso Congreço não tem fidelidade com ninguém, nem mesmo com quem lhes garante cargos, verbas e outras tetas. Cada vez que o governo precisa de sua "base", tem que abrir o cofre. Mas que base é esta? Que fidelidade é esta?

Imagem: Carimbo do Congreço Nacional... noticia da Folha de São Paulo, de 03/10, informa que este carimbo entrou em milhares de documentos, durante mais de três semanas até ser descoberto o erro! O PoPa acha que poderia deixar assim. Está de acordo com a casa.

sábado, 29 de setembro de 2007

políticos...

Em 2001, Fogaça saía do PMDB, por não concordar com a executiva nacional. Ontem se foi de volta para o PMDB, de mala e cuia. Quem mudou? Fogaça ou o PMDB? Essa história de que quer ter mais uns minutinhos na TV não cola! O PoPa não acredita em Papai Noel e em políticos sérios. É tudo ficção!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A CPMF e a Fidelidade do Eleitor

O PoPa já sabe em quem NÃO vota para nenhum tipo de cargo: os deputados que votaram favoravelmente à criação da CPMF até 2011. São eles, em ordem alfabética:


Adão Pretto
Beto Albuquerque
Cezar Schirmer
Darcísio Perondi
Eliseu Padilha
Henrique Fontana
Ibsen Pinheiro
José Otávio Germano
Luis Carlos Heinze
Luiz Carlos Busato
Manuela d´Ávila
Marco Maia
Maria do Rosário
Mendes Ribeiro Filho
Paulo Pimenta
Pepe Vargas
Sérgio Moraes
Tarcísio Zimmermann
Vilson Covatti

Aí está a "turma". Os petistas votaram pelo óbvio, mas os outros declararam, para a Zero Hora, as desculpas mais esfarrapadas, como estas:
Cezar Schirmer (PMDB) "São recursos importantes para vários setores. Falei com o ministro da saúde, e ele prometeu liberar recursos para o hospital regional de Santa Maria". O velho "toma lá, da cá"...
Ibsen Pinheiro (PMDB) "É um imposto insonegável, custo zero de arrecadação e tem natureza distributiva. O pobre paga muito pouco, o remediado, mais ou menos e os ricos pagam muito". Ibsen esquece de fazer a conta correta: empresas pagam muito e empresa não paga imposto - transfere! O pobre, como sempre, paga muito mais, proporcionalmente, pois consome tudo que ganha. O rico segue fazendo especulações na bolsa e outras manobras e escapa ou paga muito pouco...
Vilson Covatti (PP) "votei com a esperança de melhorias na saúde." Haha.
Pepe Vargas (PT) "Não tem como tirar esse dinheiro de setores importantes. Só para a saúde são cerca de R$ 20 bilhões. Seria o caos." Seria, deputado? Em que país o senhor mora? Lembre-se que era para ser TODA para a saúde e que, quando entrou por um lado, saiu pelo outro. Ou seja, o orçamento da saúde não mudou NADA com a CPMF, apenas trocaram de rubrica...
Luiz Carlos Heinze (PP) "Temos uma agenda da agricultura que está andando, tanto na renegociação das dívidas quanto na garantia de preços e custos de produtos como arroz, trigo e feijão." Está largando a conta para cima dos produtores? Que feio, deputado!


O PoPa ia citar mais alguns, mas o estômago embrulhou!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Ética de governo

O PoPa leu no Estadão, hoje, uma matéria sobre a retirada de três medidas provisórias da Câmara dos Deputados, para não trancar a pauta da MP que cria uma nova CPMF. O interessante da matéria é a maneira como foi tratada pelo jornal:

Se não fossem revogadas três das quatro MPs, a obstrução adiaria a votação da PEC para a próxima semana. "As medidas provisórias são importantes, mas não podemos abrir mão do projeto do governo", disse Fontana. Segundo ele, a proposta da CPMF será votada amanhã, no plenário da Câmara.

Fontana disse que o governo ainda estuda uma melhor maneira para tratar as três MPs revogadas: as de número 379, 380 e 382. O governo poderá optar em mandar ao Congresso um projeto de lei tratando do mesmo tema das medidas provisórias revogadas. Foi o que ocorreu no caso da MP da Timemania. Ela foi revogada e definida posteriormente por projeto de lei. O governo também poderá fazer como no caso do salário mínimo, quando o presidente revogou a medida provisória original e editou uma nova MP, com alteração no texto, para não configurar uma reedição, o que é proibido.

Medidas Provisórias deveriam ser utilizadas para casos emergenciais e de grande interesse da população. Mas não é o que acontece, sendo que o executivo acaba legislando a seu bel prazer, como pode ser visto nos casos citados: o assunto da Timemania foi definido por projeto de lei (qual a urgência de algo assim?). E aquela história de editar nova MP com alteração no texto para não configurar uma reedição? O que é isto? Esta é a ética governamental? Me engana que eu gosto?

Estamos mal de executivo que também é um legislativo e estamos mal de legislativo que não é nem isso...

Ética jornalista

O PoPa leu, no site do Janer Cristaldo (link ao lado), que a Folha está com novos parâmetros para seus jornalistas, a respeito de ética. Jornalistas que cobrem o mercado financeiro, não devem ter ações e negócios neste mercado. Assim como os que cobrem o mercado imobiliário. Também não devem ter entradas gratuitas em shows e eventos. Parece muito com uma faculdade de medicina que não permite que seus professores pratiquem medicina, por suposto conflito de interesses. Mas, se não praticarem, vão ensinar o quê? Que jornalista vai poder falar a respeito do mercado acionário, se ele próprio não participa dele? Quanto aos shows e eventos, tudo bem, já que a empresa se habilita a pagar para que seus funcionários possam relatar ou criticar tais eventos.

Mas isto parece mais uma tática oportunista que ética propriamente dita...