terça-feira, 1 de junho de 2010

Os dois lados da história de Gaza

Toda história tem dois lados e é bom que se consiga saber um pouco do que aconteceu com a história da flotilha que tentou violar o bloqueio em Gaza. Muitos vídeos mostram que os soldados foram recebidos violentamente em um dos navios. É até normal que se divulgue que este pessoal estava tentando se defender mas, convenhamos, se os soldados quisessem matá-los, o fariam do alto facilmente. Eles estavam, deliberadamente, tentando furar o bloqueio, não para entregar alimentos - o que poderia ser feito por outra via, sob o aval de Israel. O que estava sendo feito era uma provocação direta. Mais ou menos como o mst faz por aqui, buscando sempre o enfrantamento, para ver se consegue algum mártir.  Foi o que também aconteceu em Honduras, com a parafernália de Zelaya e seus amigos bolivarianos. O PoPa acha que houve um exagero na ação de Israel, apenas no que tange ao momento. Deveria ter deixado os navios entrarem nas águas territoriais. A ação continuaria a ser a mesma. A reação internacional, provavelmente também. Mas teriam uma desculpa a menos.

Também não está bem explicada a presença da "cineasta brasileira" entre os manifestantes, com documentação norteamericana. Onde trabalha esta cineasta? Ela não quis sair do país livremente, preferindo ser repatriada. Talvez queira ganhar uma passagem de graça para o Brasil...

O que vai a seguir, é a declaração do embaixador israelense no Brasil, precisando dar sua opinião em um jornal, já que nenhum buscou a informação "do outro lado"...

Durante a madrugada de 31 de maio, soldados da marinha israelense embarcaram em uma frota de seis navios que tentavam violar o bloqueio marítimo em Gaza. Militantes a bordo do Marmara Mavi atacaram os soldados com armamentos como pistolas, facas e paus, ferindo-os e deixando dois soldados em estado grave e três em estado moderado. Os navios que reagiram de forma pacífica à operação foram escoltados ilesos, como acontecera anteriormente com navios que tentaram violar o bloqueio marítimo.

O ataque contra os soldados israelenses foi premeditado. As armas utilizadas foram preparadas com antecedência. Huwaida Arraf, um dos organizadores da flotilha, afirmou com antecedência ao evento: "Os israelenses vão ter que usar a força para nos parar".

Bulent Yildirim, o líder do IHH (Fundo de Ajuda Humanitária) e um dos principais organizadores da frota, disse pouco antes do embarque: "Vamos resistir, e a resistência irá vencer".

Os militantes incitaram a multidão embarcada gritando "intifada!", relembrando a revolta dos palestinos na Cisjordânia e na faixa de Gaza em protesto à ocupação israelense entre 1987-1993 e novamente no ano 2000.

É preciso ressaltar que o grupo organizador das embarcações tem orientação antiocidental e radical. Juntamente com as suas legítimas atividades humanitárias, apoia redes islâmicas radicais como o Hamas e elementos da jihad global, como a Al Qaeda.

A ação de Israel contra a frota está fundada na lei marítima internacional. O Hamas, que controla Gaza, já lançou mais de 10 mil foguetes contra civis israelenses e atualmente está envolvido no contrabando de armas e suprimentos militares na região, por terra e mar, a fim de fortalecer suas posições e continuar seus ataques contra Israel.

Sob a lei, Israel tem o direito de proteger a vida dos seus civis de ataques do Hamas e tem tomado medidas para se defender, incluindo o bloqueio marítimo para travar o rearmamento do Hamas.


ALVO
Os organizadores da frota deixaram claro que seu alvo principal era o bloqueio marítimo. Greta Berlin, porta-voz da frota, disse à agência de notícias AFT, em 27 de maio, que "esta missão não é sobre a entrega de suprimentos humanitários, mas [sobre] quebrar o cerco de Israel".

A frota recusou repetidas ofertas de Israel para que os suprimentos fossem entregues no porto de Ashdod e transferidos por passagens terrestres existentes, em conformidade com os procedimentos estabelecidos.

Se, por um lado, os organizadores afirmam ter preocupação humanitária com os moradores de Gaza, por outro eles não têm preocupações semelhantes com o destino do soldado israelense sequestrado Gilad Shalit e se recusaram a fazer uma chamada pública para permitir que ele fosse visitado pela Cruz Vermelha em Gaza.
 

Os organizadores estavam cientes de que suas ações eram ilegais. Sob o direito internacional, quando um bloqueio marítimo está em vigor, nenhuma embarcação pode ingressar na área bloqueada. Em conformidade com as obrigações de Israel sob esta lei, os navios foram avisados várias vezes sobre o bloqueio marítimo ao longo da costa de Gaza.

Ao ficar claro que a frota tinha a intenção de violar o bloqueio, os soldados israelenses, que não empunhavam armas, embarcaram nos navios e os redirecionaram para Ashdod.

Foram recebidos de forma violenta nas embarcações onde dois israelenses foram baleados, um esfaqueado e outros atacados com tacos, facas, machados e objetos pesados. Os soldados israelenses corriam perigo de vida e agiram em autodefesa.

Em Ashdod, a carga da frota e os itens de ajuda humanitária serão transferidos por terra para a faixa de Gaza. Os membros da frota que necessitam de assistência estão em instalações médicas israelenses.

O restante do grupo será submetido a procedimentos de imigração aplicáveis em casos de tentativas de entrada ilegal.


GIORA BECHER, 60, é embaixador de Israel no Brasil


Texto "sugado" do Anti-Foro de São Paulo.

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