O PoPa já declarou, por aqui, que gosta dos textos de Luis Fernando Veríssimo. Ele tem um raro poder de síntese, ao mesmo tempo em que divaga sobre assuntos do cotidiano de maneira ímpar. LVF escrevia muito sobre política e defesa do governo do cara e tem estado - nestes tempos confusos de corrupção, mensalões e coisas do gênero - meio quieto. Até agora. Hoje, na ZH, LVF faz um comentário sobre o tal projeto dos direitos humanos gestado ao apagar das luzes de 2009, já no escurinho, como coisa rasteira. O cara chegou a dizer que assinou sem ler, e agora LFV faz comentários sobre o mesmo, adiantando que não leu, também...
Ora, o decreto está publicado e ao alcance de qualquer um que queira lê-lo. LFV faz comentários igualando-o aos anteriores, negando a existência de um cunho intimidatório às liberdades em geral, tudo isso sem ler do decreto! ("só li do tal programa, o que saiu em fragmentos nos jornais"). Em respeito à inteligência que o PoPa sabe existir em LFV, ele leu, sim, demorou para comentar, pois não estava convencido de que era um programa justo e sincero, mas cumpria com seu papel de atender aos neocomunistas. Portanto, precisava defendê-lo. Sua consciência - ou a falta dela - exigiu que ficasse com uma válvula de escape futura (eu não li...). Ora, LFV, esta desculpa já tem dono!
4 comentários:
É um f.d.p. com desvio de conduta. Espero que tambem esteja patrocinado pela Caixa. Por nós receberia uma Diretiva só: fogo.
Bom dia!
Li em ZH (não é meu jornal predileto) a coluna deste idiota, projeto de escritor que vive à sombra do pai, e somente a li pq. o anúcio da coluna na capa do jornal foi chamativa. Não o acho tão inteligente quanto tu Popa pq. comentar sobre o cotidiano da vida em familia e dar um tom jocoso não requer muita criatividade e inteligência. Alguém que imita Woody Allen, inclusive com relação à música e a forma de escrever é bem capaz do alto de sua baixeza afirmar que não leu mas assina...é um Lula mais gordo e com 10 dedos.
Provavelmente foi exatamente isso que aconteceu: leu o texto depois da onda de críticas e resolveu manifestar apoio discreto quando a poeira baixou, mesmo assim de forma meio tímida, como se obrigado pelas convicções comunossauras que ainda alimenta mesmo depois de velho.
Minha teoria sobre o Luiz F. Verissimo, eu chamo de teoria do Bau.
Acontece que o velho Verissimo, depois de o Tempo e o Vento, não se sentia autorizado a retornar para Clarissa e Olhai os Lirios do Campo, mas, por outro lado, não resistia ao impulso de escrever algumas historinhas engraçadas. Mas, não publicava. Apenas as punha num antigo bau. Os personagens eram muito engraçados, o analista de Cruz Alta, a velhinha de Pedras Altas e muitos outros.
Quando Verissimo morreu, Luiz Fernando encontra o bau. Dai em diante todo mundo conhece a história. Já faz algum tempo que as histórias que o velho Verissimo escreveu acabaram, hoje é o próprio Luiz Fernando que escreve. Aliás, dá para notar.
Bom, é apenas uma teoria.
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