Cooperativas são organizações muito interessantes. Juntam-se profissionais, produtores ou trabalhadores avulsos, criam uma cooperativa e trabalham sem ter a interferência dos ferozes capitalistas. Tem também, uma grande série de vantagens fiscais e legais, pagando menos impostos e tendo algumas benesses, que colocam a cooperativa em melhores condições de competitividade, mesmo no mercado capitalista. Claro, tem privilégios em financiamentos públicos, com prazos elevados e custos negativos. Pagam menos imposto de renda. E por aí vai.
Era para ser uma excelente oportunidade para profissionais e produtores... e por que não é sempre assim? Porque coooperativas, como qualquer outra organização, é feita de homens. Porque cooperativas, por serem quem são, tem uma fiscalização morna de parte do poder público. Porque os associados não se sentem - e não são - os donos do negócio.
O PoPa andou conhecendo um pouco mais sobre uma conhecida cooperativa médica e descobriu que o presidente da de Porto Alegre, ganha a bagatela de 70 mil reais mensais de salário. E que os conselheiros, cuja única função resume-se a uma reunião mensal, recebem - cada um, claro - quatro mil reais!
Enquanto isso, os médicos desta cooperativa portoalegrense recebem R$ 50,00 por consulta e praticamente o mesmo valor pago pelo SUS para procedimentos operatórios. Mas a cooperativa de Pelotas tem ainda um agravante: os médicos recebem apenas R$ 27,00 por consulta e - o pior - se requererem exames, terão este valor reduzido! Esta mesma cooperativa montou um laboratório próprio, impedindo os pacientes de fazerem este tipo de serviço em qualquer outro da cidade.
Cooperativas, como no governo, são entidades sem dono. Ou melhor, com um - ou vários - donos de plantão, tirando para seu próprio proveito, o que deveria ser repartido entre seus associados. Se quebrar? O problema não será deles... como no governo!
O PoPa ainda volta a falar de cooperativas, principalmente as do Pampa.
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