Lá pelos idos de 1968, o PoPa viu uma seleção de cartazes da UNE - então representante dos estudantes - que tinham a mesma imagem: um braço forte arregaçando a manga e dizeres "agora, trabalhar". Os cartazes eram vários, com a mesma imagem e a mesma mensagem em várias línguas (até no odiado inglês colonialista).
As declarações do recentemente eleito presidente do Chile acordaram o PoPa para a realidade do que dizia o cartaz daquele longínquo 1968. Sem o poder, restava o trabalho... Piñera exortou os esquerdistas da concertación a trabalharem, pois não será tão ruim assim acordar cedo e prover o sustento da família com trabalho honesto.
Mas o PoPa acha que o Chile é o país mais equilibrado da América Latina. Ao derrubar Pinochet, não quiseram dar a guinada extrema e mantiveram, pelos últimos 20 anos, um governo equilibrado, com a mesma orientação econômica criada por Pinochet e seus "Chicago Boys". E Bachelet, com toda sua aprovação popular, não tentou burlar as leis de seu país para fazer o sucessor. Perdeu, mas pode ser considerada uma vencedora, pois a democracia era seu rumo. E a democracia venceu.
O Brasil. Bem, o Brasil não tem uma Bachelet para sustentar a democracia. Também não tem um Piñera para eleger. Não tem sequer algo parecido com a direita nas eleições deste ano. Com Serra, vamos continuar o estilo do cara. Com Dilma, iremos para um novo patamar do socialismo que o povo não quer, mas ainda não sabe disso.
Um comentário:
Gosto da Bachelet que fez um bom governo e soube administrar bem o Chile, inclusive não se metendo muito com os bolivarianos. Bachelet sempre participou da reuniões das cimeiras latino americanas e sempre ficou na sua, quietinha, dando um ou outro pitaco e ponto final. Resultado tem uma popularidade 80% e não conseguiu eleger seu sucessor. Isso pode ocorrer no Brasil este ano.
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