terça-feira, 11 de novembro de 2008

Igualdade de oportunidades

Muita discussão no Brasil e no mundo, sobre a igualdade racial. O PoPa concorda que muita coisa precisa ser feita em muitos lugares deste mundão. Mas, no Brasil, o que o povo realmente precisa, é de igualdade de oportunidades. E isto se inicia com um ensino de qualidade para todos, desde a mais tenra infância. E não é só isso! A qualidade de ensino pressupõe que estas crianças terão boa alimentação, acesso a bons livros, a informática e a atividades esportivas, tudo sob a coordenação de bons professores. É pouco? Pode ser, mas estamos muito longe disso. E o governo tenta ludibriar a população com as cotas em universidades, sem que haja uma preparação adequada para nossas crianças.

E por que a fixação em cursos universitários? Por que não se faz uma boa seleção de cursos técnicos, tão em falta no Brasil? Um técnico de nível médio, na área de informática ou comunicação, tem muito mais chance de sucesso e emprego que um universitário formado em ciências humanas.

Mas o que levou o PoPa a fazer este tipo de post? Ele viu algumas das perguntas da prova do ENADE e acha que houve uma forte tendência para a politização - no mau sentido - desta prova. Inclusive, havia um questionário para ver o perfil social do estudante, onde se perguntava se ele se considerava "preto", "pardo", "amarelo" ou descentende de índios. Ora, além de ser uma pergunta sem fundamento, pois só existe uma raça humana e muitas etnias, por que não pergunta se o aluno se considera um mameluco, ou mestiço asiático, ou judeu, ou árabe ou mestiço de qualquer destas etnias? E de tantas outras?

Há que melhorar este tipo de ação governamental. Preocupar-se com quantos negros, pardos, brancos, índios ou asiáticos estão fazendo um exame final de curso universitário, só poderá ter sentido em uma linha abjeta de racismo!

Ver este tipo de coisa deixa o velho PoPa com um sentimento de que nada foi feito nos últimos anos para melhorar a vida dos pobres destepaís. Não importando sua etnia, os pobres são sempre os que mais sofrem com políticas protecionistas que vão na contramão da história. Mesmo a Bíblia preconiza que se ensine a pescar e não dê o peixe. O assistencialismo que rege a história brasileira recente (não somente neste governo, apesar de ter alcançado seu ápice nele) é uma das grandes chagas brasileiras. Enquanto isto não for revisto, estaremos confinados no terceiro mundo, sem acesso à igualdade de oportunidades.

Pensem nisso!

4 comentários:

Diego disse...

Amém! Nem sobrou muito espaço pra comentar. :P

Quanto as universidades.. Bom, mercado sempre mostra a verdade. A demanda real é por curso técnico, mesmo que as pessoas não admitam. A prova disso é o formato que os curso superiores vem assumindo. cursos extremamente específicos que poderiam facilmente ser uma especialização, cursos mais fáceis e mais fracos. Só ainda não apareceu curso de 2 anos por causa de alguma legislação, provavelmente. Aí não seria mais considerado curso superior.

Inclusive, eu ouvi dizer que tem uma faculdade de ROCK em algum lugar do estado!! hehehe

Anônimo disse...

Reforma educacional é algo realmente difícil de ser realizado no país. Em função de nossa legislação, levaria umas duas décadas no mínimo só para colocar sangue novo dentro do sistema público de educação, e o problema maior eu entendo justamente como sendo de ordem humana.

É mais fácil e barato continuar com o assistencialismo meia boca, que serve bem aos fins dos que ocupam a chefia do Brasil: popularidade e permanência no poder.

Anônimo disse...

Dia desses, conversando com um amigo, ele estava contente por ter encontrado o que considerava ser o graal da ciência política: a coexistência entre liberdade e igualdade de oportunidades.

Alguém teorizou sobre "igualdade de oportunidades" declarando que o Estado é o encarregado de fazer com que todos tenham um "ponto de partida comum". Assim, ninguém pode ter vantagem sobre outros por ser mais rico, ou melhor, filho de rico. Todos teriam que estudar em escolas públicas iguais, padronizadas.

Perguntei como ficava a questão da herança. "Não pode", foi a curta resposta. Herança, parece, é uma forma de enriquecimento imoral, já que não foi fruto do próprio trabalho. O Estado iria assumir a herança e redistribuir igualmente pela sociedade. "E se eu herdar um negócio?!". Estatiza.

Esta teoria grotesca me foi apresentada como liberal e perfeitamente de acordo com o capitalismo, já que valoriza ao máximo a meritocracia. Com um único detalhe: o direito de propriedade é altamente limitado e relativo, uma vez que doações serão consideradas ilegais e não existe a possibilidade de passar aos teus descendentes a riqueza acumulada.

Pelo que o amigo disse, essa idéia é bastante forte entre os democratas americanos. Não duvido...

Ricardo Rayol disse...

Nada melhor do que deixar os caras despreparados e depois jogar no mercado de trabalho, privado.