Como sempre, jornalistas e outros profissionais de Porto Alegre, não conhecem nada da realidade do Guaíba para baixo... esta ponte está sobrecarregada? Certamente! Mas não seria necessária a construção de uma nova, se houvessem medidas práticas que reduzissem a pressão sobre ela. E quais poderiam ser estas medidas?
A primeira delas, simples e rápida de se fazer, seria a travessia hidroviária até a cidade de Guaíba. Em poucos minutos, trabalhadores que moram em Guaíba e precisam deslocar-se diariamente à Porto Alegre, fariam esta travessia rapida e confortavelmente. E isso contribuiria para a redução do movimento sobre a velha ponte.
A segunda, não menos importante, seria a construção de um ramal ferroviário entre Porto Alegre e Pelotas, possibilitando a redução do movimento de caminhões na BR116 e, como consequência óbvia, na velha ponte. Aliás, muitos empresários estão utilizando o porto de Santa Catarina como medida de economia pois os pedágios até o porto de Rio Grande são caríssimos. É, portanto, um investimento importante para o Estado gaúcho, não só para preservar a velha ponte, mas para aumentar o valor agregado de materiais e serviços gaudérios, resultando em mais impostos para os cofres gaúchos.
A Zona Sul do Estado não está pedindo uma nova ponte sobre o Guaíba. Temos coisas bem mais importantes - talvez não tão visíveis - para sonhar. É, para sonhar, pois quem está na capital - no governo e fora dele - não olha para baixo. Ou olha para tentar prejudicar, como foi aquela lambança de querer transformar o terreno da Ford em reserva indígena.
CHEGA! Deixem que o pessoal do Sul resolva o que é melhor para eles. E não é uma ponte nova no Guaíba... Querem a ponte? Ok, mas não usem nossa região como desculpa!
Imagem: a ponte, no dia da inauguração.
4 comentários:
O RS precisa de diversos investimentos. Hoje o aeroporto de Porto Alegre não funciona por conta da neblina e o aparelho que permite pousos e decolagens nestas condições só vai ser instalado em 3 anos. Um absurdo. Uma boa ferrovia entre Porto Alegre e Pelotas-Rio Grande deveria ter sido feita há 40 anos. Naquela época era mais fácil. Hoje tudo é mais difícil. Depende de licenças, de lobbies e politicagens.
Caro blogueiro dizer que a Nova Ponte não é prioridade para o Estado ou mesmo uma urgência para a população da Região Sul é uma alienação sem precedentes.
1ºFazer a travessia hidroviária até a cidade de Guaíba:de forma alguma resolveria o caos que é o trânsito na Ponte do Guaiba. Para a instalação de uma balsa, teria que se construir um porto no centro de Guaíba e outro em POA, próximo ao Barra Shopping, só que além deste investimento o trajeto que o sr. descreve como "simples e rápida de se fazer" demoraria 20min para carregar os veículos + 40 min para realizar o percurso + 20min para descarregar no destino.E para encerrar esta história de uma vez por todas pergunto como o sr deslocaria 39 mil veículos/dia para o centro de Guaíba e depois escoar 39 mil veículos/dia no centro da Capital.
2ºNossa cinquentenária Ponte do Guaíba teve três abalroamentos de navios que diminuiram significativamente sua vida útil. Em 2008 um navio bateu direto no vão móvel. E no caso de um problema que impossibilite a passagem de veículos o sr já pensou na "voltinha" que os moradores da região sul teriam que fazer ?
Considerando que ocorra uma pane que permita a passagem de veículos, mas impossibilite a passagem de navios se permanecer por 15 dias a capital e a região metroplotana de POA ficaria sem GÁS DE COZINHA e no caso do problema se prolongar por 25 dias ou mais: o Estado ficará sem gás de cozinha.
Se o sr. considera minhas afirmações referentes a panes que impossibilite a passagem de navios um alarmismo, lembro-o que a poucas semanas 3 parafusos danificados resultaram em 10km de congestionamento na Ponte do Guaíba.
Recomento sinseramente que o prezado blogueiro faça uma pesquisa no google referente a nova ponte do guaiba, estou certa de que o sr. entenderá que uma Alternativa à Ponte do Guaíba é uma necessidade urgente para a região sul.
O anônimo não entendeu que a nova ponte foi sugerida como solução de parte dos problemas da região sul do estado, ou Zona Sul, como é mais conhecida.
Ora, as duas principais cidades da região, Pelotas e Rio Grande certamente possuem preocupações maiores do que a ponte de Porto Alegre.
Mas tentar argumentar isto com um porto-alegrense é como chutar cachorro morto. A "muy leal e valorosa" não enxerga muito além do Guaíba. E é assim a mais de século.
Bem, vamos por partes...
1. O PoPa não falou em travessia de carros pelo rio, mas de gente. Gente que trabalha em Porto Alegre e enfrenta ônibus lotado e condições horríveis para fazer a tal travessia.
2. O PoPa já deu "voltinhas" para chegar em casa e não foi por causa da ponte, mas por causa de alagamentos e desabamentos na BR116. Mas isso, claro, não preocupa o povo de POA;
3. a história do gás de cozinha, apenas mostra que este Estado não sabe planejar. O Polo Petroquímico foi feito - por força política e politiqueira - no pior lugar do Estado. Deveria estar abaixo da ponte, mas o PoPa sabe... o pessoal daí não ia gostar.
4. Não, o PoPa não entende a nova ponte como uma necessidade para a Zona Sul. Pode ser até uma necessidade para Porto Alegre, sabe-se lá porque. O PoPa não esquece que tem mais duas pontes complicadas nesta ligação até Pelotas. E ninguém fala delas. É, estão longe...
Postar um comentário