sábado, 26 de maio de 2007

Trilhos

Fizemos um comentário sobre os trilhos de Pelotas e Rio Grande, aqui no Pobre Pampa. Ao fazer a consulta à ouvidoria da ANTT, pensava que nada aconteceria. Mas aconteceu! Hoje, recebi uma mensagem da ANTT, citando que "O artigo 3o do Regulamento dos Transportes Ferroviários - RTF (Decreto no 1.832, de 4 de março de 1996) determina que a desativação ou erradicação de trechos ferroviários integrantes do Subsistema Ferroviário Federal, comprovadamente antieconômicos e verificado o atendimento da demanda por outra modalidade de transporte, dependerá de prévia e expressa autorização do Poder Executivo Federal". E eles vão pesquisar para ver onde e se existe esta autorização.

Bom!

Imagem: Estação ferroviária de Pelotas, no início do século XX

4 comentários:

Anônimo disse...

Se não houve autorização para retirada dos trilhos foi puro roubo, e roubo de patrimônio público. Leva adiante esta que merece.

Anônimo disse...

Como foi meio demorada a resposta, vou dar uns 30 ou 40 dias para eles falarem sobre a pesquisa que estão fazendo. Conforme o que disserem, vou postar aqui.

Anônimo disse...

Veraneei várias vezes, nos idos de 1945/60, na frente dos trilhos da VFRGS, na chácara de meu avô, Estação Teodósio, no Capão do Leão, então distrito de minha já vagarosinha terrinha natal Pelotas.
A referência aos carros auto-propelidos que voltariam (?!) a ligar nossas cidades pelas velhas ferrovias evocou-me aquela época: os "velozes" e silenciosos "Carros-Motor" como se denominavam veículos do gênero, que transportavam passageiros em horários certos, um dos quais noturno. Quem os utilizou curte saudade irrevogável, certamente...
Estou, aqui, somando minha curiosidade à do Blog e aderindo à espera da resposta que já custou, se bem entendi, 48 dias, a contar de 6 de abril. A rigor, deveria ser imediata pois o fato em questão, não poderia ter passado desapercebido pela ANTT, se nosso serviço público funcionasse. Uma operação de retirada de trilhos como a citada não é trabalho rápido. Então, não poderia ter sido concluida sem o conhecimento da Agência reguladora - "que vai investigar o assunto". Hô!Hô!Hô!...

Quanto à burocracia, não tenho qualquer dúvida que a d'antanho era menos perniciosa. Decidia diante de circunstâncias e conhecimentos (sócio-econômico-político-culturais)próprios, mas decidia e avançava, devagarinho, mas prá frente.
Os mesmos medos e temores hoje? em tempos de MERCOSUL???
Pois é. E o resto é silêncio! Que de as "forças vivas" da região? Chorar faz ranho, diziam meus antigos. E é próprio de berçário. As explicações para o atrazo são sobejamente conhecidas. E daí?

A metade sul tem agora mais uma Universidade (e pública, que é a panacéia!) porque ainda se acredita, como quando eu, em 1960, reclamava uma também para minha Atenas Riograndense, que era o que faltava. Logo depois, há quase meio século, vieram não uma, mas
três, que já contam quase meio século. E daí?
Está mais em baixo o problema? Ou em cima? Ou dentro?

PoPa disse...

Pois Real, deixa eu contar um episódio hilário e triste, ao mesmo tempo. Quando a RFFSA entregou à prefeitura de Pelotas o prédio da estação ferroviária em comodato, o prefeito de então (na verdade o vice, pois o titular estava enredado com a lei) ao ser questionado por uma rádio local sobre a retirada dos trilhos (é, já faz tempo que estão tirando e ainda não concluíram o serviço) e ele respondeu: Pois alguém tinha que tomar uma atitude!!!

Pode????

Em tempo: o prédio foi entregue com pompa e circunstância - teve até Kleyton e Cledir cantando RFFSA - e permanece abandonado.