quinta-feira, 31 de julho de 2008
Burrice e ignorância
Fora Gil! Do ministério e da música!
O título deste post apenas retrata a fala de Lpt, não necessariamente a opinião do PoPa.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Segurança Pública

O PoPa vem acompanhando a discussão em torno da segurança pública. Na ZH de hoje, a afirmação de que há uma má distribuição dos policiais civis nas cidades gaúchas. Diz, por exemplo, que Pelotas tem mais policiais que Canoas, apesar de terem praticamente a mesma população e Canoas ter mais crimes. Onde está a distorção? Pelotas deverá ter menos policiais nos próximos anos e, como conseqüência, mais crimes para igualar-se a Canoas?
Há também, comparações entre Uruguaiana e Santa Cruz do Sul. Não lembra, a reportagem, que Uruguaiana foi uma das cidades mais violentas do Estado em passado recente e que teve a criminalidade reduzida, justamente por causa da ação policial! E que Santa Cruz é um pólo rico que seduz os delinqüentes da grande Porto Alegre...
Também cita Passo Fundo e Alvorada, neste comparativo, sem lembrar-se, também, que Passo Fundo era um importante elo no tráfico brasileiro e que deixou de sê-lo, exclusivamente pela ação policial.
Retirar efetivos destes locais é retornar ao passado. O que está faltando é novos policiais, bem equipados e bem treinados para ações localizadas. Uma força tarefa com função específica de combate ao crime, esteja ele onde estiver.
Enquanto policiais civis estiverem assoberbados com serviço banal, burocrático, estafante, a segurança não será prioridade neste Estado. Faltam policiais, viaturas, equipamentos, treinamento. Depois de concluir a academia, os policiais não tem mais oportunidade de treinar tiro, ações de defesa e outras importantes atividades policiais.
As ações policiais deveriam ser regionais. Citar Alvorada e Canoas, por exemplo, é como dizer que a grande Porto Alegre não tem policiais suficientes, o que não é verdade! As regiões metropolitanas, nos pólos estaduais, deveriam ter delegacias especializadas que atendessem toda a região, para elucidar e prevenir crimes. Aliás, isso existe, então a reportagem não está correta, pois o efetivo de Alvorada e Canoas não é exatamente aquele citado...
O PoPa também já falou sobre o fato de que os concursos da Polícia Civil, atualmente, somente são abertos a portadores de diploma de curso superior – seja ele qual for – o que tirou um grande contingente de interessados em ingressar nesta categoria funcional e criou um outro problema: com os baixos salários e a jornada estafante, estes funcionários estão sempre buscando novos espaços, fazendo novos concursos e esvaziando a Policia Civil. O que deveria ser feito, como também é necessário no caso dos professores, seria a criação de novas carreiras para a Polícia Civil, de ações burocráticas, coisa que os atuais escrivãos não dão conta, pois também fazem a mesma academia, são exigidas as mesmas habilidades e, como conseqüência, também trabalham como inspetores.
A sugestão do PoPa é de que se transforme a atividade policial, criando um cargo para as ações puramente burocráticas, com pessoal de nível médio e se melhore os salários, se mantenha o treinamento sistemático e se coloque melhores equipamentos para os inspetores e escrivãos atuais. Com esta medida, teríamos uma polícia mais eficiente e mais ágil.
Pense nisso. Se os atuais policiais pudessem trabalhar apenas na prevenção e combate ao crime, certamente já estaríamos em uma situação muito melhor que a atual. Se os policiais não tivessem que fazer procedimentos que incluem digitar centenas de páginas, ouvir centenas de pessoas, entregar centenas de intimações, teríamos policiais com mais tempo para sua função principal. E se estes mesmos policiais tivessem um treinamento anual na sua academia, eles estariam em melhores condições físicas, mentais e técnicas para sua função principal, também. Com o salário inicial de um inspetor ou escrivão, não dá para pagar uma boa academia de ginástica, manter uma inscrição em um estande de tiro, pagar a munição de treinamento.
A notícia de que o Governo do Estado abriu vagas para 150 delegados e 500 inspetores, não ajuda muito, já que estes efetivos - a julgar pelos últimos concursos - somente estarão na ativa em dois ou três anos. Por exemplo, o último concurso de delegado, que abriu 60 (SESSENTA) vagas em 2006, apenas em abril de 2008, chamou os 19 (DEZENOVE) candidatos aprovados para estágio - e eles ainda não foram efetivados na função. O concurso anterior para inspetores, também tinha 500 vagas e sobraram apenas pouco mais da metade. Testes rigorosos? Talvez... Ou talvez o salário inicial não seduza quem tem um curso superior. Mas o PoPa insiste em que o trabalho burocrático não exige performance física excelente nem formação universitária e que inspetores e escrivãos perdem muito de seu tempo nesta atividade meio, enquanto os crimes ocorrem por todo o lado.
Imagem: lego swat team
sábado, 26 de julho de 2008
Impávido colosso
"Obama poderá ver o moderado Brasil como um aliado contra os populistas radicais que se espalham pelo continente na esteira de políticas econômicas neoliberais fracassadas, ou ele pode nos ver como uma ameaça geopolítica emergente".
O PoPa acha que nem um nem outro. Aliás, o que ele quiz dizer???
O que é revolução - Sin EVAsión
Um jovem colega brasileiro me perguntou o que é, para mim, "revolução" e descobri, atônita, que dificilmente saberia responder. Balbuciei algumas palavras meio ocas, alguns termos que somente definem o significado gramatical do vocábulo: revolução social é uma mudança súbita, de caracter violento, ruptura, substituição do poder de uma classe por outra, surgimento de novas classes de proprietários e despossuídos, transformação... Mas fiquei pensando nisso porque "revolução", ao menos para os cubanos, é algo praticamente indefinível. De fato, a revolução cubana há muito tempo deixou de sê-lo. Ou seja, aqui as coisas não mudam há décadas e também por décadas, o poder tem estado nas mãos de uma mesma classe: a nova burgesia socialista formada por alguns dos mesmos burgueses de antigamente, apoiados por um nutrido grupo de medíocres representantes da meritocracia "proletária". A transformação mais significativa que segue ocorrendo, é o contínuo aumento dos despossuídos; que agora não o são somente em relação aos bens materiais, mas também aos direitos.
Enfim, o jovem colega brasileiro colocou-me em uma situação difícil, involuntariamente. Pessoas como eu não gostam de pensar em revolução; rechaçamos o termo de maneira natural e quase incondicional. Chegamos a perceber, como sinônimos, os vocábulos revolução e involução.
Por outro lado, ao nível subconsciente, renunciamos há muito tempo tentar defini-la. Como explicar com palavras, o fenômeno que durante 50 anos absorveu nossas vidas e marcou nosso destino como indivíduos, como povo e como nação? Como conceitualizar meio século de ditadura de mentiras, de destruição, de falsa ideologia, de um mito fabricado sobre o sacrifício de várias gerações de cubanos? Como se poderia explicar com palavras a generalização da pobreza e da corrupção, da institucionalização da mentira, o medo, a delação, a deterioração moral e material, a incerteza, a fratura, a perda dos valores, a desesperança? Revolução é uma velha enferma, magra, pálida e fria; um triste fantasma que mancha a premonição de um holocausto. Ninguém a vê, poucos a escutam, alguns oportunistas ainda prosperam em sua sombra e também são muitos (incluindo estes e outros oportunistas) os que aguardam ansiosos que, finalmente, a caduca anciã repouse em paz para sempre.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Notícias...
Lula abre cofre para aliados em ano eleitoral
E, na Folha,
Inflação faz governo reduzir 500 mil cestas básicas em 2008
Precisa explicar alguma coisa?
Repetir uma mentira...
O que ele falou, no entanto foi: "Goebbels sempre dizia que quando se repete uma mentira muitas vezes, ela se torna verdade". Ao citar explicitamente o ministro nazista, o Brasil encrencou-se em uma séria negociação. Amorim, óbvia e conscientemente, pretendia chamar os negociadores de Nazistas. Em sua explicação, Amorim disse que "No Brasil sempre se fala isso sem qualquer problema". É verdade, esta técnica funciona no Brasil, quando setores do governo, ou seus defensores estão em situação de difícil negociação. Aqui, também usam termos como "imprensa golpista", "oligarquias rurais" e outras que tais, com a intenção de desqualificar a outra parte. Lá, a coisa é diferente, bem diferente...
Há que se dar conta, também, que o Brasil não é mais um país pobre! Tem que assumir seu papel de liderança mundial, mas sem usar os argumentos pífios que muitos usam por aqui. O discurso do "pobrismo" não leva a lugar nenhum, além da pobreza.
Quer ter uma idéia da repercussão mundial desta fala? Use o tio Google com o texto em inglês da infeliz citação: "Goebbels used to say if you repeat a lie several times it becomes a truth". Irão aparecer alguns milhares!
Amorim ficou devendo desculpas e piorou nossa situação ao reafirmar a bobagem que disse, apenas "lamentando" que tenha ofendido alguém.
domingo, 20 de julho de 2008
JAIME BAYLY
Se não tiver paciência para assistir os 10 minutos deste programa, vai direto nos 8:58, para ver Correa tendo um faniquito! (pescado no La Alharaca)
Jaime Bayly
Um programa diário de entrevistas, de Miami, comandado pelo peruano Jaime Bayly, oferece muitas e interessantes análises da política mundial, em especial, a latino americana. Vale a visita ao site http://www.mega.tv/bayly.shtml, para conhecer este comentarista. Há links para assistir a todos os programas. São um pouco longos, mas vale a pena assistir alguns!
No Youtube, alguns destes vídeos:
