A notícia parece até interessante. O governo do Estado do RS está para mudar o ensino secundário. Com o Enem por aí, com as dificuldades que os estudantes enfrentam para entrar em uma boa faculdade, com as dificuldades para conseguir uma boa formação e, consequentemente, um bom emprego, mudanças são bem vindas. Mas, que tipo de mudança é necessária? O PoPa acredita que aumentar a carga horária ou a qualidade do conteúdo de física, matemática, português, biologia seria um bom começo.
Mas, em suas leituras matinais, o PoPa ficou sabendo que o Estado está preparando uma mudança, a valer já para o ano que vem, da maneira de ensinar nossos jovens. Não existirão mais as tradicionais matérias no curriculo, mas "projetos" que englobarão o ensino de várias matérias ao mesmo tempo. É fácil imaginar o que isso significa. Teremos nossos jovens acompanhando "projetos" que englobarão o "social", a "natureza" e outras bobagens de quem não sabe o que realmente ensinar para quem estará enfrentando a vida real em poucos anos.
Depois, para compensar, iremos fazer novas cotas para estes pobres estudantes que não conseguirão entrar em faculdades exigentes por absoluta falta de conhecimento.
Se isso faz parte de um plano maquiavélico de imbecilizar nossa população, o PoPa não sabe. Mas, mesmo que não seja esta a intenção final será o resultado, sem dúvida. E manterá a tal "elite" - classe média trabalhadora - que pode pagar escolas particulares para seus filhos, ainda mais distante do povo que depende do ensino público. Mobilidade social se faz com conhecimento, com cultura, com trabalho. O resto é coisa de gente que, amparado em um emprego público, nega, aos jovens pobres, o acesso a uma vida realmente melhor.
Tivessemos parlamentares que realmente representassem a população, esta poderia ser discutida nas bases e se pressionaria o governo a não tomar este tipo de atitude. Por isso, #EuVotoDistrital. Não assinou ainda? Está esperando o quê, vivente? Clica aí do lado e faz a coisa certa!
Um comentário:
Esse pessoal da educação não dá uma dentro. Impressionante.. Se tem alguma coisa errada com o ensino (e tem) certamente não é o modelo de disciplinas, que funciona tão bem em tantos lugares.
Por mais bonito que pareça, interdisciplinaridade é uma das coisas mais complicadas de implementar, já que exige professores muito competentes em TODAS as áreas envolvidas, e de eficiência questionável. Na minha opinião, já seria exigir demais de um corpo docente excepcionalmente competente.
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