Pois os militares fizeram muita coisa ruim no Brasil. O PoPa consegue lembrar-se de várias, mas foca em duas, que alteraram o curso da história naquele momento e altera ainda hoje. Trata-se das alterações feitas no Congresso para que conseguissem se manter no poder por mais tempo. Ao colocar o terceiro senador por Estado, o governo da época conseguiu ganhar espaço perdido pelas oposições, que tinham apoio popular. Este terceiro senador, à época chamado de biônico, por ser escolhido pelo governo, foi mantido na Constituição de 88. Erro dos militares, erro dos que fizeram a Constituição (ou apenas mantendo a boquinha partidária).
O outro erro foi alterar a proporcionalidade da Câmara dos Deputados. Acreditem, os Estados tinham representação proporcional à sua população. Um voto no Acre valia a mesma coisa que um voto em São Paulo! Parece democrático? Os militares alteraram esta proporcionalidade, para manter-se no poder com o voto das áreas mais atrasadas do País. As mesmas áreas que, continuando atrasadas, mantiveram as distorções que temos na Câmara e nas suas votações. Erro dos militares, erro dos que fizeram a Constituição. Mas explicada facilmente pela própria composição da constituinte...
E querem que a gente acredite que este povo possa fazer uma reforma política decente? Reforma política deveria começar pelo retorno à proporcionalidade representativa, como em qualquer lugar decente. Reforma política deveria começar pela redução do Senado a duas vagas por Estado. Reforma política deveria começar pela extinção do suplente de senador, uma excreção equivalente ao senador biônico do tempo do regime militar.
Estamos melhores que então? O PoPa acha que estamos pior em muitas áreas, principalmente na área da corrupção, do enriquecimento rápido e fácil dos amigos do poder, da honestidade. Podem falar qualquer coisa dos presidentes militares. Nenhum - nem seus filhos - ficou rico no poder.
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sexta-feira, 1 de abril de 2011
sábado, 3 de novembro de 2007
História do Brasil

Trecho do livro “Orvil”:
Ainda em setembro do mesmo ano (1970), a VPR emitiu um comunicado “Ao Povo Brasileiro”, onde tenta justificar o assassinato do tenente Mendes, no qual aparece o seguinte trecho:
“A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pode ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado a morrer por coronhadas de fuzil e assim o foi, sendo depois enterrado”.
Alguns meses mais tarde, em 8 de setembro de 1970, Ariston Oliveira Lucena, que havia sido preso, apontou o local onde o Tenente Mendes estava enterrado. As fotografias tiradas de seu crânio atestam o horrendo crime cometido.
Seus assassinos:
_ o ex-Capitão Carlos Lamarca morreu na tarde de 17 de setembro de 1971, no interior da Bahia, durante tiroteio com forças de segurança;
_ Yoshitane Fugimore morreu em 5 de dezembro de 1970, em São Paulo, durante tiroteio com as forças de segurança;
_ Diógenes Sobrosa de Souza e Ariston Oliveira Lucena foram anistiados em 1979 e vivem livremente no Brasil; e
_ Gilberto Faria Lima fugiu para o exterior e desconhece-se o seu paradeiro atual.
O tenente Mendes era um jovem de 25 anos. O livro Orvil está disponível para download no site “A Verdade Sufocada” (link ao lado). Leitura obrigatória para quem quer entender um pouco da história do Brasil nos conturbados anos da ditadura militar.
Imagem: Tenente Mendes, um herói da PMESP
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