quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Estacionamento rotativo - única solução?

Pois em jornal local, o PoPa leu que empresários localizados no centro da cidade, estão clamando pelo tal estacionamento rotativo - a área azul - como única forma de melhorar as vendas, cada vez mais em baixa. Pois preparem-se, comerciantes, com a implantação do shopping na cidade, o centro ficará às moscas!

E o que fazem estes empresários, além de pedir regalias ao governo municipal? Sequer lavam suas calçadas (aliás, nem varrem...)! Pelotas tem uma condição interessante no centro da cidade. Há um comércio dinâmico, ruas fechadas ao tráfego de automóveis e tudo que poderia configurar um shopping a céu aberto. Mas quem faz a manutenção das calçadas é a prefeitura. Quem faz a retirada do lixo é a prefeitura. Se querem melhorar as vendas, por que estes mesmos empresários não investem nas ruas centrais? Por que não apoiam um projeto para enterrar os fios, fazer coberturas, investigar quem liga o esgoto cloacal no pluvial (sim, fazem isso!), melhorar o calçamento? Não, é mais fácil pedir que a prefeitura coloque a tal "área azul" e cobre dos contribuintes para deixar seus carros na rua...

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá. Sempre dou uma passada por aqui p/ ler seu blog e aproveito para ler os blogs aí da direita.
Moro bem longe de Pelotas, sou do interiorrr de SP, São Carrrrlos.
Hoje, aqui tem o estacionamento rotativo, quando não tinha, os próprios comerciantes chegavam cedo e estacionavam seus carros em frente às lojas, sem contar os bancários que também ocupavam as vagas.
Houve uma reunião na Associação Comercial da cidade no intuito de tentar sensibilizar os comerciantes ignorantes que ocupavam as vagas do provável consumidor.
Não deu em nada, a maioria continuou com essa prática, os bancários, então, nem se fala.
EU NÃO COMPRAVA EM LOJAS ONDE O COMERCIANTE ESTACIONAVA O PRÓPRIO CARRO EM FRENTE.
Diante disso, colocaram o estacionamento rotativo, pois a situação estava calamitosa para quem queria estacionar no centro. Acredito que se houvesse tido o entendimento dos comerciantes, essa prática de cobrar poderia não existir hoje. Comenta-se que o dono da empresa dos parquímetros é o famigerado Mercadante do PT, o irrevogável, acredito que seja mesmo, pois a administração na época era dos PeTralhas.
Hoje, se preciso me dirigir até o centro, eu estaciono umas 3 quadras longe e vou andando, melhor para mim, o médico disse que preciso caminhar. Dar dinheiro para estacionar, eu que não dou.
Abraços

charlie foxtrot disse...

O centro de Pelotas, no geral, não está tão ruim. Com certeza poderia ser melhor se os comerciantes mantivessem a calçada e a fachada de seus negócios mais cuidadas.

Mas alguns trechos do centro seguem um grotesco padrão de favela. São os tais comércios turcos, onde as calçadas são ocupadas por estantes improvisadas, um semi-analfabeto grita ao microfone sobre as promoções do dia e a fachada da loja remete a um decadente bazar do Oriente Médio.

Outros trechos foram invadidos por vendedores ambulantes que simplesmente armam um barraco no meio da calçada que em lugares civilizados é destinado ao uso de pedestres.

Pelotas é a imagem perfeita do terceiro mundo: o feio convive com o belo. O limpo com o sujo. Não só com relação ao comércio, é assim com tudo.

nedelande disse...

Meu caro POPA, tu sabes que eu já desisti de Pelotas há muito tempo. Eu acho que foi exatamente quando algumas mulas resolveram acabar com o carnaval na Rua XV, que era o melhor carnaval do Rio Grande do Sul, e copiar o Rio de Janeiro, passando a fazer desfiles de escolas na Avenida, sem a tradicional participação popular.

PoPa disse...

Caro Anônimo, pelo visto tua cidade tem área azul em uma área pequena, já que caminhas três quadras até o centro, ficando fora dela. Aqui, o projeto se estende por muitas quadras a partir do centro. E, com certeza, para aumentar o número de vagas, vai ser feito um "estudo" que inclua áreas atualmente indisponíveis ou mal utilizadas. Coisa que poderia ser feita agora, mas não há interesse algum.

Cineman, naquela época, tinhamos o "redondo" da praça para os bêbados, prostitutas e devassos em geral, enquanto a 15 ficava para as famílias. Sem interferência de uma área em outra. Atualmente, o tal sambódromo é área de tumulto, com assassinatos todos os anos, roubo e tudo mais que pode existir de ruim. E o povo ainda paga para isso...

Anônimo disse...

Tem mais é que cobrar mesmo. Numa cidade com ruas estreitas como a nossa se torna imperativo.