sexta-feira, 22 de março de 2013

Condenado por erro

Pois o PoPa leu, na Veja online, que um sujeito foi condenado a 37 anos de prisão e, após 23 anos cumprindo pena, foi considerado inocente. A história poderia parar por aí, mas o PoPa ficou pensando sobre a mesma situação no Brasil. Este foi um crime de morte após assalto, ou seja, um latrocínio. No Brasil, o latrocínio é considerado um crime menor que um assassinato premeditado e não teria uma sentença tão grande. Talvez uns 20 anos, com o criminoso fora da prisão em uns quatro ou cinco anos, afinal, é uma vítima da sociedade que merece uma nova chance de matar alguém em um assalto...

Assim, um erro como este deve acontecer frequentemente no Brasil, mas nunca chegaria a deixar alguém na prisão por mais de 20 anos! Estranho? Nem tanto. Somos o império da impunidade em todos os níveis.

A notícia:


A justiça de Nova York declarou inocente, nesta quinta-feira, o americano David Ranta, 58 anos, depois de ele ter passado 23 anos na prisão. Ranta foi condenado em 1991 a 37 anos de pelo assassinato de um rabino ortodoxo durante um assalto em fevereiro de 1990. Ao sair da Suprema Corte de Justiça, ele se disse comovido. "Como sempre disse desde o princípio, não tenho nada a ver com este assunto. Estou emocionado".
O caso foi reaberto em 2012 depois de uma reunião na qual os promotores alegaram inconsistência em algumas provas e problemas nas táticas utilizadas pelo detetive que liderou a investigação na época. Segundo o jornal americano New York Daily News, uma testemunha que tinha 13 anos na época contou que o policial pediu para ele “escolher o homem do nariz grande” no reconhecimento de suspeitos.
Retratação - Antes de deixar a Suprema Corte, Ranta recebeu um pedido de desculpas do juiz. “Dizer que eu sinto muito para o que você passou será grosseiramente inadequado, mas eu diria isso mesmo assim. O senhor é um homem livre”.
Segundo o jornal, uma mulher testemunhou depois da condenação de Ranta dizendo que seu marido, um usuário de drogas, confessou o crime dois meses antes de morrer em um acidente de carro quando era perseguido pela polícia. Em uma audiência pós-condenação, em 1996, um juiz julgou a mulher, que também era viciada em drogas, não credível.

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