terça-feira, 21 de abril de 2009
Gabeira e as passagens
O PoPa está na idade do condor... "com dor" nas costas quase insuportável, o que limitou o acesso à web e confinou-o no quarto, vendo tv. Mas agora, ao final da tarde, conseguiu ler a ZH e uma reportagem sobre as passagens aéreas dos deputados. A declaração mais interessante foi a de Gabeira:
Ele acredita ter usado as passagens pagas pelo parlamento para financiar “possivelmente duas” viagens de uma de suas filhas, a psicóloga Tami Gabeira, ao Exterior. Ele dedicará o feriado à revisão da emissão dos bilhetes de seu gabinete e à redação de um discurso que fará amanhã, cobrando que Câmara e Senado recuem da decisão de oficializar o uso das passagens por parentes de parlamentares e proíba a transferência a terceiros. Aparentando arrependimento, Gabeira se penitencia por não ter questionado à época, sob o ponto de vista da ética, a decisão de repassar passagens à filha: – Não adianta voltar atrás e dizer: mas isso era permitido. Era permitido, mas eu não questionei isso.
Gabeira, como a maioria dos parlamentares, não questionou o uso das passagens por familiares mas, ao contrário da maioria, se penitencia por não ter percebido que isto era uma imoralidade, mesmo que permitida. É um pouco da "Lei de Gerson", onde as vantagens - pequenas ou grandes - não são questionadas, apenas aproveitadas. Gabeira é um político interessante e - aparentemente - ético, apesar da apologia à maconha.
É bom que isto tenha acontecido agora, embora a maioria do povo brasileiro não tenha processado corretamente a situação. Parece ser coisa DESTE parlamento atual. Não, é coisa antiga, praticamente nasceu junto com Brasília. É bom porque PODE ser que seja o início de uma era mais ética.
À propósito, ZH é um dos poucos jornais que ainda mantém todo seu conteúdo disponível gratuitamente na web. É um exemplo que deveria ser seguido pelos demais.
Imagem: Gabeira com a filha Tami (à esquerda- ZH)
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5 comentários:
Espero que já esteja melhor. Também já cheguei na idade do Condor.
Na minha opinião parlamentares só deviam ter passagens reembolsadas em viagens a serviço e quando não houvesse algum vôo da FAB disponível.
Esta história de viajar para as bases nos finais de semana é problema deles e estes custos deveriam ser arcados pelos mesmos.
Outra coisa é casa, comida e roupa lavada em Brasilia por conta do contribuinte. O parlamentar ou qualquer outro membro do governo, e isto se aplica aos três poderes, deveria arcar com estes custos do seu próprio bolso.
Em empresas de mineração que trabalhei e residi em vilas residenciais longe de tudo eu tinha que pagar alugue, agora por que membros do goveno para morar em Brasilia não pagam?
Não é justo
E uma última observação. Parabens pelo premio inconfidentes. É merecido.
Disseste bem. Esta história é antiga, desde a fundação de Brasilia. E antes de Brasilia? Antes de Brasilia a capital era no Rio de Janeiro. Os politicos não podiam fazer muita bobagem. Cruzavam com o povo na rua. A gente chamava o Rio de Tambor do Brasil, lembra? Quem sabe ao invés de simplesmente fechar o Congresso, transferi-lo para o Rio de Janeiro?
Grande idéia, CINEMAN! Não sei se os traficantes deixariam a concorrência chegar lá, facilmente...
Laguardia, ainda bem que era feriado! Hoje, amanheci bem melhor. Também tenho minhas despesas bancadas por mim. Meu empregador não quer saber dos meus problemas. É salário e ponto final!
Como disse o Cristaldo no último artigo: "VOE PLANALTUR, A AGÊNCIA MAIS EM CONTA".
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