Em suas leituras matinais, o PoPa leu uma reportagem sobre a faxina das delegacias de polícia gaúchas. A empresa contratada para isto, deixou de pagar seus funcionários, apesar de ter recebido do governo. E, claro, os empregados pararam de trabalhar. Agora, quem está fazendo a limpeza são os próprios policiais, usando seu [nosso] tempo para estas tarefas menores.
Não que a limpeza seja uma tarefa degradante, que não é. Mas eles estão ali para prestar um importante serviço à população e não deveriam perder este precioso tempo neste tipo de ação. Mas isto levou o PoPa a pensar um pouco mais sobre o assunto, que pode ser extrapolado para muitas ações de governo. Por que fazer uma licitação global, atingindo todo o Estado (no caso federal, todo o País), quando o melhor e mais racional seriam ações localizadas? Imaginem a logística para manter o pessoal da limpeza em todos os municípios gaúchos e o custo disso. Provavelmente, a tal empresa calculou mal seus custos e estrepou-se já que, se o negócio fosse bom, eles não iriam querer perder. Imaginem quão mais racional não seria a contratação de uma empresa local para cada município. Além de deixar o dinheiro por ali mesmo, certamente o serviço seria de melhor qualidade e os insumos também seriam comprados no próprio município, agregando movimento à sua economia.
Claro, é mais simples para o Estado, fazer uma única licitação. Mas não seria melhor deixar para os próprios delegados cuidarem de suas próprias delegacias? Valores baixos permitem a contratação com cartas convite, ou até mesmo a dispensa de licitações (o PoPa não conhece muito a lei, mas sabe que é possível isto). Grandes contratos também geram grandes problemas (e grandes corrupções)! Neste fato, por exemplo, se os empregados da tal empresa não receberem, poderão entrar na justiça contra o próprio Estado, aumentando ainda mais o prejuízo!
O Estado, seja ele de que nível for, é um péssimo administrador, mesmo quando não é ele quem está administrando alguma coisa. A descentralização deveria ser o primeiro ato de qualquer governante. Reduz custos, privilegia os municípios, melhora os serviços. Claro, reduz as negociatas, reduz a corrupção, reduz os cargos... talvez não haja interesse nisso.
4 comentários:
É uma lei universal, o governo é um péssimo administrador.
O estado não administra nem o que deve administrar, e ainda se mete com empresas, o que faz para torna-las cabides de emprego para seus aliados políticos. Veja a Petrobrás.
o que me parece bizarro é que ninguém foi preso ou processado por isso
"É uma lei universal, o governo é um péssimo administrador." (2)
O governo não deve "brincar" de empresário.
Esta é a fonte da ineficiência e corrupção!
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