O PoPa tem lido alguns blogs da ilha sequestrada e tem encontrado algumas coisas muito interessantes, como este post de Eva (Sin EVAsion), sobre a renúncia de Fidel:
Sem dúvida, a cena mais espetacular [sobre a renúncia de Fidel] foi a Mesa Redonda do dia seguinte, 20 de fevereiro. Com o título "Repercussão da Mensagem do Comandante em Chefe", os fiéis de sempre renovaram seus votos frente às câmeras. Os painelistas se esforçaram ao máximo em ressaltar os valores do Venerado e em desenhar a apologia mais perfeita do líder. Leram-se mensagens de outros fiéis, os amigos - nativos e estrangeiros - do presidente: personalidades das esquerdas latinoamericanas e européias, intelectuais, escritores, artistas... todas foram loas, manifestações de respeito e reconhecimento ao seu legado. Mas a nota importante é que nenhuma pediu a reconsideração de sua renúncia; nenhuma a contestou. A aceitação de sua abdicação foi unânime: os discursos tinham como denominador comum, uma espécie de despedida pre mortem... Um verdadeiro réquiem em vida que deve ter tido um gosto amargo de derrota para o orgulhoso monarca.
Não é fantástico?
Um comentário:
PoPa,
Fidel foi um vencedor!
Ele conseguiu dar um 'nó' na própria esperteza.
Ele conseguiu mostrar ao mundo, tudo que não se deve fazer. Por exemplo, se apossar pelas armas de uma nação e se impor por cinqüenta anos!
Cinqüenta anos de reinado - sim, um ditador, um rei, um monarca - e porque não um usurpador?
Ele venceu por cinqüenta anos!
Claro. Pelas eleições de cartas marcadas - é usurpação.
E também violentou a democracia cujo povo clama!
Violou os direitos individuais sagrados de todo mortal cubano.
Mas, pensou que era eterno!
Fez tudo que a 'cachola' mandou.
Viveu bem, comeu bem, dormiu bem, e se autodeterminou um comandante-em-chefe dos paus mandados, enquanto o povo ele levou no chicote por cinqüenta longos anos.
Passou rápido para ele. E uma eternidade para o povo
Porém, Fidel como todo arrogante e pretensioso líder de massa, se esquecer que o vingador se preparava para - mais cedo ou mais tarde - restabelecer a verdade, que é uma só: para a morte, não tem vencedor!
Todos passarão pelo fio da navalha
Ele pode ter sido um herói para poucos. E um usurpador para milhões, dentro e fora da ilha que vive a fantasia de uma democracia de araque.
Que Deus no dia e na hora certa tenha piedade da sua alma, se for da Sua vontade. Porque tenho dúvida que seja da vontade do povo humilhado.
Abs e desculpe-me pelo alongado. Mas seus artigos mexem com a verve!
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www.andrewernner.blogspot.com
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