A Unidade Européia achou que a rastreabilidade bovina brasileira era uma verdadeira bobagem e que não rastreava nada. Decidiu que importaria apenas das melhores 300 propriedades. Com a velha mania brasileira de achar que poderia dar um "jeitinho", o governo apresentou uma lista de 2.681 propriedades. É um número muito pequeno para o tamanho da pecuária brasileira, mas queremos ou não o tal mercado?
Então, a UE resolveu suspender a importação de carne brasileira. O governo brasileiro, então, reduziu para 600 o número de propriedades (ainda o dobro do solicitado pela UE), dizendo que as outras tinham "pequenos" problemas burocráticos, como a falta do CPF do proprietário, falta de documentos de importação de animais, inexistência de notas fiscais... Caramba! Que tipo de rastreabilidade existe no Brasil, se as melhores estão assim? E não venham dizer que é um pequeno problema burocrático! Sem notas fiscas e documentos de importação de animais, que espécie de rastreabilidade nós temos? e, que diabo de produtor de ponta é esse, que não tem nem CPF? O PoPa sabe: não existe seriedade na rastreabilidade bovina brasileira!
Estamos brincando com um mercado muito sério, que envolve interesses enormes, como os dos produtores britânicos, que não querem deixar de vender para a UE e não querem ter seus preços aviltados.
3 comentários:
É o jeitinho brasileiro. O jeitinho começa quando o cara leva o boi dito rastreado para o frigorífico. Só que os brincos que identificam o boi e provam a rastreabilidade ao invés de ir na orelha do boi vão numa sacola. É o jeitinho do cartão corporativo. A forma do uso de cartão é boa, mas o jeitinho brasileiro transforma numa gandaia. O povão aqui tem mostrado que engole esta lorota toda. Qualquer lorota que o Lula do PT conte, vaselinado com um bolsa familia, desce fácil, fácil. Mas a Comunidade Européia é um pouco diferente. Eles não conseguem nem entender este nosso jeitinho como uma coisa saudável. Na história das 300 propriedades, os nossos 300 pecuaristas de Esparta, a grande maioria é de Minas Gerais. Após anos de rastreabilidade, existem 60 propriedades aceitáveis no Grande Rio Grande mas, o incrivel é que nos estados responsáveis pela maior fatia da exportação, Mato Grosso, Goiás, tem uma ou duas propriedades em cada um.
Hoje, escutei um comentarista da BandNews falando sobre o problema com o mercado europeu e dizendo que febre aftosa é coisa que não é problema sério e que só se transmite através do osso... e que havia um interesse forte de evitar a entrada da carne brasileira na UE. Mas o fato é que eles reclamaram, mesmo da rastreabilidade.
Isso dá uma pequena idéia do que existe no Brasil. Pessoas que deveriam ser bem informadas, não sabem nada ou - pior - sabem e querem convencer o público que somos uma potência na produção de carne, colocando medo nos produtores europeus...
O Cineman conhece bem este problema e já deu seu veredito! Para o PoPa, é suficiente.
Gostei desta Popa
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