sábado, 16 de agosto de 2008

Generación Y - Soroa

Do Blog de Yoana:


Face à ausência de empresas de turismo onde um cidadão cubano possa organizar - com moeda nacional - uma excursão por seu próprio país, a criatividade particular ocupou este "nicho de mercado". Durante julho e agosto, é comum encontrar cartazes que anunciam uma viagem às Cuevas de Bellamar, Varadero ou a Ciénaga de Zapata. Os organizadores arrendam o ônibus de um centro de trabalho e vendem a lotação por um preço que oscila entre os 50 e os 120 pesos cubanos. As saídas são na madrugada para evitar os controles e o forte sol na estrada. O retorno é antes que caia a noite.

Ainda que se trate de uma atividade econômica ilícita, a polícia faz vista grossa, pois sabe que em um pote onde se acumula a pressão, é bom deixar mínimas rachaduras abertas. Por isso, exusten aqueles que vivem, há vários anos, de organizar excursões turísticas de maneira alternativa. Os mais ousados chegam a anunciar suas viagens pela internet ou através de correio eletrônico. Outros melhoram suas ofertas e incluem no preço total, um lanche ou um almoço em um restaurante local.

Em uma viagem coordenada por um destes emergentes "operadores de turismo", fui em um final de semana a Soroa. Três décadas nas costas, e ainda existem paisagens de meu país que nunca vi, por culpa do caótico transporte e das limitações para chegar a eles. Somente um par de vezes em minha vida, visitei esta zona montanhosa e suas instalações: na primeira, naqueles idealizados anos 80, em que os cubanos podiam fazer turismo com a moeda que nos pagavam. Esta de agora, graças à inventividade dos cidadãos e suas espontâneas redes de turismo
Um viva ao empreendedorismo privados, que deixa em evidência a inépcia do Estado quando quer organizar tudo!
Imagens: do site de Yoana, imagens que ela coletou nesta viagem.

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