terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tragédia familiar

Trecho da entrevista da mãe da menina assassinada por um marginal: "É uma pessoa que acho que está um pouco desequilibrada, que ainda não achou Deus, que creio que vai ter a justiça do senhor. Que seja feita a justiça. Eu consigo perdoar o Lindemberg com todo o meu coração, mas que a justiça seja feita. Nunca pensei que ele fosse capaz disso, ele era sim agressivo, possessivo, mas não pensei que chegaria a este ponto".

Como bem lembrou o André Wernner em um comentário anterior, este marginal começou a namorar a filha dela com 19 anos e quando ela tinha apenas 12!!! E ela sabia que ele era agressivo, possessivo. Seriam estas, questões típicas do povo brasileiro? Crianças com 12 anos deveriam já estar namorando? e com alguém tão mais velho que elas? E ainda perdoa o marginal? Isso o PoPa não consegue entender.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Também não entendi essa da mãe da Eloá... Perdoar o cara que matou a filha!!!! Isso não existe.

Anônimo disse...

Acho que ela deve ser uma evangélica daquelas crentes até o fundo da alma. E com um pastor que distorce a bíblia ao seu bel prazer. Onde estará o "olho por olho"? De qualquer maneira, perdoar o cara beira à insanidade, pelo menos neste momento. Será que ela perdoaria o policial que tivesse matado o marginal?

Anônimo disse...

Ilustre Popa,
Como você sabe, quando visito os blogues eu os leio sem pressa e com lupa! Merci pela citação do meu comentário anterior.

A bem da verdade eu lhe digo, numerando:
1.- Lamentável todo o acontecimento. Eloá, e nenhuma outra pessoa mereciam tal sofrimento.
2.- O caso foi permeado de falhas, de erros, a começar pela vigilância dos pais com as companhias dos filhos.
3.- Ora, se a mãe da moça achava que o cara era “agressivo, depressivo e desequilibrado” por que juntamente com o marido não procurou inverter esse quadro, tirando a filha desse caminho?
4.- Segundo li na Folha, se não me engano, terminaram e recomeçaram o namoro umas dez vezes! Onde estava a lucidez da mãe nesse momento? Digo, com todo o respeito.
5.- A polícia teve lá suas falhas na condução do caso. Mas, isso não invalida todo o trabalho eficiente que tem feito nesses anos todos. O erro maior foi permitir que o seqüestro se alongasse em demasia. Deveria ter resolvido tudo e no máximo em dois dias, sob pressão, não deixando tempo para o marginal montar estratégias, nem virar astro televisivo, mesmo que para o mal.
6.- A mãe da moça parecia entorpecida. Ou sob lavagem cerebral. Perdoar verdadeiramente é para espíritos nobres. Nobreza d’alma.
Não confundir com o perdoar verbal ou sem consciência de sua grandeza, por estar sob pressão. Quer seja da tragédia ou da própria religiosidade que muitas vezes impõe uma condição que não representa a verdade.
Portanto, o perdão é fruto do amadurecimento e a pressa no perdoar, deixa tudo muito vulgar, muito simplista, parecendo que a vida da filha não teria valor maior.
7.- E mais: o perdão da mãe, em tempo futuro, deveria só acontecer depois que ela tivesse uma conversa olho no olho com o jovem Lindenberg para saber o por que de tanta maldade.
A partir daí ela – sem influência externa – buscaria o seu Cristo Interior e a inspiração divina que a levaria ao perdão, se essa fosse a expressão da verdade do seu coração.
8.- Como aconteceu, ficou tudo muito maquinal, não?

Popa meu ilustríssimo, desculpe-me pelo alongado, deve ser problema com os dedos... Da próxima vez, escreveria apenas com a mão esquerda. Prometo.
Esquerda, porque a direita continua sendo muito rápida...

Abs